A falta de ética, a falta de ação e as consequências desastrosas

Por João Conte

Um dos mais antigos e tradicionais métodos de ensaios não destrutivos, a Radiografia Industrial, corre um sério risco quanto à sua credibilidade em função da falta de ética que chegou a níveis alarmantes.

A radiologia industrial, que envolve o uso de radiações ionizantes para inspeções não destrutivas em materiais (como em soldas, tubulações e estruturas), exige um compromisso ético rigoroso para proteger trabalhadores, o meio ambiente e a sociedade.

Fontes radioativas envelhecidas podem vazar se não forem inspecionadas regularmente, causando contaminação interna ou externa. Essa negligência, muitas vezes motivada por corte de custos ou desinteresse, representa uma violação ética ao expor trabalhadores e o público a riscos desnecessários.


Profissionais sem compromisso ético podem negligenciar o descarte correto de materiais radioativos ou resíduos, levando a poluição ambiental e riscos à biodiversidade.

Dilemas éticos, como pressão para ignorar protocolos ou falta de cooperação entre colegas, geram estresse e sofrimento moral entre profissionais. Isso inclui vulnerabilidade a violência no ambiente de trabalho ou conflitos por autonomia limitada, agravados pela ausência de uma cultura ética forte. Em contextos industriais, onde os riscos são elevados, essa falta de ética afeta o bem-estar psicológico e a retenção de talentos qualificados.

Esses problemas são agravados pela ausência de uma aplicação rigorosa de códigos de ética, como o do Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia (CONTER), que enfatiza proteção radiológica e conduta responsável.

Recentemente foi mapeado um profissional que, sozinho, bate cerca de 300 radiografias/dia em diferentes locais no território brasileiro.

“É um pássaro ? É um avião? Não!
É o Super-homem da Inspeção”