NOME POPULAR
bacupari, bacupari-liso, bacuri, bacu, bacopari-do-rio, bacuripari, limão-do-mato, poroco, sacopari
NOME CIENTÍFICO
Garcinia brasiliensis Mart. / Garcinia gardneriana (Planch. & Triana) Zappi
FAMÍLIA
Clusiaceae
DESCRIÇÃO
Características morfológicas - Altura de 5-13 m, dotada de copa densa e arredondada, com ramos novos angulosos, de tronco cilindrico, com 20-30 cm de diâmetro, revestido por casca pardacenta e áspera. Folhas simples, opostas, de pecíolo canaliculado e com uma fóvea característica na base, de 1,0-1,8 cm; lâmina verde-escura e opaca em ambas as faces, elíptica a ovalada, geralmente assimétrica com ápice agudo, coriácea e glabra, de 7-23 cm de comprimento por 5-9 cm de largura, com abundantes nervuras laterais. Inflorescencias em fascículos axilares, com flores pediceladas, perfumadas de cor branca. Fruto baga elipsoide amarela ou alaranjada, com 1-3 sementes envoltas por polpa mucilaginosa. (LORENZI, 2009).
Utilidade - A madeira, de pequenas dimensões, pode ser usada apenas para construções rurais e para a lenha. Os frutos são comestíveis, razão pela qual a árvore é amplamente cultivada em pomares domésticos de todo o país. Também recomendada para plantios em reflorestamentos mistos e áreas de preservação.(LORENZI, 2009).
Informações ecológicas - Planta perenifólia e pioneira, comum em beira de rios, córregos e em várzeas úmidas de formações secundárias; contudo, cresce também em terrenos secos e pobres. É amplamente disseminada por pássaros, o que explica sua boa regeneração natural. Sua dispersão é ampla, ocorrendo desde a restinga até as florestas pluvial e semidecídua de altitude (LORENZI, 2009).
OCORRÊNCIA
Principalmente na região Amazônica, nas matas pouco densas de beira de rios, várzeas e igapós, bem como em restingas. (LORENZI, 2009).
SUCESSÃO ECOLÓGICA
Secundária tardia (LORENZI, 2009).
FRUTO COMESTÍVEL?
Sim
ÉPOCA DE FRUTIFICAÇÃO
Setembro-Janeiro (LORENZI, 2009).
ÉPOCA DE FLORAÇÃO
Março-Agosto (LORENZI, 2009).
DISPERSÃO DE FRUTOS E SEMENTES
Espécie amplamente disseminada por zoocoria (CARVALHO, 2014).
VETOR DE POLINIZAÇÃO
Principalmente as abelhas das famílias Meliponiae-Apidae, destacando-se Apis mellifera (abelha-européia ou abelha-africanizada), Tetragonisca angustula (abelha-jataí), Nannotrigona testaceicomis (abelha-iraí), Paratrigona subnuda (jataí-da-terra) Plebeia remota (mirins) e Friesella schrottkyi (mirim-preguiça), além de Halictidae (CARVALHO, 2014).
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Lorenzi, Harri, 1949-Árvores brasileiras : manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil, vol. 3, pag. 92 / Harri Lorenzi. -- 1. ed. -- Nova Odessa, SP Instituto Plantarum, 2009
CARVALHO, P.E.R. Espécies arbóreas brasileiras. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica; Colombo/PR: Embrapa Florestas, 2014. v. 5, 634p
Mapa de ocorrência natural da espécie (Fonte: Programa REFLORA/CNPq)
Disponível em: <https://floradobrasil.jbrj.gov.br/FB6851>. Acesso em: 02 out. 2025
Mapa de localização da espécie no campus da Unicamp / Campinas-SP (CAVALHERI, 2025)