Fátima Um - 1917

FÁTIMA UM – 1917

 

Um Profundo Agradecimento 

O presente estudo da problemática fatimista jamais teria sido possível sem a leitura de três livros imprescindíveis:

- FÁTIMA – O QUE SE PASSOU EM 1917, de Fina D'Armada,

- INTERVENÇÃO EXTRATERRESTRE EM FÁTIMA, de Joaquim Fernandes e Fina D'Armada,

- FÁTIMA NOS BASTIDORES DO SEGREDO, de Fina D'Armada e Joaquim Fernandes,

Pelo que exprimimos publicamente a admiração por estes dois autores, acima de tudo pela coragem do seu pioneirismo numa área difícil e quase inacessível que é o Sobrenatural, mesmo quando este se reveste dum outro fenómeno que se chama OVNI.

Fátima pertence ao grupo do sobrenatural inserido no fenómeno das chamadas aparições marianas, sendo um dos ingredientes fortes da mariologia, ou seja, dos estudos teológicos que têm por assunto a Virgem Maria, mãe de Jesus o Cristo. Vulgarmente, as aparições marianas são entendidas, tanto por crentes como não crentes, como manifestações da mãe do Cristo ela mesma a alguns privilegiados, transmitindo mensagens e conforto em nome do seu Filho ou do Pai celestial em que Nossa Senhora desempenhará a função de mediadora entre Deus e os homens. Não iremos abordar Fátima por esta perspectiva posto que existe uma vastíssima literatura à disposição de todos. A esta literatura também tivemos de recorrer, mas iremos estudar Fátima sob um ângulo diferente e inusitado para quem se lembrou de o estudar desta maneira.

O fenómeno das aparições marianas é antigo, remontando praticamente ao início do cristianismo, e têm ocorrido em variadas épocas e em muitos lugares, contando-se por largos milhares se forem contabilizados todos os testemunhos anunciados pelos chamados "videntes". Logicamente, a maioria de tais confissões não tem merecido qualquer crédito, exceptuando os respectivos crentes caso existam, nem mesmo pela Religião Cristã, exceptuando alguns casos, entre estes Fátima que cada vez mais se impõe ao mundo como a "rainha-mãe das aparições marianas". Pode-se argumentar que tal sucesso se deverá ao empenho da Igreja Católica como promotora privilegiada dos "milagres de Fátima", mas é uma ideia falaciosa; o milagre de Fátima, pelo impacto que causou na multidão da época, nunca precisaria do Vaticano para se impor ao mundo. O catolicismo romano tem-se esforçado imenso, isso sim, para controlar "Fátima Um – 1917" e evitar que se transforme numa "bomba". E tem razão para agir desta maneira, porque Fátima é um daqueles fenómenos sobrenaturais que ameaça escapar ao controlo do poder religioso instituído. Pouco depois de 1917, perante o número avassalador dos peregrinos que se dirigiam a Fátima, o Vaticano obteve a percepção do quanto este era genuíno, embora não lhe podendo avaliar as reais dimensões. Só restava um caminho ao catolicismo: apropriar-se de Fátima antes que fosse tarde de mais, começando por isolar Lúcia a qual era obviamente a principal testemunha. Acertadamente assim o fez, construindo pacientemente "Fátima Dois". Durante cerca de 60 anos a "bomba" foi mantida controlada e inactiva, até que alguém introduziu um detonador. Os obreiros do detonador foram Joaquim Fernandes e Fina D'Armada os quais, em 1981, "puxaram" Fátima para a órbita da Ovnilogia e da hipótese extraterrestre. Este gesto temerário não ficará esquecido pelos adeptos da Ovnilogia e da Paleovisitologia. A Igreja estremeceu de furor, todavia aqueles autores não descobriram a forma de accionar o detonador e o seu trabalho foi caindo no esquecimento. A Igreja recuperou do sobressalto e Fátima sossegou de novo. A construção de "Fátima Dois" durou até 2000, ano em que foi revelado o 3.º segredo. A partir dessa data, livre da apoquentação de segredos, temos vindo a assistir à construção de "Fátima Três" que durará até não sabemos quando.

Para este estudo, só os acontecimentos de "Fátima Um – 1917" nos interessam, uma vez que isso não foi feitura da Igreja Católica.

 

Os Acontecimentos de Fátima em 1917

 

A documentação sobre os acontecimentos de Fátima divide-se em dois grupos:

- O registo efectuado logo após os acontecimentos, ouvindo os próprios pastorinhos e os restantes testemunhos da época.

- O registo retocado posteriormente pela Irmã Lúcia sob a orientação da Igreja no contexto de "Fátima Dois".

Para o nosso estudo, só os primeiros interessam; alguns dos quais, agora, só são acessíveis através das transcrições efectuadas nas obras citadas. De todo o conjunto dos fenómenos ocorridos, desde 13 de Maio a 13 de Outubro de 1917, há a salientar dois aspectos fundamentais:

- As aparições propriamente ditas, sobre uma azinheira na Cova da Iria.

- O chamado "milagre do Sol" ocorrido no último dia das aparições.

O estudo dos respectivos aspectos visuais é muito importante pois acreditamos que só ele nos poderá preparar o caminho de acesso ao grande Sobrenatural misterioso que liga os Céus à Terra. Como já referimos, existe uma extensa literatura pró ou contra Fátima, porém pouca ou nenhuma se preocupa em encontrar esse caminho, pelo contrário, a sua função é desviante, quer na área do religioso quer na área do cepticismo. O mistério ele mesmo foi constituído objecto de culto e adoração e não pode ser devassado, impedindo-se, assim, o encontro com a entidade que está por detrás dele. A nossa intenção é dissipar este mistério.

Fátima é credível? Os crentes acreditam... mas não é a esta credibilidade suportada pela Fé que nos referimos! O que nós queremos saber é se contém elementos de prova que garantam ser Fátima um acontecimento histórico do ponto de vista do Sobrenatural e se este pode ser captado racionalmente pela nossa mente. Ora, isto é muito difícil de alcançar mediante os conceitos de historicidade reclamados pela História/Ciência e pela História/Fé. Enquanto a Ciência positivista exige factos demonstráveis materialmente, a Fé não necessita de nada mais do que fé. Por conseguinte, o processo da sua historicidade será muito longo e complicado e só terá sucesso quando descobrirmos e entendermos outras coisas que estão para além da Fé e da Ciência meramente humanas.

Já demos a entender que o primeiro passo para demonstrar a historicidade paranormal de Fátima foi dado por Fina D'Armada e Joaquim Fernandes. É inegável que algo aconteceu na Cova da Iria em 1917. O número de testemunhos foi crescendo à medida que se cumpriam as aparições em cada dia 13 dos meses que foram programadas pela própria entidade que promoveu o milagre de Fátima. Por fim, o "milagre do Sol" foi testemunhado por cerca de 70.000 peregrinos. É impossível que tão elevado e heterogéneo número de pessoas fosse vítima de alguma hipnose ou alucinação colectiva, naquelas condições e em tão pouco tempo, ao meio-dia solar de 13 de Outubro de 1917, momento a partir do qual a historicidade de Fátima deixou de poder ser negada excepto por obstinados mal informados. O que falta, agora, é identificar esse algo que comandou toda a fenomenologia de Fátima.

 

Os Aspectos Visuais das Aparições 

Qual foi a realidade de Deus que accionou o milagre de Fátima?

No tópico «Glória – Arco – Nuvem – Coluna» descodificamos estas palavras com vista a determinar se o fenómeno OVNI é uma projecção no presente, vinda do passado remoto. A moderna Ovnilogia reuniu consensos de que o fenómeno é muito antigo. Se isto for verdade, temos de reconhecer a característica tradicional promovida pelas entidades que manipulam o fenómeno, isto é, os presumíveis tripulantes dos "Discos Voadores" conhecem bem a humanidade há muitos milhares de anos. Além disto, muitos ovniólogos aceitam a ideia de que o fenómeno interferiu em acontecimentos de carácter religioso: a travessia do Mar Vermelho, as visões de Ezequiel, a estrela de Belém, etc... Se as aparições de Fátima estão inseridas num tradicionalismo aceite pela Ovnilogia, conotado com o judaísmo e o cristianismo, elas serão uma fabulosa porta de entrada para esse mundo Sobrenatural que tem seguido a humanidade desde os primórdios da sua existência. Isto coloca também Portugal como nação herdeira de um dos centros do Esoterismo Mundial que tem sido o motor celeste da história terrestre; Fátima está quase ao mesmo nível de Jerusalém, salvaguardadas as respectivas proporções.

A investigação ovnilógica levada a cabo por Fina D'Armada e Joaquim Fernandes pode resumir-se magistralmente numa figura desenhada pelo pintor Claro Fângio, extraída do livro «Fátima – O que se passou em 1917» (veja a figura 1à esquerda).

 

Aqui está representada a coluna proveniente da nuvem que oculta a glória propulsionada pelo arco. A mesma fenomenologia que se manifestou a Moisés, a Ezequiel e que levou Jesus o Cristo em ascensão para os céus!

 

Horeb Versus Cova da Iria 

A primeira visão de Moisés foi a famosa sarça-ardente, um dos episódios que mais tem intrigado os estudiosos. Como é que se pode acreditar numa sarça que ardia sem se consumir? Analisemos o que está escrito na Bíblia.

«EXO 3: 1 E apascentava Moisés o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote em Midian; e levou o rebanho atrás do deserto, e veio ao monte de Deus, a Horeb. 2 E apareceu-lhe o anjo do Senhor, numa chama de fogo do meio de uma sarça; e olhou, e eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia. 3 E Moisés disse: "Agora me virarei para lá, e verei esta grande visão, porque a sarça se não queima".»

Tem sido sugerida a ideia de que se tratava de um arbusto em combustão sobrenatural, pois não se consumia no fogo e Deus se manifestava daquela forma. O termo "sarça" refere-se a uma planta espinhosa, mais precisamente a um silvado, dos muitos que certamente existiam no sopé e encostas do monte Horeb, e sobre o qual se formou uma coluna de fogo em cujo interior se encontrava o anjo do Senhor que falou a Moisés. Pouco depois, a cena da visão muda-se e encontramos Deus, saído do meio da sarça e do fogo, a falar directamente com Moisés sobre o projecto da saída dos filhos de Israel do Egipto onde se encontravam escravizados.

O aspecto visual da "sarça-ardente" criou-se com a descida de uma coluna de fogo que nada tinha a ver com a natural combustão de um silvado (veja figura 2 à esquerda). 

Consideremos a similaridade espantosa dos elementos tecnológicos entre a visão do pastor Moisés e a aparição mariana aos pastorinhos de Fátima, inclusive o cenário pastoril num local ermo. De forma semelhante, tal como a Cova da Iria reuniu milhares de peregrinos que assistiram ao "milagre do Sol" (glória), assim em volta do Horeb foram reunidos milhares de Hebreus que assistiram aos prodígios através dos quais Moisés recebeu as tábuas da Lei, sem faltar a glória dentro da nuvem no cimo do monte.

A coluna acompanhou os hebreus durante o êxodo do Egipto:

«EXO 13: 21 E o Senhor ia adiante deles, de dia, numa coluna de nuvem, para os guiar pelo caminho, e de noite, numa coluna de fogo, para os alumiar, para que caminhassem de dia e de noite.»

Seria a coluna um teleportador que transportava o Deus de Israel? A coluna provinha da nuvem onde se encontrava aglória do Senhor:

«EXO 16: 10 E aconteceu que, quando falou Aarão a toda a congregação dos filhos de Israel, e eles se viraram para o deserto, eis que a glória do Senhor apareceu na nuvem.»

Este evento equivale ao "milagre do Sol" observado em Fátima.

«EXO 19: 16 E aconteceu, ao terceiro dia, ao amanhecer, que houve trovões e relâmpagos sobre o monte, e uma espessa nuvem, e um sonido de buzina mui forte, de maneira que estremeceu todo o povo que estava no arraial.»

(...)

«18 E todo o monte de Sinai fumegava, porque o Senhor descera sobre ele, em fogo: e o seu fumo subiu como o fumo de um forno, e todo o monte tremia grandemente. 19 E o sonido de buzina ia crescendo em grande maneira: Moisés falava, e Deus lhe respondia em voz alta. E descendo o Senhor sobre o monte de Sinai, chamou o Senhor a Moisés, ao cume do monte; ...»

Decerto que o Deus (IHVH) que falava com Moisés no cume do monte não era o Deus Criador de todo o Universo, tal como é entendido pelos exegetas mas sem o aval da Ciência moderna. Este Criador não necessitaria de tanto aparato visual e auditivo para impressionar uma multidão de maltrapilhos errando pelos desertos do Sinai.

«EXO 33: 9 E aconteceu que, entrando Moisés na tenda, descia a coluna de nuvem, e punha-se à porta da tenda; e o Senhor falava com Moisés.

»10 E, vendo todo o povo a coluna de nuvem que estava à porta da tenda, todo o povo se levantou e inclinaram-se, cada um, à porta da sua tenda.»

»11 E falava o Senhor a Moisés, cara a cara, como qualquer fala com o seu amigo; ...»

Do mesmo modo, Lúcia falava cara a cara com a entidade que estava dentro da coluna sobre a azinheira. No caso de Moisés, porém, o próprio Senhor entra na tenda, o que é espantoso! O Deus de Abraão, de Jacob e de Isaac, é descrito como possuindo aparência antropomórfica e fazendo-se rodear de tecnologias assombrosas, sobrenaturais.

A Ascensão de Jesus

O relato da ascensão de Jesus constitui outro grande mistério ainda não resolvido pelos exegetas. Analisemos o texto:

«Ora o Senhor, depois de lhes ter falado isto,

Levou-os fora, até Betânia; e, levantando as suas mãos, os abençoou.

E aconteceu que, abençoando-os Ele, se apartou deles,

E, vendo-o eles, foi elevado às alturas,

E uma nuvem no céu o recebeu, ocultando-o aos seus olhos,

E assentou-se à direita de Deus.

E, estando com os olhos fitos no céu, eis que junto deles se puseram dois varões, vestidos de branco.

Os quais lhes disseram: "Varões galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que de entre vós foi recebido em cima, no céu, há-de vir, assim, como para o céu o vistes ir".» (veja figura 3 à esquerda).

(Marcos 16: 19. Lucas 24: 50 e 51. João 1: 9 a 11).

A mesma fenomenologia de Fátima. A nuvem ocultava a glória, pois:

«Carta de Paulo a Timóteo 3: 16 ... Aquele que se manifestou em carne, foi justificado em espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo, e recebido acima na glória.»

Não há dúvida que os textos sagrados parecem referir-se a tecnologias espaciais complementadas por sistemas miméticos destinados a ocultar essas mesmas tecnologias aos humanos.

 

O Culto Solar

Tanto a Religião como a Ciência partilham a convicção de que os povos antigos adoravam o Sol. Essa adoração remonta às épocas mais antigas da História da Humanidade. Os cultos votados pelos egípcios ao Deus Rá, pelos assírios ao deus Shamash e pelos celtas e gauleses aos Deus-Sol, provam que esta divindade é preponderante nas crenças ancestrais. Será o Sol, astro-rei do sistema solar, um símbolo? Mas símbolo de quê? Há uma enorme diferença entre adorar o próprio símbolo e aquilo que o símbolo representa. É através deste ocultismo simbólico que se detecta o grau de estupidez e imbecilidade dos povos. Muitos crentes em Fátima, apenas baseados na Fé, admitem literalmente o chamado "milagre do Sol". Entretanto, não aceitamos a ideia de que todos os seres humanos da antiguidade eram assim tão estúpidos ao ponto de adorarem o Sol por ser a fonte suprema da vida, logo um deus. Nem todos eram ignorantes, havendo alguns, sobretudo entre os sacerdotes e iniciados no Esoterismo, que conheciam a verdade. A Religião e a Ciência actuais é que revelam ignorância ao insistirem no ponto de vista já referido.

Existem muitos registos de "sóis" vagueando pelo céu em concorrência com o verdadeiro Sol. Os textos mitológicos, se forem lidos com a atenção que merecem, fazem a distinção entre o símbolo e aquilo que o símbolo representa. Nunca é demais insistir neste pormenor se nos quisermos libertar das imposições religiosas e científicas do nosso tempo que nos obrigam a pensar num certo e determinado sentido. Na verdade, o Sol/estrela foi constituído símbolo de uma outra coisa: qual? O "milagre do Sol" acontecido em Fátima foi entendido pela multidão ali presente como se o verdadeiro Sol tivesse descido à Terra até quase tocar a superfície. Tal sucesso é impossível, como se demonstra cientificamente. Então, se não foi o Sol que desceu, é lógico perguntarmos qual foi o objecto circular brilhante que desceu em Fátima, visto que este fenómeno contribuiu decisivamente para a sua historicidade.

Lembram-se de a glória do Senhor ter aparecido na nuvem quando os israelitas começaram a caminhar pelo deserto (EXO 16: 10)? (veja a figura 4 à esquerda, extraída do livro "Intervenção Extraterrestre em Fátima"):

Comparemos com as seguintes figuras simbólicas, extraídas do livro "Os Astronautas do Passado" de Zecharia Sitchin (veja figura 5 à esquerda):

 

A Realidade de Deus e a Ilusão de Deus 

Teremos de concluir que houve legitimidade na apropriação de Fátima por parte da Igreja Católica? Sim, como também haverá legitimidade por parte da Ovnilogia e dos estudantes da Espiritualidade.

Fátima Um – 1917, pelas suas características intrínsecas, é um fenómeno altamente partilhável por todos os que se interessam por este milagre. A Igreja Católica não tem o direito de reivindicar exclusividade neste controlo. Modernamente, estão a surgir muitas hipóteses de estudo para todos os que procuram a realidade de Deus por oposição à ilusão de Deus.

As questões sobre a "ilusão de Deus" foram desenvolvidas por Richard Dawkins, cientista ateu, que chegou a escrever o seguinte:

«Não estou a atacar as qualidades próprias de Javé, Jesus, Alá, nem de nenhum outro deus concreto, seja ele Baal, Zeus ou Wotan. Em vez disso, vou definir a Hipótese Deus de uma forma mais defensiva: existe uma inteligência sobre-humana e sobrenatural que concebeu e criou de um modo deliberado o universo e tudo o que nele há, incluindo nós. Este livro vai defender um ponto de vista alternativo: qualquer inteligência criadora, dotada de complexidade suficiente para conceber o que quer que seja, só pode passar a existir enquanto produto final de um longo e gradual processo de evolução. As inteligências criadoras, tendo evoluído, surgem no universo forçosamente tarde e, por isso, não podem ser responsáveis pela sua concepção. Deus, na acepção acima referida, é uma auto-ilusão ou delusão; uma delusão perniciosa, como mostrarão os próximos capítulos.»

(Richard Dawkins – The God Delusion)

Com efeito, todo o trabalho desenvolvido por Dawkins na sua militância ateísta tem por objectivo a «Ilusão de Deus» criada pelos líderes religiosos e assimilada pelas multidões. Todavia, deixou uma possibilidade para o Demiurgo de Platão ou o Deus-Pessoa ou, ainda, "a realidade de Deus" que será o produto do Deus-Universo do Panteísmo.

E assim chegamos às consequências que poderão advir da detonação da bomba chamada Fátima Um – 1917 e que poderemos resumir no esquema seguinte:

Fátima 1 – 1917 - uma porta de acesso à realidade de Deus.

Fátima 2 e 3 – continuidade da ilusão de Deus.

Profeticamente, a consumação dos tempos em concordância com o processo escatológico só nos pode trazer a «realidade de Deus». O problema consiste em saber qual é e quem está preparado para reconhecer essa revelação.

O processo das aparições

Fig. 1

A visão da sarça ardente

Fig. 2

YOSEPH

Ascensão de Jesus o Cristo do Monte das Oliveiras

Fig. 3

Anteposição da "nuvem especial", portadora do pseudo-Sol, ao verdadeiro astro

Fig. 4

Figuras do deus alado Ahura Mazda

Fig. 5