Guinha
Narradores em tempo de pandemia
Com muita emoção e alegria, venho-lhes apresentar a senhora Maria José da Silva Siqueira, de 75 anos, residente da cidade de Botelhos no Sul de Minas Gerais.
Ela que com graça, vaidade e excelente prosa, não se deixou abalar após um AVC, que debilitou um pouco de sua fala, pelo contrário, só vê amor e motivos para se doar à família e amigos.
Sra. Maria José, ou melhor “Guinha” (apelido carinhoso que carrega ao longo de sua vida). Relata com muito sentimento, o que mais a deixa com saudade.
Disse-me após, pouco tempo refletindo sobre a pergunta, que o que mais sente saudade, é de sua família.
Que acorda e não tem mais a todos, muitos já faleceram, porém a lembrança que a faz sentir mais saudade, é de seu pai. Com voz pesarosa, explicou que o mesmo, faleceu com idade inferior à que ela tem hoje.
Que eram em cinco irmãos, e que hoje o único que está vivo, a visita sempre que possível.
Denota-se de forma sutil, quase sem querer dizer, que ela sempre fez o bem, e cuidou de todos os irmãos e de sua família.
Aproveitei, e pedi a ela um conselho para juventude.
Salientou, que nunca cultivou nenhuma inimizade, e disse-me que gosta de todos.
Afirmou que, tudo que cultivou de bom ao longo de sua vida, ela recebe hoje, e tudo que pode, faz pelas pessoas e nota que fazem o mesmo por ela.