Algumas ondas que se formam nos oceanos podem ser extremamente devastadoras ao atingir a costa, principalmente aquelas causadas por abalos sísmicos, atividades vulcânicas ou pela queda de meteoritos. Essas ondas são conhecidas como tsunamis. Existem terremotos famosos na história, como o ocorrido na capital portuguesa em 1755, conhecido como Sismo de Lisboa.
Esse evento foi responsável por arruinar muitos edifícios, alguns dos quais ainda podem ser visitados, como as ruínas do Convento do Carmo.
Geralmente, após um abalo sísmico ocorrido sob os oceanos o terremoto submarino provoca um deslocamento súbito de uma grande massa de água. Gera-se assim um pulso que se propaga a longas distâncias, como um sóliton, carregando uma grande quantidade de energia, com pouca dissipação e descaracterização.
Em alto mar, normalmente essas ondas não representam perigo, pois a grande quantidade de energia que transportam se distribui em um longo comprimento de onda, com amplitudes pequenas se comparadas com os comprimentos de ondas e com altíssima velocidade. Para pequenas profundidades (até 10 m) a velocidade das ondas na superfície dos líquidos pode ser calculada por
No entanto, ao chegar à costa, com a redução na profundidade do oceano, a velocidade da onda diminui. Como a energia transportada é praticamente conservada, a amplitude da onda aumenta, e as consequências são devastadoras.
A onda solitônica gerada recebe o nome de tsunami, terminologia japonesa que indica a ocorrência desse fenômeno na região Ásia-Pacífico, como imortalizado na clássica pintura sobre a grande onda de Kanagawa:
O vídeo abaixo ilustra a formação de um tsunami.
No vídeo percebemos que no instante t=15 segundos, ocorre uma fratura na placa tectônica submarina que provoca seu deslocamento vertical. Em decorrência disso, há uma liberação de energia e um grande volume de água é deslocado. A quantidade de energia liberada viaja com a onda solitária gerada. Em t= 45 segundos vemos um corte seccional lateral, um recurso gráfico que permite visualizar o perfil da onda deslocando-se. Em t=1 min 15 seg a onde atinge a plataforma continental, onde a profundidade diminui. Nessa região, com a alteração relevante das condições de contorno, a onda altera seu perfil e tem um aumento na amplitude como explicado anteriormente. Finalmente, em t=1 min 38 seg a onda tsunami atinge a costa, causando destruição.
Devido a grande quantidade de danos e destruição que causam as tsunamis é de suma importância a compreensão desse fenômeno para que seus riscos possam ser preditos e, se possível, controlados.
Curiosidade - Como as ondas "Quebram".
Referências da Página
Figuras - http://clickeaprenda.uol.com.br/sg/uploads/materiais/imagens/imagem8705.jpg
https://marialynce.files.wordpress.com/2008/11/terramoto-lisboa1-002.jpg
http://images.metmuseum.org/CRDImages/as/original/DP130155.jpg