quebrou_o_violao

Poesia escrita em Jan/1978, no Sub-Distrito de Sousas, em Campinas, SP. Nesta época não se tinha muito o que fazer em Sousas, então nos reuníamos. Eu como puxador ou tocando um tamborim ou reco-reco, Juca no violão e vocal, Bofó no cavaquinho (Bofó era parente do Muçum de "Os Trapalhões") tocava demais e Zé tocava guitarra ou violão. Sr. Alcides era um Evangélico que tocava pistão, mas só na igreja. Estas reuniões eram em bares, depois terminava na janela das moças, onde fazíamos serestas e depois terminava de madrugada na pracinha. Foi quando fiz este Samba de Breque na brincadeira.

Quebrou o Violão

Sambar, sambei, salpiquei.

Peguei meu violão, debaixo do braço,

acabei com meu cansaço

e sai por ai.

Sambar, sambei, salpiquei.

Fiquei no violão e Juca no pandeiro,

Bofó no cavaquinho e Alcides no pistão.

Sambamos o dia inteiro

lá perto do salgueiro

com toda gente alegre, cantando

e sambando.

Mas que coisa, que me aconteceu;

o Juca caiu em cima do meu violão.

Que tristeza que nos dominou,

a festa acabou

quando o violão quebrou.

Sambar, sambei, salpiquei.