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A origem dos END

O primeiro Ensaio Não Destrutivo (END) foi atribuído à descoberta dos raios X por Wilhelm Conrad Röntgen, em 1895, na Alemanha. Röntgen realizou experimentos em Würzburg, onde observou que os raios X podiam atravessar materiais e revelar estruturas internas sem danificá-los, marcando o início dos END. A aplicação prática em inspeções industriais e médicas começou logo após, no início do século XX.

Os Primeiros Ensaios Não Destrutivos no Brasil

Os END são técnicas usadas para avaliar a integridade de materiais, componentes e estruturas sem causar danos permanentes, como trincas, corrosão ou descontinuidades. Eles são essenciais em setores como petróleo e gás, siderurgia, aeronáutica, naval, ferroviário, automotivo, papel e celulose, construção civil, entre outros. Os END foram impulsionados no início do século XX, pela Primeira Guerra Mundial (1914-1918), quando engenheiros precisavam inspecionar componentes críticos (como motores e peças de aeronaves) sem destruí-los.

O Ensaio Visual (EV) é considerado o método mais antigo e primitivo, usado desde a antiguidade para inspeções superficiais, mas sua aplicação sistemática na indústria moderna remonta ao século XIX. No Brasil, a industrialização tardia (intensificada a partir da década de 1930, com o governo Vargas) limitou a adoção inicial de END. Não há registros precisos de uma “data exata” para o primeiro ensaio, mas evidências indicam que:

• De acordo com fontes especializadas, o Ensaio Visual de solda (EVS) foi o pioneiro, aplicado informalmente em indústrias emergentes como metalurgia e construção naval desde o final do século XIX e início do XX, associado à inspeção de soldas e peças metálicas.

• Métodos mais avançados, como Radiografia e Ultrassom, foram introduzidos na década de 1940-1950, com o crescimento da indústria siderúrgica e naval.

• Por quê o primeiro? É simples, barato e não requer equipamentos complexos — basta a observação direta da superfície para detectar defeitos como trincas, poros ou falta de fusão em soldas. É o “ensaio básico” e sempre precede outros métodos.

• Aplicação inicial no Brasil: surgiu com as primeiras atividades de soldagem industrial, por volta de 1920-1930, em estaleiros (como o Arsenal de Marinha no Rio de Janeiro) e fábricas de metal. Foi normalizado com a criação da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) em 1940, que padronizou inspeções visuais em normas como a NBR NM 315.