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04.12.2020 PESQUISA
Arrancam projectos novos para aprofundar o artista. E os painéis das Gares podem agora ser explorados virtualmente.
Estão em curso dois trabalhos de grande alcance em torno de Almada Negreiros, pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (NOVA FCHS) e pelo Laboratório José de Figueiredo da Direção-Geral do Património Cultural (LJF/DGPC). Isto numa altura em que o Porto de Lisboa lançou a visita virtual às Gares Marítimas de Alcântara e da Rocha Conde d'Óbidos, onde podem ser explorados em todo o detalhe os painéis do artista - basta entrar neste endereço.
Gare Marítima de Alcântara
VOLTAR AOS MURAIS
O LJF/DGPC participa na investigação pluridisciplinar “O Desvendar da Arte Mural de Almada Negreiros (1938-1956): estudo científico das técnicas de pintura e dos pigmentos como guias para a sua futura conservação e fruição”. O projecto é financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia. A parceria é com o Laboratório Hércules da Universidade de Évora, o Instituto de História de Arte (IHA) da NOVA FCSH, a Administração do Porto de Lisboa e o Getty Conservation Institute (EUA). Estará concluído em 2023.
Pela DGPC participam as conservadoras-restauradoras de pintura mural Irene Frazão e Michele Portela, e a também conservadora-restauradora Gabriela Carvalho, chefe de divisão do LJF, num trabalho que envolve a participação da família do artista. A conservadora-restauradora de pintura mural Milene Gil, do Laboratório Hércules, é a investigadora responsável.
1944: um dos painéis na entrada do edifício do Diário de Notícias
Entre os anos de 1970 e 2000 o então designado Instituto José de Figueiredo esteve presente no estudo e nas intervenções realizadas através de brigadas de trabalho numa série de murais, nomeadamente as do edifício do Diário de Notícias e das Gares Marítimas. No novo estudo o LJF retoma o trabalho dessa época, que resultou em vasta documentação fotográfica, diversas análises laboratoriais e estudos complementares.
UMA CASA PARA O ESPÓLIO
O Colégio Almada Negreiros (edifício em Lisboa onde estão várias unidades de investigação da NOVA FCSH) vai receber o espólio documental e a biblioteca do artista na sequência do acordo estabelecido entre a família e a direção da faculdade. O acervo ficará em depósito no espaço correspondente à antiga capela do outrora designado Colégio dos Jesuítas, onde Almada estudou no princípio do século XX. Este espaço terá uma intervenção para que fique apto ao acolhimento dos documentos e à sua preservação e para os trabalhos necessários com vista à sua catalogação, digitalização e estudo.
As unidades responsáveis da NOVA FCSH são o IHA e o Instituto de Estudos de Literatura e Tradição, representados respectivamente pelos coordenadores Mariana Pinto dos Santos e Fernando Cabral Martins, contando com o trabalho de bolseiros de investigação de cada centro. Neste âmbito, o IHA abriu concurso para uma bolsa, que foi ganho por Giorgia Casara.
Um manuscrito pertencente ao espólio, também acessível online
O trabalho começou 1 de outubro e inclui: acompanhamento da transferência do espólio; catalogação, organização e arquivo da biblioteca e restante espólio em depósito na FCSH (junto com bolseiro do IELT); gestão de recursos digitais; organização de eventos públicos. Os resultados estão previstos para 1 de Outubro de 2021, altura de finalização da primeira fase de catalogação e arrumação, publicação de um artigo, organização de uma exposição dedicada à biblioteca pessoal de Almada e Sarah Affonso e um ciclo de conversas. M