Língua e abolição
13 de maio
Língua e abolição
13 de maio
"Maio: Celebrando Memórias, Vozes e Resistências"
Introdução
A linguagem foi um instrumento essencial na luta pela abolição da escravidão, e esta, por sua vez, impactou a língua portuguesa, que passou a refletir as mudanças sociais, culturais e políticas do país. A língua continua a evoluir e a se adaptar às novas realidades, perpetuando o legado da luta pela liberdade e pela igualdade. Por isso, podemos compreender a relação entre a língua portuguesa e a abolição de, pelo menos, duas formas:
1) Podemos entender a linguagem como ferramenta para a defesa e a luta contra a escravidão, através de textos (o movimento abolicionista utilizava a linguagem para conscientizar a população sobre a injustiça da escravidão, promovendo a defesa da liberdade e dos direitos humanos); discursos (abolicionistas como José do Patrocínio, Joaquim Nabuco e André Rebouças, através de seus discursos, artigos e poemas, usavam a linguagem para denunciar o escravismo e defender a abolição); e canções em prol do movimento abolicionista (canções populares e também canções escritas por abolicionistas eram utilizadas para expressar a esperança e a luta pela liberdade).
2) Refletir sobre a forma como a língua portuguesa foi utilizada e modificada após a abolição, refletindo as mudanças que ocorreram no Brasil:
Mudanças sociais (a abolição da escravidão no Brasil, em 1888, marcou uma grande mudança social, que também teve reflexos na língua portuguesa, com a necessidade de comunicar e construir uma nova identidade);
Nova terminologia (a abolição exigiu novas formas de expressar a liberdade, a cidadania e a igualdade, impactando a linguagem e as relações sociais);
A influência do movimento abolicionista (a linguagem abolicionista, com sua defesa dos direitos humanos e a luta contra a discriminação, influenciou a língua portuguesa, contribuindo para a construção de uma nova cultura);
A língua como reflexo da sociedade (a língua portuguesa, como um sistema vivo e dinâmico, continua a se adaptar às mudanças sociais, refletindo as transformações culturais e as novas necessidades de comunicação).
(...) “Luz, câmera e ação, gravando a cena vai
Um bastardo, mais um filho pardo, sem pai
Ei, senhor de engenho, eu sei bem quem você é
Sozinho cê num guenta, sozinho cê num entra a pé.”
(...) “Inacreditável, mas seu filho me imita
No meio de vocês ele é o mais esperto
Ginga e fala gíria; gíria não, dialeto”.
"Negro Drama" - Racionais MC's
O Afroliterato - @Afroliterato (30 abr. 2025)
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