Quadratura do Círculo

A quadratura do círculo é um problema proposto pelos antigos geómetras gregos consistindo em construir um quadrado com a mesma área de um dado círculo servindo-se somente de uma régua e um compasso em um número finito de etapas. Em 1882, Ferdinand Lindemann provou que π é um número transcendente, isto é, não existe um polinómio com coeficientes inteiros ou racionais não todos nulos dos quais π seja uma raiz. Como resultado disso, é impossível exprimir π como um número finito de números inteiros, de fracções racionais ou suas raízes.

A transcendência de π estabelece a impossibilidade de se resolver o problema da quadratura do círculo: é impossível construir, somente com uma régua e um compasso, um quadrado cuja área seja rigorosamente igual à área de um determinado círculo.

 

QUADRATURA DO CÍRCULO

 Geometria Sagrada em Acção

Pesquisado, Investigado e Estudado por:

José Curado

Quadratura Normal do Círculo

Solução Matemática

 

Atribuímos o valor 1 ao raio R da circunferência,

pelo que o diâmetro D é 2,

assim, a área do quadrado é igual a

Quadratura Cristal do Círculo

sendo o lado L igual a

Esta solução, porque não é absoluta devido à irracionalidade de Pi (P), é somente dada como referência matemática. Portanto, assumimos uma aproximação de 99,999...% (infinitamente).

 

 

Soluções Geométricas Construídas com Compasso e Régua

 

Construção 1 - A partir de um quadrado dado, utilizando régua e compasso.

A superfície do quadrado é dividida em 16 partes iguais. Os oito pontos quadrantes obtêm-se como indicado na figura.

Azul Real e Azul Luminoso

Cores da Espiritualidade

A Cruz Templária

Analisemos a Cruz Templária construída na quadratura do círculo. O Compasso centra em 1 e descreve um arco de círculo desde o ponto 2 até intersectar o círculo. Esta acção é repetida centrando em 3, 5 e 7.

Comprovação matemática, com recurso ao teorema de Pitágoras.

Aproximação de 99,083% à referência matemática dada.

  

Construção 2 - A partir do pentágono, utilizando régua e compasso. 

O pentágono é subdividido até que o círculo atinja 20 partes iguais, cada uma delas com 18º. Os oito pontos quadrantes obtêm-se como indicado na figura.

 

Protótipo da Cruz Templária na Quadratura do Círculo

 

O Emblema Maçónico

E quanto ao emblema maçónico? Que tem ele a ver com a quadratura do círculo? Analise-se a figura e logo se conclui.

 

Comprovação matemática, com recurso à trigonometria. A corda entre os pontos 4 e 7 é igual ao lado L, correspondente ao arco de 7 x 18º = 126º.

Aproximação de 99,463% à referência matemática dada.

 

Construção 3 - A partir de um quadrado dividido em 100 quadradinhos iguais.

O segmento de recta OA corresponde ao raio R.

O segmento OB corresponde ao cateto do triângulo rectângulo OBC.

BC corresponde ao lado L do quadrado.

Assim, OA = 4/5 de OB.

Se OA = 1, OB = 1,25 

Comprovação matemática com recurso ao teorema de Pitágoras.

Protótipo do Emblema Maçónico na Quadratura do Círculo

Aproximação de 99,735% à referência matemática dada.

Solução Geométrica Construída com Régua, Compasso e Transferidor

 

Construção 4 - O círculo é dividido em 72 partes iguais, cada uma delas com 5º. Os oito pontos quadrantes obtêm-se como indicado na figura.

Comprovação matemática, com recurso à trigonometria. A corda entre os pontos 4 e 7 é igual ao lado L, correspondente ao arco de 25 x 5º = 125º.

Aproximação de 99,911% à referência matemática dada. 

A aproximação quase absoluta corresponde a um ângulo trigonométrico de 124º 48' 22", mas isto já exige instrumentos e cálculos que ultrapassam o compasso, a régua e o transferidor. As soluções geométricas esgotam-se nas quatro construções apresentadas.

A perfeita e absoluta quadratura do círculo, em virtude de o número Pi (P) ser transcendente, só é possível no infinito; o mesmo é dizer que só o Deus-Universo, ser abstracto, perfeito e transcendente, a consegue obter. Esta questão teórica pura torna-se, portanto, filosófica e simbólica nas minudências da espiritualidade.

Na prática, a construção 3, numa folha A4, satisfaz plenamente a resolução do problema, pois o traço a lápis, por mais fino que seja, absorve completamente a diferença garantindo que a quadratura está no desenho, ainda que virtual e indeterminável. Esta seria uma certeza no mundo esotérico dos antigos arquitectos e construtores que os iniciados na Tradição Fundamental se encarregaram de transmitir entre si ao longo dos milénios.

    Qual é o valor desta curiosidade geométrica e matemática? Apenas um sinal. Ou melhor, um dos vários sinais da Tradição Esotérica Fundamental. É de uma antiguidade impressionante.

      Decidimos escolhê-lo como fundo para o título do nosso "site".

Papiro de Rhind

O Papiro de Rhind

 

A mais antiga referência ao problema da quadratura do círculo que chegou até aos nossos dias consta do papiro de Rhind, copiado cerca de 1.800 AEC pelo escriba Ahmes, a partir de um documento já com um ou dois séculos de existência nessa altura.

Para calcular a área de um quadrado correspondente ao círculo de diâmetro D, Ahmes subtrai 1/9 de D a D, multiplica a diferença por D e subtrai a este produto a sua nona parte. Ou seja, o círculo fica associado a um quadrado cujo lado L mede 8/9 do seu diâmetro.

Pode considerar-se que este é um óptimo resultado para a quadratura do círculo, tendo em conta outras tentativas entretanto conhecidas e cujos resultados estão mais afastados do valor da área do círculo.

Assim:

L = D x 8/9         >        2 x 8/9 = 1,7777777

Aproximação de 99,700% à referência matemática dada.

Este valor fica imediatamente abaixo do conseguido pela divisão do círculo em 72 partes iguais, o que é surpreendente, não só pela sua grande aproximação mas sobretudo pelos "setes" à direita da vírgula. Isto prova que os iniciados egípcios conheciam a matemática sagrada e secreta na antiguidade.

Sabemos que a Matemática é a mais antiga das ciências e que a sua origem se esconde nas areias da antiga civilização egípcia. Como Aristóteles explica: A matemática nasceu nas vizinhanças do Egipto, porque aí era concedido tempo livre à classe sacerdotal. (cit. in Burton, 1985, p. 32).

Ora, todo o conhecimento que temos hoje sobre a Matemática egípcia baseia-se em dois grandes documentos: o papiro de Rhind e o papiro de Moscovo. Outros documentos importantes são os papiros de Berlim, de Kahun e do Cairo.

Estes papiros são compostos por exposições de problemas triviais e suas resoluções. Na verdade, o que distingue a matemática egípcia da matemática babilónica e, mais tarde, da grega é o facto de não  existirem demonstrações  nem serem conhecidas as origens das fórmulas utilizadas. O que se encontra são exemplos comprobatórios; nunca demonstrações.

Este estudo vai centrar-se no papiro de Rhind e nos seus problemas.

    O papiro de Rhind intitula-se "Instruções para conhecer todas as coisas secretas" e é, sem dúvida, o mais precioso documento de quantos existem relativos aos conhecimentos matemáticos dos egípcios.

Conhece-se muito pouco sobre a intenção do papiro. Se há indicações de que poderia ser um documento com intenções pedagógicas ou mesmo um simples caderno de notas de um aluno, para outros historiadores representa um guia das matemáticas do antigo Egipto, pois é o melhor texto de matemática.

Basicamente o papiro dá-nos informações sobre aritmética, fracções, cálculo de áreas, volumes, progressões, repartições proporcionais, regra de três simples, equações lineares e trigonometria básica.

Neste papiro aparecem alguns erros, importantes em alguns casos, que podem dever-se  ao facto de ter sido copiado de textos anteriores.