Gravidez e exercício da mediunidade

Sobre esse assunto nos servimos do texto abaixo para análise e apreciação de todos, sem dar nenhum parecer, pois ainda não nos encontramos com experiência para tanto, tendo em vista também que não encontramos orientações de Allan Kardec sobre o tema.

Gravidez e Exercício da Mediunidade / Ainda “A Mesa e o Pão”

Iso Jorge Teixeira*

isojorge@globo.com

No dia 05 de outubro/2005, escreveu-nos um leitor, dizendo:

“Sr Jorge,

Meu nome é Afonso, sou de Brasília, procuro dentro do possível estudar a

doutrina espírita, e, lendo um artigo seu, pude atestar o seu conhecimento

da doutrina, tomei a liberdade de pedir algumas informações sobre o seguinte

assunto: a gravidez (normal - sem risco) pode ser um obstáculo ao trabalho

de assistência espiritual (desobssessão, passe, orientação...), conhece

alguma obra séria que trate do assunto? Tens algum artigo sobre o tema?

Se for possível, gostaria de saber sua opinião, com base na doutrina.

Que Deus continue iluminando seu caminho.

Abraço fraterno.”

AFONSO.

Depois de uma resposta preliminar nossa, o leitor voltou a nos escrever:

“Sr. Jorge,

Muito obrigado por ter respondido, (...) SOLICITO A Vsa., SE FOR POSSÍVEL, NOMES DOS LIVROS QUE ENCONTROU (QUE TRATAM DO ASSUNTO) DO ASSUNTO E OS ENDEREÇOS ELETRÔNICOS.

AGUARDO SEU ARTIGO.”

E num outro mail, após nossa outra resposta preliminar, e passarmos a enviar nossos mais recentes artigos, ele escreveu:

“Sr.Iso Jorge,

Muito obrigado por enviar as informações sobre gravidez e mediunidade, estarei aguardando a publicação do seu artigo. Fiquei muito feliz em receber os

artigos sobre eutanásia e depressão, salvei no micro, para posterior estudo.

Que DEUS continue iluminado seu caminho, para que possa iluminar aqueles que precisam mais.

Um grande Abraço!

AFONSO JOSÉ DA SILVA - Brasília - DF

Agradecemos ao Sr. leitor a fidelidade aos nossos artigos e isto nos deixa sensibilizado. Bem o tema Gravidez X Mediunidade parece não ter sido tratado profundamente pelos livros que conheço.

Preliminarmente, cremos que não há problema no exercício da mediunidade na gravidez sem risco, embora em alguns sites observei que há os que são contra, alegando-se que a mulher despenderia suas "energias"... Este é um mito que se criou ao se dizer que na mediunidade haveria "perda de energias", o que não me parece correto, isto só ocorreria em algumas formas de mediunidade, especialmente na chamada mediunidade de efeitos físicos, mas, mesmo assim, o médium recompõe- se logo a seguir.

No site cefamericana, no tema MEDIUNIDADE, com perguntas e respostas, lemos no link http://64.233.161.104/search?q=cache:0HL6GcnFwKsJ:www.cefamericana.com.br/

tema_mediunidade.htm+gravidez+trabalho+mediunico+obsess%C3%A3o&hl=pt-BR&lr=&strip=1, o seguinte:

“Há algum impedimento de mulheres grávidas participarem de reuniões mediúnicas?

“Não é aconselhável. O processo reencarnatório do Espírito é uma experiência delicada que envolve muitos aspectos energéticos e psíquicos. Um deles é o estado psicológico da mãe que, sem sombra de dúvidas, se altera por alguns meses, enquanto aguarda a chegada do Espírito que lhe foi encaminhado como filho. Ela necessita de tranqüilidade, descanso e não deve se submeter a atividades que lhe exijam grandes perdas de energias de qualquer natureza. Sabe-se que, nas atividades de intercâmbio espiritual, há toda uma movimentação de fluidos energizados, podendo haver gastos que poderá ser prejudicial para a mulher em estado de gravidez. Além disso, há o aspecto do reencarnante. É sabido pela ciência oficial da extrema importância do equilíbrio e interação mãe-filho desde o ventre. Por conta disso é prudente que se isente a mulher grávida das tarefas da mediunidade. O melhor que ela poderá fazer será cuidar de ter seu bebê em paz. Ao fazê-lo, estará praticando a caridade maior, que é a de dar vida a um novo ser. Quando puder, retornará às suas atividades mediúnicas normalmente. “

Aí está, foi dito: “Sabe-se que, nas atividades de intercâmbio espiritual, há toda uma movimentação de fluidos energizados, podendo haver gastos que poderá ser prejudicial para a mulher em estado de gravidez.”

Ora, não conhecemos a natureza dos tais “fluidos energizados” e se eles existissem com a periculosidade afirmada pelo(s) autor(es), não seria a participação da pessoa em reuniões mediúnicas o determinante dos tais “gastos” de energia, ou será que um médium deixa de ser médium pelo simples fato de não participar de reuniões mediúnicas?...

No livro digital na Internet, intitulado “Psicologia e Mediunidade” de ADENÁUER NOVAES, 1a. ed., 2002, no capítulo “Mediunidade e Gravidez” (p. 78-79), lemos:

“Qual será a influência do exercício da mediunidade durante a gravidez? Há porventura alguma contra-indicação? Por enquanto não há estudos mais profundos sobre a influência da mediunidade na gravidez e vice-versa. Há referências de aumento de sensibilidade da médium durante a gravidez.

Por tornar a mulher mais sensível emocionalmente é claro que ampliará suas capacidades intuitivas e emocionais, favorecendo o exercício da mediunidade nesse campo. Não afetará outros tipos de faculdades mediúnicas, as quais independem diretamente do estado emocional do médium.

A gravidez é um fenômeno natural na vida de uma mulher e seu organismo se prepara adequadamente para que ela ocorra.

As condições especiais de uma gestação alteram o estado de sensibilidade do organismo e, por algum motivo especial, o estado psíquico geral da mulher.

Quando houver o desabrochar da mediunidade durante a gravidez, deve a mulher avaliar seu estado psíquico geral a fim de não se confundir e não prejudicar sua relação com o bebê. O exercício da mediunidade ostensiva pode contribuir para que o espírito reencarnante venha a se perturbar, principalmente se seu estado for frágil e inspire cuidados.(...)”.

Tem razão o confrade ADENÁUER ao dizer que “Por enquanto não há estudos mais profundos sobre a influência da mediunidade na gravidez e vice-versa.”. Quando ele afirma que as condições de uma gravidez “alteram o estado de sensibilidade do organismo”, ele foi muito vago e, além disso não demonstrou que estudos provariam a sua afirmação... Também não demonstrou que a mediunidade ostensiva contribuiria para que “o espírito reencarnante venha a se perturbar”. Mas, prossigamos no estudo do referido capítulo do livro:

“(...) A gravidez não é apenas uma predisposição e interação orgânica, mas uma interação perispiritual. Além da ligação orgânica entre mãe e filho há uma ligação de natureza energética entre um perispírito e outro, que promoverá alterações significativas no modo de pensar e sentir de ambos. O fato de se tornar mãe, as alterações nas respostas culturais do meio a ela, que adota um trato especial, além dos complexos ativados pela conexão entre mãe e filho, são circunstâncias que promovem alterações no campo psíquico da mulher.

Durante a gestação não se tem idéia precisa do estado do reencarnante, como também se ele se encontra dentro ou fora do corpo em formação, muito embora sempre permaneça ligado fluidicamente a ele. Creio que quanto mais próximo ao corpo físico da mãe, mais sofrerá as influências que ela suportará no exercício da mediunidade ostensiva.(...)”.

Aqui, novamente, o confrade ADENÁUER faz afirmações sem sustentação científica ou doutrinária: a de que haveria “ligação de natureza energética entre um perispírito e outro”, isto é, entre o perispírito da futura mãe e do bebê!! No parágrafo a seguir, ele mesmo destrói o seu argumento anterior, ou seja, “durante a gestação não se tem idéia precisa do estado do reencarnante, como também se ele se encontra dentro ou fora do corpo em formação, muito embora sempre permaneça ligado fluidicamente a ele.” Ora, se não se tem idéia PRECISA do estado do reencarnante - e isto é verdadeiro do ponto de vista doutrinário -, por que ele afirmou anteriormente que haveria uma ligação energética “entre um perispírito e outro”?!!!

Continuemos o estudo do capítulo do livro:

“(...) A depender do estado do reencarnante, poderá a mãe captar seus pensamentos e transmiti-los mediunicamente. Tal ocorrência não é de todo impossível, pois há espíritos que permanecem por muito tempo lúcidos durante a gestação. Mesmo em estado de hibernação, ele estará em íntima ligação mental com a mãe, partilhando pensamentos e emoções, o que favorecerá uma possível comunicação mediúnica.(...)”.

Aqui, o confrade ADENÁUER permanece vago nas suas apreciações , diz ele: “A depender do estado do reencarnante (...)”. A depender do quê?!!... Que seria, doutrinariamente, “hibernação” de um Espírito?

Parece não haver dúvida de que não é materialmente impossível a ligação mediúnica entre o Espírito reencarnante e o da mãe, como de qualquer outro Espírito em afinidade com a da pessoa grávida, até aí “morreu NEVES”, como se diz popularmente...

O confrade, então, encerra o capítulo, dizendo:

“A justaposição dos dois perispíritos ou a simples ligação entre eles ativará centros de forças na mãe, os quais a capacitarão a uma maior sensibilidade mediúnica. Àquelas que exercem a mediunidade com mais segurança, a gravidez tenderá a aperfeiçoar sua faculdade durante aquele período. Nem sempre a gestante se sente segura para o exercício da mediunidade ostensiva, por conta de sua maior sensibilidade e do foco maior de atenção ao seu filho e ao seu estado. Quando estiver se sentindo menos segura é mais adequado suspender temporariamente os exercícios de atividades mediúnicas mais ostensivas, principalmente o trato com espíritos mais agressivos e doentes. Após o nascimento do bebê, pode-se retornar às atividades mediúnicas normais. Outras formas de exercício mediúnico, inclusive o passe, não interferem na gravidez nem sofrem sua interferência.”.

Bem, aqui não entendemos o que o confrade quereria dizer, do ponto de vista científico ou doutrinário, com a expressão: ”JUSTAPOSIÇÃO de dois perispíritos”!! Tal expressão é tão difícil de ser concebida e quase impossível ser provada... A que “centros de força” o confrade se refere? Permanece vago!... Além disso, a ligação “fluídica” entre dois perispíritos não aumentam a “sensibilidade mediúnica” de ninguém! Estabelecida a ligação, estabelecida está a possível comunicação!

Para o autor, em síntese, na mulher grávida médium, haveria maior “sensibilidade mediúnica”, que, por sua vez, tenderia a “aperfeiçoar sua faculdade durante aquele período”, naquelas mulheres que exercem a mediunidade “com mais segurança”... Ele conclui, aconselhando àquelas que não possuem segurança com maior sensibilidade, que se abstenham temporariamente do exercício da mediunidade, principalmente, no trato com “espíritos mais agressivos e doentes”, mas “outras formas de exercício mediúnico” (o autor não informa quais) poderiam ser exercidas sem problemas, pois não interfeririam na gravidez nem sofreriam sua influência...

Ora, não vemos nenhum aspecto científico nem doutrinário, relevantes, no texto do Sr. ADENÁUER para as suas afirmações e o citamos, porque, já o dissemos, a literatura é escassa sobre o assunto e não há pesquisas controladas sobre o tema. Resta-nos a opinião pessoal, mas esta deve, a nosso ver, estar embasada doutrinariamente e dentro dos padrões do estado atual dos conhecimentos científicos... Vamos, então, à nossa opinião sobre o assunto, que, obviamente, pode e deve ser criticada, se encontrarem outra mais bem fundamentada...

Que diz a Doutrina Espírita relacionado ao tema Gravidez e exercício mediúnico?

Salvo engano nosso, não há na Codificação nenhuma informação sobre o tema específico relacionando Gravidez sem risco e Mediunidade; não obstante, há alguns aspectos gerais quanto aos “inconvenientes e perigos da mediunidade”, exaustivamente analisados no Capítulo XVIII de “O Livro dos Médiuns” (OLM), de ALLAN KARDEC, assim, logo no início da 2.ª questão, item 221, do referido livro, está escrito:

O exercício da faculdade mediúnica pode causar fadiga?

“O exercício muito prolongado de qualquer faculdade acarreta fadiga; a mediunidade está no mesmo caso, principalmente as que se aplica aos EFEITOS FÍSICOS, ela necessariamente ocasiona um dispêndio de fluido, que traz a fadiga, mas que se repara pelo repouso.” – o destaque é nosso.

Assim, caríssimo confrade AFONSO JOSÉ DA SILVA, doutrinariamente falando, como já o dissemos, não há nenhuma “perda de energia” com o exercício mediúnico... Obviamente, qualquer excesso de uma faculdade nossa leva à fadiga, que, no entanto, recupera-se após o repouso, mesmo na mediunidade de efeitos físicos, como está demonstrado, acima, com a resposta dos Espíritos Superiores...

Na realidade, tanto na gravidez sem risco como em qualquer outro caso, tudo dependerá do “estado físico e moral do médium” (cf. resposta à questão 3.ª, do item 221, de OLM). Assim, somos contrários à participação de pessoas doentes, especialmente doentes mentais em trabalhos mediúnicos (cf., também, a resp. à questão 4.ª, item 221 de OLM), assim como pessoas obsidiadas, onde o estado moral está afetado... Portanto, numa GRAVIDEZ COM RISCO desaconselhamos a participação em mesas mediúnicas, pois o estado “físico” da médium está comprometido...

Na GRAVIDEZ SEM RISCO, parece-nos, não há nenhum inconveniente em que a mulher participe dos trabalhos, exceto, se ela não estiver sentindo-se bem, cansada, por exemplo; “aliás, em geral, o médium o sente e, desde que experimente fadiga, deve abster-se.” (cf. 3.ª questão, item 221 de OLM, “in fine”).

Exercício da mediunidade: questão de bom-senso – Ainda “A Mesa e o Pão”

Parece-nos que os confrades procuram complicar aspectos que são bem simples, especialmente no que se refere à “mediunidade” e a pergunta do nosso leitor AFONSO é bem simples, mas a resposta de alguns confrades seria bem confusa, como vimos no início. A propósito da simplicidade, que sempre deve reger os trabalhos mediúnicos, ocorre-me um nosso artigo intitulado “A Mesa e o Pão – Como “desenvolver” a mediunidade nos dias atuais”, publicado no portal PANORAMA ESPÍRITA, que pode ser acessado no link

http://www.panoramaespirita.com.br/colunas/iso_jorge/artigos/a_mesa_pao.html , vamos repetir, aqui, o nosso “Epílogo” do referido artigo, dissemos:

A mediunidade não tem nada de “sobrenatural” e dispensa rituais, fórmulas mágicas, etc. para o seu bom êxito. A esse respeito o grande JOSÉ HERCULANO PIRES, com sua autoridade inegável, descreve-nos, no capítulo VII, A MESA E O PÃO, do livro “MEDIUNIDADE (Vida e Comunicação)” o célebre episódio de Emaús:

"Conta-nos o Evangelho de Lucas o episódio comovente dos discípulos na estrada de Emaús. Após a ressurreição de Jesus, Cleófas e um companheiro seguiam, ao entardecer, para essa aldeia, afastando-se do cenário angustiado de Jerusalém. Um estranho os alcançou e acompanhou, conversando sobre a morte e a ressurreição de Jesus. Pararam numa estalagem para alimentar-se. Sentou-se à mesa com aquele estranho. Mas, no momento em que ele partiu o pão, os discípulos o conheceram; era o Mestre ressuscitado. Mas logo a seguir o Senhor desapareceu e a mesa só tinha os dois ao seu redor. É fácil imaginar-se o assombro dos discípulos. O vazio da mesa e o silêncio do anoitecer, que já começava, devem ter-lhes parecido muito mais cheio de rumores e alegrias que as mesas dos banquetes festivos do mundo." (op. cit., EDICEL, 6 ed., 1978, p. 49-50).

Comentando o episódio, HERCULANO PIRES esclarece:

"É precisamente o que se passa na mesa simples, sem aparatos, de uma verdadeira sessão mediúnica. A cor da toalha pouco importa. A cor branca não interessa mais ao ato mediúnico do que a vermelha ou preta. A pureza exigida é apenas a das intenções. Os convivas estão ao redor e não são conhecidos. Surgem da estrada, na penumbra do crepúsculo, como estranhos. Mas no momento de partir o pão eles se revelam. Feita a prece simples de abertura dos trabalhos podemos ver, pela maneira deles partirem o pão, quem são eles. Iniciamos então a conversação necessária e logo depois eles desaparecem como apareceram, retornando ao invisível, no seio da noite."

PÃO DA VERDADE

"Para comer o pão da verdade só necessitamos dos dentes do bom-senso”

Mais adiante, no referido capítulo, HERCULANO pontifica:

“Para comer o pão da verdade só necessitamos dos dentes do bom-senso. Por isso, o comensal da estalagem de Emaús simplesmente desapareceu depois de partir o pão (...)”.

E complementa o seu interessante ensino:

“Todos os acréscimos de técnicas inventadas por homens vaidosos, de disciplinas rígidas na hora da sessão, de palavras mágicas e gestos misteriosos não passa de joio na seara. A prática espírita deve ser racional e simples, pois toda encenação e aparato só servem para estimular mistificações."

Epílogo

Aí está, Sr. leitores e Sras. leitoras: “a prática espírita deve ser racional e simples”. Se uma mulher estiver grávida e estiver passando bem, qual o empecilho para ela participar de um trabalho mediúnico? Nenhum! Não obstante, alguns confrades com um cientificismo, sem base, dizem que a mulher gastaria energias no trabalho mediúnico...

Limpeza de chaminé?

Médium não é chaminé, que precisa de “limpeza” e os fluidos espirituais não são fuligem

(Iso Jorge Teixeira)

Há casos até de Centros Espíritas que ministram, ritualisticamente, “passes” nos médiuns, logo após um trabalho mediúnico, o que consideramos desnecessário, pois o médium não é chaminé, que precisa de “limpeza” e os fluidos espirituais não são fuligem, isto é, “materiais” que possam ser removidos por simples passes “mágicos”. Se o médium ficou cansado após um trabalho mediúnico, que descanse!... Se estiver moralmente “sujo”, nem deveria ter iniciado o trabalho mediúnico, conforme alertaram os Espíritos Superiores em “O Livro dos Médiuns”, de ALLAN KARDEC.

Enfim, opinamos pela participação da mulher grávida, sem risco, nas reuniões mediúnicas e, a VISITAÇÃO, isto é, o encontro entre MARIA, grávida de JESUS e sua parenta ISABEL, grávida de JOÃO BATISTA, parece-nos um exemplo de comunicação mediúnica, na qual nada afetou a saúde física e mental, nem de MARIA, nem de ISABEL, eis o texto evangélico de LUCAS, Cap. 1, vs. 39-44:

“Naqueles dias, Maria pôs-se a caminho para a região montanhosa, dirigindo-se apressadamente a uma cidade de Judá. Entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel. Ora, quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança lhe estremeceu no ventre e Isabel ficou repleta do Espírito santo. Com um grande grito, exclamou: ‘Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto de teu ventre! Donde me vem que a mãe de meu Senhor me visite? Pois quando a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria em meu ventre.”

Obrigado, confrade AFONSO JOSÉ DA SILVA, pela pergunta e confiança em nosso trabalho, propiciando-nos apresentar uma opinião pessoal em assunto tão importante, mas pouco estudado...

ISO JORGE TEIXEIRA

Nascido em 23 de abril de 1944, médico, graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal Fluminense (UFF), especialista em Psiquiatria, Professor de Psicopatologia e Psiquiatria da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) desde 1976, Livre-docente de Psicopatologia e Psiquiatria e Professor-Adjunto da FCM – UERJ desde 1989, Coordenador do Curso de Especialização em Psiquiatria - FCM-UERJ há mais de 10 anos,com vários artigos publicados em revistas especializadas,foi colaborador de vários veículos de divulgação espírita como Colunista do Jornal Espírita (Coluna SAÚDE MENTAL) e O SEMEADOR (órgãos da FEESP - Federação Espírita do Estado de São Paulo) e, atualmente, Colunista dos sites A JORNADA, PORTAL DO ESPÍRITO e TERRA ESPIRITUAL, Colunista do Jornal de Espiritismo - Coluna SAÚDE - da ADEP (Associação de Divulgadores Espíritas de Portugal), expositor, autor dos livros Agressividade: de Caim ao Serial Killer e Sexualidade e Afetividade (ambos da Edit. DPL). E-mail: isojorge@globo.com