meditacao

Poesia escrita em Mar/2000, em Campinas, SP. Meditei e acabei pegando no sono. Nesta poesia descrevo o sonho que tive, foi cheio de suspense e ao mesmo tempo agradável.

Meditação

Procuro uma razão para viver,

não sei a questão de ser ou não ser.

Olho para dentro de mim

e só enxergo uma escuridão sem fim.

Olho para a frente, vejo o futuro,

penso que vejo algo, apenas um muro.

Tento transpor este obstáculo,

nada consigo, então paro.

Volto a caminhar, seguindo outro rumo

e sinto-me a andar como um burro.

Logo adiante encontro um túnel escuro,

bem distante, uma escada de barro duro.

Vou subindo degrau por degrau

e sentindo vertigens, passo mal.

Paro e descanso um pouco,

reflito e penso, eu estava louco.

Continuo minha jornada

sem pensar em mais nada.

Olho para o alto e vejo reflexos dançantes,

luzes refletidas balançando

e se abraçando como amantes,

quase chego no alto da escada

quando dou uma escorregada

e rolo escada abaixo.

Na curva do túnel, um buraco que me encaixo.

- UFA! consegui parar.

Lá vou eu de novo a andar,

desta vez vou com mais cuidado,

o degrau lá em cima está molhado.

Vou subindo, subindo "até de quatro";

enfim cheguei no alto.

No fim desse túnel encontrei uma gruta.

Valeu à pena esta jornada,

após toda essa labuta!

Estalactites e estalagmites

e uma linda lagoa azul

que apresenta um brilho sem limites.

Olho para cima e vejo

de onde vem toda essa luz

e sinto um enorme desejo

que me domina e me conduz.

Fecho os olhos e vejo-me

dentro desta luz.

Eu sou a Luz!

Abro os olhos e sinto-me mal,

acordei para a vida real.


Página Anterior

Próxima Página