Qual grau aplicar ao aluno?

Até mesmo os instrutores mais experientes, em certas ocasiões, tem dúvidas quanto ao grau que ele deve aplicar ao aluno, principalmente quando este apresenta resultados que demonstram uma alternância de respostas esperadas. Um exemplo clássico desta situação acontece quando o aluno apresenta um comportamento “satisfatório” em alguns exercícios, porém em outros exercícios seu rendimento é “bom” e até mesmo “excelente”. Ao final do voo, no momento de preencher a ficha de voo, esta situação gera na cabeça do instrutor uma sensação de muita dúvida em definir o grau final da missão.

O grande segredo de uma boa avaliação de voo então é saber transformar os resultados obtidos pelo aluno lá em cima, durante sua suada e penosa atribuição de aprender a voar, num preciso relato escrito na Ficha de Voo, que represente da maneira mais justa o que o aluno executou, considerando, contudo, o nível de resposta desejado dele (memorização, compreensão, aplicação e execução).

O mesmo desempenho de dois alunos pode representar um grau bom para um e até mesmo um grau deficiente para o outro, dependendo do nível de resposta que esperamos do aluno.

Não é fácil...

Outro fator é a subjetividade da avaliação, que pode seguir por caminhos bastantes confusos, o que acaba gerando muita insegurança no instrutor “novinho” e até em alguns mais experientes.

Entenda que, como instrutor de voo, você tem plena confiança da Chefia de Instrução da sua Escola em relação às suas decisões e, o que você definir, será incontestável perante qualquer pessoa, afinal só você estava lá durante o voo e é a sua impressão que tem validade na formação do aluno. Assim, esta responsabilidade traz consigo a obrigatoriedade de que você seja um avaliador justo e imparcial, comprometido unicamente em instruir... deixe de lado os erros de avaliação...

Assim, só o tempo vai ensinar como agir em cada caso, mas via de regra o instrutor “mãe” pode acabar liberando para um voo solo um aluno sem condições para isto e uma tragédia pode acontecer, por outro lado aquele instrutor “mão pesada” pode não permitir que o aluno evolua na instrução, tolhendo sua capacidade de aprender a voar.

Encontrar o equilíbrio é a meta do instrutor no processo avaliatório...

Portanto, para quem em algum momento venha a ter esta insegurança no momento de colocar no papel qual o grau merecido do aluno, segue abaixo um quadro que poderá ajudar numa avaliação mais justa.