Árvore do Asfalto

HOMENAGEM À PRIMAVERA. Criada em 25/09/2016


Árvore do Asfalto


Ela era uma árvore feliz e viçosa, recebia seus nutrientes da terra arenosa e a chuva matava a sua sede e lhe banhava, os ventos faziam ela dançar alegre e festiva, seus galhos pareciam dançar uma valsa vienense. O sol iluminava e aquecia seus troncos, ajudando na sua fotossíntese. Ao anoitecer a lua afagava-lhe com sua luminescência e frescor, enquanto ela dormia.



Sempre foi feliz por ter o seu lugar ao sol e, deste mesmo sol, ela, com sua sombra frondosa protegia os transeuntes deste sol ardente. Sempre foi assim dia após dia, até que um malvado com sua lâmina a cortou e matou a jovem inocente que chorou pela covardia de um homem sem coração e mal-agradecido pela sombra que o amparou e protegeu sua casa durante muito tempo e ainda forneceu a ele e sua família um reforço no ar que respiram.

Após sua morte covarde e cruel foi levada para a mata e jogada como lixo, porém um buraco apareceu na rua e lá se foi a bela árvore inocente tendo mais uma missão pós-morte. Colocaram-na postada em pé dentro deste buraco para proteger as pessoas e automóveis que circulavam por ela. Um contraste foi formado pela árvore morta e suas colegas adiante na mata. Ficou apenas um dia e parte da noite em pé, pois na madrugada apareceu um ônibus louco que atropelou a pobrezinha que nem descanso teve.

Um ser vivente que é muito útil, além de nos fornecer oxigênio e sombra para proteção contra a radiação solar, ainda nos infla com seu colírio de beleza que alivia os nossos olhos, acalma e nos faz feliz. O homem deve pensar em suas ações e saber o quanto desrespeita a si próprio e aos outros seres. Não pensa no sacrilégio de suas ações contra a natureza. O homem ataca a natureza e a natureza revida com sua suprema força descontrolada e destruidora, na qual o homem não é capaz de controlar. Aqui você faz e você paga.