Mário de Andrade

O nome de Mário de Andrade é uma referência constante quando se trata da cultura e da literatura brasileiras. Escreveu acerca de assuntos diversos; seus romances, contos e crônicas, assim como seus ensaios no campo da música, das artes, da literatura, do folclore analisam e interpretam questões fundamentais nas identidades que formam a nossa cultura.

Prof. Maria Fernanda de Sousa Tomé de Cultura dos Povos de Fala Portuguesa I, II e III.

Documentário: Mário de Andrade

Livros

Aspectos do folclore brasileiro Mário de Andrade.pdf

Aspectos do Folclore Brasileiro

Mario de Andrade - Ensaio sobre a musica brasileira.pdf

Ensaio sobre a música brasileira

Pequena Historia da Musica - Mario de Andrade.pdf

Pequena História da Música

Mário de Andrade O turista aprendiz.pdf
La cultura popular en la obra de Mário de Andrade.pdf
Carta de Mário de Andrade a Manuel Bandeira de 7 de abril de 1928.pdf

Mário de Andrade

publicada em 24 de fevereiro de 2015, às 14h25

Mário de Andrade não era apenas um, eram muitos, múltiplos. Intelectual, escritor, crítico literário, musicólogo, ensaísta, folclorista e, sobretudo, um produtor de ideias, sempre a procura de um germe novo que se abriga na tradição.

Seu livro Paulicéia Desvairada o tornou um dos principais expoentes da Semana de Arte Moderna de 1922, movimento que revolucionou os cânones da arte e da cultura brasileira, junto com Oswald de Andrade, Menotti del Picchia, Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e uma verdadeira plêiade de artistas e intelectuais. A Semana traz à cena cultural novos valores estéticos identificados com as vanguardas europeias, mais simultaneamente voltadas para a valorização de um passado até então desprezado e a ruptura com o academicismo então vigente. O resgate de um Brasil de feição mestiça e desgarrado dos padrões europeus de então, mais indígena, mais africano, mais caboclo e caipira, inicia uma nova síntese cultural que procura abarcar as múltiplas faces da brasilidade e da modernidade.

Desde sua primeira obra, Há uma Gota de Sangue em Cada Poema, de 1917, transparece a multiplicidade de interesses e um olhar amplo sobre a nossa cultura, em um espectro que compreende as manifestações de vanguarda como Macunaíma e o já citado Paulicéia Desvairada até o resgate de nossas mais caras tradições artísticas e culturais, como por exemplo, Modinhas Imperiais e oTurista Aprendiz, relato de suas andanças e descobertas pelas regiões Nordeste e Norte da década de 20 até os anos 30, e trouxeram à tona um Brasil esquecido, porém rico e diverso de manifestações, como o Maracatu, a Marajuda, o Cavalo Marinho, o Pastoril, o Coco, o Bumba meu Boi e tantas outras ocorrências da fusão de folguedos, danças, músicas de origem ibérica, africana e indígena.

Sua relação com a preservação de nossa memória e patrimônio é visceral. Em 1920 fruto de sua primeira viagem a Minas em 1919, publica Arte Religiosa em Minas Gerais, sobre os monumentos e igrejas das cidades mineiras do ciclo do ouro. Participa da lendária viagem a Minas, de 1924, em companhia de Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral e do poeta e escritor francês Blaise Cendrars, que redescobrem o barroco como uma manifestação legítima de nossas mais caras raízes e matrizes, e Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, como seu mais importante intérprete.

Na década seguinte, em 1936, aceita o convite do então Ministro da Educação e Saúde, Gustavo Capanema, para redigir o anteprojeto de criação do futuro SPHAN – Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, criado em 1937 e que teve como primeiro diretor Rodrigo Melo Franco de Andrade. Ainda hoje, impressiona o anteprojeto por sua clarividência e contemporaneidade, decorridos quase 80 anos. Sua colaboração com o SPHAN, atual Iphan, se estende até a sua morte precoce em 25 de fevereiro de 1945. Desde então, a obra de Mário de Andrade e suas realizações assumem importância crescente. Sua correspondência com outros modernistas, como Carlos Drummond de Andrade, Rodrigo Melo Franco de Andrade, Fernando Sabino, Manuel Bandeira, Gustavo Capanema e muitos outros, traça a crônica e o cenário de uma época em que, após séculos de colonialismo cultural, o país forma sua imagem e identidade.

A preservação e valorização do patrimônio cultural no Brasil têm muito de seu DNA e, sem dúvida, o anteprojeto de criação do SPHAN significa sua certidão de nascimento. Ainda esse ano, em parceria com o Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo - IEB, o Iphan publicará uma nova edição revista e comentada, de O Turista Aprendiz, uma de suas obras mais importantes.

Mario foi o primeiro responsável pela condução dos trabalhos na então 4ª Região do Iphan, que compreendia os estados de São Paulo, Mato Grosso, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Adquiriu a seu tempo, com o propósito de restaurá-lo e deixá-lo como herança ao SPHAN para ser utilizado como refúgio de artistas, o Sítio Santo Antônio e sua Capela, construídos no século XVII, em São Roque (SP), pelo bandeirante Fernão Pais de Barros. O Sítio foi tombado em 1941, Mario o doou ao Iphan, em 1944, e seu desejo foi em parte realizado: atualmente, o Sítio está restaurado e aberto à visitação pública.

Em janeiro último, em uma operação conjunta entre o Iphan e a Polícia Federal, foi resgatada a imagem da Nossa Senhora do Rosário, furtada há 35 anos da Capela do Sítio Santo Antônio. Em breve ela voltará para seu lugar de origem, restaurando a configuração original do templo.

Fonte: http://portal.iphan.gov.br/noticias/detalhes/1024/mario-de-andrade

Macunaima Mario de Andrade.pdf

Participação da aluna Denize de Souza Rodrigues

Denize nos conta algumas lendas da cidade de Formosa (GO) contadas por sua avó.

Goiás é um estado brasileiro localizado na região Centro-Oeste do país. Fundado no século XVIII, tem fortes traços da arquitetura colonial portuguesa e registros importantes do período conhecido como “ciclo do ouro”. O patrimônio histórico cultural do estado é gigantesco. Somado a ele, estão as lendas de Goiás.