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Em 12 agosto de 2000, acidente com o submarino nuclear Koursk, da Rússia, que naufragou no mar de Barents. Na oportunidade, 118 tripulantes morreram.

Diminuem as chances de resgatar submarino nuclear

Terça, 15 de agosto de 2000, 03h40min

Os esforços para resgatar a tripulação do submarino nuclear russo que naufragou domingo não surtiram efeito e as chances de resgatar os 116 marinheiros parecem cada vez mais remotas, disseram hoje oficiais da marinha russa. Tentativas de abastecer o submarino com oxigênio e eletricidade não funcionaram. O porta-voz da marinha, capitão Igor Babenko, disse também que não houve contato com a embarcação.

Cerca de dez navios de resgate e de guerra estavam no Mar de Barents onde o submarino afundou no domingo. O Kursk é um dos mais novos e maiores submarinos da Rússia. O tempo estava piorando na região e os ventos e chuva atrapalhavam as tentativas de resgate.

Sem novas idéias sobre como alcançar o submarino, os oficiais estavam consultando os construtores da embarcação para possíveis opções, disse Babenko. A marinha russa carece de equipamentos sofisticados para resgate de submarinos. A embarcação naufragou há pelo menos 48 horas, mas a marinha recusou-se a informar quando as reservas de oxigênio chegarão ao fim.

O comandante-chefe da Marinha Vladimir Kuroyedov disse que as chances de salvamento da tripulação são pequenas. "A probabilidade de um resultado positivo numa situação como esta não é muito alta", disse ele ontem. O governo rejeita o pedido de assistência externa para resgatar a tripulação, informou a Interfax.

Oficiais da marinha insistiram ontem que os esforços de resgate estavam indo bem e que as condições dentro do submarino não eram críticas. Mais tarde, porém, admitiram que suas afirmações sobre contatos de rádio com a embarcação não eram verdadeiras.

O comandante da marinha disse que o submarino havia se envolvido numa colisão, mas especialistas em salvamento disseram hoje que um exame do Kursh realizado debaixo d'água não confirma esta hipótese. Um membro não identificado da equipe de resgate disse que havia sinais de explosão, possivelmente na área onde são alojados os torpedos, informou a agência de notícias ITAR-Tass.

O governo russo afirmou que o Kursk não carregava armas nucleares e que seus dois reatores nucleares haviam sido desligados, mas informações sobre os danos na embarcação aumentaram as preocupações sobre possíveis vazamentos de radiação.

A marinha negou-se a dizer quantos homens estão a bordo do submarino, que normalmente leva 107 marinheiros. A mídia russa informava hoje que o Kursk está com até 130 pessoas a bordo.

Leia mais: em http://www.terra.com.br/mundo/2000/08/15/013.htm

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Agência EFE

Fonte: 1996 - 2000 Terra Networks, S.A.