NAP Linguagens Corporais e Sonoras

APRESENTAÇÃO

Esse bloco traz textos sobre a presença, possibilidades e implicações das Linguagens Corporais e Sonoras no cotidiano da Educação Infantil. 

Os dois primeiros textos integram Documentos Orientadores e Curriculares da Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino de Florianópolis (RMEF). Ambos constituem leitura indispensável aos profissionais da referida rede, pois trazem os fundamentos da relação entre manifestações gestuais-corporais e sonoro-musicais com a educação e o cuidado, em espaços institucionalizados, de crianças com idade entre 0 e 5 anos. 

Os demais textos corroboram com os conceitos tratados pelos textos anteriores, além de ampliar discussões e reflexões. O conjunto de textos aborda temas como: o corpo, sua educação e cuidado; gestualidade e movimentos humanos; a organização de tempos, espaços e materialidades para a expressão gestual-corporal e sonoro-musical das crianças, desde bebês; características, conceitos e aspectos concernentes a produções artístico-culturais como teatro, dança, música e suas inter-relações com a prática educativo-pedagógica, entre outros.

DOCUMENTOS 

Linguagens Corporais e Sonoras

FLORIANÓPOLIS, PMF. SME. Linguagens Corporais e Sonoras. In: Orientações Curriculares para a Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino de Florianópolis. Florianópolis: Prelo Gráfica e Editora Ltda., 2012. 

Resumo: 

O texto integra o documento “Orientações Curriculares para a Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino de Florianópolis” (2012).  Traz orientações acerca das especificidades das “Linguagens Corporais e Sonoras” em e na relação com a organização das práticas educativo-pedagógicas nas unidades educativas da Rede Municipal de Ensino de Florianópolis (RMEF).

Sobre o Corpo em Movimento na Educação Infantil: a cultura corporal e os conteúdos/linguagens

SILVA, Maurício Roberto. Sobre o corpo em movimento na educação infantil: a cultura corporal e os conteúdos/linguagens. In: FLORIANÓPOLIS, PMF. SME. Diretrizes Educacionais Pedagógicas para Educação Infantil. Prefeitura Municipal de Florianópolis. Secretaria Municipal de Educação. Florianópolis: Prelo Gráfica & Editora Ltda, 2010. 

Resumo:

O texto constitui-se no desafio de pensar o corpo em movimento das crianças nos ambientes das unidades educativas de educação infantil, considerando as categorias dialéticas implícitas no “movimento” do “corpo produtivo” [cujo fim é trabalhar para a subsistência] e contraditoriamente do “corpo brincante” [que insurge como portador de expressão, utopia, liberdade, luta e resistência].  “O mesmo pé que dança o samba – vai à luta...” (SILVA, 2010, p.79).

Corpo e Infância: natureza e cultura em confronto. 

BUSS-SIMÃO, Márcia; MEDEIROS, Francisco Emílio de;  SILVA, Ana Márcia; SILVA FILHO, João Josué da. Corpo e Infância: natureza e cultura em confronto. Educação em Revista. Belo Horizonte, v.26,  n.03, p.151-168, dez. 2010.

Resumo:

Este ensaio desenvolveu reflexões sobre possíveis avanços teórico-metodológicos na concepção de corpo e infância, a partir da consideração da existência da interconexão entre natureza e cultura. Inicialmente, examinamos os elementos das concepções dualistas, as quais se mostravam insuficientes para a compreensão da relação entre corpo e infância, seja pelo fato de focarem suas deduções apenas nas diferenças e semelhanças biológicas do corpo, seja por debruçarem-se exclusivamente em determinações culturais. Pautados nos estudos da Sociologia da Infância e em outros de base filosófica, buscamos delinear uma possível concepção crítica da relação entre infância e corpo que a compreendesse, concomitantemente, como construção cultural e biológica. Além disso, ainda que breves, acabamos redigindo, também, alguns desdobramentos da reflexão realizada para a prática dos educadores que trabalham em instituições educativas.

A Música e outras linguagens da arte na Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino de Florianópolis

CINTRA, Simone; SIEBEN, Cristine; SCHMITT, Rosinete; VIEIRA, Carmen Lúcia Nunes. A Música e outras linguagens da arte na Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino de Florianópolis. In: Claudia das Chagas Prodossimo (Org.). Música: Circunstâncias Naturais e Sociais. 1ed.Ponta Grossa: Atena Editora, 2019, p. 15-27. 

Disponível em:

RESUMO:

Este texto é oriundo de uma fala proferida em Mesa Redonda do VIII Encontro de Pesquisa e Extensão do Programa Música e Educação (MusE). Apresenta princípios dos documentos orientadores e curriculares da Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino de Florianópolis (RMEF), sobretudo aqueles acerca das linguagens da arte. Também dados dos cursos relativos a essas linguagens, que compuseram o Programa de Formação Continuada com profissionais da Educação Infantil, do ano de 2018, da referida Rede. Aborda, de forma mais específica, a linguagem musical, presença constante em todas as dimensões educativas que integram o Currículo da RMEF, composto, entre outras dimensões, por Núcleos de Ação Pedagógica (NAP). O NAP: Linguagens Corporais e Sonoras traz orientações, acerca da relação da criança com o universo sonoro-musical, nunca dissociada do corpo e do movimento. Para dar ­visibilidade a uma prática pedagógica orientada por esse currículo, trazemos um trabalho com crianças entre 4 e 6 anos. Nesse a professora pedagoga se utilizou de músicas de sua autoria, as crianças exploraram o violão e outros instrumentos musicais e compuseram suas próprias canções. Dessa forma, a partir de um cotidiano repleto de sonoridades e possibilidades de expressão e aprendizagem, potencializou-se a ampliação e criação de repertórios estéticos. Importa ressaltar que o trabalho educativo-pedagógico apresentado é também subsidiado por um processo de formação contínua em serviço, que busca possibilitar aos profissionais a ampliação de seus repertórios conceituais, práticos e estéticos.

Tem crianças fazendo música, vamos ouvir? Por uma Educação Musical mais em consonância com a infância

CUNHA, Sandra Mara da. Tem crianças fazendo música, vamos ouvir? Por uma Educação Musical mais em consonância com a infância. In: Atas do IV Seminário de Grupos de Pesquisa Sobre Crianças e Infâncias - GRUPECI, 2014, Goiânia- GO. Trabalhos por eixos temáticos, 2014. 

Resumo:

O texto aborda e traz reflexões e indicativos para a construção de uma prática educativo-pedagógica na qual a música é tratada como área de conhecimento - prática, esta, que também pode ser consolidada por professoras e professores não especialistas nesse campo. Traz, ainda, indicativos que visam colaborar para a elaboração e efetivação de um trabalho de educação musical que vá além das reproduções e repetições de canções, incorporando a este trabalho as criações musicais das crianças. Tem como foco a pequena infância, dialogando com estudos de educadores musicais, bem como estudos do campo da Sociologia da Infância.

Caixinha com sons na educação infantil

CUNHA, Sandra Mara da. Caixinha com sons na educação infantil. Revista Música na Educação Básica, v. 09, p. 08-17, 2019. 

Resumo:

A música, na educação infantil, se aproxima das crianças e faz sentido para elas ao ser trabalhada de modo brincante e criativo, fundado na escuta e na exploração sonora. Uma pequena caixa é apresentada às crianças e, a cada vez, revela pequenos instrumentos musicais coloridos, alguns em formato de bichos. Mais do que visualmente interessantes, esses instrumentos produzem sons e músicas que remetem a um mundo imaginário que se desdobra em histórias inventadas. Em encontros nos quais as professoras assumem papel fundamental como promotoras da aprendizagem artística, a educação musical é desenvolvida em consonância com a pequena infância e o grande interesse de bebês e crianças pequenas em investigar sons e fazer suas músicas – as músicas das crianças. 

Teatro desde bebês: contributos para pensar o teatro, a arte e a educação

FOCHI, Paulo. Teatro desde bebês: contributos para pensar o teatro, a arte e a educação. MÓIN-MÓIN (UDESC), v. 13, p. 65-81, 2017. 

Resumo:

Este texto se ocupa de refletir sobre o que pode ser produzir teatro desde a primeira infância. Partindo da experiência da montagem do espetáculo Cuco, a linguagem dos bebês do teatro, inicialmente, discute-se a questão da preposição teatro para/com/desde os bebês como uma forma de problematizar os possíveis sentidos do teatro quando se está dirigindo a um público de crianças menores de 3 anos. Na sequência, ocupando-se da metáfora da pedra no pântano de Gianni Rodari (1982), o texto reflete o que temos entendido por fazer teatro desde os bebês, em seguida, quais podem ser os desdobramentos disso para a formação de professores e, por fim, o quanto ainda se faz necessário discutir quando se trata do encontro entre bebês e teatro.

Apontamentos sobre o jogo e a partir de Peter Slade e Viola Spolin

GRAZIOLI, Fabiano. Apontamentos sobre o jogo e a partir de Peter Slade e Viola Spolin. Revista Digital Art&, v. 8, p. 9 (9º artigo), 2007.

 Resumo:

O texto focaliza algumas contribuições de Peter Slade e de Viola Spolin para os estudos relacionados ao jogo, destacando as categorias que cada autor assinalou no trabalho de compreendê-lo e sistematizá-lo. Aborda também a possibilidade de o jogo evoluir das categorias mais simples para as mais complexas, resultando em experiências significativas com a linguagem teatral.

Boneca que fala, boneca que canta: Experiências educativo-musicais na creche

MARTINEZ, Andréia Pereira de Araújo; PEDERIVA, Patrícia Lima Martins. Boneca que fala, boneca que canta: Experiências educativo-musicais na creche. Revista Música na Educação Básica. Londrina, v. 8, nº 9, 2017. 

Disponível em:

Resumo: 

A partir de uma experiência com bebês e crianças bem pequenas de uma turma de creche e do conhecimento do contexto desse espaço educativo, o texto provoca reflexões acerca da criança e da educação infantil, sobretudo do trabalho educativo-musical que pode ser realizado com crianças de 0 a 3 anos de idade. Discute a atuação do professor ou da professora que pode desenvolver olhar e escuta atentos, intencionais e sensíveis em relação à criança e, assim, considerar as especificidades existentes no trabalho educativo que envolve essa faixa etária. As discussões baseiam-se na perspectiva histórico-cultural de Vigotski, que percebe o professor como organizador do espaço social educativo e entende o ser humano como um ser de possibilidades frente à cultura.

Teatro contemporâneo para crianças pequenas e a pedagogia da infância: um primeiro olhar

OLIVEIRA, Alessandra Mara Rotta de. Teatro contemporâneo para crianças pequenas e a pedagogia da infância: um primeiro olhar. In: Atas do III Simpósio Luso-Brasileiro em Estudos da Criança: Travessias e Travessuras nos estudos da criança, 2016. 

Resumo:

O trabalho trata de uma pesquisa em andamento realizada na área da Educação, tendo como objetivo geral averiguar as concepções que sustentam a produção teórica e as criações artísticas advindas do teatro contemporâneo destinadas às crianças menores de quatro anos de idade e suas possíveis contribuições para com a educação das crianças em creches e pré-escolas na perspectiva da Pedagogia da Infância. Atualmente, é inegável a crescente produção artística no campo do teatro, no Brasil e no exterior, dedicada às crianças com idades entre zero e três anos. Porém, ainda são poucos os debates e investigações, tanto no campo do Teatro como da Educação Infantil, sobre as especificidades teóricas e artísticas do teatro contemporâneo para crianças pequenas e suas possíveis contribuições para com a consolidação de uma Pedagogia da Infância no que tange à sua necessária dimensão estética. Assim, apresento um primeiro olhar sobre uma produção teórica que aproxima o denominado “teatro para bebês” à concepção de teatro performance, às possibilidades de compreender a criança pequena a partir da noção de performer e suas implicações para e na educação formal das crianças pequenas na perspectiva Pedagogia da Infância. No entanto, mais do que estruturar um protocolo de ação ou práticas pedagógicas para a educação formal das crianças pequenas assentadas no teatro contemporâneo a elas destinado, busco promover e tencionar as reflexões desta temática na área, em especial, na Educação Infantil.

OLIVEIRA_Alessandra_atas luso.pdf

Drama como possibilidade teatral na educação infantil

PEREIRA, Diego de Medeiros. Drama como possibilidade teatral na educação infantil. Revista aSPAs, v. 4, p. 68-79, 2014. 

Resumo:

A proposta de pesquisa, de que trata o presente texto, consistiu em uma investigação teórico-prática, em nível de doutorado, acerca da defesa do Drama como um encaminhamento metodológico possível para o trabalho com a linguagem teatral na Educação Infantil. Como base teórica, utilizou-se dos escritos de autores ingleses sobre esse método, assim como estudiosos brasileiros do tema, sobretudo Beatriz Cabral e Flávio Desgranges. Por meio da realização de 9 experimentos com crianças entre 2 e 6 anos, foi possível constatar a proximidade entre a proposta do Drama e as especificidades do trabalho pedagógico desenvolvido nesse segmento de ensino e discutir novas possibilidades de exploração da linguagem teatral com crianças.

“O ressentimento do guerreiro”: reflexões sobre corpo e educação a partir do pensamento de Theodor Adorno e da psicanálise

RAMOS. Conrado. “O ressentimento do guerreiro”: reflexões sobre corpo e educação a partir do pensamento de Theodor Adorno e da psicanálise. Interações, São Paulo, v. 11, n.21, p. 9-28, jan./jun., 2006. 

Disponível em:

RESUMO:

A partir da Psicanálise e da Teoria Crítica, discute-se a dominação social do corpo. Sustenta-se que não há educação que não atue sobre as pulsões e que não se inscreva no corpo do indivíduo. As aulas de educação física são pensadas como espaço privilegiado para o aparecimento do “ressentimento do guerreiro” (T.W.Adorno), isto é, a desforra da força física, separada do intelecto e menosprezada na divisão social do trabalho. Propõe-se que compreender o ressentimento em questão como “memória” da dominação, dificulta o surgimento da violência como um acting out e permite a consciência da dominação do corpo.

Da relação entre mímesis e corpo na obra de Adorno e Horkheimer.

VAZ, Alexandre Fernandez. Da relação entre mímesis e corpo na obra de Adorno e Horkheimer. Com. Motricidade. 2008. 

RESUMO: 

O objetivo do presente trabalho é apresentar sucintamente alguns elementos do conceito de Mimesis tal como ele é tratado por Theodor W. Adorno e Max Horkheimer, apontando suas afinidades eletivas com o tema da Corporeidade. Para isso começaremos caracterizando o comportamento mimético como forma de constituição e auto-conservação da espécie, para depois verificarmos o os impasses em que ele se encontra na análise do anti-semitismo da Alemanha hitlerista. Em um terceiro momento veremos como que do ponto de vista estético o conceito é "reabilitado", e quais implicações isso pode ter para a análise do movimento corporal.

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