Tradições
Um vampiro que vive em uma cidade governada por um príncipe deve aceitar certas responsabilidades em troca dos privilégios da segurança e da estabilidade. Tais responsabilidades são descritas no código conhecido como As Seis Tradições. Apesar de serem chamadas meramente de “Tradições”, são bem mais que isto – são leis. Suas interpretações podem variar de lugar para lugar, mas os Príncipes da Camarilla defendem ferrenhamente sua obrigatoriedade.
Suas origens se perdem no tempo, mas acredita-se que tais leis sejam passadas desde a guerra que acabou com a Segunda Geração de vampiros. Muitos acreditam que o próprio Caim as criou. É um costume que o senhor as recite à criança da noite antes que ela seja reconhecida como neófita.
Muitos vampiros jovens vêem as Tradições como uma forma dos anciões manterem coleiras na Sociedade Cainita e não enxergam a utilidade da Máscara. Obviamente, estas crianças estúpidas nada sabem da época das Fogueiras.
A seguir, As Seis Tradições, como são recitadas pelos anciões.
Nota: As tradições são apenas essas seis. Qualquer outra coisa é bobagem. não acredite em nada que não venha da boca de um justicar (e talvez nem da deles).
Mais uma Nota: Lembre-se: Só podem puni-lo daquilo que sabem que você fez. Portanto, não seja pego, evite comentários dúbios acerca de suas atitudes perante as Tradições, e ´´nunca´´ deixe que falem que você fez algo, nem de brincadeira.
Ponto absolutamente importante: a Camarilla é como o Direito Brasileiro: desconhecimento das leis não é desculpa e não implica isenção de responsabilidade. No máximo, alegar isso, agrava sua situação como alguém que não deveria ter sido Reconhecido sabendo tão pouco. Quem é seu sire mesmo?
Pra confundir mais: nunca admita nada. Nem que errou, nem desconhecimento do que estão dizendo que você errou. Desconverse. Na dúvida negue. Sempre. Depois, descubra quem lhe acusou e tente jogar a culpa nele.
Mais uma dica: "Semantics do matter. A lot."
Máscara
Não revele sua natureza real para aqueles que não são do Sangue. Fazendo isso você renuncia a seus direitos de Sangue.
De todas, talvez essa seja a mais importante e a mais facilmente manipulável, afinal de contas, basta que algum mortal tenha visto, ou a suposição do mesmo, para que se configure tal quebra. A Máscara é uma questão de sobrevivência, pois apesar de vampiros serem poderosos, eles são poucos, comparados com os mortais. Lembrem-se da Inquisição.
Dica: Confira antes qual é a definição do Príncipe de quebra de máscara. Para alguns, se você mostra tua natureza a um mortal que depois não pode falar (seja por estar morto, de forma que não possa ser ligada a vampiros, - claro - deixar cadáveres sem sangue por ai é uma ideia muito, muito ruim; seja por não se lembrar), não o é. Para outros, bem... Quase qualquer coisa é quebra de máscara, ou quebra de máscara em potencial. Até mesmo uma foto. Antes disso, seja amigo do Xerife e do Guardião de Elysiums. Ou tenha eles devendo para você. Agora, coisas óbvias, do tipo entrar em frenzy no meio de uma festa, e ser visto e filmado usando celeridade, potência e mostrando presas é um dos meios mais rápidos de ver o sol nascer. Se o Príncipe for clemente (apenas ressaltando, clemência tende a ser uam característica incomum entre os seres que são fortes , ambiciosos e maus o suficiente para chegarem à Príncipe)ele pode poupar a sua existência, mas isso provavelmente vai ser pior do que ver o sol nascer. Mantenha em mente: não é a primeira tradição à toa. Ela é rigorosamente observada, e punida caso alguém tenha de limpar a bagunça por você.
Mais uma Dica: A parte aqueles que não são do Sangue pode implicar que você está quebrando a Máscara ao ter contato com qualquer outra criatura que não os vampiros, sobrenatural ou não, e "revela a sua natureza". Isso inclui toda a cambada que a WW criou: Lobisomens, Múmias, Fadas, Espíritos umbrais, Wraiths, etc. (Com ênfase no etc.). Aliás, um super-zeloso pode considerar que "do sangue" se refere apenas a membros da Camarilla, e isso inclui membros Sabbat e Independentes. Pense nisso.
Domínio
O seu Domínio é de sua inteira responsabilidade. Todos os outros lhe devem respeito enquanto nele estiverem. Ninguém poderá desafiar sua palavra dentro de seu Domínio.
É uma faca de dois gumes. Por um lado você é quem manda, mas por outro, tudo o que acontece nos seus domínios é, no final, culpa sua. A não ser que seu status seja muito alto, aí a culpa é de quem você quiser que seja.
Dica: Ainda que tudo que aconteça em seus domínios seja culpa sua, lembre-se que ninguém que também possua domínios irá desmerecer o seu direito de pedir pela punição de quem quebrou o seu (por motivos óbvios). A não ser, é claro, que possuam mais Status que você, e eles tenham cometido o delito...
Dica de Novo: Lembre-se, a Hospitalidade em um Domínio deve ser concedida in persona. Não vale pedidos via internet, carta, ou terceiros. Há uma razão simples para isso: dar a chance do Príncipe se certificar que o visitante seja exatamente quem ele diz que é. Não cometa esse tipo de gafe. Use as que os demais cometerem - isso é bastante comum. É uma ótima chance para aproveitar e levantar, cuidadosamente, algumas suspeitas sobre o visitante - se lhe for conveniente, é claro. Ou sobre o primigênito do clã do visitante, caso exista. E, para evitar problemas, caso vá a alguma cidade resolver assuntos dentro da Seita, pode ser interessante pedir para que tua Harpia entre em contato com a Harpia do Domínio que você pretende visitar, e confirmar teus status com antecedência. É claro, a Harpia e/ou o Príncipe do Domínio que você for visitar podem não reconhecer estes status, principalmente se forem emprestados. Ai, se você tiver uma boa relação com teu Príncipe e tua Harpia, isso pode ser visto como insulto a eles. (Nota: Ênfase no pode. Eles podem não querer comprar essa briga e ficarem chateados se você jogá-los no fogo).
Progênie
Só com a permissão de um ancião é que se pode Abraçar alguém. Se você criar outro sem permissão, você e sua progênie serão destruídos
Essa é talvez uma parte do jogo que é pouco cobrada. Afinal, novos players tem que entrar. Só não invente de sair por ai criando vampiros pois ou você é um Toupeira ou é tática Sabbat. Claro, novamente, se bem utilizada, pode gerar alguns contratempos para os incautos. Na dúvida consiga a aprovação antes, ou abrace fora da cidade e traga para ser reconhecido. Ninguem confere se já foi ou não reconhecido em outro lugar. Fala que veio da terra natal do Pedder que ninguem vai lá tirar a prova. Ou então você pode ficar devendo Favores de Vida para dois príncipes diferentes e se tornar secretário particular de um deles.
Dica: Não queira crias. É sério. Por mais que ache que seria legal, a não ser que você seja competente e poderoso, um dia eles vão se rebelar contra ti. Ver Responsabilidade logo abaixo.
Responsabilidade
Aqueles que você cria são suas próprias crianças. Até que sua progênie seja liberada, você a comandará em todas as coisas. Os pecados de seus filhos recairão sobre você.
O cara que criou essa tradição deve ter feito só pra sacanear os outros e não deve ter crias. Sempre que algum vampiro fizer caquinha no jogo, veja quem é seu sire. Excelente meio de sujar o nome do cara, sem ele ter feito nada. Na dúvida, não tenha filhos.
Hospitalidade
Deve-se honrar o domínio dos outros vampiros. Quando chegar em outra cidade, você deve se apresentar àquele que a governa. Sem a palavra de aceitação, você não é nada.
Tudo depende de quem é o "dono do pedaço". Atualmente a "jurisprudência" e a prática indicam que Hospitalidade vale apenas para o Príncipe (você pede autorização para o Príncipe, não para quem tenha domínios dentro da cidade dele). 95% dos Príncipes não se usam dessa "capacidade" de maneira inteligente. Lembre-se, sem a aceitação sua palavra não vale nada, ou seja, você não tem Status. É uma ótima forma de se acabar com discussões iniciadas em outros lugares, e de se eliminar inimigos tolos o suficiente para adentrarem seus domínios. NÃO use isso contra um Justicar ou um Arconte, a não ser que você saiba muito bem o que está fazendo (e, acredite, se você acha que sabe, você não sabe).
Destruição
Não se pode destruir um vampiro da mesma espécie. Só um ancião o pode fazê-lo. Apenas os mais antigos chamarão a Caçada de Sangue.
Fantástica, só pode morrer quem o Príncipe deixa. O que nos leva a uma tática excelente: contrate seu inimigo para matar um inimigo em comum. Só não deixe ninguém descobrir que você está metido nisso, ou então acumule muitos Status para "provar" que o outro está mentindo.