o ar que respiramos e As Alterações climáticas 

A atmosfera

A atmosfera terrestre divide-se em várias camadas de acordo com a sua composição e com a variação da temperatura com a altitude. 

Troposfera: É a camada menos espessa. É aqui que as plantas e os animais vivem e que os fenómenos meteorológicos ocorrem. A sua altitude atinge cerca de 7 km nos polos e 17 km no equador 

O ar que respiramos

"O ar seco é constituído por cerca de 78% de azoto, 21% de oxigénio e 1% de árgon. Existe igualmente vapor de água no ar, perfazendo entre 0,1% e 4% da troposfera. O ar mais quente contém geralmente maior quantidade de vapor de água do que o ar mais frio. 

O ar contém igualmente quantidades muito pequenas de outros gases, conhecidos como gases residuais, incluindo o dióxido de carbono e o metano. As concentrações desses gases pouco importantes na atmosfera são geralmente medidas em partes por milhão (ppm). Por exemplo, as concentrações de dióxido de carbono, um dos gases residuais mais proeminentes e abundantes na atmosfera, foram estimadas em cerca de 391 ppm, ou 0,0391%, em 2011."

Fonte: Agência Europeia do Ambiente  (AEA)

A poluição atmosférica

"Entende-se por poluição atmosférica a existência de certos poluentes na atmosfera, em níveis que afetam negativamente a saúde humana, o ambiente e o nosso património cultural (edifícios, monumentos e materiais). 

Nem todos os poluentes atmosféricos são provenientes de fontes antropogénicas. Muitos fenómenos naturais, incluindo erupções vulcânicas, incêndios florestais e tempestades de areia, libertam poluentes para a atmosfera. As partículas de poeira podem percorrer grandes distâncias, dependendo dos ventos e das nuvens. Independentemente da sua origem antropogénica ou natural, logo que estas substâncias estejam na atmosfera, podem participar em reações químicas e contribuir para a poluição atmosférica. Céu limpo e elevada visibilidade não são necessariamente sinais de ar limpo."

Fonte: Agência Europeia do Ambiente  (AEA)

Poluentes na atmosfera:

PM: partículas tão leves que podem flutuar no ar. Algumas destas partículas são tão minúsculas (1/30 a 1/5 do diâmetro de um cabelo humano), que não apenas penetram profundamente nos nossos pulmões, como também, tal como o oxigénio, passam para o nosso sistema circulatório. Dependendo da sua composição química, as partículas podem também afetar o clima à escala global, quer por aquecimento quer por arrefecimento do planeta. 

Por exemplo, o negro de fumo ou carbono preto, um dos componentes comuns da fuligem, que se encontra predominantemente em partículas finas (com menos de 2,5 mícrones de diâmetro), resulta da combustão incompleta de combustíveis – tanto combustíveis fósseis como queima de madeira. Nas zonas urbanas, as emissões de negro de fumo são causadas sobretudo pelos transportes rodoviários, nomeadamente motores a diesel. Além dos impactes na saúde, o negro de fumo presente nas partículas contribui para as alterações climáticas, ao absorver o calor do Sol e ao aquecer a atmosfera. 

Ozono(1): O ozono é uma forma especial e altamente reativa de oxigénio, sendo composto por três átomos de oxigénio. Na estratosfera – uma das camadas superiores da atmosfera – o ozono protege-nos dos efeitos nocivos dos raios ultravioleta do Sol. Porém, na camada inferior da atmosfera – a troposfera – o ozono constitui, de facto, um poluente importante que afeta a saúde pública e a natureza. Níveis elevados de ozono corroem materiais, edifícios e tecido vivo. 

Esta substância reduz a capacidade das plantas para realizarem a fotossíntese, e impede a sua absorção de dióxido de carbono. É igualmente prejudicial para a reprodução e o crescimento das plantas, fazendo diminuir a produção agrícola e o crescimento das florestas. No corpo humano, causa inflamação nos pulmões e nos brônquios. 

(1) Formação do ozono na troposfera: Quando exposto à luz do sol, o dióxido de azoto decompõe -se em dois novos compostos químicos: o óxido nítrico e aquilo que os químicos denominam de oxigénio atómico. O oxigénio atómico é simplesmente um único átomo de oxigénio. Reage com o oxigénio molecular (dois átomos de oxigénio combinados como moléculas de O2) para formar o ozono (O3). 

Outros poluentes: Os nossos veículos ligeiros, pesados, centrais de produção de energia e outras instalações industriais, todos necessitam de energia. Quase todos os veículos e instalações utilizam alguma forma de combustível e queimam-no para obter energia. Geralmente, a queima de combustíveis altera a forma de muitas substâncias, incluindo o azoto – o gás mais abundante na nossa atmosfera. Quando o azoto reage com o oxigénio, formam‑se no ar óxidos de azoto (incluindo o dióxido de azoto NO2). Quando o azoto reage com átomos de hidrogénio, forma‑se o amoníaco (NH3), que é um outro poluente atmosférico com graves efeitos nocivos para a saúde humana e a natureza. Os processos de combustão libertam uma multiplicidade de outros poluentes atmosféricos, que vão desde o dióxido de enxofre e o monóxido de carbono ao benzeno e aos metais pesados. 

Fonte: Agência Europeia do Ambiente  (AEA)

Fontes de poluição

"O contributo das atividades humanas para a formação de poluentes atmosféricos é geralmente mais fácil de medir e controlar do que o das fontes naturais, mas este contributo humano é muito variável e depende do poluente em causa. A queima de combustíveis é claramente um fator essencial e abrange diversos setores da economia, desde o transporte rodoviário e a atividade das famílias, até ao consumo de energia e sua produção."

Fonte: Agência Europeia do Ambiente  (AEA)

"A agricultura é outro setor importante que contribui para a formação de poluentes. Cerca de 90% das emissões de amoníaco e 80% das emissões de metano são provenientes de atividades agrícolas. 

Outras fontes de metano incluem resíduos (aterros sanitários), mineração de carvão e transporte de gás a longa distância. Mais de 40% das emissões de óxidos de azoto são provenientes dos transportes rodoviários, enquanto cerca de 60% dos óxidos de enxofre têm origem nas atividades de produção e distribuição de energia."

Fonte: Agência Europeia do Ambiente  (AEA)

Qual é a relação entre as alterações climáticas e a qualidade do ar?

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"Embora o dióxido de carbono possa ser o maior fator do aquecimento global e das alterações climáticas, não é o único. Muitos outros compostos gasosos e de partículas, conhecidos como «forçantes climáticas», têm influência na quantidade de energia solar (incluindo calor) retida pela Terra e na quantidade que esta reflete de volta para o espaço. Entre estas forçantes climáticas, incluem -se os principais poluentes atmosféricos como o ozono, as partículas, o metano e o óxido nitroso. O metano é um gás com efeito de estufa mais de 20 vezes mais potente que o dióxido de carbono 

As emissões de metano são originadas por atividades humanas (principalmente a agricultura, a produção de energia e a gestão de resíduos) e por fontes naturais. "

Fonte: Agência Europeia do Ambiente  (AEA)

Que medidas propõe a Europa?

Devemos entrar em pânico?

Steven E. Koonin: Físico teórico norte americano. Foi subsecretário para a Ciência no Departamento de Energia dos EUA da administração Obama. É atualmente professor na Universidade de Nova Iorque. 

Apresentação da aula