Os setores industriais brasileiros, a inspeção e a falta de uma política

11/08/2023

Por João Conte


A indústria brasileira é composta por diversos setores, cada um com sua particularidade. A seguir, vamos dar uma visão geral do retrato atual da indústria brasileira por setor:

Automobilístico: O setor automobilístico é um dos principais da indústria brasileira. Grandes montadoras possuem fábricas no país, produzindo carros, caminhões e motocicletas. No entanto, o setor tem enfrentado desafios nos últimos anos, devido à queda nas vendas e à concorrência internacional.

Químico e Petroquímico: Este setor é responsável pela produção de produtos químicos, como fertilizantes, plásticos, borrachas e produtos derivados do petróleo. O Brasil possui algumas das maiores empresas petroquímicas do mundo, que são importantes para a economia do país.

Metalurgia e Siderurgia: O setor de metalurgia e siderurgia é fundamental para a indústria brasileira. A produção de aço e ferro é usada em diversos setores, como construção civil, automotivo, bem como máquinas e equipamentos. Algumas empresas brasileiras estão entre as maiores do mundo nesse setor. 

Papel e celulose: Engloba empresas envolvidas na produção de papel, celulose e produtos relacionados. A celulose é a matéria-prima principal, obtida a partir de árvores de florestas plantadas ou manejo florestal sustentável. 

Setor sucroalcooleiro: É responsável pela produção de açúcar, etanol e outros derivados da cana-de-açúcar. As principais regiões produtoras são o Brasil, Índia, China e Tailândia. O etanol de cana-de-açúcar é uma alternativa ao combustível fóssil, reduzindo as emissões de gases de efeito estufa e mitigando as mudanças climáticas. Além disso, a indústria sucroalcooleira gera empregos e contribui para o desenvolvimento econômico das regiões produtoras.

Construção civil: Estratégico para o desenvolvimento socioeconômico de um país. Engloba atividades como construção de edifícios residenciais e comerciais, infraestrutura, obras públicas e projetos de engenharia. A construção civil é um importante motor econômico, gerando empregos e promovendo investimentos.

Indústria nuclear: Está envolvido na produção de energia nuclear, na fabricação de componentes nucleares, como reatores e equipamentos de segurança, além da gestão de resíduos nucleares. As empresas desse setor também podem estar envolvidas na pesquisa e desenvolvimento de tecnologias nucleares avançadas.

Aeronáutico: Possibilita a fabricação de aeronaves, motores de avião, componentes aeroespaciais e sistemas de navegação. Ele também inclui empresas envolvidas na manutenção e reparo de aeronaves, bem como na pesquisa e desenvolvimento de tecnologias aeroespaciais inovadoras.

Ferroviário: Responsável pela produção de locomotivas, vagões de carga, carros de passageiros e sistemas de sinalização ferroviária. As empresas desse setor também podem estar envolvidas na construção e manutenção de infraestruturas ferroviárias, como linhas férreas e estações.

Indústria naval: Abrange tanto a construção de navios de guerra quanto navios civis, como porta-contêineres, petroleiros e navios de cruzeiro. As empresas nesse setor também podem se envolver no desenvolvimento de tecnologias navais, como sistemas de propulsão avançados e sistemas de combate. 

Esses setores são vitais para o desenvolvimento econômico e a segurança de muitos países. Eles fornecem empregos de alta qualidade e contribuem para a melhoria da infraestrutura, transporte, defesa e energia. Além disso, essas indústrias também têm um impacto significativo na pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias, impulsionando a inovação em várias áreas tecnológicas.

Mas, você sabe o que eles têm de comum? Todos eles, sem exceção, utilizam a tecnologia de inspeção.

A inspeção promove o incremento da qualidade, a redução de custos de produção, incrementa a produtividade e a mitigação de riscos.


A necessidade de uma política governamental

Ora, uma atividade tão importante (imprescindível eu diria), não merece uma política de governo?

Por que não reduzir as taxas e impostos de importação de equipamentos para renovar a frota? Algo que traria um impacto altamente positivo para as empresas fabricantes de equipamentos.

Por que não criar linhas de créditos para as empresas de inspeção para modernizar os seus equipamentos, implementar sistemas de gestão mais eficiente?

Por que não criar linhas de financiamento a longo prazo para os profissionais certificados promoverem a sua capacitação, qualificação e certificação?

Faz-se necessário uma mobilização de todos os atores envolvidos junto ao governo. Mas sinto uma letargia no ar. “Vamos deixar tudo como está para ver como fica “.