NOME POPULAR
abacate, aguacate, avocado, palta
NOME CIENTÍFICO
Persea americana Mill.
FAMÍLIA
Lauraceae
DESCRIÇÃO
Características morfológicas - Características morfológicas - Árvore com aproximadamente 9 m de altura, podendo alcançar até 18 m. Tronco de 30-60 cm de diâmetro. Folhas elípticas, verde-escuras, brilhantes, esbranquiçadas na face inferior, de 7,5-40 cm de comprimento. Flores pequenas e esverdeadas, sem pétalas, com 9 estames e 2 glândulas de cor laranja na base, densamente reunidas em cachos, dispostos nas pontas dos ramos. Fruto com forma de pêra, de 7,5-33 cm de comprimento e até 15 cm de largura, de casca áspera, verde-escura ou violeta, com a consistência de couro e de até 6 mm de espessura, de polpa macia, “amanteigada”, de coloração amarelo-esverdeada, dotado de uma única semente. Semente ovoide, de 5-6,4 cm de comprimento, lisa, dura e pesada, de cor bege, revestida por um fino tecido marrom.
Utilidade - Madeira bege na camada exterior e castanho-avermelhado pintalgado de vermelho no cerne, leve, moderadamente macia, mas quebradiça, nada durável e suscetível a atacas de organismos xilófagos. Empregada em construção e em torno, e boa de esculpir.O fruto é comestível, variando o uso de acordo com a culinária regional. No Brasil é consumido doce, em formas de cremes e milkshakes. Em boa parte da América Latina, o fruto é considerado legume, constituindo saladas, sopas e pratos salgados. Do fruto comestível também se pode extrair um óleo semelhante ao azeite de oliva. A semente produz nanquim vermelho-pardacento, que foi utilizado nas cartas dos espanhóis e nos tecidos. Na Guatemala, a casca do tronco fervida funciona como fixador para a tinturaria de tecidos. As flores servem à apicultura. A medicina popular utiliza a casca do fruto como antibiótico, vermífugo e remédio para disenteria. Emplastros de folhas são aplicados sobre ferimentos sobre a testa, para aliviar dores de cabeça. O extrato das folhas causa prolongados efeitos hipertensão. A fervura das folhas combate a diarreia, a garganta inflamada e regula a menstruação. Depois de torrada, a semente em pó é utilizada no tratamento de diarreia e disenteria.
OCORRÊNCIA
Originária da América Central
FRUTO COMESTÍVEL?
Sim
ÉPOCA DE FRUTIFICAÇÃO
Os frutos amadurecem durante o verão, no período dezembro-fevereiro para a variedade antilhana, e entre fevereiro e abril para as variedades guatemaltecas e mexicanas.
ÉPOCA DE FLORAÇÃO
Ocorre desde o final do inverno até o fim da primavera.
DISPERSÃO DE FRUTOS E SEMENTES
Sua dispersão é feita principalmente por animais (zoocoria), que se alimentam dos frutos e espalham as sementes.
VETOR DE POLINIZAÇÃO
Principalmente as abelhas das famílias Meliponiae-Apidae, destacando-se Apis mellifera (abelha-européia ou abelha-africanizada), Tetragonisca angustula (abelha-jataí), Nannotrigona testaceicomis (abelha-iraí), Paratrigona subnuda (jataí-da-terra) Plebeia remota (mirins) e Friesella schrottkyi (mirim-preguiça), além de Halictidae (CARVALHO, 2010).
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Lorenzi, Harri, Frutas no Brasil nativas e exóticas: (de consumo in natura) / Harri Lorenzi, Marcos Túlio Côrtes de Lacerda, Luis Benedito Bacher. -- Nova Odessa, SP : Editora Plantarum, 2015.
ESTEVÃO CIAVATTA (Rio de Janeiro). Pindorama Filmes (org.). Um pé de quê?: 89 - Abacate. 2011. Canal Futura. Disponível em: https://vimeo.com/16316174. Acesso em: 28 set. 2025.
Mapa de ocorrência da espécie no território brasileiro - espécie cultivada (FLORA DO BRASIL, 2020)
Mapa de localização da espécie no campus da Unicamp / Campinas-SP (CAVALHERI, 2025)
Autor: Um Pé de Quê, disponível em: https://vimeo.com/16316174?share=copy