NOME POPULAR
guava, goiabeira, goiaba, goiabeira-branca, goiaba-pera, goiaba-branca, goiaba-vermelha, araçá-goiaba, araçá-guaçu, guaiaba, guaiava, araçá-guaiaba .
ETIMOLOGIA DO NOME POPULAR
A palavra "goiaba" se originou do termo a'waβa na língua tupi-guarani. Através do processo de colonização portuguesa, esse termo indígena foi adaptado para a língua portuguesa, primeiro como "goiaba" e também na forma "guaiaba".
a'wa: significa "fruto" ou "pessoa" (num sentido mais amplo de "indivíduo").
βa: significa "o que tem", "possui" ou "cheio de".
Portanto, uma interpretação de a'waβa seria algo como "o fruto que tem muitas sementes" ou "fruto com miolo", uma descrição bastante precisa da característica mais marcante da goiaba: sua polpa repleta de pequenas e duras sementes.
A influência do tupi não para no nome popular. O nome científico da goiabeira mais comum também homenageia suas raízes.
Gênero: Psidium (do grego psidion, que significa "romã", numa referência à similaridade das muitas sementes).
Espécie: guajava
A espécie Psidium guajava incorpora diretamente a raiz tupi "guajava", mostrando a importância da denominação original.
NOME CIENTÍFICO
Psidium guajava L.
FAMÍLIA
Myrtaceae
DESCRIÇÃO
Características morfológicas - Árvore mede 3-6m de altura, possui tronco tortuoso, liso, descamante e ramificado, de 20-30 cm de diâmetro e coloração castanho-avermelhada.Folhas simples, elípticas, de coloração levemente avermelhada quando novas, tornando-se verde clara depois, pubescente quando jovens, e com nervuras bem marcadas. Mede 8-12 cm de comprimento por 3-6 de largura. Flores brancas, hermafroditas, com longos e numerosos estames, isoladas ou em grupos de 2 ou 3, situando-se nas axilas das folhas e nas brotações de ramos maduros. Fruto baga ovóide e carnosa, com 5-8cm de diâmetro, casca lisa, fina e de superfície irregular, de coloração verde, amarelada ou roxa. Em seu interior há uma polpa rosada, branca ou dourada, contendo dezenas de pequenas sementes duras, de cor amarelo-clara, em formato de rim..
Utilidade - Árvore amplamente cultivada em pomares domésticos por todo o país. É planta indispensável em plantios mistos destinados à recomposição de áreas degradadas de preservação permanente. Madeira moderadamente pesada, dura, muito elástica, compacta, dócil ao cepilho, moderadamente durável. Utilizada para esteios, moirões, cabos de ferramentas, cangalhas, lenha e carvão e, outrora muito usada na construção aeronáutica. A goiaba é consumida in natura e também em diversas formas industrializadas: suco, doce, geleia, goiabada etc. O uso medicinal prescreve gargarejos da fervura das folhas para gengivites e ulcerações da boca, a ingestão da infusão dos brotos para o combate à diarréia e disenteria e a aplicação sobre as varizes das folhas torradas e umedecidas.
Informações ecológicas - Planta semidecídua, heliófita e seletiva higrófita, característica e preferêncial da mata pluvial atlântica. Ocorre principalmente nas formações abertas de solos úmidos. Apresenta intensa regeneração espontânea em capoeiras, graças a ampla disseminação proporcionada pela avifauna. Ocorre de formas espontâneas e suespontâneas em quase todas as formações abertas da região sul do Brasil.
OCORRÊNCIA
Rio de Janeiro ao Rio Grande do Sul na floresta pluvial atlântica. Ocorre também de maneira espontânea em quase todo o Brasil.
É classificada como uma espécie secundária inicial a secundária tardia, indicando que se estabelece após a perturbação inicial do ambiente, mas pode persistir e fazer parte do dossel da floresta em estágios mais avançados de regeneração (DURIGAN; MELO, 2010).
FRUTO COMESTÍVEL?
Sim.
ÉPOCA DE FRUTIFICAÇÃO
Dezembro-Março.
ÉPOCA DE FLORAÇÃO
Setembro-Novembro.
POLINIZAÇÃO
Principalmente abelhas, com a capacidade secundária de autopolinização.
DISPERSÃO DE SEMENTES
Principalmente animais frugívoros (mamíferos e aves) através da endozoocoria (ingestão e eliminação nas fezes).
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Lorenzi, Harri, 1949-Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil, vol. I, pag. 269, Harri Lorenzi. -- Nova Odessa, SP : Editora Plantarum, 1992.
Mapa de ocorrência natural da espécie no território brasileiro (FLORA DO BRASIL, 2020)
Disponível em: <https://floradobrasil.jbrj.gov.br/FB24034>. consulta.publica.uc.citacao.acesso.em 09 out. 2025
Mapa de localização da espécie no campus da Unicamp / Campinas-SP (CAVALHERI, 2025)
UM PÉ DE QUE? - GOIABEIRA. YouTube, 23 jul. 2024. Duração: 17h:43min. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=r7pgrnj7xmo&t=3s Acesso em: 9 out. 2025.