NOME POPULAR
sapoti, sapotilha
NOME CIENTÍFICO
Manilkara zapota (L.) P.Royen
FAMÍLIA
Sapotaceae
DESCRIÇÃO
Características morfológicas - Árvore de porte médio, atingindo de 15 a 25 metros de altura, com tronco robusto e casca grossa, profundamente fissurada, de coloração marrom-escura. A copa é densa e arredondada. As folhas são simples, coriáceas, de formato elíptico a oblongo, agrupadas nas extremidades dos ramos, medindo 7-15 cm de comprimento, com coloração verde-brilhante na face superior. As flores são pequenas, hermafroditas, de cor branca ou creme, surgindo nas axilas das folhas. Os frutos são bagas globosas ou ovoides, com 5-10 cm de diâmetro, de casca marrom-acinzentada e áspera. A polpa é mole, suculenta, de coloração amarronzada, muito doce e saborosa, contendo geralmente 2-5 sementes pretas, brilhantes e achatadas.
Utilidade - O principal uso do sapoti é para consumo in natura de seus frutos, muito apreciados pelo sabor doce e aroma característico. A polpa é também utilizada na fabricação de sucos, geleias, sorvetes e doces. A árvore produz látex (chicle) que já foi amplamente utilizado como matéria-prima para goma de mascar. A madeira, embora não tão valorizada quanto a de outras espécies do gênero, é pesada, dura e resistente, podendo ser empregada em construções rurais e para marcenaria. A espécie tem relevante uso ornamental em paisagismo urbano e rural.
Informações ecológicas - Planta decídua, heliófita ou esciófita, seletiva higrófita, característica das matas úmidas da costa atlântica. ocorre principalmente no interior da mata úmida densa, porém tolera formações abertas. produz anualmente grande quantidade de sementes viáveis.
OCORRÊNCIA
Nativa do sul do México, América Central e Caribe. No Brasil, é amplamente cultivada em pomares domésticos e comerciais em todas as regiões, especialmente no Nordeste, Sudeste e Norte. Adapta-se bem a climas tropicais e subtropicais.
SUCESSÃO ECOLÓGICA
Secundária Tardia a Climácea. É uma espécie de crescimento lento, tolerante à sombra em seus estágios iniciais, característica de florestas maduras ou em estágios avançados de regeneração. No entanto, devido ao longo histórico de cultivo, é frequentemente encontrada em pomares e áreas antropizadas.
FRUTO COMESTÍVEL?
Sim
ÉPOCA DE FRUTIFICAÇÃO
A frutificação também é escalonada ao longo do ano, porém a safra principal ocorre geralmente entre dezembro e maio, variando conforme a região e as condições climáticas.
ÉPOCA DE FLORAÇÃO
A floração do Sapotizeiro (Manilkara zapota) no Brasil ocorre de forma escalonada e prolongada, podendo ser observada durante a maior parte do ano, especialmente em climas quentes. No entanto, apresenta um pico de intensidade bem definido. Meses de Maior Intensidade: Setembro a Março
DISPERSÃO DE SEMENTES
Dispersão zoocórica. Os frutos doces são consumidos por diversos animais, como morcegos, aves (sabiás, jacus) e mamíferos (como o mico-estrela). Esses animais ingerem a polpa e eliminam as sementes intactas em suas fezes, promovendo a dispersão a médias e longas distâncias.
VETOR DE POLINIZAÇÃO
A polinização é efetuada principalmente por insetos, com destaque para abelhas (melíponas e apis) e pequenas mariposas, que visitam as flores em busca de néctar e pólen.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
LORENZI, H. et al. Frutíferas no Brasil: nativas e exóticas. 2ª ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2021.
CARVALHO, J. E. U. et al. Sapoti (Manilkara zapota L. Van Royen). In: Embrapa Amazônia Oriental. Sistemas de Produção, 2008.
Flora e Funga do Brasil. Manilkara zapota. Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2020. Disponível em: http://floradobrasil.jbrj.gov.br.
Mapa de distrubição da espécie (cultivada) no Brasil (Fonte: Alves-Araújo, A.; Almeida Jr., E.B. Manilkara in Flora e Funga do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <https://floradobrasil.jbrj.gov.br/FB87918>. Acesso em: 03 out. 2025)
Mapa de localização da espécie no campus da Unicamp / Campinas-SP (CAVALHERI, 2025)