Cosmo-sônica é uma noção derivada de encontros e diálogos realizados, entre 2006 e 2009, entre pesquisadores Guarani Mbyá que viviam em comunidades indígenas no Rio Grande do Sul e juruá (não indígenas) pertencentes ao Grupo de Estudos Musicais (GEM) do Programa de Pós-Graduação em Música da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, residentes majoritariamente em Porto Alegre naquele período. No âmbito deste coletivo, a investigação etnomusicológica colaborativa e os desdobramentos da pesquisa de campo etnográfica em ações extensionistas interculturais críticas (Tubino, 2005. Walsh, 2009) possibilitaram a sistematização, o registro e a difusão de conhecimentos sobre sonoridades Guarani Mbyá no Sul do Brasil, com destaque para o caráter multidimensional das práticas sonoro-performativas e para a existência de um sistema musical próprio (Setti, 1994/95). A noção de cosmo-sônica nasce em especial de interpretações dialógicas – êmicas e éticas – de um outro aspecto que se sobressaiu nesta aproximação à vida musical Guarani Mbyá: o forte vínculo do mundo sonoro com diferentes esferas da existência. O conceito-síntese pretende chamar a atenção para a centralidade da dimensão do som, do canto e da dança, da palavra e da escuta na produção e expressão de diferentes capacidades e fundamentos sociocosmológicos Guarani Mbyá (Stein, 2009. Lucas; Stein, 2012. Stein; Silva, 2014). No cerne do sentido do termo se encontram: 1) a intenção de provocar um tensionamento em relação ao conceito de “música”, tal como disseminado na musicologia moderna eurocentrada - com suas hierarquias de valor advindas de múltiplas experiências da música ocidental e de caráter universalizante porque imerso na lógica da colonialidade; e 2) a tentativa de descrever de forma concisa e aproximativa um encontro entre cosmologias – de um certo ocidente, representado pelas pessoas do GEM, em sua totalidade pessoas não indígenas, com pessoas identificadas com uma experiência meridional de vida Guarani Mbyá, com suas especificidades territorializadas.
Pode-se conceber semelhança do conceito de cosmo-sônica com o de acustemologia (Feld, 1990), quando se põe em destaque que a dimensão cosmo-sônica de uma comunidade lhe permite forjar conhecimentos sobre o mundo. A partir de uma etnografia musical entre os Kaluli da Nova Guiné, o etnomusicólogo estadunidense Steven Feld alinhou-se às teorizações em etnomusicologia sobre ontologias plurais da música (por exemplo, Bohlman, 1999) para propor uma perspectiva crítica pós-humana e pós-humanista como alternativa à continuada insistência de diversas práticas científicas na centralidade das agências e práticas humanas. A acustemologia, ao combinar “acústica” e “epistemologia”, pretende questionar o que é passível de conhecimento através da sonorização e da escuta, e quais os modos de ocorrer a construção de conhecimento sob a lógica acústica. Essa perspectiva etnomusicológica envolve um conhecer-em-ação, um conhecer-com e conhecer-através do audível, uma produção do conhecimento relacional (Feld, 2017, p. 84-85), que considere a natureza das interações sônicas humanas com todas as outras espécies, com ambientes e com tecnologias, de modo a enfrentar as consequências éticas e políticas da crença antropocêntrica em uma natureza humana essencial (Feld, 2017, p. 94). Na perspectiva da cosmo-sônica Guarani Mbyá, conhecimentos são produzidos quando os karaí e as kunhã karaí (respectivamente homens e mulheres pajés) cantam e dançam para seus parentes e para as divindades e, a partir daí, escutam as nhẽ’ẽ (palavras-espírito) materializadas em cantos, que são informadas pelos demiurgos para a nominação de crianças por volta de um ano de idade, durante o nhemongaraí (ritual de nominação/batismo). Ou quando jovens rapazes, quando atingem a maturidade sexual, usam provisoriamente os tembetá (ou tembekuaá, adornos/piercings labiais feitos de taquara fina coberta por cera de abelha), para que não se esqueçam de pronunciar nhẽ’ẽ porã ou ayvu porã (palavras boas e bonitas). Em ambos os exemplos, através de preformances “musicais” ou cosmo-sônicas são desenvolvidos conhecimentos sonoros, verbais e de escuta. Com destaque para o aspecto auditivo perceptivo da prática sonoro-performática, o etnomusicólogo paraguaio Guillermo Sequera desenvolveu — a partir de uma investigação de campo realizada junto a grupos Mbyá no Paraguai nos anos 1980 — o conceito de “cosmofonia” e afirma que “a agudeza auditiva Mbyá reverte um singular exercício perceptivo (endu) como atitude de reconhecimento e conhecimento fônico do mundo” (Sequera, 1987, p. 68).
A cosmo-sônica pode ainda ser abordada como uma forma de orientar, através de estratégias sonoras, processos ontológicos (do ser, da existência), que envolvem, em última instância, a construção da corporalidade e pessoa Mbyá enquanto caminho para a compreensão da organização social e cosmológica da sociedade (Seeger; Da Matta; Viveiros de Castro, 1979, p. 3). A conceitualização ocidental de pessoa é particular e histórica (Seeger; Da Matta; Viveiros de Castro, 1979, p. 4), e também as interpretações sobre fabricação do corpo como tela social, matriz de símbolos e objeto de pensamento (Seeger; Da Matta; Viveiros de Castro, 1979, p. 11) entre diferentes povos originários é variável. Portanto, ao mesmo tempo em que trazemos ao campo hermenêutico a fabricação “cosmo-sônica” da pessoa Guarani, sugerimos sua condição de precariedade e provisoriedade, assim como lançamos o conceito como uma possibilidade de futuras interpretações, em outros contextos. Para exemplificar a produção sonora da pessoa entre os Guarani Mbyá, buscamos na etnografia realizada entre 2006 e 2009 (Stein, 2009) algumas interpretações: aprender os mboraí (cantos e danças sagrados) e os xondaro (danças de cultivo de qualidades guerreiras) possibilitava que as pessoas: 1) produzissem corpos mais leves, flexíveis e atentos; 2) lembrassem pelos movimentos, letras e pelas relações sociais os conselhos dos mais velhos e valores coletivos; 3) atualizassem as relações físicas e espirituais com o território e suas agências (terra, mata, opy/casa de rezas e pássaros, entre outras); 4) adquirissem mbaraeté (força) para as lutas por territórios (Yvy Marã’ey/terra sem males) que permitissem o nhande rekó (nosso modo de vida); e 5) fortalecessem o caminhar em busca da aguyjé (perfeição) e o exercício do mborayú (amor, generosidade, reciprocidade) e do nhembojeroviá (respeito profundo).
Um exemplo importante da construção (sônica) da pessoa se revela em processos pelos quais os Guarani se relacionam com os pássaros, com a finalidade de adquirirem não só habilidades de cantar, mover-se e falar bem e bonito, mas também de produzirem comportamentos sociais e individuais adequados ao mbyá rekó (modo de ser mbyá) (Stein, 2009, p. 194). Os pássaros são considerados seres modelares por viverem aos pares e respeitarem seus coletivos, por despertarem com o nascer do sol, serem leves e cantarem com extrema desenvoltura e graça. Todas essas características são associadas à capacidade dos Guarani de enunciarem nhẽ’ẽ porã, palavras belas e boas para seus pares; cantarem e dançarem com igual valor estético; portarem-se de forma adequada em comunidade. Para humanos atingirem esses saberes dos pássaros, são utilizadas algumas técnicas, como a observação; a narrativa sobre suas histórias, feitos e transformações (ver por exemplo, as narrativas da kunhã karaí Florentina, no documentário dirigido por Devos e Benites da Silva, 2010); a dança imitativa dos comportamentos de pássaros específicos (Ladeira, 1992, p. 135. Montardo, 2002, p. 123); e também processos de contato com as essências corporais de alguns pássaros, de modo a adquirir suas qualidades físicas e simbólicas, a que Carlos Fausto chamou de “predação familiarizante” (2001). Estes últimos tratamentos corporais para a aquisição de capacidades de canto e movimento envolvem, por exemplo, friccionar delicadamente o filhote de um kairyri (periquito) na garganta da criança para ela poder cantar bem; ou usar o tetymakuaa, adorno corporal feito com sementes yau e com ossos de araku (saracura) – para os tornozelos das meninas – ou feito de ossos de jakutinga (jacu) para os joelhos – para os meninos –, de modo a que as crianças tenham força nas pernas, não se cansem, andem cedo e com desenvoltura e pisem leve como as aves (Stein, 2009, p. 193). Atributos estéticos e éticos presentes nas práticas fundamentais no modo de existência Guarani, como cantar em conjunto, falar palavras de valor, deslocar-se com leveza, ter resistência no trabalho junto à mata e à roça, ouvir e respeitar, são exercitadas diariamente e seguem o princípio do aguyje, o atingimento da perfeição. Vimos nos exemplos acima o grande interesse dos Guarani na relação de aprendizagem e troca com diferentes tipos de pássaros, pelo tipo de potências e intencionalidades que estes acionam nos seus modos de vida. Em outras situações, são buscadas aprendizagens na interação com as alteridades divinas, ancestrais, dos rios, do universo vegetal, mineral, animal ou cósmico.
Finalmente, tratar de uma existência ou potencialidade cosmo-sônica põe em destaque o som como uma das condições para a existência da própria vida na terra e de todo o universo. A performatização desta lógica cosmo-sônica pode ser apreciada na riqueza de símbolos associados a categorias sonoras no mito de origem do mundo, narrado por interlocutores Mbyá em Guairá (Paraguai) ao antropólogo León Cadogan: “O reflexo da sabedoria divina / o divino que tudo escuta / as divinas palmas da mão com a vara-insígnia, [popyguá, clavas de cedro que demarcam com seus sons o início e momentos específicos de cantos e falas de lideranças] / as divinas palmas das mãos com as ramas floridas, / as criou Ñamanduĩ, no curso de sua evolução, /no meio das brumas primevas” (Cadogan, 1997, p. 24-25, tradução minha). Além das reflexões e práticas performativas Guarani Mbyá, auxiliaram nessa construção conceitual os modos de produção sonora acessados em pesquisas junto a povos originários no Brasil (Menezes Bastos, 1979. Seeger, 1987. Montardo, 2002). Através destes/as etnomusicólogos/as, entre outros/as (ver, por exemplo, Lima Rodgers et al., 2016a, 2016b), pode-se compreender como, para os Kamayurá, os Kisêdjê e os Kaiowá, por diferentes perspectivas sociocosmológicas, os sons, movimentos e escutas são centrais para a sustentação do mundo e como cada povo originário elabora cotidianamente e ritualmente as categorias acústicas, articulando-as às noções de pessoa, conhecimento e mundo.
O conceito ou a noção de cosmo-sônica tem promovido ou potencializado transposições da ideia para outros contextos socioculturais ameríndios em que estudiosos também interpretam uma centralidade do som na concepção de pessoa e mundo, na linguagem e na aprendizagem, como ocorre na etnografia de Oscar Martínez Peña (2017), acerca da prática sonora da música própia na ontologia do coletivo ameríndio Misak, que habita no sudoeste da Colômbia. O autor interpreta que a cosmo-sônica misak é uma ontologia sonora acionada na cosmopolítica, na medida em que compreende a relação entre categorias sonoro-performáticas, concepções sociocosmológicas e princípios ideais do ser misak.
Outros conceitos entomusicológicos vêm afirmando em diferentes contextos a importância da dimensão sônica na produção de sentidos e mundos. Por exemplo, através da ideia de narrativas sônicas, Luana Zambiazzi dos Santos (2015) põe em relevo no campo das intersubjetividades as interpretações sobre a dimensão sônica das experiências urbanas de rappers de um conjunto habitacional da Região Metropolitana de Porto Alegre/RS; a práxis sonora é concebida pelo grupo Musicultura, a partir de pesquisas participativas sobre música e violência no bairro favelizado da Maré, no Rio de Janeiro/RJ, como processos transformativos e políticos (Araújo et al., 2010); pela etnografia das performances dos saberes musicais locais da população negra que habita o sul do Valle del Río Cauca, no sudeste da Colômbia, Paloma Palau Valderrama (2020) analisa as alianças sônicas como mediações de epistemologias e ontologias sônicas com atores externos, humanos e não-humanos.
A noção de cosmo-sônica pretende evidenciar modos sonoros, performativos, cinéticos e territorializados como produtivos para se pensar o conhecimento, a pessoa e o mundo Guarani no seu campo de relações sociais, humanas e extra-humanas. Por um lado, a música pode ser agenciadora de relações. Por outro, cantar e dançar bem ou tocar adequadamente um instrumento, para os Guarani Mbyá, estão associados a fazê-lo no coletivo, junto, em coesão, o que requer das pessoas a experiência prévia e continuada de relação social. Ou seja, os valores estéticos estão profundamente relacionados à vida em comum, à convivência. As potencialidades de se mover junto ao outro se aglutinam àquelas de co-mover o outro. Vive-se algo como música na medida em que se sonoriza a vida em comunidade.
A partir de dados etnográficos sobre os processos e tratamentos corporais e as práticas visuais e sonoro-performáticas presentes na forma de ser/viver Mbyá, com base em uma pesquisa entre coletivos Mbyá no sul do Brasil, propusemos a interpretação de um domínio "cosmo-sônico" da epistemologia, da ontologia e da cosmologia deste povo originário ameríndio, isto é, que a construção do conhecimento, a existência – a construção da pessoa Mbyá – e a criação e manutenção do mundo estão estreitamente vinculados a processos sonoros, assim como as performances imagéticas, cinéticas e materiais fortalecem a escuta e a ressonância do ser – do coletivo, do mundo – em suas dinâmicas de sentidos e presenças.
A noção de cosmo-sônica, portanto, sintetiza a proposição de que o mbyá rekó (modo de ser/estar Mbyá) se forja em uma existência produzida, orientada e mediada pelo som. Processos constitutivos da pessoa Mbyá se relacionam de muitas maneiras com o universo da performance (Schechner, 1985; Turner, 1986), dos movimentos e das vibrações melódicas e rítmicas produzidas pelos Mbyá. A análise da existência mbyá como cosmo-sônica aponta para dois aspectos desta forma de vida. Primeiramente, para seu caráter temporal, processual, cíclico e inacabado – o devir guarani. Além disso, reforça o predomínio dos processos vibratórios, cinéticos, performáticos e sonoros nesta constituição temporal da pessoa, do cosmos e da existência cotidiana entre os Mbyá: mboraí e jerojy (danças), mba’epú (instrumentos musicais sagrados) e ayvu porã (palavras belas e sábias) estão presentes na origem mítica do cosmos e dos coletivos Guarani, nas estratégias de ensino e aprendizagem de seu modo de ser/estar, nos cuidados e tratamentos corporais que constituem cada pessoa Mbyá, nos rituais de nominação, no investimento coletivo na preservação do mundo e nas relações com diversos seres – humanos e extra-humanos. São formas variadas pelas quais os Mbyá valorizam a escuta e a produção de sons e movimentos em suas vidas (Stein, 2015, p. 210-211. Luz da Silva, 2023).
Marília Raquel Albornoz Stein
Referências
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