O ESPÍRITO SANTO E OS OVNI's
1. Serão os textos sagrados irremediavelmente arcaicos?
Numa conversa tida há uns tempos, um amigo expressava-me a seguinte ideia:
— Estamos na era espacial. Os textos bíblicos, patenteando um estilo literário arcaico, adaptado à mentalidade que existia nas épocas em que foram redigidos, estão ultrapassados relativamente à moderna linguagem dos nossos dias. A Bíblia, tal como a Religião que representa, está prestes a morrer de velha; não tem futuro!
Naquela altura, não encontrei argumento para o rebater. De facto, a Bíblia é um conjunto de textos escritos num estilo literário que parece ser extraordinariamente antigo. Contudo, pensei maduramente no assunto e passei a analisar exaustivamente os textos sagrados a fim de encontrar neles algum indício ou tendência que os liberte do tom arcaico. Afinal, se Deus é eterno, porque terá a sua palavra de manter um estilo antigo, sem ser modernizada para o tempo presente ou sem ter estabelecido uma base literária futurista?
Comecei a perceber que o estilo literário é, na verdade, arcaico; mas o seu conteúdo semântico oculto ultrapassa tudo o que possamos entender como moderno ou actual. Com efeito, o texto sagrado harmoniza maravilhosamente o antigo com o moderno e tudo isto se projecta num futuro fantástico.
Não é, portanto, a Bíblia que está ultrapassada, mas sim o homem que está atrasado. E se quisermos descobrir as chaves encerradas nas suas palavras antigas e abrirmos os segredos dessas mesmas palavras através da simbologia bíblica, eis que de repente toda a Bíblia se transforma num texto ultra moderno, cuja linguagem espacial fará inveja ao mais prodigioso escritor de aventuras no espaço; e com esta soberba vantagem: a Bíblia conta-nos uma verdade histórica real, enquanto o novelista nos oferece um conto fictício imaginado; a Bíblia é o produto de uma inteligência científica divina, as novelas de aventuras no espaço são o resultado duma fantasia imaginária humana.
Entretanto, a fantasia imaginária do homem não se circunscreve somente às perspectivas do futuro. O homem cercou as suas crenças antigas, e a sua própria História, de fantasias e de fábulas que chegam a ser monstruosas. A fantasia imaginária é o produto da ignorância.
Por intermédio da sua palavra (logos, verbo), revelada e inspirada aos seus santos profetas, Deus nos convida a sermos inteligentes e não fantasiosos.
Pro 8: 1 Não clama, porventura, a sabedoria, e a inteligência não dá a sua voz? (...) 4 A vós, ó homens, clamo; e a minha voz se dirige aos filhos dos homens. 5 Entendei, ó simples, a prudência e vós, loucos, entendei de coração.
Os simples (crentes ingénuos) devem raciocinar; porque é pelo raciocínio intelectual que se adquire a inteligência no sentido de sabedoria (sophia), para saber e compreender a grande mensagem contida na Bíblia, destinada à geração da grande tribulação em que a ciência se multiplicará (Dan 12: 4).
Mas o acto de raciocinar, em termos espirituais esotéricos, é um sacrifício vivo.
Paulo, na sua carta aos romanos, faz um rogo que nós, nesta época de angústia, deveríamos entender ainda mais do que aqueles que viveram no tempo do antigo império romano:
Rom 12: 1 Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. 2 E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimentais qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
Culto racional ... renovação do entendimento ...
O mesmo Paulo deu instruções por carta ao seu filho (espiritual) Tito e, relativamente aos cretenses, escreveu a certa altura:
Tit 1: 4 Não dando ouvidos às fábulas judaicas, nem aos mandamentos de homens que se desviam da verdade.
Sim... aquelas fábulas judaicas, engendradas por Satan no seio da Sinagoga e que vieram, mais tarde, a introduzir-se igualmente no seio da Igreja primitiva do Cristo, corrompendo-a por dentro, cegando os seus membros que não deram ouvidos a Paulo, e que ainda hoje persistem com todo o vigor.
Houve uma época em que eu entrava nas várias igrejas cristãs e me envolvia com a multidão crente. Quantas vezes perguntei a mim próprio: como é possível fazer com que toda esta gente deixe de absorver a religião com um sentimento supersticioso e uma visão de fantasia? Haverá alguém, movido por conscientes e boas intenções, que possa desmentir o facto horripilante de que a mole dos crentes e adeptos de todas as confissões religiosas não passam de supersticiosos e fantasistas controlados pelos respectivos gurus? Para Satan, toda esta massa crente constitui uma entidade colectiva fácil de manipular; mas para Deus é um terreno dificílimo de desbravar! Tudo por causa da imaginação do homem. O Dilúvio, mais do que um castigo e uma prevenção, foi um acto de desespero cruel por parte de Deus, conforme nos deixa perceber ao dialogar com Noé:
Gen 8: 21 (...) Não tornarei mais a amaldiçoar a terra por causa do homem; porque a imaginação do coração do homem é má, desde a sua meninice (...)
A actividade cerebral do homem resume-se, pois, na imaginação má, ou seja, dar mau uso ao seu cérebro (coração, na antiga acepção) como, por exemplo, fantasiar, fabular. Observo que os chefes religiosos de hoje nem sequer dão um passo para inverter esta situação; colaboram em silêncio com o obscurantismo fomentado por Satan. É uma verdade dura e cruel que só é conhecida daqueles que apresentam o corpo a Deus em sacrifício vivo, daqueles que praticam o culto racional, daqueles que querem transformar-se pela renovação do entendimento; porque o entendimento do homem foi-se perdendo após a expulsão do jardim do Éden. E por isso ainda está privado de obter o conhecimento (gnôsis), excepto uma pequeníssima minoria de eleitos.
2. Visto da Terra, o céu é a fronteira da observação do cosmos onde se movem gigantescas galáxias num cortejo infinito. Os astrónomos esquadrinharam esse céu e a visão que nos legam é maravilhosa e tranquilizante para os crentes místicos e contemplativos, porque esta visão testemunha e reforça a omnipotência do Deus criador do Universo, mas é aterradora e revolucionária para os crentes racionalistas porque se vêem na eminência de terem que modificar profundamente toda a sua concepção tradicionalista da Religião se quiserem manter ainda, nos mesmos moldes mentais, a crença neste mesmo Deus ou, pelo menos, no conceito que d'Ele possam fazer.
O céu é também a fronteira imediata do Espaço, onde os alquimistas antigos pressentiam a existência do Éter, substância imponderável de que eram feitos os espíritos.
3. Antigamente, os alquimistas concebiam o espaço como um imenso e infinito "éter", conceito obscuro e esotérico que morreu com a alquimia e não foi assumido pelos cientistas do século XX.
Em 1918, o judeu Albert Einstein formulou pela primeira vez a teoria das ondas gravitacionais as quais seriam duplamente polarizadas e se deslocam à velocidade da luz. Formulou também a teoria do espaço curvo; todavia, devido ao facto de conceber o espaço circundante à matéria como um vácuo total, ele não conseguiu compreender o fenómeno das forças gravitacionais, o que não impediu a criação da sua principal teoria, a trave mestra das suas investigações, ou seja, a famosa teoria da relatividade. Fossem como fossem, as teorias de Einstein, mesmo incompletas ou imperfeitas, possibilitaram na prática a manipulação do átomo, nomeadamente a desintegração do seu núcleo, e a prova está à vista: o fabrico da bomba atómica.
Outros cientistas "pegaram" na teoria das ondas gravitacionais de Einstein com o intuito de compreender e explicar o grande problema da gravidade que se faz sentir em torno de qualquer porção de matéria; mas em vez de considerarem o Espaço como um vácuo, eles admitem-no em sentido pleno, fluído e dinâmico. O espaço não é um vácuo (presentemente "vácuo" é um conceito apenas teórico) mas está cheio de milhares de milhões de partículas de material luminescente em permanente movimento. Além disso, o próprio conceito de "Espaço" modificou-se, sendo agora encarado como "algo" que apresenta características elásticas, contraindo-se ou dilatando-se, apesar de não ser matéria no sentido em que esta é modernamente compreendida. A recente acepção do "Espaço Fluído" é como que o ressurgir do "éter" dos antigos alquimistas. Estes novos conceitos do espaço levaram aos estrondosos avanços na tecnologia da rádio e da electrónica, pois proporcionaram uma melhor e mais real compreensão prática de muitos fenómenos ligados ao electromagnetismo que dantes não passavam de teorias especulativas. As telecomunicações, principalmente, beneficiaram espectacularmente com a nova concepção do espaço.
Finalmente, começou a ficar assente no mundo científico que o "Espaço" é o grande e único veículo da propagação da luz, do calor, das ondas de rádio e dos campos magnéticos. Ele é o transmissor da energia dimanada da matéria nos seus processos físicos e químicos. O espaço possui a tremenda faculdade de vibrar e se deformar submetido à acção da matéria que ele próprio envolve. Por sua vez, a matéria reage e interage com a vibração do espaço. Esta vibração define-se em frequências que ocupam uma vastíssima gama. Determinadas frequências são percebidas pelos nossos sentidos de diferentes formas. A vibração térmica, veiculada através do espaço, é provocada por matéria em combustão e dá-nos a sensação de calor; a diminuição da potência destas vibrações são percebidas sob a sensação de frio e o seu aumento causa a queimadura, sendo ambas as potências destrutivas para a vida. Outras frequências são percebidas pelos nossos olhos como luz; a ausência destas frequências origina as trevas. As vibrações do espaço propagam-se nele próprio à velocidade de 300.000 Km/s; em representação gráfica, o comprimento da onda determina a sua frequência num tempo dado (geralmente o segundo) e a amplitude da onda determina a sua potência.
As vibrações do espaço são infinitas e cercam-nos por todo o lado, intrometendo-se e influindo decisivamente no nosso ser físico e espiritual. Aquilo a que chamamos gravidade ou força de "atracção" de um astro, é a deformação vibratória do espaço que envolve o astro e criada pelo mesmo. O astro não "puxa", não "atrai", mas é o espaço deformado que "empurra", que "repele", em direcção ao astro, qualquer massa de matéria que dele se aproxime. A gravidade é, pois, uma acção exercida directamente pelo espaço, embora criada pelo astro, e trata-se de uma deformação natural.
Além da deformação natural, o espaço pode ser deformado artificialmente. Já referi as ondas de rádio e os campos electromagnéticos; a televisão baseia-se nos mesmos princípios.
O princípio fundamental do electromagnetismo enuncia-se da seguinte forma: uma corrente eléctrica percorrendo um fio condutor deforma o espaço circundante numa polaridade bem definida ao longo de todo o fio. Este princípio, convenientemente utilizado, dá origem à construção das bobinas electromagnéticas, as quais têm a propriedade de deformar o espaço interior, o núcleo, num sentido bem definido chamado "polaridade magnética", cuja frequência fundamental actua sobre um pedaço de ferro macio introduzido no seu núcleo, o qual se deslocará no sentido da polaridade magnética. É assim que funcionam os electroímans, os motores eléctricos etc.
4. Esta foi uma introdução absolutamente necessária para começarmos a procurar compreender o fenómeno OVNI cuja existência já não pode ser posta em causa pelos investigadores nesta área.
Os OVNI's existem; Têm sido fotografados, filmados, registados em radar etc. Os governos mundiais preocupam-se com isto; criaram departamentos específicos, secretos, no seio das forças armadas, para os investigar e vigiar. Estes departamentos, por norma, não dão explicações satisfatórias junto da opinião pública; preferem manter-se no silêncio ou fazer tudo para escamotear, minimizar, despistar ou anular os efeitos OVNI. Organizam campanhas sistemáticas de desinformação e descrédito. Dão cobertura a produções literárias, radiofónicas, cinematográficas e televisivas no sentido de estabelecer a maior confusão possível e inculcando na opinião pública hipóteses extraterrestres completamente mirabolantes. Mas é como a fábula do avestruz que esconde a cabeça na areia. Os ovniólogos, porém, sabem que existem e não são de fabrico humano. O assunto é, de facto, tão apaixonante que conceituados cientistas aceitaram correr o risco do descrédito pessoal ao estudar, eles próprios, este espantoso fenómeno.
Quanto ao aspecto visual, de dia estas manifestações aparecem em forma de nuvens resplandecentes, percebendo-se no seu interior formas vagas de um corpo sólido de contornos lenticulares ou discóides, assemelhando-se a um prato voltado ao contrário. Assume várias outras formas, talvez por causa de particulares perspectivas ou condições de observação, mas estas são as mais vulgares.
De noite, assumem aspectos luminosos dos mais variados, quer na forma quer na cor, com predominância de halos ou arcos luminosos em torno de um centro igualmente luminoso.
Deslocam-se no espaço a velocidades incríveis, evoluem em acrobacias impossíveis de compreender ou pairam no ar completamente imóveis durante horas e até dias seguidos.
Existem outros fenómenos associados aos OVNI's . Entre eles avulta um que é de espectacular efeito; são as rampas luminosas que emitem, na maior parte das vezes para baixo, em direcção ao solo. De noite, estas rampas distinguem-se como focos de luz sólida, de várias cores, predominantemente azuis ou verdes. De dia, estas rampas percebem-se com menos evidência, mais parecendo traços rectilíneos de névoa brilhante ou colunas de fumo. Existem muitos relatos relativos a estas rampas luminosas ou nebulosas.
Foi uma introdução tendenciosa e breve, reconheço, mas o assunto é vasto e sou forçado a incidir no particular e no principal. De resto, livros de ovnilogia existem aos montes, alguns sérios e muitos pouco sérios (estes produzidos pelas conjuras da contra-verdade), é só estender a mão e comprovar que não estou a inventar. Todavia, o melhor é associarmo-nos a alguma organização ovnilógica digna de crédito, pois existem algumas muito boas a nível mundial.
5. Poderá a moderna fenomenologia OVNI ter alguma conotação com os textos religiosos? Eis mais uma fonte de tormento para muitos crentes que abordam esta temática.
Vejamos, por exemplo, o Sinal da Vinda do Filho do Homem. Que sinal, ou melhor, qual o aspecto visual deste sinal? Não seria bom e, portanto, desejável que os crentes fiéis ao Messianismo conhecessem este maravilhoso sinal? Entre todos os sinais que antecedem, rodeiam e acompanham a vinda do Senhor, refere-se este sinal específico, exclusivo:
Mat 24: 30 Então aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem (...)
Luc 21: 27 E então verão vir o Filho do Homem, numa nuvem, com poder e grande glória.
Os padres Capuchinhos opinam que não pode ser senão o Sinal da Santa Cruz. Uma grandiosa cruz suspensa no céu? Será assim?
Vamos desenhá-la (ver figura). Uma cruz cuja perspectiva, de baixo para cima, faz lembrar uma pomba voando. Que estranho! Quando Jesus acabou de ser baptizado...
Mat 3: 16 (...) eis que se lhe abriram os céus e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele.
Prossigamos o nosso estudo. Depois de consumado o Dilúvio, Deus estabeleceu com Noé e sua posteridade um concerto. O sinal desse concerto era "o Arco na Nuvem". Deus atribui tão grande importância ao Sinal deste concerto que o repete três vezes a Noé (Gen 9: 11 a 17).
E daí? Perguntam os exegetas. E logo respondem: É o "arco-íris" que aparece nas nuvens quando chove, como é evidente.
Mas será o arco-íris?
Na visão que João teve sobre o Dia do Senhor ele refere o Arco na Nuvem.
Apo 4: 2 (...) um trono estava posto no céu, e um assentado sobre o trono. 3 (...) e o arco celeste estava ao redor do trono, e parecia semelhante à esmeralda (verde);
10: 1 E vi outro anjo forte que descia do céu, vestido de uma nuvem, e por cima da sua cabeça estava o arco celeste ...
Aqui, a imagem do arco-íris, que tão bem conhecemos pelas suas belas sete cores e não apenas o verde, parece querer desvanecer-se; tem um trono associado, sobre o qual está em redor, e desce (vem de cima, do alto) do céu. Fico extasiado quando contemplo o arco-íris; será que é neste grandioso cenário que ocorrerá a descida do Cristo?
Ezequiel também teve uma visão, aliás a mais famosa visão narrada na Bíblia, de que extraio alguns passos:
Eze 1: 4 Olhei, e eis que um vento tempestuoso vinha do norte, e uma grande nuvem com um fogo a revolver-se; e um resplendor ao redor dela ...
28 Como o aspecto do arco que aparece na nuvem no dia da chuva, assim era o aspecto do resplendor em redor: este era o aspecto da semelhança da glória do Senhor ...
Estes versículos de Ezequiel desfazem qualquer dúvida que possa subsistir quanto à origem do arco, servindo de sinal do concerto de Deus prometendo solenemente não mais provocar o dilúvio sobre a terra. Não se trata de nenhum arco-íris, como muitos teólogos pretendem e ensinam. Ezequiel utiliza uma comparação para distinguir duas coisas diferentes quanto à respectiva origem e não para as confundir como se fossem o mesmo fenómeno. Na eventualidade de persistir, ainda, teimosia em se afirmar que era um arco-íris, então eu desafio qualquer um para ver se consegue observar algum arco-íris nas nuvens e havendo simultaneamente ventos tempestuosos vindos no norte. Este fenómeno natural da decomposição da luz solar só pode processar-se através de pequenas gotas de chuva em perfeita forma esférica movimentando-se suavemente na atmosfera, sendo ainda necessário que o Sol esteja afastado do meio-dia e exactamente por detrás da nuca do observador; assim, este eixo de visão é uma linha recta que passa pelo centro da circunferência do arco-íris observado, por entre os olhos do observador e pelo centro do Sol. Isto significa que os arco-íris só podem ser "vistos" sobre os horizontes oriental ou ocidental e nunca para Norte, ou seja, quando o Sol está no meio-dia. Acresce que qualquer ventania tempestuosa, venha ela de onde vier, desfaz as delicadas condições de formação desse maravilhoso deslumbramento que é o arco-íris. Mas esta ainda não é a prova decisiva! Ezequiel refere com precisão que a visão vinha do norte, não o norte geográfico mas sim o norte celeste: de cima, do alto, do céu. Apesar de tudo, no caso de ainda persistir alguma dúvida, consideremos a altura do ano em que Ezequiel recebeu esta visão:
Eze 1: 1 E aconteceu, no trigésimo ano, no quarto mês, no dia quinto do mês (...)
Ora, o quarto mês do ano sagrado judaico corresponde a Junho/Julho do calendário gregoriano actualmente em uso no mundo ocidental. Isto significa que a visão de Ezequiel ocorreu no começo do Verão do hemisfério norte; por conseguinte, era pouco provável que estivesse a chover nesse dia.
Ezequiel era um profeta e tinha a responsabilidade de assegurar às gerações futuras as chaves da interpretação das profecias que recebeu de Deus para o devido tempo.
O arco na nuvem não é o arco-íris.
6. Façamos algumas considerações acerca da glória do Senhor.
Depois da travessia do Mar Vermelho, os filhos de Israel murmuram contra Moisés e Aarão; porque estavam cansados, esfomeados, e interrogavam-se sobre toda aquela louca aventura que era o Êxodo do Egipto. É então que Deus lhes promete mostrar a sua glória:
Gen 16: 10 ... eis que a glória do Senhor apareceu na nuvem.
Ao preparar o povo para receber a lei, a começar pelos 10 mandamentos, Deus disse a Moisés:
Gen 19: 9 ... virei a ti numa nuvem espessa ...
A descida do Senhor sobre o monte de Sinai, à vista de Israel, foi um espectacular mas temível acontecimento (Gen 19: 16 a 20). Mais tarde, Moisés é chamado ao monte de Sinai ...
Gen 24: 16 E habitava a glória do Senhor sobre o monte de Sinai, e a nuvem o cobriu (...) e (...) chamou a Moisés do meio da nuvem. 17 E o parecer da glória do Senhor era como um fogo consumidor (...) 18 E Moisés entrou no meio da nuvem.
Se Moisés chegou perto da glória do Senhor tendo penetrado no meio da nuvem, é porque a glória e a nuvem são duas coisas distintas mas interligadas. A glória está no meio da nuvem e o Senhor está na glória!
Mas o que é a glória?
Moisés a via pelo exterior mas não sabia o que era. Ele não entrou naquela "coisa" brilhante, esplendorosa, como um fogo consumidor, de onde o Senhor saía e para onde entrava. A curiosidade queimava-o. Moisés possuía um carácter irreverente e rebelde. Um dia, não podendo mais conter a curiosidade em desvendar o mistério que para ele era aquela formidável glória, ele chegou a temeridade de pedir ao Senhor:
Gen 33: 18 Rogo-te que me mostres a tua glória.
Moisés já a tinha observado por fora, a curta distância. O que ele queria era conhecê-la por dentro. Mas o Senhor recusa-lhe este pedido, dizendo esta enigmática frase:
Gen 33: 20 Não poderás ver a minha face, porquanto homem nenhum verá a minha face e viverá.
Só a partir do início da Era do Aquário é que estamos em condições de começar a compreender o significado desta frase.
7. Tratemos do arco.
O fenómeno OVNI assumiu tais proporções que alguns cientistas e engenheiros ligados à teoria quântica se renderam à curiosidade (tal como Moisés) e decidiram estudar directamente o fenómeno. Os tempos são outros. Moisés viveu na Era do Carneiro e não possuía os equipamentos laboratoriais sofisticados e de alta tecnologia, inventados pela humanidade, agora à disposição dos cientistas da Era do Aquário. E mesmo que Moisés os possuísse, é muito duvidoso que os soubesse utilizar.
O arco ou halo que muitas vezes se nota à volta dos OVNI's chamou especialmente a atenção dos cientistas interessados. Apresento alguns excertos de uma obra que resume praticamente o essencial daquilo que exponho:
«Observa-se com frequência, nas fotografias dos discos voadores, uma espécie de halo associado frequentemente a uma espécie de estopa e a filamentos ou finos grânulos luminosos, que rodeiam o engenho. (...) a existência do poderoso campo magnético que rodeia o disco é demonstrada pelo facto de, num raio de dois quilómetros, as bússolas endoidecerem, os aparelhos eléctricos ou electrónicos se avariarem, regiões inteiras serem mergulhadas na obscuridade e objectos metálicos que se encontrem na proximidade do UFO frequentemente se magnetizarem. (...)
»É uma radiação praticamente contínua a todo o comprimento do espectro magnético ou, digamos, não está limitada aos comprimentos de onda de média amplitude, como no caso da luz emitida pelas elevações quânticas dum electrão ligado ao seu átomo. (...)
»O disco voador funciona, portanto, a partir de nuvens de electrões acelerados até à velocidade da luz dentro dum anel circular».
(Jacques Bergier e Georges Gallet - O Livro do Mistério - Bertrand - Pgs. 147 a 153).
A propulsão da nave é conseguida pelo fenómeno criado a partir de electrões acelerados até à velocidade da luz dentro dum anel circular. No espaço delimitado pelo anel ou arco, a gravidade natural é anulada, sendo esse mesmo espaço manipulado com maior ou menor intensidade, quer em sentido contrário ao da gravidade, quer em qualquer outro sentido. É no meio do anel ou arco que a nave se situa, em plena força antigravitica, podendo deste modo mover-se em todas as direcções possíveis e imaginárias, consoante o controlo exercido sobre o arco.
O sincrotrão é um aparelho acelerador de partículas cujo campo magnético aumenta à medida que a massa das partículas a acelerar aumenta com a velocidade, de modo a manter a velocidade angular constante; este equipamento acelerador de partículas existe na Terra, em laboratórios onde os cientistas consomem horas infinitas nas suas experiências e pesquisas. Na opinião de alguns estudiosos, as naves extraterrestres devem possuir no seu interior um mecanismo altamente sofisticado e ainda longe do alcance da nossa compreensão mas que se assemelha, no seu princípio de funcionamento, ao imensamente pesado sincrotrão.
De facto, o arco na nuvem denuncia um campo magnético para guiar os electrões livres sobre órbitas circulares, o que justifica o anel circular ou halo que rodeia a nave. Os electrões assim acelerados atingem velocidades relativistas, aproximando-se rapidamente da velocidade da luz até produzirem uma radiação de sincrofotões, emitidos nas viragens por aceleração centrípeta, sendo este o ponto de conjunção com a força da gravidade ou, o que vem a dar o mesmo, com as ondas gravitacionais, produzindo-se uma gravidade artificial manipulável no interior do arco.
É uma máquina maravilhosa cuja tecnologia é verdadeiramente digna dos deuses, com a qual o homem sonhará noite e dia, a dormir ou acordado. Obviamente, nenhuma organização tecnológica humana conseguiu ainda construir esta maravilhosa máquina, se bem que possua já as teorias científicas respectivas, mas falta-lhe a tecnologia necessária para o efeito. O problema reside em conseguir acelerar os electrões livres no espaço sem o recurso a um condutor metálico específico ou uma câmara especial. Tanto as bobinas electromagnéticas como as câmaras dos sincrotrões são dispositivos absolutamente inadequados para serem erguidos do solo por este processo; em contrapartida, o arco dos OVNI's é de uma leveza extraordinária, praticamente imponderável, não interferindo absolutamente nada com a nave que está no seu interior, recebendo esta a transferência total do efeito antigravitico criado pelo arco. Uma máquina voadora assim concebida terá um rendimento assombroso de 100%, ou seja, consome quase nenhuma energia no seu funcionamento intrínseco relativamente ao trabalho que executa.
O arco nem sempre é notado. Parece que só é perfeitamente visível em zonas atmosféricas escuras ou saturadas de vapor de água ou, então, a baixas altitudes. A sua visibilidade depende, pois, do grau de humidade atmosférica que rodeia o engenho e da luminosidade do céu.
8. Chegou a altura de tratarmos da nuvem.
A nuvem aparece muitas vezes associada à glória do Senhor. Também os OVNI's, principalmente de dia, apresentam forma de nuvens, escuras ou cinzentas, com resplendores agitando-se de uma maneira interessante.
A nave encontra-se inteiramente submetida à acção antigravitica criada pelo arco, mas na zona exterior ao arco a gravidade é reforçada ainda mais devido ao princípio que rege este fenómeno. À semelhança dos frigoríficos em que o líquido refrigerador transfere o calor do interior para o exterior, durante os ciclos de descompressão e compressão, fazendo aquecer a grelha do radiador. A deformação do espaço em volta do arco, simultaneamente com as radiações emitidas, faz as partículas de vapor de água suspensas na atmosfera movimentarem-se no sentido da polaridade em constante turbilhão. Isto provoca condensações, formando uma autentica nuvem envolvendo a nave, de forma que só se vê a nuvem e o resplendor do arco na nuvem.
Auguste Meessen, Professor de Física Teórica da Universidade Católica de Lovaina, na Bélgica, estudou o fenómeno da propulsão dos OVNI's, ao que parece, a partir dos relatos da nebulosidade que envolve as naves.
«O Prof. Meessen supõe um modelo de OVNI, um engenho que afasta o ar do seu caminho, ejectando-o para a sua retaguarda, formando uma espécie de "sino". Na parte posterior do engenho, haveria então lugar para a criação de uma forte depressão ou quase vazio. A tendência para compensar essa depressão traduzir-se-ia, segundo esse modelo, um efeito de aspiração numa zona limitada, situada no interior do "manto", onde o ar é deslocado para a retaguarda.»
(Joaquim Fernandes e Fina d'Armada - Intervenção Extraterrestre em Fátima - Bertrand - Pags. 222, 225).
As observações feitas por Meessen são correctas mas as conclusões são erradas. Onde ele errou, outros acertaram; mas é a sua observação que me interessa acima de tudo: o ar em movimento forma "uma espécie de sino". Relativamente à forma da nuvem, é no Génesis que se encontra a melhor descrição. Abraão, após a promessa do Senhor em lhe dar um filho, preparou um holocausto,
Gen 15: 17 E sucedeu que, posto o sol, houve escuridão: e eis um forno de fumo, e uma tocha de fogo que passou por aquelas metades.
Façamos incidir a nossa atenção na expressão "forno de fumo". O forno é uma construção em forma de abóbada, feito de tijolos de barro, para cozer pão, assar carne etc. Procurei averiguar qual é a forma exterior de um forno rural que pensei estar próximo da época e estilo de vida de Abraão e conclui que são todos semelhantes: uma meia esfera assente no chão. Esta construção, de tipo artesanal e primitiva, não oferece outras formas para se atingir o objectivo pretendido. Mas o "forno" de Abraão era de fumo e estava por cima de uma "tocha de fogo"; estou aqui a ver uma nuvem cujo formato é semelhante a uma meia esfera com o diâmetro voltado para baixo.
A palavra "nimbo" é uma chave. Significa, por um lado, nuvem escura e espessa, baixa e de contornos vagos; o cúmulo-nimbo é uma nuvem em forma de torre ou montanha com a superfície inferior plana, acinzentada ou escura, mas de bordos brilhantes. O nimbo significa também o círculo resplandecente que cinge as cabeças dos santos e das pessoas divinas. É possível que sejam apenas coincidências e então temos de admitir que o mundo das religiões está cheio de coincidências e vejo nelas um propósito destinado a criar símbolos destinados a quem procura os seus significados reais.
Mat 7: 8 Porque, aquele que pede, recebe; e, o que busca, encontra; e, ao que bate, se abre.
A nuvem e a glória são, pois, uma constante nos relatos bíblicos sempre que descrevem as manifestações de Deus e de seus anjos, vindos do céu ou indo para o céu. E também o seu arco na nuvem.
9. Frequentemente, notam-se por debaixo dos OVNI's rampas rectilíneas de fumo luminescente se é de dia ou de luz intensa se é de noite. Um estudo cuidado destas observações revela que são de forma cilíndrica e que se propagam em direcção à terra partindo do OVNI e a ele regressam pelo processo inverso. A princípio, não se sabia o que era nem para que serviam aquelas rampas ou colunas; até que se descobriu que elas funcionam como uma espécie de "escada", ou melhor, como um "elevador", através dos quais são transportados objectos e os próprios ocupantes dos OVNI´s, entre outras funções. São vários os livros de ovnilogia que descrevem este fenómeno. Extraio algumas passagens de um livro que me parece sintetizar, de uma maneira clara, uma boa extensão deste fenómeno (Joaquim Fernandes / Fina D'Armada - Intervenção Extraterrestre em Fátima - Bertrand - pgs. 118 e 119):
«Um feixe de luz "sólida" é aparentemente constituído por uma área tubular no interior da qual se produz um fenómeno bem particular que ainda não compreendemos e cujo resultado é cada ponto no seu interior se tornar produtor de luz. O comprimento e a forma do feixe são modulados pelos ovnis. Os feixes são passíveis de ser desviados. O físico holandês Jan Heering pensa que deve existir uma relação entre estas emissões luminosas e os efeitos que lhe estão associados, tal como a imobilização de testemunhas banhadas por este tipo de radiação. Este tipo de luz "sólida" progride silenciosa e lentamente, tomando a forma de um cilindro, oco ou cheio ou em forma de tronco-cone. Podem ser convergentes ou divergentes. (...)
»De salientar outra particularidade importante: em vários casos é nitidamente observada a procedência do feixe através de uma abertura surgida no ovni.
»(...) estes feixes servem para o autotransporte de figuras ou entidades alienígenas. Parece ser este uma das constantes mais perturbadoras neste particular.
»Fisicamente, este tipo de luz assemelhar-se-ia a uma energia tipo "laser" produzida por um modelo de propulsão MHD e efectuada num forte campo magnético, de acordo com o físico Jean-Pierre Petit. Outra hipótese é apresentada pelo Prof. Auguste Meessen:
"Pode-se pensar num feixe de protões, provocando uma luminescência do ar atravessado na sequência de uma interacção de protões com os electrões das moléculas de ar encontradas no seu curso".
»Cita este investigador, a propósito, a possibilidade de feixes deste tipo poderem atingir distâncias consideráveis: protões de 500 MeV percorrem 1,3 quilómetros no ar antes de se deterem, e os de 1000 MeV atingem os 3 quilómetros. (...)
»O transporte, inspecção e neutralização constituiriam as principais funções destes feixes.»
Vários cientistas têm avançado outras tantas teorias para explicar o funcionamento destas colunas. Dos elementos que consegui reunir, nomeadamente através dos efeitos relatados, parece-me que o seu funcionamento se assemelha ao do "arco". No meu entender, os electrões livres do espaço são acelerados circularmente numa zona longitudinal compreendida por um cilindro oco, rodopiando como se fosse uma rosca, a partir do OVNI. Alguns detalhes dão a perceber que estas colunas luminosas são constituídas por dois cilindros ocos concêntricos em que as respectivas partículas aceleradas rodam relativamente em sentido contrário, o que está plenamente de acordo com os princípios teóricos e práticos conhecidos sobre as energias antigravíticas que podem ser criadas artificialmente. Deste modo, no cilindro interior é criada uma anti-gravidade, enquanto que na área circular ou coroa delimitada pelos dois cilindros o espaço é deformado ainda mais no sentido da gravidade natural. Os efeitos causados pela parte inferior da coluna luminosa revelam justamente este arranjo e justificam o facto de os tripulantes dos OVNI's preferirem dirigi-la para os cumes ou penhas (e até para a copa das árvores) a fim de largar ou recolher os seres ou objectos que transportam. Por este processo, a deformação antigravítica do cilindro interior será consideravelmente reforçada e ficará perfeitamente estabilizada, como convém ao transporte de seres e objectos através da coluna sem sofrerem qualquer dano. O efeito mais pronunciado destas colunas luminosas parece verificar-se na sua extremidade a qual, se for acelerada a potências mais elevadas, provoca uma autêntico redemoinho de ar, e se for dirigida ao acaso para o solo, objectos, animais e até pessoas, são apanhados em campos gravíticos contrários, sendo puxados e/ou empurrados arbitrariamente, o que explica a descrição de certas acrobacias aberrantes. A coluna luminosa proveniente dos OVNI's é, pois, um fenómeno de manipulação do espaço à distância; por este motivo, alguns estudiosos de ovnilogia lhe chamam de "tele-portador".
Tudo isto parece ser fruto da fantasia. Contudo, vejamos os relatos bíblicos.
Quando Jacob viajava de Berseba para Haran, a fim de tomar uma esposa, adormeceu no caminho ao anoitecer;
Gen 28:12 E sonhou: e eis uma escada era posta na terra, cujo topo tocava nos céus: e eis que os anjos de Deus subiam e desciam por ela; 13 E eis que o Senhor estava em cima dela...
Assim foi o sonho de Jacob (?). Também nós, quando sonhamos, perpassam pelo nosso cérebro, adormecido no consciente mas activo no subconsciente, sonhos extravagantes, irreais; maluquices dos sonhos ... costumamos dizer. Porém, alguns sonhos possuem texturas tão reais que, após acordarmos, sentimo-nos desorientados, duvidosos, interrogando-nos se não tivemos alguma visão realista.
Entretanto, talvez Moisés não estivesse a sonhar quando guardava o rebanho do seu sogro, no monte Horeb.
Exo 3: 2 E apareceu-lhe o anjo do Senhor, em uma chama de fogo do meio de uma sarça; e olhou, e eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia.
Assim começou o grande festival de prodígios vindos do céu, feitos por Deus, que acompanharam a par e passo, e atingiram todo o seu impacto, no desenrolar da majestática e épica aventura do Êxodo. É a parte histórica mais impressionante do povo hebraico, exceptuando, evidentemente, o longo período criativo, pelo registo incrível de alegados factos que a História não consegue digerir, averbando-os na conta de soberbas fantasias judaicas. Foi na época crucial do Êxodo que Deus se manifestou em toda a sua (omni)potência, à vista de todo o Israel. Ainda hoje a narrativa do Êxodo hebraico, do Egipto para a Terra Prometida, é considerada como envolvida numa grandiosa fábula, até mesmo por muitos teólogos. Porém, o mais espantoso é que a actual fenomenologia OVNI lhe dá um inesperado crédito histórico. A narrativa do Êxodo não podia ser inventada por homens; é que a fantasia humana também tem limites, impostos pelo meio e experiência de vida. Todavia, embora os acontecimentos do Êxodo possam não ser nenhuma fantasia, eis que os homens começaram imediatamente a fantasiar acerca deles. Até quando é que os guias religiosos deste mundo nos vão oferecer um Deus milagreiro e exibicionista? Recuso-me a ver no Senhor YHWH um Deus de fábulas!
Ao iniciar-se o Êxodo dos hebreus, o próprio Deus de Israel em pessoa lhes serve de guia! De que modo?
Exo 13: 21 E o Senhor ia adiante deles, de dia, numa coluna de nuvem, para os guiar pelo caminho, e de noite, numa coluna de fogo, para os alumiar, para que caminhassem de dia e de noite. 22 Nunca tirou de diante da face do povo a coluna de nuvem de dia, nem a coluna de fogo de noite.
Começamos a vislumbrar algumas funções da coluna: guia visual (13: 21), protecção (14: 19), transporte do Senhor (14: 24), acções mecânicas (14: 24 e 25).
De onde provinha a coluna? A resposta está em:
Lev 9:23 ... e a glória do Senhor apareceu a todo o povo, 24 porque o fogo saiu de diante do Senhor, e consumiu o holocausto ...
A coluna de fogo provém, pois, da glória do Senhor; e ficamos a conhecer outra função: consumir holocaustos. Quanto a este particular, existe no livro dos Juizes uma narrativa muito esclarecedora do processo usado para consumir os holocaustos. Trata-se da história de Manué e sua mulher ao serem contactados pelo anjo do Senhor que lhes anuncia o nascimento de um filho: Sansão. Manué quer agradecer ao anjo oferecendo-lhe alimento, mas este recusa e sugere a Manué que ofereça um holocausto ao Senhor. Manué aceita a sugestão e coloca um cabrito e uma oferta de manjares sobre uma penha; então, a coluna luminosa desce sobre a penha, o anjo do Senhor sobe para a penha, colocando-se junto do holocausto e da oferta, é rodeado pela chama e esta sobe para o céu levando o anjo, o holocausto (cabrito preparado) e a oferta de manjares; tudo subiu com a chama (coluna luminosa) do altar (penha) para o céu. Foi só perante esta obra maravilhosa que Manué e sua mulher identificaram aquele "homem" como sendo o anjo do Senhor, receando morrer porque tinham visto a Deus (Jui 13: 15 a 22). Será que a coluna era mesmo de fogo? Analisemos melhor os elementos da primeira visão de Moisés (Exo 3: 2 e 3):
— Uma chama de fogo no meio de uma sarça (silvado);
— a sarça ardia no fogo mas não se consumia;
— a sarça não se queimava;
— o Senhor estava na chama de fogo.
É evidente que não se tratava de uma vulgar combustão, mas sim do aspecto visual duma manifestação divina (teofania); Deus manifesta-se visualmente a Moisés, sendo uma visão antropomórfica, "em uma chama de fogo" com a forma de coluna (Exo 14: 24). Há um pormenor muito importante a salientar no relato desta visão: a atenção de Moisés fixa-se primeiramente no facto insólito e inexplicável da sarça não se queimar estando a arder no fogo, nem se consumir durante a combustão. É este mistério que desperta a sua curiosidade e o faz mover-se para lá, sem medo, disposto a meter-se por um silvado a dentro, arranhando-se e rasgando-se, não lhe passando sequer pela cabeça a ideia de que estava perante uma manifestação de Deus, pelo que este precisou de se identificar a Moisés.
Qual seria a nossa atitude perante uma visão desta natureza? Talvez fugíssemos, horrorizados, pensando ser obra do Diabo! Não daríamos tempo a Deus para se identificar ... Felizmente, Moisés, além de rebelde, era destemido e descreveu-nos o que viu; Deus sabia com quem lidava. Ele, entre outros, abomina os tímidos, destinando-os à segunda morte (Apo 21: 8), por isso, não devemos ter medo de desmistificar as exegeses tendenciosas dos textos sagrados; devemos querer conhecer o Senhor YHWH face a face, como Moisés; devemos querer conhecer todos os seus sinais e correr para eles quando se manifestam. É esta a razão porque estou interessado em perceber o que é isto de glórias, tronos, nuvens, arcos, colunas, anjos etc etc; qual é o seu aspecto visual e de que fenómenos e entidades se trata.
Após a expulsão do homem do jardim do Eden, uma "espada inflamada" andava ao redor da Árvore da Vida (Gen 3: 24); parece ser esta a primeira referência bíblica à coluna.
Abraão oferece um holocausto ao Senhor "e eis um forno de fumo (nuvem), e uma tocha de fogo (coluna) que passou por aquelas metades" (Gen 15: 17).
Jacob "sonha" com uma escada (coluna) "posta na terra, cujo topo tocava nos céus: e eis que os anjos de Deus subiam e desciam por ela" (Gen 28: 12).
O Senhor aparece a Moisés "numa chama de fogo (coluna)" (Exo 3: 2).
O Senhor guia pessoalmente os hebreus numa coluna de nuvem de dia e numa coluna de fogo de noite (Exo 13: 21 e 22).
Durante a travessia do Mar Vermelho, a coluna passa para a retaguarda do campo dos hebreus; na vigília da manhã, o Senhor, na coluna do fogo e da nuvem, alvorotou o campo dos egípcios (Exo 14: 19 e 24).
Entrando Moisés na tenda da congregação, descia a coluna de nuvem e punha-se à porta da tenda; e o Senhor falava com Moisés (Exo 33: 9).
Fogo (coluna) saiu de diante do Senhor, e consumiu o holocausto e a gordura sobre o altar (Lev 9: 24).
O Senhor desceu na coluna da nuvem (Num 12: 5).
Saiu fogo (coluna) do Senhor, e consumiu 250 homens (arrebatou-os para cima) (Num 16: 35).
O Senhor apareceu a Moisés na tenda, na coluna de nuvem; e a coluna de nuvem estava sobre a porta da tenda (Deu 31: 15).
...
Seria fastidioso apontar todas as passagens bíblicas que tratam da coluna.
Reafirmo que a coluna será o meio ou sistema através do qual Deus se faz transportar entre a glória que está na nuvem e a terra. Mas, a coluna também mata e destrói; revela-se uma arma terrível, uma espada inflamada. Vejamos o livro do Apocalipse, cujo contexto é, ainda actualmente, futurista:
Apo 19: 11 E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco (nuvem/glória real e de comando); e o que estava assentado sobre ele chamava-se Fiel e Verdadeiro; e julga e peleja com justiça. (...) 15 E da sua boca saía uma aguda espada (espada inflamada, coluna de fogo), para ferir com ela as nações; e ele as regerá com vara de ferro; (...) 21 E os demais foram mortos, com a espada que saía da boca do que estava assentado sobre o cavalo, ...
Podemos devassar toda a Bíblia que ela jamais nos deixará sair deste pressuposto: Deus transporta-se, entre o céu e a terra, na coluna, e também a usa para destruir.
Sal 99: 6 Moisés e Aarão entre os sacerdotes, e Samuel entre os que invocam o seu nome, clamavam ao Senhor, e Ele os ouvia. 7 Na coluna de nuvem lhes falava: eles guardavam os seus testemunhos, e os estatutos que lhes dera.
E não apenas Deus se transporta na coluna, mas também os seus anjos, os seus profetas e o seu Cristo.
II Rei 2: 11 E sucedeu que, indo eles (Elias e Eliseu) andando e falando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro: e Elias subiu ao céu num redemoinho (coluna).
Act 1: 9 (...) vendo-o eles (os discípulos), (Jesus) foi elevado às alturas (numa coluna), e uma nuvem o recebeu, ocultando-o aos seus olhos. (...) 11 ... há-de vir, assim, como para o céu o vistes ir.
Quanto ao temível poder destrutivo da coluna, a Bíblia também nos dá vários testemunhos:
Gen 19:24 Então o Senhor fez chover enxofre e fogo (coluna de fogo) do Senhor, desde os céus, sobre Sodoma e Gomorra. 25 E derribou aquelas cidades, e toda aquela campina, e todos os moradores daquelas cidades, e o que nascia da terra.
Num 11: 1 ... e a sua ira se acendeu, e o fogo (coluna de fogo) do Senhor ardeu entre eles, e consumiu os que estavam na última parte do arraial.
Job 9: 5 Ele é o que transporta as montanhas, sem que o sintam, e o que as transtorna no seu furor. 6 O que remove a terra do seu lugar, e as suas colunas estremecem.
As colunas estarão presentes e serão visíveis no dia da vinda do Senhor e do seu Cristo. O profeta Joel dá-nos uma visão muito clara do dia do Senhor, escrevendo a determinada altura:
Joe 2: 30 E mostrarei prodígios no céu, e na terra, sangue e fogo (colunas de fogo), e colunas de fumo. O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor. 32 E há-de ser que, todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo; (...)
Desde 1948, estamos na Era do Aquário, e também nos tempos apocalípticos.
Caso a fenomenologia OVNI comporte alguma mensagem de seres divinos dirigidos à humanidade, o que está por demonstrar, especularemos se ainda poderão subsistir dúvidas quanto à necessidade de conhecermos os aspectos visuais dos sinais que antecedem a vinda do Cristo.
A profecia apocalíptica prevê que a besta que sobe da terra, a besta humana, liderada pelo dragão (Satan - os poderosos deuses materialistas deste mundo em conjunto) fará grandes sinais, de maneira que até fogo faz descer do céu à terra, à vista dos homens (Apo 13: 13). Mas também podemos estar certos de que o fogo de Satan não é igual ao fogo do Senhor; os seus aspectos visuais são diferentes e distintos. O fogo do Diabo é aquele a que temos vindo a assistir desde a primeira guerra mundial; começou com o lançamento de bombas pela aviação recente, depois os mísseis, a seguir as ogivas nucleares, por fim começou-se a falar na "guerra das estrelas"; tudo isto é fogo do Diabo que desce do céu à terra, à vista dos homens.
Em contrapartida, os sinais constituídos pelas rampas luminosas dos OVNI's causam uma tranquilidade inexplicável. Contudo, os estudiosos de ovnilogia pressentem nestes fenómenos uma poderosa energia cuja envergadura é desconhecida mas que, comprovadamente, é muito mais eficiente (do ponto de vista selectivo) e destruidora do que as bombas atómicas dos homens. Estou pessoalmente convencido de que os tripulantes dos OVNI's dispõem de uma tecnologia mais do que suficiente para neutralizar qualquer bomba atómica que lhes seja dirigida.
Chegados a este ponto, temos de fazer sérias reflexões acerca de tudo isto. Quero deixar aqui bem explícito que não sou adepto de nenhuma organização ovnilógica, não obstante manter contacto com algumas. Limito-me a estudar o assunto de fora, porque "quem está de fora vê melhor". Há quem queira fazer da ovnilogia uma espécie de religião, substituindo Deus por Extraterrestres. De facto, noto que certos ovniólogos desprezam a Bíblia bem como os textos sagrados em geral, havendo mesmo alguns deles que já confessam que a ovnilogia parece estar num beco sem saída, precisando de ser restruturada, desígnio este bastante suspeito e contraditório na medida em que são os próprios tripulantes dos OVNI's que os empurram para becos sem saída! Este é um aspecto muito importante para investigar. De resto, a sigla OVNI (tradução de UFO) é igualmente suspeita porque tende a manipular o raciocínio num sentido divergente do fenómeno original; ovniólogos de boa fé queixam-se disto mesmo e um dia virão a descobrir porquê, dado que eles trabalham fundamentalmente à base de raciocínio.
A sigla foi inventada pelos serviços de defesa dos EUA, durante a segunda guerra mundial, porque os pilotos dos aviões-caças americanos faziam relatórios sobre estranhos objectos voadores, avistados durante os combates aéreos, os quais não conseguiam identificar; pensavam que se tratava de alguma nova arma secreta dos nazis, ainda em fase experimental dado que esses objectos nunca assumiram acções agressivas, parecendo apenas cumprirem missões de observação. Depois de terminada a guerra, verificou-se que também os alemães e os russos tinham relatórios semelhantes e pensavam igualmente tratar-se de armas secretas dos outros.
Em 1947, a novidade dos "discos voadores" começou a varrer o planeta: eram estes, afinal, os tais OVNI's que os pilotos tinham avistado! A surpresa foi enorme. De onde vinham eles? Quem eram? O que queriam? Iniciaram-se estudos, criaram-se comissões especiais. Mas também apareceram grandes e bem concertadas manobras de diversão e de descrédito. O termo popular "discos voadores", lançado pelos jornalistas, procedente de declarações de um piloto civil de nome Kenett Arnold, foi confundido com a sigla militar OVNI's e daí para cá quanta confusão e quanta especulação.
A minha posição é esta:
Alguma coisa existe face aos numerosos relatos que conseguiram passar por todas as provas de veracidade. Muitos desses relatos são tão consistentes, acompanhados de testemunhas ou provas insofismáveis, tais como fotografias e filmes, e de pormenores tão coerentes, que vários cientistas se têm debruçado sobre o assunto, do ponto de vista tecnológico, tendo chegado já a conclusões espantosas. Uma dessas conclusões é certa e indesmentível:
Estamos a ser visitados e observados por alguém que vem do cosmos, das estrelas, da imensidão do espaço do Universo! Faz-se acompanhar de uma ciência que não podemos sequer imaginar.
E existe alguém aqui na Terra que não vê tais visitas com bons olhos!
A questão é de uma profundidade abissal. A expectativa é angustiante.
10. Não é nestas pequenas naves, de forma lenticular ou discoidal com dezenas de metros de diâmetro, que os tripulantes dos OVNI’s viajam pelo cosmos. Tanto quanto os elementos de observação permitem esclarecer e a investigação consegue alcançar, estas naves que chegam ao solo terrestre provêm de outras, normalmente em forma de "charuto" com centenas de metros de comprimento, que ficam estacionadas a grande altitude. Mas também não é nestes "charutos" gigantes que eles viajam pelo cosmos. Existem suspeitas bem fundamentadas que estes "charutos" provêm, por sua vez, de outras naves enormíssimas, de forma esférica com quilómetros de diâmetro, que se podem colocar em órbita à volta de qualquer planeta.
Será, pois, nestas naves esféricas, exteriormente parecidas com um vulgar planetóide, que eles viajam pelo cosmos, utilizando o mesmo princípio de propulsão, isto é, a deformação do espaço pelo arco.
As mitologias antigas apresentam-nos narrativas que falam dos "deuses construtores", os Elohim, que viajavam pelos céus no interior de imensos ovos brilhantes. Sem dúvida, a fantasia desses povos primitivos não tinha limites.
E se não eram fantasias?
E se não eram fábulas?
Vejam-se os seguintes convites:
I Tes 4: 20 Não desprezeis as profecias; 21 Examinai tudo.
I Tim 4: 13 Persiste em ler, ...
II Tim 3: 16 Toda a escritura, divinamente inspirada, é proveitosa para ensinar, para corrigir, para instruir em justiça; ...
Note-se:
― Examinar tudo;
― Persistir em ler;
― Toda a escritura ...
Eis o que os chefes religiosos deste mundo não fazem! Eles concentram as suas atenções somente sobre alguns aspectos ou versículos dos textos sagrados e, recorrendo às exegeses, atafulham as mentes dos simples, dos crentes ingénuos, com ideias aberrantes, "desviando os ouvidos da verdade, voltando às fábulas" (II Tim 4: 4), às fábulas judaicas (Tit 1: 14).
O que é uma fábula?
É uma mentira que se baseia numa verdade!
A verdade bíblica de Deus ficou para trás. A mentira satânica, as fábulas inventadas pela semente da serpente, é o que se apregoa por todo o lado, "fábulas profanas e de velhas" (I Tim 5: 7).
Sal 82: 5 Eles nada sabem, nem entendem; andam em trevas; todos os fundamentos da terra vacilam.
Maravilhoso Salmo 82; só não o compreende quem não quer ou quem não pode.
Existem na Bíblia determinadas chaves para pôr à prova, isto é, detectar aqueles que dão ouvidos a fábulas e escolher aqueles que procuram atentamente as verdades bíblicas mediante leitura meditada e racional dos textos sagrados.
Note-se uma dessas chaves:
Jos 10: 12 Então Josué falou ao Senhor, no dia em que o Senhor deu os amorreus na mão dos filhos de Israel, e disse, aos olhos dos israelitas: "Sol, detém-te em Gibeon, e tu, lua, no vale de Ajalon". 13 E o sol se deteve, e a lua parou, até que o povo se vingou dos seus inimigos. Isto não está escrito no livro do Recto? O sol, pois, se deteve no meio do céu, e não se apressou a pôr-se, quase um dia inteiro: 14 E não houve dia semelhante a este, nem antes nem depois dele, ouvindo o Senhor assim a voz de um homem; porque o Senhor pelejava por Israel.
Onde está a verdade? Onde está a fábula?
À luz dos avançados conhecimentos da ciência astronómica de hoje, como haveremos de interpretar estes versículos? Será que admitem uma interpretação à letra?
Sabemos que o Sol é o astro central do sistema solar, que a Lua é um satélite da Terra e que o dia solar terrestre corresponde a um movimento de rotação completo da Terra relativamente ao Sol. Analisemos a incongruência que daqui resulta:
¾ Para que o Sol se detivesse no meio do céu, seria preciso que a Terra parasse de girar em torno do seu próprio eixo.
¾ Para que a Lua parasse, seria necessário que deixasse de percorrer determinado sector da sua órbita em torno da Terra.
¾ Tudo isto apesar de a sequência diurna prosseguir normalmente quase um dia inteiro, ou seja, a Terra não parou de girar!
De que modo é que tal relato pode ser histórico?
Só um crente inconsciente e ávido de fábulas, ignorante das rigorosas leis que regem o Universo, é que pode aceitar a ideia de que Deus nos esteja propondo a crença na paragem astronómica do Sol e da Lua em relação à Terra, sem considerar sequer a tremenda catástrofe que isto representaria para o sistema solar. De facto, um dos princípios fundamentais que os astrónomos verificam, ao esquadrinharem o Universo em todos os sentidos, é a regularidade absoluta do movimento dos astros; até mesmo qualquer modificação que se note obedece a leis precisas e permanentes.
Ainda que o sucesso relatado seja tomado à conta da omnipotência de Deus, a questão agrava-se ainda mais pois o esquema assim proposto não deixaria de ser indescritivelmente absurdo ao colocar Deus numa posição em que transgrediria, Ele próprio, as suas leis universais. E tudo isto, só porque decidiu ouvir a voz de um homem! A gravidade do relato seria tão grande que Deus, além de transgressor das suas próprias leis, seria um Deus exibicionista, divertindo-se à custa de pobres humanos mortais. Que inútil perspectiva. Uma interpretação deste calibre, fruto de uma exegese doentia, é uma fábula de velhas!
A credibilidade histórica do relato em causa tem de ser alcançada por outro método de interpretação.
Então, se não eram o Sol e a Lua, o que eram?
Em Apocalipse, lemos:
Apo 10: 1 E vi outro anjo forte, que descia do céu, vestido de uma nuvem, e por cima da sua cabeça estava o arco celeste, e o seu rosto era como o sol, ...
Apo 12: 1 E viu-se um grande sinal no céu: uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos seus pés, e uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça.
Tratam-se, evidentemente, de sinais ou aspectos visuais de fenómenos ou prodígios que ocorrem nos céus, semelhantes aos corpos e fenómenos celestes naturais mas que nada têm a ver com estes.
Em ovnilogia, o panorama que se apresenta é o mesmo, parecendo haver um desígnio idêntico mas que ninguém (ou quase ninguém) entende. Este desígnio está envolvido num segredo perfeitamente declarado em:
Apo 10: 7 Mas, nos dias da voz do sétimo anjo, quando tocar a sua trombeta, se cumprirá o segredo de Deus, como anunciou aos profetas, seus servos.
Afinal, o Apocalipse não revela tudo. Os tripulantes dos OVNI's, ao que parece, conhecem o segredo de Deus e respeitam-no.
No sistema esotérico, as palavras são símbolos atribuíveis convencionalmente a certas coisas. A palavra "vestir" pode entender-se biblicamente como "proporcionar um somatório de conhecimentos a alguém".
Quanto ao Sol de Josué, é mais lógico e racional (porventura, mais próximo da verdade histórica) considerá-lo, por referência simbólica ao Sol natural, a morada gloriosa de Deus e seus anjos enquanto permanecem nos céus.
Platão, no "Crítias", refere-se ao Olimpo, situado em pleno céu, onde os deuses viviam.
Todas as lendas do Grande Mito se referem a "sóis" e a "luas" que apareciam no céu em concorrência com os astros naturais. Cícero, em "De Divinatione", relata o aparecimento no céu de dois sóis e três luas que alarmaram o senado romano.
Em Fátima, Portugal, em 1917, milhares de pessoas testemunharam a "descida do Sol" que quase tocou a copa das árvores.
Desde a antiguidade, em todas as épocas e em muitos locais, surgem relatos de "sóis", "luas", "tochas ardentes", "espadas flamejantes", "carros de fogo" puxados por "cavalos de fogo", etc. etc.
Nos dias de hoje, aparecem os mesmos sinais e prodígios, vindos do céu; com a diferença de que, agora, chamam-lhes "discos voadores" e OVNI's.
Ecl 1: 9 O que foi, isso é o que há-de ser; e o que se fez, isso se tornará a fazer: de modo que nada há novo debaixo do sol.
Ecl 7:29 Vede, isto tão-somente achei: que Deus fez ao homem recto, mas eles inventaram muitas invenções.
Nada há novo; mas tudo foi deturpado ou esquecido.
Isto significa que a divindade revelou ao homem, no tempo em que viveu no jardim do Eden, conhecimentos correctos e verdadeiros acerca de si mesma, da sua pessoa e da sua Organização Universal; mas o homem preferiu dar ouvidos a um grupo de divindades rebeldes, anjos da hierarquia dos querubins; assim começaram as fábulas.
11. Deliberadamente estabeleci paralelismo e comparações entre os sinais que acompanham as manifestações divinas e os que acompanham os OVNI's. Há uma intenção da minha parte, como é óbvio.
À primeira vista, parece que vejo no fenómeno OVNI os sinais de Deus; não é verdade! Tudo o que posso responder é "não sei". Alguns pensamentos religiosos sobre este assunto afirmam que são os sinais das actividades de Satan. No entanto, constato que os sinais de Deus descritos nos textos sagrados são iguais aos sinais que acompanham as manifestações dos OVNI's.
As profecias apocalípticas anunciam que Satan (seja esta entidade o que for) fará grandes prodígios na terra, querendo parecer Deus, enganando a muitos. Mas nunca nos esqueçamos de um pormenor muito importante narrado no Génesis:
Gen 3: 14 Então o Senhor Deus disse à serpente: "(...) sobre o teu ventre andarás e pó comerás, todos os dias da tua vida".
Isto significa que Satan, cujo emblema é a Serpente, está condenado ao exílio neste planeta, com o ventre a rastejar nele, ao nível do solo, comendo o que o solo da terra produz, até que seja destruído o seu poder. Todas as tentativas que Satan tem feito para subir de novo ao céu têm sido goradas pelo Senhor. Satan não pode fazer prodígios iguais aos prodígios de Deus; eles serão sempre prodígios de inferior qualidade. Se Deus declara solenemente que estará o arco na nuvem, como sinal do seu concerto por gerações eternas (Gen 9: 12), é porque Satan não pode fazer este grande sinal.
A religião mística mundial cumpriu a sua missão, pelo que vai ser destruída, como um vestido velho, juntamente com as suas interpretações, as suas imperfeições, os seus erros. Persistir teimosamente nesta linha até ao fim é impossível e fatal. Deus não se compadece daqueles que, embora lhe tendo prestado bons serviços, não mudam no devido tempo. Moisés nunca mudou, foi sempre rebelde e teimoso até ao fim; altercava e discutia com o Senhor; queria mesmo ver a sua glória. Todavia, foi um excelente servo do Senhor YHWH, mas apesar disso Deus o puniu não lhe deixando pôr o pé na terra prometida. Imaginemos quanto isso custou a Moisés; ele que guiou o povo de Israel durante 40 anos de martírio, desde a saída do Egipto até ao monte Nebo, e o Senhor YHWH, a quem Moisés conhecia face a face, nem ao menos o deixou colocar um pé, antes de morrer, naquela terra jurada por Deus a Abraão. No entanto, Moisés foi distinguido com a Morte Gloriosa.
Deus não se compadece porque a sua justiça é recta. Quem não é capaz de seguir à frente, fica pelo caminho. Os hebreus que Moisés comandou só tinham de conquistar militarmente, com a ajuda de Deus, uma terra; era uma mudança de território. Não quiseram mudar, uns por medo e outros por saudades do Egipto; foram condenados a vaguear no deserto durante 40 anos até perecerem.
Hoje, não temos que mudar de território mediante conquista. A mudança é outra. É a mudança das ideias e das mentes, mais difícil mas indispensável à religião universal racionalista liderada pelo Cristo vindouro. Quem não quiser ou não puder mudar, há-de vaguear pelas pregações místicas desvairadas, ultrapassadas, que não servem à multiplicação da ciência; espiritualmente vulneráveis à acção psicológica exercida pela organização mundial de Satan.
Compete aos nossos filhos alcançarem espiritualmente essa Terra Prometida que é o Reino de Deus, o Reino Espiritual. Eles vão conseguir se forem devidamente orientados. É cada vez maior o número de jovens que não se interessam pela religião mística ainda em vigor. No entanto, eles não são apóstatas; têm uma sede religiosa como nunca nenhuma juventude teve noutros tempos; eles acreditam em Deus e aceitam o seu Cristo com todo o fervor; mas eles anseiam por uma Religião que seja Racional, que se entenda, onde não hajam espíritos fantasmas; eles querem uma Religião Universal moderna que os leve pelo Cosmos, até outros mundos, até às estrelas, ao encontro de outras civilizações. E foi justamente a Religião Mística que inoculou nas suas almas, por via do misterioso atavismo, e que fez explodir nestes espíritos todos estes anseios, ainda vagos, que apenas carecem de uma orientação.
Pressinto que a obra da mudança das ideias e das mentes está a ser preparada algures, lentamente, cautelosamente; porque a organização mundial de Satan, constituída pelos diabos, a semente da serpente, está atenta a esta mudança; os seus espiões estão espalhados por toda a parte; Satan treme perante a eventualidade de não conseguir travar esta mudança mental, este acordar dos mortos, que já está a querer manifestar-se por todo o lado. O incompreendido fenómeno "hippy" foi já um sintoma. Surgiu agora outro fenómeno, este associado à problemática dos OVNI's. Apresento um excerto da obra de Guy Tarade - OVNI-Terra, Planeta Sob Controlo - Europa-América - pág. 75:
«Actualmente, várias comunidades de jovens e adultos procuram contactos para se irem embora. Para onde? Isso pouco lhes importa: o que eles querem é fugir de uma sociedade que os esmaga e já não consegue dar-lhes aquilo que eles desejam. Esta forma de devaneio teve, por vezes, consequências dramáticas, chegando a levar alguns ao suicídio ou à loucura. Com efeito, os extraterrestres substituíram o vazio deixado pelas religiões, que se tornaram demasiado materialistas, afastando-se do sagrado. Por mais paradoxal que isto possa parecer, não são os que mais desejam o contacto que encontram pilotos de OVNI! Este é um aspecto do fenómeno que merece ser aprofundado.»
A actual ovnilogia integrou praticamente a totalidade dos fenómenos paranormais presentes nos relatos de todos os textos sagrados do mundo. Em alguns círculos de investigadores, os seus membros têm comportamentos semelhantes aos dos religiosos.
Já existe uma auto intitulada religião inspirada na ovnilogia e que se chama "Movimento Raeliano Internacional".