Comece por você. Pegue a sua certidão de nascimento e lance nomes e datas dos dados vitais.
Peça a certidão de casamento de seus pais. Lance local e data em que se casaram. E todos os demais dados vitais.
Comece com você mesmo e sua certidão de nascimento. Lá já tem o seu nome, dos pais e dos avós de ambos os lados: paterno e materno.
Peça a certidão de nascimento dos seus pais. Pronto, você já teu seus bisavós! Ao menos os nomes.
Ahhh meus pais não têm a certidão de nascimento deles. É só pedir no cartório das cidades (ou distritos / bairros) onde eles nasceram.
Peça a certidão de nascimento dos avós.
Peça a todos da família cópias de documentos, como titulo de eleitor, CNH, RG, passaporte, carteira de trabalho, etc.
Escreva o nome de solteira das mulheres! (Leia 7 Regras Básicas em Genealogia)
Compare a sua certidão de nascimento com a de seus irmãos. Há muitas variações de nomes! Procure descobrir porquê. Escreva e compare cuidadosamente os dados vitais.
Se você já tem filhos, escreva o nome de seu cônjuge, dos pais dele(a), datas e locais dos dados vitais de todo mundo, bem como das crianças.
Tenha em mente sempre o seguinte: genealogia não é história da genética familiar. É história da família. Desta maneira pouco importa se corre, numa parte da família, o boato de que o primo Zezinho não é filho do tio José, mas só da tia Maria. Isso é fofoca. Se o José registrou ou perfilhou o Zezinho e não quis que ninguém soubesse, ele é filho do José e ponto final. Ninguém tem nada com isso. E na história da família, documentalmente, ele permanecerá filho do José. Entendeu?
Os adotados pertencem à família! Se Maria e José adotaram Mariazinha e contaram para todo mundo, isso é história da família. Se adotaram, não contaram e dizem que a Mariazinha é filha biológica deles, dá no mesmo para a Genealogia.
Na sua árvore, inclua você, seus pais, avós e todos os tios, tias e os primos. Inicie com sua própria certidão, a dos irmãos e as dos pais. Você já chegou ao nome dos bisavós! E vai notar que existe com frequência uma discrepância entre nomes logo de cara! Pode ser que seu avô esteja grafado Thomás na sua certidão e Tomaz na do seu irmão e Tomás na da sua irmã caçula. Presta atenção.
Depois tente localizar a certidão dos avós. Envie e-mail aos cartórios de onde nasceram as pessoas pedindo as certidões que você não tem. Precisamos de datas de nascimento, casamento óbito! Inicialmente, indague tudo o que puder aos parentes mais velhos. Este é o primeiro e o mais básico dos passos.
Vou deixar uma dica preciosa: trabalhe sempre do conhecido para o desconhecido. Por exemplo: se você está tentando provar o causo de família acerca de serem mesmo descendentes do General Bento Gonçalves, líder da Guerra dos Farrapos, comece com você mesmo, «subindo» (ascendendo) a árvore. Não comece com o General Bento Gonçalves da Silva e Doña Caetana Joana Francisca Garcia Y Gonzalez! Ou seja : não monte árvore descendente, não comece pelo herói ("descendo") em direção ao seu ramo até se colocar na árvore. Você vai se perder! E isso é muito frustrante. Como diise no início, comece sempre por você.
Comece a identificar o que você já sabe. Pegue a sua certidão de nascimento e lance nomes e datas. Peça a certidão de casamento de seus pais. Lance local e data em que se casaram.
Peça nos cartórios a certidão de nascimento e casamento dos pais, avós e bisavós.
Na certidão de casamento dos seus pais deve constar o local de nascimento dos avós. O mesmo vale para avós e bisavós.
Não sabe onde os pais ou avós se casaram? Onde nasceu o filho mais velho? Comece por aí.
É incrível a quantidade de dados que você já sabe. E não sabe que sabe. Por exemplo, o nome dos tios, primos, seus maridos e mulheres, os irmãos dos avós (os tios-avós), os nomes dos primos de seus pais. É muita coisa que você já sabe.
Anote numa ficha individual, num caderno, ou no programa de computador, ou na plataforma online escolhida o que você já sabe. Mas anote!
Para lançar os dados na árvore genealógica, você precisa identificar certos fatos básicos, únicos para cada indivíduo.
Lembre-se de informações que você já sabe sobre cada membro de sua família, incluindo você.
Os fatos essenciais a serem identificados incluem:
Nome completo (nome simples ou composto, sobrenome). A tia Terezinha não é Terezinha Gomes. É Teresa Cristina de Lima Gomes, em solteira, e é este o nome que vai para a árvore e Teresa Cristina Gomes Rodrigues, após casar-se. Este nome de casada vai num campo próprio. (Leia 7 Regras Básicas em Genealogia)
Quaisquer alterações de nomes
Datas importantes, especialmente os "Dados Vitais" (Nascimento, Casamento(s), Morte e outras como batismo, casamento(s) / divórcio(s), viuvez, sepultamento, formatura
Locais dos eventos importantes (cidade, estado, país)
Após os dados vitais , identifique outros fatos pessoais de interesse: Educação, (nomes e localizações de escolas, faculdades, universidades) Ocupações, Religião e igrejas frequentadas, Participação Política etc.
Anedotas e histórias pessoais
Nome completo, local e data de nascimento dos cônjuges
Nome completo, local e data de nascimento dos filhos
A Genealogia depende de lógica, paciência, conhecimento.
Lógica em relação a lugar. Seu bisavô, nascido em 1905, não pode ter nascido em Londrina, pois foi só a partir de 1922 que o governo estadual do Paraná começou a conceder terras a empresas privadas de colonização. A cidade sou foi elevada à categoria de município com a denominação de Londrina em 1934.
Lógica em relação a tempo. Uma pessoa nascida em 1930 não pode ter um pai nascido em 1865! Mesmo que você tenha achado nomes iguais, aquele "achado" não é o pai. Pode ser o avô, um colateral — tio ou primo — com o mesmo nome. Cuidado com o preenchimento de datas! E nunca assuma só pelo nome que você "achou" o seu ancestral.
Vamos assumir que você não sabe quando nasceu sua bisavó paterna, a Joaquina. Ok. E daí? Comece a trabalhar com uma ferramenta que se chama «suposição genealógica».
A suposição genealógica quanto ao tempo é baseada em eventos geracionais.
Se o seu avô Luís nasceu, digamos, em 1935 e for o quarto filho numa irmandade de 7, a gente imagina o seguinte
a. A bisavó teve o primeiro filho aos 20 anos. (Essa é a média geracional.)
b. O avô Luís que nasceu em 1936 é o quarto filho e tem mais três irmãos depois.
1º filho: 1930
2º filho: 1932
3º filho: 1934
4º filho: O avô Luís: 1936
5º filho: 1938
6º filho: 1940
7º filho: 1942
c. Na "suposição", a bisavó Joaquina teve o primeiro filho com 20 anos (média da geração).
d. Então, provavelmente, ela nasceu por volta de 1910.
e. Se ela o teve o primeiro filho com 15 anos (limite mínimo), ela nasceu em 1905.
f. Como ela teve o último filho em 1942, digamos, já no fim da idade fértil, pode ter nascido em 1900.
g. Assim, ela pode ter nascido de 1900 a 1915.
h. Então ficamos com a média, bem lógica, de 1910.
i. Pode ser que erremos alguns anos. A avó pode ter demorado a ter o primeiro filho, pode ter perdido algum filho — morte na infância ou perda durante a gravidez, ambos os fatos comuns. Mas não erraremos muitos anos. Descobrimos pelo menos a que geração a avó pertence.
f. Na árvore há duas opções, que a maioria dos programas e plataformas de genealogia oferece
Ou anotamos que ela nasceu aproximadamente em 1910
Ou anoto que ela nasceu entre 1900 e 1915
Esse raciocínio na genealogia ajuda muito a situarmos nossos ancestrais.
Este é um assunto que dá muito pano prá manga. Então temos uma página que explica tudo direitinho.
Para saber mais, clique para a página Suposição Genealógica
Decidir o que você deseja encontrar o ajudará a manter o foco na pesquisa e a ser mais produtivo. É a sua família que está sendo investigada. Então, depende de você decidir o que deseja descobrir sobre ela.
Você é quem vai escolher qual o foco das suas abordagens.
Isso porque existem muitas maneiras de abordar a história da família.
Decidir o que se quer saber não é um ponto de chegada. Mas é um ponto de partida muito motivador! Ao longo dos anos que durarem a sua pesquisa e o aperfeiçoamento da árvore — e serão muitos anos, acredite! — você terá novos e instigantes pontos de partida. Mas escolha um agora, para você se encher de entusiasmo.
Vejamos algumas propostas:
Talvez você queira descobrir, em sua árvore genealógica, quem foi o primeiro europeu a chegar ao Brasil.
Talvez você tenha curiosidade em saber de onde, afinal, alguns seus ancestrais vieram. Afinal, aquela cidade era Áustria ou Polônia? E que lugar da atual Alemanha é aquele hoje? O mapa da Europa mudou tanto em 200 anos! Vale a pena pesquisar um pouco da história e da geografia política para descobrir tudo isso.
Ou ainda queira saber quando e de onde chegou o bisavô italiano. Ou a bisavó armênia... e se ela era mesmo apátrida. E o avô que veio da Rússia? Já era União Soviética?
Há pessoas que desejam realmente descobrir se possuem ancestrais na nobreza europeia. E quem são esses aristocratas, afinal! O que é também um foco válido para buscar ancestrais.
Pode ser que você insista em desvendar se existem mesmo judeus convertidos à força entre os antepassados, como sua avó contava...
Talvez deseje saber porque o sobrenome da família soa tão diferente. Por que meu apelido de família é tão incomum?
Será que é mesmo verdade que minha avó descende de escravizados? Mas como se a Abolição no Brasil foi em 1888! É preciso descobrir e fazer contas. Talvez seja a trisavó !
Há pessoas que querem investigar as razões pelas quais sua família sempre foi abastada enquanto outros irão pesquisar o oposto: saber porque a família sempre viveu com tanta dificuldade financeira.
E creia, é aqui que a Genealogia se torna instigante! Porque as respostas aparecem! E a Genealogia se transforma em História da Família, mostrando que aquele grupo de pessoas até então quase desconhecidas eram seres de carne e osso: atores de uma realidade política, social e cultural do bairro, da cidade, da região, do Brasil e do mundo. Lembre-se: todos nós, humanos, em todas as épocas, vivemos conforme o contexto global. Somos agentes e pacientes da realidade do mundo.
Quem sabe você queira descobrir, vamos supor, se aquela história do célebre ancestral que liderou um batalhão na Guerra dos Farrapos é mesmo verdade. Eis um motivo válido!
Fale com seus parentes enquanto pode. Quanto mais você esperar, mais informação será perdida!
Os registros são destruídos, proposital ou acidentalmente, as pessoas morrem, outros ficam doentes, estes mudam de cidade, aqueles de estado e outros até saem do País, dificultando a pesquisa... sem contar os que ficam com enfermidades senis e perdem a memória.
Seus parentes podem ajudar a preencher as lacunas da sua árvore genealógica. Todo genealogista sabe serem os parentes, especialmente os mais velhos, que podem se lembrar das gerações que não estão mais vivas.
Você pode se lembrar de seus avós, mas seus netos "não se lembrarão" deles. Quem se lembra é você. Mas poderão conhecê-los por fotos, fatos ou nomes.
São os parentes que possuem os "tesouros" dos quais você precisa. Por favor, fale-lhes que você precisa de fotografias, cópias, fotocópias, escaneamentos desses registros. Leia para eles a lista do que interessa. As pessoas não imaginam que "lembranças" guardadas são documentos genealógicos. Eis a lista:
Fotos de família: esparsas, em porta-retratos ou em álbuns. Pessoas individualmente ou grupos.
Certidões de nascimento, óbito e casamento (os tais dados vitais)
Documentos de identificação: CNH, título de eleitor, RG, carteira de trabalho, identificação profissional (de ordens, conselhos regionais e federações, de sindicatos), credenciais, passaportes
Certificados religiosos, como batismo, crisma, profissão de fé, certidões de casamento religioso
Mementos de ritos religiosos: “santinhos” de primeira-comunhão, crisma, óbito, missas
Heranças de famílias: bíblia, livros, devocionários (livros de oração), cadernos de receita, cadernetas de orçamento doméstico... Muitas famílias anotam datas de nascimento, casamento e morte, e outras informações, nesses tipos de publicações.
Cartas antigas, cartões postais
Convites de casamentos ou outros eventos da vida, como formaturas, bailes, festejos
Anuários de escola, de empresas
Recortes de jornais
Registros de escolaridade: boletins, carteirinhas, certificados e diplomas
Registros militares
Crachás de empresas
Outros objetos que têm significado pessoal no contexto da família: quadros, desenhos, instrumentos musicais, objetos pessoais, artesanatos, obras de arte
Para aperfeiçoar datas, saber a ordem de nascimento dos parentes é essencial.
A rede social mais importante na Genealogia é a sua própria família.
Procure mostrar aos parentes de idades variadas que todos podem contribuir com informações, ideias, material de pesquisa. Como os da lista acima!
Crie uma rede para conversar com eles. Você já notou que temos grupos de WhatsApp para falar temas os mais banais e não estamos em um para conversar sobre coisas importantes, como a história das nossas origens?
Eu acho que você deve ter parentes chatos. Todos nós temos. Mas são todos eles — os chatos e os legais — que guardam as informações bacanas. E fala a verdade: esse parente não deve ser tão chato como aquele "tio do pavê" do seu grupo de trabalho!
Converse com os avós, os tios-avós, os tios, os primos, os primos dos pais (que também são seus primos!), fale com os cunhados, a prima do tio e por aí vai. Use o zap, o telefone, o Google Meet, o Zoom, mande e-mail, carta convencional, mensagem pelo Facebook, recado por outro parente.
Faça contato. Crie uma rede. Deixe as pessoas da sua família saberem que você está escrevendo a história delas!
Crie um blog para registrar histórias. Abra o blog para que outros escrevam! Veja, por exemplo, o "caderno de receitas" coletivo que estamos criando. Fogão de Família. Também temos um álbum no Google Fotos. Todo mundo pode mandar e identificar pessoas em fotografias. Não precisa ser público, mas as pessoas da sua família precisam ter acesso.
Peça informações, peça cópias de documentos, peça referências, peça fotografias, peça!
Se possível mostre a árvore. Mostre de perto, mostre pelo celular, mande uma foto da árvore pelo zap, exiba a tela do computador pelo Google Meet! Mostre a posição dessa pessoa na árvore.
Pela minha experiência, pessoas mais velhas ficam encantadas, entusiasmadas, maravilhadas quando veem a árvore da família num computador. Só não exija muito de um parente muito idoso. Não queira que ele visualize uma árvore num smartphone!
Além disso, outros membros já podem ter pesquisado parte da história de sua família e estariam dispostos a compartilhar seu trabalho. Algumas dicas úteis para entrar em contato com parentes incluem:
Emitir sinais de respeito e atenção
Decidir quais informações específicas pedir
Fazer anotações precisas
Respeitar a privacidade: pode haver informações que outras pessoas não desejam compartilhar
Ester também disposto a compartilhar suas informações. Em Genealogia não existe 'ego'!
Compartilhe também as histórias que você sabe com seus filhos, netos, bisnetos, sobrinhos, sobrinhos-netos, tios e primos de todos os graus. Conte às pessoas a histórias da sua família! Veja abaixo os links com centenas de dicas.
Documentar suas fontes (Ex.: Entrevista com Fulano de Tal, meu tio-avô paterno, em data, pessoalmente/ por telefone/ videoconferência, na rua tal, número tal, em Cidade, Estado, País. — Beltrano de Tal, pesquisador)
Exemplos:
a) entrevista com meu tio-avô, José Guimarães Alves, jornalista, em 20 de janeiro de 1986, pessoalmente, em sua casa na Rua Professor José Magalhães Drummond, em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Maria Fernanda Alves Guimarães, pesquisadora.
b) entrevista com meu tio paterno Delcir Lopes, em 18 de janeiro de 2017, por telefone, ele em São Carlos, São Paulo, Brasil; eu em São Paulo, São Paulo, Brasil. Paulo Roberto Lopes, pesquisador.
Estar preparado. Oferecemos os links para que dão centenas de dicas de entrevistas
→ 122 perguntas para fazer aos mais velhos
→ 15 perguntas para fazer ao Vovô e à Vovó (para crianças: Genealogia na Escola)
→ 35 histórias reais para os avós contarem aos seus netos • Avós são a memória viva da família
Por favor, comece certo! Genealogia sem documentação é mitologia.
Essa dica é a última, mas sinceramente, é a mais importante. Documente sua árvore. Isso vale para reis e plebeus! Eu não poderia dizer que sou neta dos casais Sílvio & Anna e João Bernardo & Elvira se isso não estivesse escrito na minha certidão de nascimento!
Isso vale para todo mundo. Tudo o que não está documentado é quase uma piada. Porque devemos acreditar naquela informação?
Conforme monta sua árvore, vai se formando a história de sua família. Mas é uma história que precisa ser demonstrada com documentos. De nada adianta você dizer que descende do escritor cearense José de Alencar ou do general gaúcho Bento Gonçalves ou até do Sete Orelhas, se não puder comprovar isso com documentos. Quais documentos? Os mais óbvios são as certidões de nascimento, casamento e, às vezes, de óbito. Mas outros documentos também podem se prestar perfeitamente à comprovação.
É importante registrar onde você achou cada informação. Mais tarde, se você compartilhar sua história familiar por escrito ou por meio de um site, poderá incluir notas de rodapé que fornecem testemunho de suas reivindicações parentais.
Quando retiradas de um livro ou de citações de terceiros é preciso dar crédito àqueles cujas obras você consultou.
Os parentes de hoje ou do futuro saberão que a sua pesquisa é crível e poderão trabalhar a partir do que você já fez, sem ter que repetir.
Acima de tudo, você terá certeza de que chegou o mais perto possível da verdade sobre a história de sua família.
As citações de fontes têm a intimidante reputação de serem difíceis de escrever e impossíveis de organizar. Felizmente, estamos século 21 e agora os softwares de genealogia ajudam em ambas as tarefas.
Se você faz uma árvore online, precisa de um software (programa) que "converse" com aquela plataforma. A maioria dos programas permite que você descreva e até anexe ilustrações das certidões de nascimento, registros em geral, entrevistas pessoais, fontes de nascimentos, casamentos, óbitos e outros fatos.
Você pode vincular essas descrições aos fatos correspondentes e criar relatórios com notas de rodapé ou notas de fim formatadas corretamente. Os softwares fazem isso para você se lançou corretamente na árvore!
Você também pode incluir suas citações de fontes apenas nas árvores genealógicas online. Se você compartilhar seu arquivo com parentes que usam software de genealogia, eles não precisarão inserir novamente todas as suas fontes. Eles terão condições de fazer o mesmo trabalho a partir dali.
É mesquinharia intelectual não compartilhar suas fontes.
A não citação ou omissão de fontes documentais é uma atitude anti-intelectual que demonstra hostilidade e desconfiança em relação às atividades da mente, comumente expressas como depreciação ou suspeição de educação, ciência, filosofia e rejeição da arte, literatura, música e da pesquisa como atividades próprias do espírito humano.
Daí advém o aforismo na história da família: Genealogia sem Fonte é Mitologia.
O resultado de árvores não documentadas ou com fontes omissas é um trabalho pobre, sem credibilidade, com jeito de que foi "inventado" e não pesquisado arduamente.
Além disso, as fontes têm outra função essencial: resolver conflitos. Digamos que você encontrou registros discordantes em relação à data de nascimento do seu avô. O dia em que ele comemorava o aniversário não corresponde ao que está na carteira de trabalho dele e também não condiz com a data constante na certidão de casamento. Isso acontece várias vezes na pesquisa! Se você apurar todas essas fontes, poderá compará-las e talvez até determinar qual é a mais confiável e porque houve tal ou qual discrepância.
Se você estiver usando um livro, artigo, texto de internet, vídeo, notícia de jornal ou revista como referência, aplique a citação de fontes da ABNT
Programas de Genealogia como Ancestral Quest, Family Tree Maker, RootsMagic , Legacy — e certamente outros — usam o recurso Evidence Explained (Descrição da Evidência, quando o software é traduzido para português), como um guia para criar citações de fontes.
Assim, o software de genealogia permite que você anexe uma citação de fonte e muitas vezes a imagem do documento a quase todas as "ocorrências" — nome, lugar ou evento de vida — em sua árvore. E quando o software "dialoga" com a plataforma (My Heritage, Geni, Family Search, Find My Past, Ancestry etc.) o próprio software "puxa" as fontes que você anexou no site com a sua árvore. Por isso, se você for baixar uma versão básica ou comprar uma premium, tem de saber exatamente se esse programa "conversa" com a plataforma onde está sua árvore online.
A maioria das citações de suas fontes estará vinculada a eventos, como nascimentos, casamentos e falecimentos, mas algumas podem estar vinculadas a histórias e eventos de uma só uma pessoa ou de toda a família. Use-as.
Nos softwares, você também pode citar a fonte, comentar, mencionar as discrepâncias, anexar uma cópia digitalizada do registro/ documento e na própria publicação avaliar a confiabilidade da informação.
Sim, você é um gênio da internet, um nerd aplicado ou um hacker tresloucado. Mas saiba desde agora: nem tudo está na Internet. As primeiras e mais importantes respostas estão dentro da sua própria família. Depois que você entrevistar todos os avós, tios, primos, anotar todas as dicas e souber "quem é quem", então sim comece a pesquisar em arquivos
A pesquisa genealógica nunca termina. Pode ser o trabalho de meses, de anos e até de uma vida inteira. Nunca, porém, será uma atividade imediatista. Paciência, persistência, atenção, conhecimento, pesquisa árdua. Esses atributos formam um pesquisador. Não espere começar hoje e achar que em 6 meses terá seus quintos-avós. A qualidade das suas informações é essencial.
Não é digna de crédito qualquer informação não comprovada. Uma genealogia sem comprovação é alvo de piada. Documente sua árvore. Vincule as fontes. A fonte é a força de crédito da sua árvore. Achou arquivo? Anexe-o! O documento era seu? Transforme-o em arquivo (pdf, jpg) e anexe o registros às pessoas. Use a Força, Luke Skywalker.
15 perguntas para fazer ao Vovô e à Vovó (para crianças: Genealogia na Escola)
35 histórias reais para os avós contarem aos seus netos * Avós são a memória viva da família
Nomenclatura das Gerações (e nunca mais fale tataravô!)
Como citar obras genealógicas (e jamais copie sem dar crédito ao autor)