METEOROLOGIA + DOUTRINA = CFIT

Este acidente traz um ensinamento fundamental para qualquer tipo de voo e em qualquer aeronave a ser voada.

Desde os primeiros dias de voo somos bombardeados com o ensinamento de que "na dúvida arremete!!". Contudo, ao longo de muitos anos como instrutor de inspetor de voo, o mais comum na atividade aérea é encontrar pilotos com excesso de autoconfiança e, na sua maioria, consideram seu voo como o mais seguro se comparado com demais colegas de profissão.

A falta de percepção na avaliação de riscos durante o voo é, com certeza, a grande causa da maioria dos acidentes. Piloto tem memória curta - na ocorrência de um acidente (principalmente quando ocorrem fatalidades) a maioria dos pilotos elevam o nível de sua consciência situacional e realmente entram numa fase de se preocuparem com a segurança de voo. Mas com o passar de uns poucos dias a memória fica curta e aquele estado de alerta vai ficando cada vez mais sereno até não haver mais vestígios da preocupação inicial.

O ciclo se repete e a cada novo acidente lá vai o piloto se preocupar com sua segurança...

A nossa torcida é para que esse piloto não seja o da vez para forçar outros pilotos a se preocuparem com a segurança de voo.

O acidente abaixo traz, em rápidas palavras, os problemas de uma má avaliação meteorológica, influenciado talvez pela curta distância que o voo deveria ser realizado, aliado a uma má doutrina de cabine e falta de iniciativa em interromper a sequência do voo, quando todos os avisos indicavam para um acidente iminente.

Veja abaixo um extrato do acidente: se quiser ver o relatório completo clique aqui.