O Principe
Data de postagem: Jul 14, 2014 2:51:15 AM
O Príncipe é provavelmente o coração da Política na Camarilla: a linha de frente no governo dos membros no mundo, executando as Leis da Camarilla e mantendo a paz, mesmo que através de violência.
Ferramentas do Principado
Uma boa dose de senso comum e uma sólida capacidade de liderança são imprescindíveis para qualquer Príncipe. Esta lista apresenta algumas características comuns a vários líderes bem sucedidos, mortais e cainitas, no passado.
Coisas como misericórdia, temperança e benevolência não são características desejáveis em um bom Príncipe: um líder verdadeiro não deve ser movido por emoções que podem tornar seu julgamento ineficiente. Piedade, empatia e justiça são interessantes para uma freira ou um árbitro de futebol - não para alguém que preside sobre um grupo de cainitas. A Autoridade é mantida pela força, pela vontade e por uma boa dose de medo. Você não precisa ser amado. Respeito é adquirido, assim com reputação. Ser desprezado é tão perigoso quando ser adorado. Seu inimigos procuraram fraquezas não apenas em você, mas também naqueles que você lidera. A coesão de qualquer grupo está sempre em movimento, e só pode ser mantida pela coerência da liderança.
Integridade
"Faça o que eu falo mas não o que eu faço" sempre vai te arruinar. Se você disser que fará algo, faça. Se fizer uma promessa, cumpra-a. Se pedir algo, aceite os resultados. Nunca prometa algo que não tenha a intenção de cumprir. Se punir alguém pelo descumprimento de uma regra, não deixe outros passarem impunes pela mesma falta.
Lógica
Aplique os conceitos básicos de teoria e hipótese a tudo que fizer. Investigue os fatos e se assegure da solidez de suas teses. Tome decisões firmes, nunca a partir de impulsos e tente enxergar qualquer coisa a partir de um ponto de vista neutro.
Reflexão
Deixe que os erros e acertos passados, seus e de outros, ajudem em seus processos de decisão.
Informação
Informação é Poder. Ponto.
Honra
Vai receber a vista de um Elder em seu Domínio, garanta que o clã desse Elder não o envergonhará. Se fizer uma regra, cumpra-a e faça com que seja cumprida.
Intensidade
Carpe Diem. Ações falam mais alto do que o marasmo e falta de movimento. Quando repreender alguém, faça a sala reverberar. Quando elogiar, ilumine a noite. Mostre fogo em seus olhos e convicção em suas palavras. Seja absoluto, aja com confiança.
Visão
Não espere pelo futuro, crie-o você mesmo. Olhe além do agora e considere sua direção. Pense antes de agir, aja com um propósito.
Intelecto
Não aja por capricho. Use sua mente, componha o cenário. Olhe o todo, não apenas as partes que lhe agradem mais. Nem tudo é tão claro quanto parece e mesmo as coisas mais simples escapam a uma mente preguiçosa.
Finalidade
Se tomar uma decisão, prenda-se a ela. Se disser que algo está encerrado, está encerrado. Se você encerrar uma reunião, ela acabou. Se dispensar uma pessoa, é bom que ela saia. Quando disser que alguém deve morrer, ele já está morto.
Por que ser Príncipe?
Uma questão interessante é: “Que benefícios tem alguém que se torna Príncipe?”. Antes que essa questão possa ser respondida, é necessário dar uma olhada nas qualidades que um Príncipe, ou alguém que quer se tornar um, deve ter. O que de fato faz com que alguém queira assumir esse fardo?
Cortando as firulas e conversas bonitinhas, a resposta se resume a “Ser Príncipe serve a minhas necessidades”. Detalhar o que são essas necessidades pode aumentar a complexidade da resposta. Vamos então analisar caso a caso.
Eu quero servir à Camarilla
Alguns membros realmente acreditam nessa visão altruísta de si mesmos e do cargo de Príncipe... Peça a eles, no entanto, que definam “Camarilla” e verá que eles começam a gaguejar e sair pela tangente.
O que é a Camarilla? Quem é a Camarilla? A Camarilla pode ser definida pela visão de um Justicar, que pode não ter a mesma opinião que outro sobre o mesmo assunto? A Camarilla representada por um Príncipe que tem uma visão “X” sobre um assunto é a mesma que aquela representada por outro que tenha uma visão “Y” sobre o mesmo assunto? Há situações que “X” e “Y” não são mutuamente exclusivos e ambos podem estar certos...
Talvez possamos resumir tudo e dizer que a Camarilla é o grupo composto por membros que dizem pertencer a ela e servem às Tradições e à Prestação. Então, o Príncipe altruísta que garante as Tradições e regras de Prestação para o bem de todos os Membros é um cara legal. Bravo!! Ou será que é diferente?
As Tradições dão poderes amplos e indefinidos ao Príncipe, que assume a figura do “Ancião” ou “Mais Velho”. Ele faz as leis em seu Domínio, decide quem aí pode residir, tem autoridade para criar ou permitir progênie e para destruir ou permitir a destruição de outros Membros. A Prestação é baseada em um modelo onde uma pequena elite governa um grande grupo.
Olhando assim, alguém que toma esse pesado fardo é realmente altruísta?
Eu quero Poder
A explicação para este motivo é a mesma dada acima. A diferença é que esta pessoa é mais honesta sobre suas motivações.
Eu sou o membro mais qualificado
Seja baseado em orgulho, experiência ou habilidade, este motivo é arrogante ao extremo. E cada Príncipe, ou postulante ao cargo, deve ter um saudável senso de si e um Ego poderoso.
Um príncipe não pode pensar “Eu estou certo”. Ele precisa SABER isso no cerne de seu ser.
Arrogância não é necessariamente ruim, já que pode funcionar muito bem em conjunto com competência. Arrogância e estupidez, por outro lado, podem ser realmente desastrosas.
Se tornando Príncipe
As milhares de formas de se tornar Príncipe são muito complexas para serem descritas além do superficial e geral. Alguns métodos tendem a ter mais sucessos que outros. Alguns métodos são combinações dos exemplos mencionados abaixo.
Pode-se dizer que a Tradição mais antiga é a do Domínio. Em qualquer área de valor haverá alguém dominante para dizer “Isto é meu”. Entre vampiros, essa pessoa provavelmente será o membro mais poderoso dentre os presentes ou o primeiro a chegar a tal região.
Com a chegada de mais pessoas, inevitavelmente chegará o dia em que haverá dissenso em relação a um assunto. Alguém terá que ceder, e esse é o momento em que o verdadeiro líder é descoberto. Como isso acontece?
Dica: Se pretende ser Príncipe, faça-o em sucessão a um príncipe fraco. Se um príncipe forte está deixando seu cargo, por qualquer motivo, não o substitua. Tome as providências para que alguém fraco o substitua. Quando tudo der errado, apareça para salvar o Domínio.
Guerra Civil
Este deve ser o método mais antigo e mais comum para uma mudança na liderança. O Príncipe atual é deposto ou morto e um usurpador assume o trono.
Alguns fazem isso por si mesmos, enquanto outros montam uma Coterie para ajudá-los. O uso de aliados é a forma mais segura, contanto que o novo Príncipe esteja disposto a reconhecer que, caso venha a desagradar aqueles que trabalharam em prol de sua causa, será deposto e substituído por um candidato mais ameno.
Ter um grupo de defensores prontos e bem dispostos para resistir caso haja alguma tentativa de retomada por parte do antigo Príncipe e/ou seus aliados.
Um Príncipe que assuma o poder desta maneira deve ser temido e respeitado, já que deu exemplo de suas habilidades marciais e de como é capaz de garantir que sua vontade seja feita.
Passando o Bastão
Há vezes em que o Príncipe atual não mais deseja manejar o poder que tem à sua disposição. Talvez sua atenção tenha se voltado para outros objetivos, ou mesmo ele tenha se tocado de suas próprias limitações. Alguns Príncipes têm a consciência de perceber que seu Domínio se levantará contra eles caso continuem tentando governá-lo. Nessas circunstâncias, muitos escolhem por sair da ribalta, efetivamente passando o título de Príncipe para outro.
Isso tem sucesso quando o Domínio concorda com a escolha de herdeiro do antigo Príncipe. O novo Príncipe pode assumir o trono com o respeito do Domínio que governará, fazendo uma transição de poder suave e sem problemas.
Alguns no entanto, são tolos a ponto de desconsiderar a opinião daqueles que serão governados.
Se o herdeiro escolhido for mal equipado para manejar o poder e autoridade dados a ele, o Domínio está destinado a ter problemas. O Príncipe que sai pode ser tão desligado das correntes políticas de seu Domínio a ponto de não ter consciência de que seu herdeiro é desprezado, talvez odiado. Algumas vezes, os poderosos locais se sentem diminuídos por terem sido desprezados na escolha. Ao ver um novo Príncipe que é fraco, esses poderosos podem decidir se envolver – às vezes de forma violenta.
Um Príncipe que chega ao poder por este meio muitas vezes não é respeitado, simplesmente por que não tomou o Poder, mas o recebeu como uma dádiva.
Essa é a idéia central quando o bastão é passado: Quaisquer que sejam os detalhes reais, há uma enorme diferença entre aqueles que tomam o poder e forçam sua vontade e aqueles que o recebem de mão beijada.
Quem quer ser Príncipe?
Há situações onde o Príncipe simplesmente se foi... Ele pode estar morto, exilado, em torpor, capturado ou simplesmente ter desaparecido. Os detalhes exatos não são importantes. O importante é que, por uma razão qualquer, não há um Príncipe e o Domínio precisa decidir o que fazer a respeito.
Pode acontecer que ninguém em particular tenha o desejo de se tornar Príncipe. Ou que alguém que tenha esse desejo não tenha o poder ou apoio necessários para tanto. Há poucas coisas mais humilhantes que tentar se tornar Príncipe e virar objeto de chacota daqueles que você pretendia governar.
Normalmente, essa situação resulta em um candidato de compromisso – vários grupos começam a se preparar para serem os primeiros a indicar a pessoa ideal para o cargo, trocando favores, oferecendo cargos e status e todas as outras pequenas propinas políticas.
Isso tem o potencial de resultar em um bom Príncipe, principalmente se no final esse Príncipe tomar o lugar vazio. Um membro forçado ao cargo, ou que o toma simplesmente por que estava vago está provavelmente destinado ao fracasso.
Príncipes Fantoches
Há Príncipes que chegam ao poder pela vontade de alguma outra pessoa. Essa é uma forma fraca de governo – tanto para o fantoche quanto para quem o manipula. É um estado transitório de poder, que só dura enquanto o fantoche está nas mãos de seu controlador.
Quando outros, antagonistas ao controlador notam esse estado, tomam o fantoche para si – ou o substituem por outro, sob seu controle. Isso continua até que apareça um Príncipe de verdade para tomar o poder.