NOME POPULAR
abricó-de-macaco, amêndoa-dos-andes, castanha-de-macaco, cuia-de-macaco, macacarecuia
NOME CIENTÍFICO
Couroupita guianensis Aubl.
FAMÍLIA
Lecythidaceae
DESCRIÇÃO
Características morfológicas - Árvore com altura de 8-15 m, com tronco de 30-50 cm de diâmetro. Folhas aglomeradas na extremidade dos ramos, de 15-20 cm de comprimento por 7-14 cm de largura. As flores, muito perfumadas, forman-se em inflorescencias que saem diretamente do tronco e ramos.
Utilidade - A madeira pode ser empregada em fabrico de brinquedos, embalagens leves, folhas faqueadas para compensados, raquetes, moldes para fundição, artefatos leves, etc. A árvore em florescimento é um dos espetáculos mais belos e curiosos da natureza, com o tronco virtualmente enchendo-se de flores. É excelente para o paisagismo em geral. Seu único inconveniente é que o grande tamanho e peso dos frutos que podem causar acidentes na queda e por produzirem mau cheiro forte no seu apodrecimento. Apesar de ser planta amazônica de solos brejosos, desenvolve-se muito bem em terrenos secos do Centro Sul do país.
Informações ecológicas - Planta decídua, heliófita, higrófita, caracter´stica de terrenos inundáveis de beira de igapós e margem de rios de toda a região amazônica. Apresenta dispersão ampla, porém em baixa densidade populacional, Produz anualmente grande quantidade de sementes viáveis.
OCORRÊNCIA
Toda a região amazônica, em margens inundáveis dos rios.
SUCESSÃO ECOLÓGICA
Não pioneira. O abricó-de-macaco, sendo uma espécie não pioneira, prefere ambientes com alguma sombra e matéria orgânica no solo, o que indica que ele se estabelece em locais onde já existe alguma cobertura vegetal.
FRUTO COMESTÍVEL?
Não
ÉPOCA DE FRUTIFICAÇÃO
Dezembro-Março.
ÉPOCA DE FLORAÇÃO
Setembro-Março.
DISPERSÃO DE FRUTOS E SEMENTES
Sua dispersão é feita principalmente por animais (zoocoria), que se alimentam dos frutos e espalham as sementes.
VETOR DE POLINIZAÇÃO
Principalmente as abelhas das famílias Meliponiae-Apidae, destacando-se Apis mellifera (abelha-européia ou abelha-africanizada), Tetragonisca angustula (abelha-jataí), Nannotrigona testaceicomis (abelha-iraí), Paratrigona subnuda (jataí-da-terra) Plebeia remota (mirins) e Friesella schrottkyi (mirim-preguiça), além de Halictidae (CARVALHO, 2010).
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Lorenzi, Harri, 1949-Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil, vol.I, pag. 137, Harri Lorenzi. -- Nova Odessa, SP : Editora Plantarum, 1992.
Mapa de ocorrência natural da espécie no território brasileiro (FLORA DO BRASIL, 2020)
Mapa de localização da espécie no campus da Unicamp / Campinas-SP (CAVALHERI, 2025)
Autor: Um Pé de Quê, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=HPdD7jJacYs
Flor de Couroupita guianensis Aubl. sendo polinizada (CAVALHERI, 2025)