NAP: Linguagens Visuais

APRESENTAÇÃO 

Esse bloco traz textos acerca do diálogo entre Linguagens Visuais e Educação Infantil. Os dois primeiros textos integram Documentos Orientadores e Curriculares da Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino de Florianópolis (RMEF). Ambos constituem leitura indispensável aos profissionais da referida rede, pois trazem as concepções que fundamentam a presença das linguagens visuais no cotidiano das unidades educativas, bem como a indissociabilidade entre arte e processo de formação integral de crianças com idade entre 0 e 5 anos. 

Os demais textos corroboram com os conceitos tratados pelos textos anteriores, além de ampliar discussões e reflexões. 

O conjunto de textos aborda temas como: educação estética; arte e natureza; criação, expressão, imaginação e autoria das crianças, desde bebês; organização de tempos, espaços e materiais para a expressão das crianças por meio das linguagens visuais; desenho e demais linguagens expressivas; educação visual; crianças e museus de arte; importância de ampliação da formação artístico-cultural e das experiências estéticas de profissionais da Educação Infantil, entre outros. 

DOCUMENTOS

Linguagens Visuais

FLORIANÓPOLIS, PMF. SME. Linguagens Visuais. In: Orientações Curriculares para a Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino de Florianópolis. Florianópolis: Prelo Gráfica e Editora Ltda., 2012. 

Resumo: 

O texto integra o documento “Orientações Curriculares para a Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino de Florianópolis” (2012).  Traz orientações acerca das especificidades das “Linguagens Visuais” em e na relação com a organização das práticas educativo-pedagógicas nas unidades educativas da Rede Municipal de Ensino de Florianópolis (RMEF).


Educação infantil, arte e criação: ensaios para transver o mundo

OSTETTO, Luciana Esmeralda. Educação infantil, arte e criação: ensaios para transver o mundo. In: FLORIANÓPOLIS, PMF. SME. Diretrizes Educacionais Pedagógicas para Educação Infantil. Prefeitura Municipal de Florianópolis. Secretaria Municipal de Educação. Florianópolis: Prelo Gráfica & Editora Ltda, 2010. 

Resumo:

O texto integra o documento “Diretrizes Educacionais Pedagógicas para Educação Infantil” (2010), da Rede Municipal de Ensino de Florianópolis (RMEF). Traz conceitos e reflexões acerca da presença da arte como um componente do projeto educacional-pedagógico na educação infantil. Aborda concepções e práticas relacionadas ao desenho, educação estética, organização dos espaços e suas implicações na construção cultural do olhar e da sensibilidade de crianças e adultos, bem como ao papel do professor como pessoa-chave para mediar os caminhos da criança no mundo simbólico da cultura. 

Agora eu era herói: imaginação e expressão artística na primeira infância

ALBANO, Ana Angélica. Agora eu era herói: imaginação e expressão artística na primeira infância. In: Revista Digital do LAV – Santa Maria – vol.11, n.2, p.09-19 – mai./ago., 2018. 

Resumo:

Através de memórias, experiências como e com professores de arte e observações coletadas ao longo de 20 anos supervisionando estágios no curso de graduação em artes visuais da Unicamp, reflito sobre a potência das atividades com linguagem visual na educação infantil. Dialogo com poetas e artistas, procurando imagens que enfatizem a importância de incentivarmos a imaginação e a expressão artística na primeira infância.

Bebês e Museus de Arte: Acolhendo descobertas

CARVALHO, Cristina; CORREIO, Maria Emília T. S. Bebês e Museus de Arte: Acolhendo descobertas. Educativa, Goiânia, v.20, n.1, p.288-303, jan./abr.

Resumo: 

A oferta de ações educativas em museus voltadas para bebês provoca a necessidade de estudos que busquem compreender tais ações, contribuindo para a constituição de práticas significativas. A partir dessas atividades, o artigo apresenta uma reflexão sobre a relação entre arte e primeira infância. O texto foi orientado por teóricos que valorizam o aspecto cultural no desenvolvimento infantil, em especial por Rinaldi e Vecchi. Foram utilizados documentos das instituições, como registros fotográficos e artigos, além de observações de algumas atividades. Buscou-se identificar caminhos que podem estimular a extensão do acolhimento ao público de zero a três anos nas instituições culturais.

Como vai a arte na Educação Infantil?

CUNHA, Susana Rangel. Como vai a arte na Educação Infantil? REVISTA APOTHEKE, v.5, n.3, ano 5, 2019. 

Resumo:

Este artigo tem como foco das discussões as ações pedagógicas naturalizadas em artes visuais desenvolvidas nas instituições de Educação Infantil no Brasil. Os exemplos, reflexões e análises são decorrentes das experiências docentes da autora no curso de Pedagogia da UFRGS e pesquisas desenvolvidas em Escolas Municipais Infantis de Porto Alegre com professoras e crianças ao longo de 15 anos. Para além de traçar um panorama das pedagogias em arte no contexto da educação infantil, procura-se entender e problematizar as concepções de criança, arte e educação que norteiam tais práticas pedagógicas nas instituições que educam crianças pequenas.

Imaginação: arte e ciência na infância

GIRARDELLO, Gilka. Imaginação: arte e ciência na infância. Pro-Posições, Campinas, v. 22, n. 2, p. 72-92, 2011. 

Resumo:

O artigo faz uma breve discussão conceitual sobre a relação entre imaginação e infância, apontando alguns fatores considerados favoráveis à imaginação infantil: a arte, o tempo, a natureza, a mediação adulta e a narrativa. Investigam-se os processos infantis de criação de hipóteses diante dos fenômenos do mundo, destacando o papel que neles desempenham a curiosidade e a partilha narrativa. Examinam-se aspectos da vida imaginativa infantil, especialmente em contextos pedagógicos, explorando possibilidades de ação educativa — com ênfase para a narração oral — que integrem diferentes áreas do conhecimento de forma não dualista e que promovam a abertura de caminhos para a descoberta. 

Múltiplas linguagens de meninos e meninas e a educação infantil

GOBBI, Márcia. Múltiplas linguagens de meninos e meninas e a educação infantil. In: Anais do I Seminário Nacional: Currículo em Movimento – perspectivas atuais. Belo Horizonte, novembro, 2010. 

Disponível em: 

Resumo:

Este texto, de autoria da professora Márcia Gobbi, foi produzido em 2010, momento em que a Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação (SEB/MEC), por meio da Coordenação Geral de Educação Infantil, elaborava orientações curriculares baseadas nas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil num processo de debate democrático e com consultoria técnica especializada sobre diferentes eixos e experiências da Educação Infantil. Nesse contexto, a análise desenvolvida por Gobbi, uma das consultoras do MEC nesse processo, procura conciliar algumas reflexões sobre as linguagens infantis, manifestações culturais de adultos e crianças e sugestões de atividades simples que podem ser desenvolvidas e recriadas no cotidiano de creches e pré-escolas. A finalidade é contribuir para a formação docente e ao mesmo tempo instigar os professores à busca contínua por caminhos diversos e interessantes em sua práxis educativa, construída em coautoria com os bebês e as crianças. 

Arte na educação infantil: pesquisa, experimentação e ampliação de repertórios

KOLB-BERNARDES, Rosvita; OSTETTO, Luciana. Arte na educação infantil: pesquisa, experimentação e ampliação de repertórios. Revista Trama Interdisciplinar, v. 7, p. 40-52, 2016. 

Resumo: 

Este artigo tem a intenção de compartilhar algumas reflexões sobre a arte na educação infantil, dialogando com pesquisas, experiências e preceitos legais que tematizam a questão. Busca tornar visíveis concepções e práticas pedagógicas que contribuam para alargar as oportunidades de acesso à produção artístico-cultural, promovendo a aproximação das crianças aos diferentes códigos estéticos, ampliando seus repertórios vivenciais e culturais. Para tanto, o texto propõe a discussão sobre a necessidade de um espaço específico para a arte em creches e pré-escolas: o ateliê. Um espaço-tempo que, intencionalmente organizado, encoraja crianças e adultos à experimentação e à exploração de diferentes materialidades, à invenção e à formulação de ideias e projetos, potencializados no diálogo com a arte.

O Serviço Educativo dos Museus e o Espaço Imaginativo das Crianças

LEITE, Maria Isabel. O Serviço Educativo dos Museus e o Espaço Imaginativo das Crianças. Revista Pro-Posições, Campinas - SP, v. 15, n.43, p. 121-128, 2004. 

Resumo: 

Esta pesquisa acompanhou os setores educativos do Solar Grand-Jeande Montigny, com uma exposição de réplicas de Portinari, e do Museu Nacional de Belas Artes, com Salvador Dali - ambos cariocas. No primeiro, as escolas agendavam uma visita guiada e, em seguida, com papel e lápis cera, crianças faziam o desenho da obra preferida. Na segunda, após livre visitação, crianças assistiam a um vídeo e depois, com lápis cera e papel ou massa plástica, representavam o que viram. Em que medida essas propostas estimulam o processo imaginativo? Foi levado em conta o repertório? Foi-lhes dada oportunidade de contemplação ativa? De dar asas à imaginação? Estabelecer sentido? Criar? O diálogo com autores, a observação dos mais de 3.000 desenhos infantis, entrevista com monitores e acompanhamento das visitas fizeram com que a pesquisa concluísse que o processo imaginativo está diretamente ligado às condições de apropriação e de produção oferecidas às crianças.

Bebês Potência e os Materiais Potencializadores

MALLMANN, Elisete; DORNELLES, Leni. Bebês Potência e os materiais potencializadores: Relações que escapam e transformam. In: Atas do III Simpósio Luso-Brasileiro em Estudos da Criança: Travessias e Travessuras nos estudos da criança, 2016. 

Resumo:

Este trabalho pretendeu debruçar-se sobre como é vista a potencialidade de bebês de uma Escola de Educação Infantil no Sul do Brasil, entre 2013 a 2014. Aproxima-se da pesquisa-intervenção, sendo utilizadas como ferramentas de coleta a observação participante, o diário de bordo, os registros fotográficos e de vídeos. Buscou-se desafiar os bebês a manipular uma diversidade de materiais, conceituados como Materiais Potencializadores. Os pressupostos teórico-metodológicos se apoiaram nos estudos da criança, da sociologia da infância e nos estudos pós-críticos. As reflexões em torno das experiências proporcionadas a partir da exploração dos Materiais Potencializadores auxiliaram na compreensão dos modos como os bebês significam o mundo, exigindo que os docentes repensem a ordem vigente.

MALLMANN_Elisete_atas luso.pdf

Na escola, na cidade, no museu: fazer e pensar artes visuais na educação infantil

OSTETTO, Luciana; MELO, Maria Isabel. Na escola, na cidade, no museu: fazer e pensar artes visuais na educação infantil. Revista Geart, v. 6, p. 497-513, 2019. 

Resumo:

Ao refletir sobre as artes visuais na Educação Infantil, o artigo parte de uma concepção teórica e prática de arte como um processo contínuo e cotidiano — que envolve pesquisar, experimentar, explorar materiais, ideias e possibilidades, projetar, realizar —, para então questionar a pertinência da expressão “ensino de arte” no âmbito na Educação Infantil. As questões conceituais são articuladas à prática docente, por meio de retratos dos fazeres e saberes construídos por um grupo de miúdos de 3 a 6 anos e sua educadora, em uma instituição de educação pré-escolar pública de Évora — Portugal. Tematiza a importância dos materiais, dos espaços e da experimentação que desencadeiam e/ou intensificam o pensamento criativo e a contribuição de visitas a museus e de passeios na cidade como oportunidades para aprender a observar, a refinar o olhar e potencializar os processos criativos e simbólicos das crianças.

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