A Organização dos Tempos e Espaços na Educação Infantil

APRESENTAÇÃO

As seções que seguem apresentam um conjunto de artigos sobre a importância da Organização dos espaços, tempos e materiais na Educação Infantil. 

Os artigos enfatizam que o espaço deve ser assumido “como um outro educador” (Malaguzzi, 1999) e potencializam que a sua organização são parte do planejamento, pois é nele que as crianças interagem entre si, com os adultos e com o mundo.

 Deste modo, os estudos superam a perspectiva de um espaço organizado para todas as crianças participarem todos os dias, de uma proposta, todas juntas o tempo todo.

Os estudos asseveram a importância que a organização dos espaços, tempos e materiais possibilitam para a interação entre adultos, crianças e os materiais, seja quando os adultos acolhem a singularidade de cada criança, de um grupo pequeno de crianças  ou do grande grupo nas vivências que são compartilhadas para e com as crianças.

DOCUMENTOS

Educação Infantil: espaços e experiências

GUIMARÃES, Daniela. Educação Infantil: espaços e experiências. In: O cotidiano na Educação Infantil. Brasília: Ministério da Educação, Boletim Salto para o Futuro, 2006. pp. 28-45. 

Resumo:

O objetivo central deste texto é refletir sobre a qualidade dos espaços planejados para o trabalho educacional com crianças pequenas. Então, inicialmente, trata-se de definir o que entendemos como Educação e, em seguida, como determinada organização dos espaços pode interferir na concretização de nossos projetos educacionais.

A organização dos espaços e dos materiais e o cotidiano na educação infantil

HORN, Maria da Graça. A organização dos espaços e dos materiais e o cotidiano na educação infantil. Brincar e Interagir nos Espaços da Escola Infantil, Porto Alegre: Penso, 2017.p. 17-21. 

Disponível em:

Resumo: 

Crianças aprendem em todos os locais, internos ou externos, em interação com seus companheiros e com o espaço. À luz das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, os espaços são um eixo estruturante das propostas pedagógicas das instituições. O presente texto [...] norteia o trabalho junto às crianças, entendendo o espaço da escola infantil como verdadeiro parceiro pedagógico, palco de interações e brincadeiras que lhes propiciam vida e prazer.

Tempo e Cotidiano – tempos para viver a infância

BARBOSA, Maria Carmen Silveira Barbosa. Tempo e Cotidiano – tempos para viver a infância.  Leitura: Teoria & Prática, Campinas, v.31, n.61, p.213-222, nov. 2013. Disponível em:  https://ltp.emnuvens.com.br/ltp/article/view/185/122 

Resumo: 

Compreendemos o tempo como uma das variáveis fundamentais de uma pedagogia para a educação infantil. Nos espaços coletivos de educação frequentados pelos bebês e pelas crianças pequenas: creches e pré-escolas, a velocidade e a produtividade têm sido a tradução mais constante do tempo. A partir da análise de Félix Guatarri (1985) sobre as creches como iniciadoras no tempo do capital procuro tecer algumas reflexões críticas sobre essa compreensão de tempo e sugerir formas de resistência a essa intervenção do mundo do capital nas vidas cotidianas de professores e crianças e na formação das subjetividades contemporâneas.

INFÂNCIAS, TEMPOS E ESPAÇOS: um diálogo com Manuel Jacinto Sarmento (Entrevista)

DELGADO, Ana Cristina Coll; MULLER, Fernanda. INFÂNCIAS, TEMPOS E ESPAÇOS: um diálogo com Manuel Jacinto Sarmento. Currículo sem Fronteiras, v.6, n.1, pp.15-24, Jan/Jun 2006. Disponível em:

Resumo: 

Esta entrevista aborda temas relacionados à infância, tempos, espaços e educação infantil. Mostra a importância e aspectos significativos no desenvolvimento de uma Sociologia da Infância e suas implicações para o campo educacional e para a pesquisa nesta área, tanto na Europa quanto no Brasil.

A organização do espaço e as práticas pedagógicas na educação infantil: processos humanizadores

BARROS, Flávia Cristina Oliveira Murbach de; RAIZER, Cassiana Magalhães; SINGULANI, Renata Aparecida Dezo. A organização do espaço e as práticas pedagógicas na educação infantil: processos humanizadores. In: X EDUCERE CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, agosto de 2011, Curitiba. Anais eletrônicos. p. 7535-7544. 

Resumo: 

O presente texto é fruto das nossas experiências de pesquisa em nível de mestrado na escola da infância. Atuando em diferentes cidades, culturas, saberes e contextos, percebemos que nossas inquietações sobre a organização do espaço e sobre as práticas pedagógicas estavam muito próximas. Entendemos que cada criança é única e que suas ações dependem diretamente do lugar onde estão inseridas assim como das vivências que são oferecidas a elas. Partindo dessas inquietações nos questionamos: Como organizar o espaço enquanto elemento mediador da criança com a cultura? E ainda, quais práticas pedagógicas podem contribuir para uma educação humanizadora? Como o educador pode fazer parte desse processo? Para tentar responder tais questionamentos, o presente texto buscará por meio da soma de nossas experiências educacionais e a Teoria-Histórico-cultural, refletir sobre a organização do espaço da escola da infância assim como as práticas pedagógicas ali inseridas, a fim de repensar propostas que visam uma educação humanizadora. O espaço da Educação Infantil, desde que planejado intencionalmente, pode ser um grande aliado da educadora no seu fazer pedagógico e pode contribuir para que as crianças se apropriem das formas mais elaboradas da cultura, desenvolvendo as qualidades humanas. Pensar no espaço para a criança pequena significa colocá-la como protagonista do processo educativo, como um sujeito de direitos e de desejos, que se apropria e constrói cultura. Nesse sentido, o estudo evidenciou a importância da organização do espaço como elemento mediador da criança com a cultura, bem como a relevância do professor como aquele que organiza intencionalmente o espaço, promovendo o máximo desenvolvimento das crianças. 

Estudo propositivo sobre a organização dos espaços externos das unidades do Proinfância em conformidade com as orientações desse programa e as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil (DCNEIs) com vistas a subsidiar a qualidade no atendimento. 

BRASIL. Ministério da Educação. Estudo propositivo sobre a organização dos espaços externos das unidades do Proinfância em conformidade com as orientações desse programa e as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil (DCNEIs) com vistas a subsidiar a qualidade no atendimento. Secretaria de Educação Básica. – Brasília : MEC, SEB, 2014. 

Contador de visitas

Cotidiano da educação infantil: 

espaço acolhedor de emancipação das crianças

BATISTA, Rosa. Cotidiano da educação infantil: Espaço acolhedor de emancipação das crianças. Congresso do fórum de Educação Infantil dos municípios da AMREC. 2008.

Disponível em: 

Resumo: 

É um texto importante porque provoca o debate e nos mobiliza para a construção da identidade da educação infantil; importante também, pelo lugar que ocupa na área e no cenário social e político em defesa de uma educação inclusiva, dos direitos sociais das crianças de O a 6 anos e de suas famílias.

Resumo: 

Este documento foi elaborado com princípios definidos pelas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (DCNEIs). Destaca que a organização dos espaços e dos materiais deverá prever estruturas que facilitem as interações das crianças, permitindo-lhes construir sua cultura de pares. Considera ainda que é indispensável o contato com a diversidade de produtos culturais (livros de literatura, brinquedos, objetos e outros materiais), com manifestações artísticas e com elementos da natureza. O documento aponta caminhos que vislumbrem o entendimento de que, em todas as dependências da instituição de educação infantil, uma criança ativa e protagonista encontrará desafios que a convide e instigue a aprender, com destaque aos espaços externos e às inúmeras possibilidades de brincar e interagir que ali podem ser oferecidas às crianças.