ESG - VEIO PARA FICAR!

16/02/2024

Por João Conte

O ESG é uma sigla em inglês, que significa environmental, social and governance, e corresponde às práticas ambientais, sociais e de governança de uma organização. O termo foi cunhado, em 2004, numa publicação do Pacto Global em parceria com o Banco Mundial, chamado Who Cares Wins.


Os critérios ESG estão totalmente relacionados aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – ODS, estabe-lecidos pelo Pacto Global, iniciativa mundial que envolve a ONU e várias entidades internacionais.


Ainda pouco conhecido fora dos círculos especializados, o conceito de ESG será cada vez mais cobrado das empresas, sendo também diretamente relacionado à própria geração de negócios. Alguns consideram, inclusive, o ESG como uma jornada de transformação dos negócios e envolve a construção de um mundo inclusivo, ético e ambientalmente sustentável, que garanta a qualidade de vida para todos.


As ideias que sustentam os investimentos ESG são antigas. Os principais pensadores e economistas alertaram sobre os perigos dos danos ambientais ou os males sociais causados por certos produtos ou práticas de negócios por muitos séculos. Na década de 1990, a ideia de que empresas, organizações e investidores deveriam levar em conta os custos ambientais e sociais tornou-se mais amplamente reconhecida, tendo o surgimento do primeiro índice de ações “socialmente responsável”, o índice Domini 400 Social.


O apoio multinacional aos objetivos ESG deu um grande passo em 2015, quando os 193 países da Assembleia Geral da ONU adotaram os 17 objetivos globais interligados, o ODS da ONU, com a meta de colocar o mundo em um caminho em direção a um futuro mais sustentável e igualitário.


Além dos motivos óbvios, o ESG também tem um impacto para companhias e investidores. O conceito não é apenas uma estrutura que as instituições financeiras e investidores devem relatar. Ele está no radar de funcionários, reguladores e todos os envolvidos no ecossistema. Por quê? Simplesmente porque fenômenos como o surto de Coronavírus e as mudanças climáticas, nos fazem perceber que não somos os donos do nosso planeta, mas sim os administradores da natureza. 


O ESG está assumindo uma importância ainda maior à luz dos eventos recentes: as empresas têm a responsabilidade e recursos para realizarem ações climáticas positivas, construindo um futuro mais sustentável e resiliente, “colocando dinheiro onde ele precisa estar”.

Na Abendi, por iniciativa do Presidente do Conselho de Administração, Angelo Belellis, foi constituída uma Comissão integrada por representantes do Conselho, Diretoria e funcionários no sentido de discutir implementação do ESG na entidade. A coordenação é da conselheira Fernanda Gebrael.

Faço votos para que o ESG não seja apenas mais uma iniciativa, que vá perdendo força com o tempo e sim forta-lecendo as práticas ambientais, sociais e de governança.