Número da Besta

O NÚMERO DA BESTA

 

Provavelmente, será este o mistério bíblico que mais tem desafiado a inteligência dos curiosos de todas as épocas desde que foi escrito (supostamente) por João o Apóstolo no seu livro do Apocalipse.

Os Irmãos Espirituais que desejam estudar este tema a fundo terão de munir-se de uma Bíblia e seguir cuidadosamente os textos referidos, posto que não é viável fazermos aqui longas transcrições de textos que estão ao alcance de toda a gente.

Eis o versículo que tanta discussão tem provocado e tanta tinta tem feito correr:

 

«Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, porque é o número de um homem, e o seu número é seiscentos e sessenta e seis.» (Apocalipse 13: 18).

 

O versículo propõe o cálculo sobre o número da besta no sentido de a identificar e dá uma ajuda: é o número de um homem. Finalmente, dá o seu número: 666. A partir destes elementos, o que o autor propõe aos que têm entendimento é que identifiquem uma determinada besta, tratada simbolicamente no Apocalipse.

O primeiro passo para desvelar o mistério é perguntar: que besta é esta? A resposta a esta pergunta trará o princípio da explicação do enigma. Ora, o referido versículo, assim lido isoladamente, isto é, fora do seu contexto não contém informação suficiente, pelo que é necessário inseri-lo no contexto a que diz respeito e estudar, depois, minuciosamente, todas as sequências dos textos apocalípticos que fazem parte da Bíblia. Desde já, começam as dificuldades de interpretação, porque a besta apocalíptica cujo número é 666 está envolvida com outra besta de quem recebe o poder e que está, por sua vez, submetida a um dragão vermelho. E todos coexistirão no futuro: o dragão vermelho, a primeira besta e a besta cujo número é 666.

Complicado, não é?

 

O Apocalipse

A palavra "apocalipse" significa "revelação", mais precisamente, a revelação dos acontecimentos dos últimos dias.

Sabendo que o plano cronológico da Bíblia abrange as doze eras zodiacais, cada uma com 2.160 anos e que se chamam Dias, através dos quais se estendem o acto criativo (6 dias), o descanso divino (7.º dia) e o projecto redentor do homem (5 dias), o esquema apocalíptico pretende dar a conhecer as actividades sobrenaturais previstas para os dois últimos Dias ¾ Peixes e Aquário. Porém, o sistema apocalíptico, pretensamente revelador, é frustrante, porque a tal revelação é feita de forma simbólica. Coisa para Iniciados... Ora, é primeiramente necessário entender o significado dos símbolos para depois conhecer o que está previsto na Escatologia.

As profecias apocalípticas foram desenvolvidas pelo profeta Daniel, continuadas por Jesus o Cristo e finalizadas por João o Apóstolo, autor do Apocalipse que é o último livro da Bíblia.

 

A Simbologia Apocalíptica

O número 666 identifica apenas a besta que sobe da terra (Apo 13: 11 a 18). Antes dela, é referida uma besta que sobe do mar (Apo 13: 1 a 10). Ambas as bestas recebem o poder de um grande Dragão Vermelho e são por este lideradas (Apo 12: 1 a 7).

O grande dragão, com sete cabeças, dez chifres e sete diademas sobre as suas cabeças, é identificado como a antiga serpente, chamada o Diabo e Satanás, que engana todo o mundo (Apo 12: 9).

 

A Besta que Sobe do Mar

A besta que sobe do mar, com sete cabeças, dez chifres, dez diademas sobre os seus chifres e um nome de blasfémia sobre as suas cabeças, é identificada da seguinte forma:

 

Apo 17: 7 E o anjo me disse: "Por que te admiras? Eu te direi o mistério da mulher e da besta que a traz a qual tem sete cabeças e dez chifres. 8 A besta que viste, foi e já não é, e há-de subir do abismo, e irá à perdição; e os que habitam na terra (cujos nomes não estão escritos no livro da vida, desde a fundação do mundo) se admirarão, vendo a besta que era e já não é, mas que virá.

9 Aqui há sentido que tem sabedoria. As sete cabeças são sete montes sobre os quais a mulher está assentada; 10 E são também sete reis; cinco já caíram e um existe; outro ainda não é vindo; e, quando vier, convém que dure um pouco de tempo. 11 E a besta que era, e já não é, é ela, também, o oitavo, e é dos sete, e vai à perdição. 12 E os dez chifres que viste são dez reis, que ainda não receberam o reino, mas receberão poder como reis por uma hora, juntamente com a besta.

 

Sete Montes... Sete Reis

Que reis são esses de que fala João?

O profeta Daniel, no louvor que dirige ao Deus do céu (Dan 2: 21), afirma que Deus "muda os tempos e as horas; ele remove os reis e estabelece os reis; ele dá sabedoria aos sábios e ciência aos entendidos".

Nesta passagem, ficamos com a ideia de que os reis a que Daniel alude estão relacionados com o andamento cronológico, ou seja, a mudança dos tempos e das horas corresponde à remoção e ao estabelecimento de reis. Serão estes reis símbolos de eras cronológicas? De facto, cada era zodiacal é regida por um símbolo ou signo. As forças ocultas têm transformado estes signos em símbolos de acção, adoração e culto. Assim se passou com o Leão (poder da realeza), Câncer/Serpente (poder do mal), Gémeos (dualidade), Touro (força de trabalho), Carneiro (vítima dos poderes esclavagistas), Peixes (pregação, difusão das ideias), Aquário (agitação e poder das massas ou democracia).

Por esta ordem de ideias, é provável que João se refira a reis de culto idolátrico através dos quais a besta simbólica exerce o seu poder sobre os povos ao longo dos tempos. Aqui são evocados os sistemas políticos e económicos servidos por sistemas religiosos perversos. Na verdade, João apela ao "sentido que tem sabedoria"; já Daniel havia louvado Deus por ele dar "sabedoria aos sábios e ciência aos entendidos". Existe, pois, um enigma de ordem cronológica associado ao plano apocalíptico que só os sábios e entendidos poderão decifrar. Coisa para Iniciados...

João o Apóstolo viveu na Era de Peixes, sendo este signo o rei que prevalecia no seu tempo. Antes dele, cinco já haviam caído, isto é, já haviam passado as Eras de Carneiro, Touro, Gémeos, Câncer e Leão, durante os quais se fez sentir o reinado oculto do "grande dragão vermelho que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre as suas cabeças sete diademas" (Apo 12: 3). Entretanto, relativamente à era em que João estava vivendo, outro rei, o signo de Aquário, ainda não era vindo. Ora, é este mesmo João que aponta para a Era de Aquário quando coloca na boca do anjo que lhe transmite o esclarecimento da visão:

 

Apo 17: 15 E disse-me: "As águas que viste, onde se assenta a prostituta, são povos, e multidões, e nações, e línguas..."

 

Se o nosso raciocínio está correcto, ainda se torna necessário recorrer a outros símbolos para comprovarmos a veracidade desta tese. No Apocalipse de João aprendemos que é "o grande dragão, a antiga serpente, chamada o Diabo e Satanás", quem está por detrás dos vários reinados tenebrosos e das bestas humanas que regem a humanidade e que têm surgido no mundo ao longo dos tempos e das eras. É o dragão (símbolo de um poder primevo e oculto que ainda falta estudar) quem dá poder à besta que sobe do abismo (ou mar, ou águas) e quem dirige o discurso da besta que sobe da terra rotulada com o número 666.

Mas, há quanto tempo existe este Dragão ou Antiga Serpente?  

É o profeta Ezequiel quem nos fornece a chave cronológica da existência do dragão nas suas profecias e lamentações contra o Faraó. Disse-lhe o anjo:

 

Eze 32: 2 "Filho do homem, levanta uma lamentação contra Faraó, rei do Egipto, e dize-lhe: Semelhante eras a um filho de LEÃO, turvavas as ÁGUAS com os teus pés, e sujavas os teus RIOS". (maiúsculas nossas).

 

Neste versículo, Ezequiel acusa Faraó de ter sido "um Dragão nos Mares", clara evocação do antepassado Poseidon e à grande agitação aquosa que submergiu a Atlântida. Além disso, Faraó "era semelhante a um filho de LEÃO entre as nações". O Leão é símbolo da realeza e do poder dominante, amplamente discutido entre os deuses no Sexto Dia Criativo em que Elohim (Deus Construtor) decidiu dar o domínio das coisas criadas ao homem. (Gen 1: 26 a 31). Faraó, pois, sendo apenas um homem, era dragão e reinava no meio das nações como se fosse um deus.

O Signo oposto a Leão era Aquário. Basta, agora, olhar para o Zodíaco e tudo se torna claro. Ezequiel utiliza Faraó como um símbolo cronológico de eras passadas em virtude de os Faraós, reis do Egipto, sempre terem reivindicado uma origem divina. Eles intitulavam-se os filhos ou descendentes dos deuses. Com efeito, foi no sexto dia criativo que a soberania de Deus (simbolizada pelo Leão) foi posta em causa por um grupo de deuses, filhos de Deus, filhos do Leão. Desta oposição nasceu Satan, o inimigo ou adversário. Por causa desta rebelião, foi neste Dia que Deus (Elohim) decidiu fazer o homem à sua imagem, conforme à sua semelhança, e dar-lhe o domínio (simbolizado pelo Leão). Mas a divindade decaída não concordou com tal decisão e de inimigo passou também a acusar e caluniar o homem, donde a designação de Diabo. Aqui nasceu o grande dragão, a antiga serpente, que havia de provocar a queda do homem no Dia Sétimo, enquanto os Deuses Construtores (Elohim) descansavam.

Este dragão ou serpente, ao surgir no sexto dia ou Era de Leão, desde logo criou um poder próprio, oculto, para enganar e governar o mundo, tornando-se opositor e inimigo (Satanás) de Deus e detractor e caluniador (Diabo) do homem. O seu emblema era a serpente o qual, mais tarde, foi usado pelos Faraós sobre a testa.

Desde então, o poder do grande dragão não cessou, permanecendo activo ao longo das eras seguintes. E vai durar ainda durante a presente Era de Aquário. Então, desde Leão até Aquário, inclusive, contam-se SETE eras zodiacais: as SETE cabeças do dragão vermelho, correspondentes a SETE montes e a SETE reis que constituem parte do simbolismo que envolve a besta que sobe do mar ou abismo, bem assim como a besta que sobe da terra e leva o número 666.

   Cronologicamente, o dragão começou na era de Leão, a primeira cabeça. Concomitantemente, o dragão (grupo de deuses ou anjos decaídos) começou a criar a besta humana, dando-lhe um poder fictício, para que o homem se sentisse o senhor do mundo. Daqui resultou a corrupção geral do género humano que teve como consequência punitiva o desencadeamento do Dilúvio, mas este não resolveu o problema da corrupção. A besta, liderada pelo dragão, sobreviveu ao Dilúvio e deu origem à primeira grande civilização humana, fundada por Nimrod, na Era de Gémeos, na Mesopotâmia, cuja capital era Babel. Esta civilização, do início do período Neolítico (c. 5.000 AEC), atingiu o seu auge com a Babilónia de Nabucodonosor. Depois, entrou em declínio e desapareceu no fim da Era de Carneiro. Portanto, durante a Era de Peixes, na qual viveu João o Apóstolo, uma das suas cabeças está ferida de morte. Mas a sua chaga mortal é curada e Babilónia ressurgirá em plena Era de Aquário.

 

A Besta que Sobe da Terra

Enquanto a primeira besta (Babilónia) agoniza, outra besta se levanta no seu lugar. As suas origens estão igualmente obscurecidas pela mitologia e pela lenda. O mesmo é dizer que ROMA tem uma origem oculta disfarçada por uma história enigmática e ambígua que evoca dois irmãos Gémeos recém-nascidos, Rómulo e Remo, que foram abandonados na selva e amamentados por uma loba. Os gémeos cresceram e fundaram Roma, segundo a lenda. Desta cidade saiu uma civilização que ainda hoje exerce uma influência enorme em todo o mundo.

Será esta a besta que João designou pelo número 666?

O Império Romano, depois de uma sangrenta perseguição aos primeiros cristãos, acolheu a chamada Igreja de Pedro e se tornou o veículo oficial do poder religioso e da expansão do cristianismo romano para as massas ou gentios. Após a queda de Roma, esta igreja preservou o sistema político-administrativo romano e, sobretudo, o Direito Romano consubstanciado pela LEX (lei) que é o fundamento jurídico do Estado de Direito e da Legislação dos países modernos que assimilaram a Civilização Ocidental em todo o mundo.

O mais curioso é que tanto o Império Babilónico como o Império Romano estão hoje, historicamente, extintos. Não obstante, o livro do Apocalipse insiste que eles ressurgirão em plena Era de Aquário. Razão pela qual João ficou maravilhado.

 

DCLXVI = 666

Os romanos não possuíam símbolos próprios para contar: os algarismos. Utilizavam SETE letras do alfabeto a que foram atribuídos valores numéricos.

 

Yin & Yang

A luta entre o Bem e o Mal 

 

 

Ao que parece, João usou as características da numeração romana para classificar a besta. Assim, os primeiros SEIS símbolos foram separados do SÉTIMO e colocados inversamente de modo a perfazer o valor 666:

 

 

Esotericamente, seis é o valor numérico atribuído a um homem (qualquer homem) e genericamente ao Homem; enquanto sete é o valor numérico atribuído a um deus (a um qualquer deus) e genericamente a Deus. Seis exprime a imperfeição humana e sete exprime a perfeição divina. Por conseguinte, João reservou a sétima letra, M (mil), para referir o reinado milenar do Cristo, deus porque filho de Deus, em que o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, permanece amarrado por mil anos (Apo 20: 1 a 6).

O número 666 (DCLXVI) é uma ironia que tem a ver com a arrogância humana que reivindica privilégios divinos a que não tem qualquer direito, pois era assim que procediam os reis déspotas das antigas nações, fossem eles faraós, reis babilónicos ou césares. Actualmente, pouco mudou quanto a esta perspectiva: a maioria dos governos age basicamente como faraós e césares. Quem nos poderá contradizer?

O número 666 reveste-se de um determinismo que mais parece um fatalismo, logo a começar pela real estruturação do Império Romano. No ano 666 da fundação de Roma (116 anos antes do baptismo de Jesus), Sila conquista Roma comandando seis legiões, o que representa o acto anticonstitucional mais grave da história romana até àquela data. Segundo as leis vigentes em Roma, o exército não podia, sob pretexto algum, pisar a cidade. Ao acampar no próprio foro, Sila e os seus legionários esmagam a liberdade republicana. Neste ano, o poder militar começa a sobrepor-se ao poder civil em Roma. Esta foi a primeira investida como ensaio do futuro Império servido por uma poderosa máquina de guerra.

No ano 716 da fundação de Roma (66 anos antes do baptismo de Jesus), Octávio César toma para si o título de Imperador, passando a chamar-se desde essa altura "Imperator Caeser Divi Filius" (César Imperador, filho dos deuses). Ele exige ser tratado por César o Divino ou Divino César. Uma vez consolidado, o poder romano assentava na figura do Divino César (DC = 600) cuja força provinha das LEX Júlia (LX = 60). Mas o César era apenas um homem (VI = 6) e não um deus!

Portanto:

 

 

No tempo de João, será compreensível o recurso a este tipo de enigmas numerológicos. Mas ele projecta tudo isto num futuro ainda muito distante ao qual nós, actualmente quase chegamos. Que valor terá hoje o enigmático 666?

 

A Besta 666 Hoje

Papas

Os Papas da Igreja Católica Apostólica Romana conferem a si mesmos o título de "Vigário do Filho de Deus", em latim VICARIUS FILII DEI. A soma dos valores romanos das letras presentes neste título é:

 

V  =    5        F             D  =  500

I  =    1        I  =  1       E

C  =  100        L  = 50       I  =    1

A                I  =  1

R                I  =  1

I  =    1

V  =    5

S

      112      +      53      +       501      =     666

 

Este título é ostentado na tripla coroa que o Papa coloca sobre a cabeça. Será o Papa a besta 666?

 

A mística do número seis não foi criada pela civilização romana. Roma recebeu esta herança esotérica da antiga Babilónia que, por sua, vez a tinha recebido de civilizações ainda mais antigas. Desde a antiguidade, os babilónios consideravam o 6 como um número sagrado e, por isso, tinham o céu dividido em 36 constelações. O número 6 estava intimamente ligado à astrologia, especialmente à adoração do deus Sol. O número 6 representava o deus menor, o número 60 representava o deus maior e o número 600 representava o panteão dos deuses babilónicos. A soma destes três números é igual a 666 que representava o deus Sol, um dos atributos de Lúcifer (nome que significa "o portador da luz").

Na Tradição Esotérica, 666 é também o número do Sol e tem relações curiosas com o sistema astrológico dos antigos babilónios, pois o quadrado de 6 é 36 e o somatório da progressão aritmética simples de 1 a 36 é igual a 666.

Os sacerdotes caldeus e babilónicos usavam amuletos em forma de placa quadrada contendo o selo do Sol no verso e os números de 1 a 36 no reverso, formando 6 quadrados de 9 números cada cujas somas, tanto na vertical como na horizontal, davam o total de 111 que somados davam o número 666.

No mito da criação, descrito no livro do Génesis, a fundação do mundo consumou-se no fim do dia 6, o dia da questão do domínio em que o homem (6) foi feito à imagem de Deus (7). O dia 7 foi justamente reservado para o descanso divino. Quando Moisés reformulou o calendário hebraico, na Era de Carneiro, simbolizou os 6 dias da criação na semana de 7 dias, em que o homem deverá trabalhar 6 dias e descansar ao sétimo.

Assim, todo este enigma numérico em torno do 6 faz parte de uma tradição una que atravessou as civilizações egípcia, babilónica, hebraica, e romana, permanecendo viva ainda hoje. Todo este sistema sagrado ocultista foi transferido para a matemática e, ainda hoje, utilizamos o sistema sexagesimal (de base 60) que divide a circunferência em 360 graus (6 x 60); o grau e a hora em 60 minutos; o minuto em 60 segundos.

No Apocalipse de João é revelado que no último dia (o dia 12.º - 2 x 6) será reeditado o antigo mistério de Babilónia, tendo novamente o número 666 como base de um sistema económico ditatorial que só permitirá transacções comerciais àqueles que possuam a marca da besta:

 

Apo 13: 16 E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na sua mão direita, ou nas suas testas; 17 para que ninguém possa comprar, ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome.

 

O último dia, o dia do Senhor (Apo 1: 10), corresponde à Era de Aquário; começou em 1948 (ano da fundação do moderno estado de Israel) e terminará em 4.108. Por conseguinte, este versículo já diz respeito a nós, hoje, agora!

O sistema numérico babilónico atribuía o valor 6 à primeira letra do alfabeto. Às demais letras era sucessivamente acrescentado o valor 6, de maneira que todas elas se constituíam valores numéricos múltiplos de 6.

Aplicando, por analogia, esse sistema babilónico ao nosso alfabeto ocidental, constituído por 26 letras e complementado por 10 símbolos numéricos, perfazendo um total de 36 símbolos (6 x 6!), obtemos a seguinte tabela:

 

 

  Com base nesta tabela, tomemos a palavra inglesa COMPUTER (computador), atribuamos o correspondente valor a cada letra e façamos a soma:

 

C    =  18

O    =  90

M    =  78

P    =  96

U    = 126

T    = 120

E    =  30

R    = 108

Soma = 666

 

A palavra latina computare significa literalmente calcular. Dela se originou "computer" que é uma máquina de calcular.

Estaremos a forçar a numerologia para que resulte sistematicamente o número 666? Assim é, com efeito! Mesmo que o seja, não deixa de ser maravilhoso que o resultado seja sempre igual. Na verdade, a matemática presta-se a imensos malabarismos. Mas terá isso a ver com desígnios divinos? E quem é que nos garante que a divindade não é malabarista? Não foi Pitágoras que disse que a matemática é de origem divina?

Será, finalmente, o "inofensivo" computer a terrível besta de que fala João no seu Apocalipse? É claro que não: a máquina não tem culpa, pois foi o homem que a construiu. Acabamos por ir parar sempre ao mesmo sujeito: o Homem (6)!

Mas não deixo de ficar apreensivo quando me dou conta de estar a receber os sinais da máquina que me batem na testa através do ecrã do monitor. E o miserável rato na minha mão direita através do qual lhe transmito sinais? E o teclado que tenho à minha frente cuja base fundamental de accionamento reside em 26 letras e 10 algarismos?

Assusta-me o que possa estar por detrás do computador. Uma entidade oculta que não conheço nem domino. O objecto, além de calcular e receber escrita, também faz o processamento da informação. A Informática... Ora, quem controla a informação controla o poder. Um sistema informático constituído por computadores, muitos computadores, interligados... Uma imensa teia (WEB) de computadores interligados possui uma capacidade ilimitada de processamento de dados. Quem desempenha o papel de ARANHA (SPIDER)?

 

Uma Teia do Tamanho do Mundo

A rede mundial de informação que passou a ser conhecida por INTERNET (Inter-Rede) foi criada no Pentágono americano. Todos os "sites" colocados na Internet têm códigos de domínios que incluem as letras WWW que é a sigla de World Wide Web que significa literalmente "TEIA DO TAMANHO DO MUNDO". Para os íntimos, apenas The Web (A Teia). Isto traduz o verdadeiro intento da Internet, como a teia da tarântula que se estende por uma vasta área. Será o Pentágono a aranha?

  A revista "NOVA ERA", no seu primeiro número, exaltou a Internet como a rede de informações da Nova Era (Era de Aquário, entenda-se). A vaga New Age dos nossos dias.

Aquelas três letras também dão muito que pensar. A sexta letra do alfabeto hebraico é VAV (ou WAU), equivalente ao V latino e ao W, e tem o valor 6. Outra forma de escrever W é V/ (VI). Assim:

 

W W W  =  VI VI VI  =  666

 

A Internet é também chamada The Net (A Rede). Como a aranha usa a sua teia para capturar as presas, assim o homem inventou as redes para pescar e caçar. Tais redes são armadilhas.

A Tabela ASCII (American Standard Code for Information Interchange) é usada pela maior parte da indústria de computadores para a troca de informações. Cada caracter é representado por um código de oito bits.

Vê a seguinte tabela, da parte que diz respeito às maiúsculas:

 

 

O verdadeiro e completo nome de Bill Gates, o grande patrão da Microsoft, é William Henry Gates III, em que III significa terceiro ou três. É conhecido por BILL GATES III. Mas, que há de especial neste nome? Considerando o valor decimal da tabela ASCII atribuído a cada um dos caracteres das letras maiúsculas e somando o valor 3, vê:

 

B    =  66

I    =  73

L    =  76

L    =  76

 

G    =  71

A    =  65

T    =  84

E    =  69

S    =  83

 

III  =   3

Soma = 666

 

Será este "pobre" homem a besta? Ou é outra coincidência? Mais uma vez, estamos a forçar a numerologia.

  

O Código de Barras

Quando vamos ao supermercado comprar arroz, feijão, açúcar, leite, detergente em pó, uma simples escova de dentes, fósforos, ou seja o que for; quando vamos comprar revistas, maços de cigarros, preservativos, enfim, qualquer produto comercial de consumo corrente, o mesmo é codificado através do Código Universal de Produtos (UPC) e materializado na impressão de um código de barras sobre as embalagens, que identifica o produto, o fabricante, o país de origem e o seu preço final já nos estabelecimentos. O código de barras é uma espécie de "bilhete de identidade" do produto comercial, foi criado num computador e só pode ser lido mediante um modelo de scanner ligado a outro computador. É formado por um conjunto de barras negras, finas ou grossas, e espaços em branco, constituindo unidades a que correspondem algarismos.

Mostramos um exemplo de código de barras, neste caso de um pacote de leite, onde podemos observar que existe um grupo de três códigos de barras finas, respectivamente colocados no início, no meio e no fim de todo o conjunto do código, ligeiramente prolongados para baixo e a que não corresponde nenhum algarismo. Cada par dessas barras longas e finas tem o valor numérico de 6, formando assim, ocultamente, o número 666. Outra coincidência?

Dinheiro Electrónico

A utilização de dinheiro em espécie, isto é, moedas e notas, parece estar condenada! Num futuro que não será distante, as transacções comerciais serão inteiramente efectuadas através de cartões feitos de plástico onde estão inseridos fitas magnéticas ou "Chip's" electrónicos. Esses cartões poderão incluir fotografia do usuário, dados da Identificação, da Carteira Profissional, Carta de Condução, Passaporte, dados pessoais como a cor da pele, dos olhos, do cabelo, altura, peso, endereço, entidade patronal e local de trabalho, filiação partidária, fé religiosa, etc. Estes cartões inteligentes podem ser carregados monetariamente através de impulsos electrónicos ou estarem associados a uma conta bancária e, conforme o usuário vai fazendo compras, o cartão é passado por máquinas de leitura electrónica existentes nos estabelecimentos comerciais que transferem electronicamente os valores monetários, por meio de computadores, de umas contas bancárias para outras.

O sistema VISA Electron já está mundialmente implantado e prevê-se o seu aperfeiçoamento ilimitado no futuro. Também aqui há uma curiosidade numerológica: é que o nome VISA contém o número 6 três vezes, distribuídos por três idiomas antigos.

Em latim, o número 6 era (e ainda é) representado pelas letras VI juntas.

Em grego, o número 6 era representado por um símbolo stigma que tinha forma semelhante ao S sigma. O stigma (com aspecto de serpente em posição erecta de ataque para picar) era usado para marcar escravos e bestas de carga. Dele deriva a palavra "estigma" que significa picada, marca, sinal, cicatriz, tatuagem. Se analisarmos as origens etimológicas desta palavra, veremos que ainda significa; picada de cobra, infâmia, desgraça, opróbrio, ignomínia, vitupério, desonra, condenação, ofensa, injúria, acusação, tudo situações e condições a que os escravos estavam submetidos. Tanto o stigma como o sigma como o seis evocam a serpente em posição de ataque. O algarismo seis - 6, quer na configuração gráfica quer na pronúncia sibilante, evoca fortemente a serpente pronta para atacar. Conotações com o Grande Dragão Vermelho que surgiu no dia 6 da criação?

Em babilónico, o número 6 era representado pela letra A.

Assim:

 

 

O nome VISA (em inglês) significa VISTO (de passaporte), isto é, uma autorização marcada num documento oficial para que o seu portador possa circular livremente.

 

Um Documento Único

Muitos países já aprovaram leis que estabelecem a criação do documento único de identificação civil para substituir a enorme variedade de documentos, como o bilhete de identidade, carta de condução, carteira profissional, cartão de eleitor, de beneficiário da assistência médico-social, certidões de nascimento, casamento e outras. Através do documento único de identidade, o cidadão receberá um número (sinal) ao nascer e que o acompanhará até à morte. Assim, o número da sua certidão de nascimento será o número da sua certidão de óbito. A medida é criada para dificultar e mesmo banir as fraudes e eliminar a imensa burocracia causada por tantos documentos diferentes. O sistema deverá ser implantado dentro de poucos anos e cada cidadão receberá um código alfanumérico. Sem este cartão único, nenhum cidadão terá acesso a qualquer participação ou benefício na sociedade civil em que estiver inserido, incluindo comprar ou vender, seja rico ou pobre.

 

A Nova Ordem Digital

A opressão da besta apocalíptica vai ser exercida através de um sistema económico globalizado ao qual será aplicado o seu sinal...

«... para que ninguém possa comprar, ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome.»

O conhecimento tecnológico da humanidade precisou de quase sete mil anos para sair da estagnação. Foi com o aproximar da Era de Aquário (finais do século XIX) que o homem deu um grande salto tecnológico. De 1.807 até hoje, surgiu a locomoção a vapor, a energia eléctrica, o telégrafo, o telefone, a radiodifusão, a televisão, o foguetão, o satélite artificial, as naves espaciais, o computador, os sistemas informáticos, a Internet, etc. Em apenas 200 anos o conhecimento tecnológico humano passou de quase zero para um número de invenções e descobertas a uma velocidade exponencial. Paralela e paradoxalmente, o mundo moderno tem experimentado a maior degradação da moral e dos costumes na mesma vertiginosa proporção: a bomba atómica, armas químicas e bacteriológicas, destruição do conceito de família, liberalização do aborto, casamento entre homossexuais, gravidez precoce nas adolescentes sem agregado familiar constituído comprometendo o crescimento equilibrado das crianças, consumo de drogas que provocam mortandade entre jovens sem objectivos de vida, sexo livre e irresponsável, depressão, medo, angústia, taxas de suicídio alarmantes, poluição e degradação do sistema ecológico planetário, miséria económica extrema contrastando com opulência nunca vista. Tudo isto na sociedade da Era da Informática, em que está em plena marcha o grande projecto da globalização da economia, em que a humanidade, supostamente, devia estar a caminhar para a suprema realização de si mesma. A revolução silenciosa dos computadores da nova ordem digital está-se infiltrando na nossa vida quotidiana sem que tenhamos uma nítida percepção da sua real envergadura. Antevê-se o advento de uma civilização dependendo totalmente da tecnologia dos micro-computadores. Eles já estão presentes em todo o tipo de equipamentos, aparelhos e máquinas, como telefones, televisores, fornos micro-ondas, gravadores de vídeo, máquinas de lavar, nos Bancos, nas Seguradoras, nas Escolas, nas Empresas, nas Bolsas de Valores. Em todos os sectores da vida moderna. E as suas capacidades de expansão são infinitas. São tecnologias de controlo tremendamente eficazes. Que fará com elas a besta 666 que já vai subindo da Terra?

Não é o nosso propósito criar alarmismos injustificáveis. Mas que a situação mundial está complicada... está! E não é menos verdade que a Obediência Espiritual é chamada a tomar parte nas soluções possíveis. Porém, deve procurar fazê-lo com conhecimento de causa: a Causa Divina e seus desígnios para este mundo em que vivemos.

A besta 666 já não constitui nenhum enigma nem viaja incógnita, pois todas as conclusões apontam sempre num sentido: a Besta Humana que se guindou ao mais refinado poder, o produto final da Democracia representativa. Ironicamente, é o povo que a coloca nos píncaros do poder e a ela se submete e presta culto. E por voto secreto. Claro! Assim, qualquer um pode clamar inocência, tipo «Não fui eu! Não fui eu!»

 

J. Curado