Projeto de almoço literário aumenta busca por livros
A Escola Estadual Professora Mirella Pesce Desidere, localizada na Cohab, Zona Oeste de Presidente Prudente, surpreende os alunos no período de suas refeições. Os professores Claudemiro Aparecido Caetano (Cidinho) e Rodinei Silva (Rudi), realizam o projeto Almoço Literário.
O projeto tem como objetivo despertar o interesse pela leitura, facilitar o acesso à diversas obras, aproximar o estudante do universo escrito, enriquecer o vocabulário e desenvolver habilidades como escrita e leitura.
“Em parceria com o professor Rudi, a ideia principal foi oferecer um novo espaço para empréstimos de livros, além de estarmos mais próximos dos alunos”, diz o professor Cidinho.
De acordo com a Coordenadora, Fabiana Suter, “É importante aproveitarmos o almoço para um momento coletivo de leitura. É interessante que há muito mais interação, dicas de leituras pelos próprios alunos. Ressalto ainda, que eles têm acesso a um novo espaço de socialização cultural.”
Os professores responsáveis pela Sala de Leitura constataram um aumento significativo pela procura e interesse por várias obras literárias, após o início do projeto.
“Essa ação faz a diferença na vida dos nossos alunos e contribui com resultados em avaliações melhores. O diferencial deste projeto é que nossos alunos do Ensino Médio ganham, gratuitamente, apostilas e livros didáticos para estudarem para os vestibulares e ENEM”, finaliza Ana Paula, diretora da Unidade Escolar.
O projeto Almoço Literário ocorre às segundas, terças e quintas-feiras, das 10h às 10h20. Sendo uma escola inclusiva, o Projeto atende a todos os leitores. Os alunos adoraram o novo espaço para fazer empréstimo de livros. Um destaque importante é que são doadas apostilas de diversas matérias, complementando, assim, os estudos aos que desejam prestar vestibular.
Rosemeire Aparecida da Cruz Tiosso – Docente responsável pela gestão da Sala e Ambiente de Leitura
Nos meses de fevereiro e março de 2022, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher (08 de março), seguindo as diretrizes da SEDUC de fomentar o protagonismo juvenil, foi pensado em ações de formação para os estudantes. Entre essas ações desenvolvidas, foram organizadas rodas de conversa durante todo o mês de março a partir da apresentação e leitura do livro “Eu sou Malala” no espaço da Sala de Leitura, propiciando o debate de ideias e a criação de lugares de fala para os nossos estudantes.
O desenvolvimento do projeto contou com a parceria entre a professora Rosemeire Tiosso, responsável pela Gestão da Sala e Ambiente de Leitura, e de professores de outras disciplinas (Lilian, Aline, Vivian- Língua Portuguesa, Rejane- Matemática, Paulo- Geografia, Rose- História e Débora Salomão- Arte), que como replicadores, integraram junto aos estudantes dos segmentos do Ensino Fundamental II e Ensino Médio, os quais realizaram as rodas de conversa.
A dinâmica dessas rodas de conversa contou com as seguintes ferramentas: livro “Eu sou Malala”, título constante no acervo da S.L. da escola, o vídeo “Malala e o direito de estudar”, disponível na plataforma digital do Youtube. Em seguida, os estudantes foram para espaços adversos da sala de aula, através de convites e chamamentos, para discutirem a retomada da educação em um cenário pós-covid e para a necessidade de um olhar especial para a educação de meninas e mulheres, as quais, historicamente, são as que mais perdem quando a sociedade se encontra em um momento tão singular e atípico. Tal ação foi muito significativa para os nossos estudantes.
Neste sentido, propor reflexões, discussões quanto à educação de meninas e mulheres, traçando um paralelo entre a biografia e a trajetória da ativista Malala Yousafzai, e a sua luta pela educação de meninas em seu país, o Paquistão, frente à ocupação do Talibã, grupo fundamentalista, que chegando ao poder segrega as meninas o direito universal à educação. Com a realidade das nossas estudantes promoveu um senso de pertencimento e protagonismo entre os estudantes.
Cada roda de conversa desafiava os discentes e docentes, e foi possível a compreensão por parte de cada um que pôde participar e debater a urgência de consolidar os espaços, através, principalmente de políticas públicas, que naturalmente deveriam ser ocupadas pelas mulheres na sociedade.
“Se lugar de mulher é onde ela quiser, a educação para o protagonismo (e mobilidade social) é o que vai cada vez mais, ser a alavanca para alçar a mulher a novos voos”, destaca R. T.