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29.03.20 MÚSICA
MPMP lança peças do período modernista do compositor
Luís de Freitas Branco (1890-1955) é um dos nomes centrais da introdução do modernismo na música portuguesa (a par de Ruy Ceolho) e a plataforma Movimento Patrimonial pela Música Portuguesa (com a Universidade de Aveiro) lançou em Dezembro de 2019 o CD Obras Completas para Violino e Piano, executadas respectivamente por Nuno Soares e Youri Popov.
A integral "junta as suas duas importantes sonatas (a primeira datada de 1908, premiada -- não sem polémica – pela Sociedade de Música de Câmara, e a segunda datada de 1928, obra de maturidade mas, ao mesmo tempo, bem menos conhecida), e integra ainda um breve e curioso Prélude, datado de 1910, ano do poema sinfónico Paraísos Artificiais".
"A primeira fase da obra de Luís de Freitas Branco é contemporânea de Schönberg, de Amadeo de Souza-Cardoso ou de Kandinsky e, apesar de não haver uma comunicação próxima entre autores, é possível de alguma forma paralelizar a produção de Freitas Branco com a produção literária ‘modernista’ da época, nomeadamente através das obras de figuras como Fernando Pessoa ou Mário de Sá Carneiro e de algumas opções temáticas mais ligadas ao sensacionismo", escreveu em 2014 a investigadora Rosa Paula Rocha Pinto a propósito da interpretação de Vathek na Casa da Música.
Disso "são exemplos os poemas sinfónicos Paraísos Artificiais (de 1910, obra polémica que seria um marco no que diz respeito à introdução das correntes modernistas no contexto da música orquestral portuguesa, inspirada na novela Confissões de um Opiómano de Thomas de Quincey, através da tradução de Baudelaire intitulada Les Paradis Artificiels) e Vathek, composto entre 1913 e 1914, sobre texto homónimo de William Beckford". M