A Negritude e a cultura afro-brasileira no ensino de PLCE

Bem vindes ao 5o. Debate com Mate!

Hoje, 14 de junho de 2021, damos início ao primeiro DCM do ano 2021, ainda em versão virtual.

A única arma para melhorar o planeta é a Educação com ética. Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor da pele, por sua origem, ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar.”

NELSON MANDELA

Liberdade!, Liberdade! Abre as asas sobre nós

E que a voz da igualdade seja sempre a nossa voz!!

“Liberdade, Liberdade! Abre As Asas Sobre Nós”.

Samba composto por Niltinho Tristeza, Preto Jóia, Vicentinho e Jurandir para

o carnaval de 1989 da campeã Grêmio Recreativo Escola de Samba Imperatriz Leopoldinense


A Assembleia Geral da ONU proclamou o período entre 2015 e 2024 como aDécada Internacional de Afrodescendentes reconhecendo que os povos afrodescendentes representam um grupo distinto cujos direitos econômicos, sociais, culturais, civis e políticos precisam ser protegidos, bem como sua participação plena e igualitária em todos os aspectos da sociedade.


A cultura da África chegou ao Brasil trazida pela escravidão africana na época do tráfico transatlântico de escravos. Hoje, nas Américas, vivem cerca de 200 milhões de pessoas autoidentificadas como afrodescendentes. No Brasil, 56,10% da população se declaram negras, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua do IBGE. Dos 209,2 milhões de habitantes do país, 19,2 milhões se assumem como pretos, enquanto 89,7 milhões se declaram pardos


No Brasil, há, atualmente, leis que asseguram a obrigatoriedade do ensino da História e das culturas Afro-Brasileira, Africana e dos povos indígenas nas escolas (Ref. a leis: LDB: 9.394/1996, 10.639 /2003 e 11.645/2008). Esta nova legislação vem para assegurar a construção de uma pedagogia da diversidade já que ela pode ser vista como uma medida para impulsionar grandes mudanças na escola e na sociedade, fazendo com que as crianças reflitam desde cedo sobre a discriminação racial, a diversidade étnica, gerando debates, estimulando valores e comportamentos de respeito e solidariedade com outras culturas.


Por tudo isso, abrimos espaço para debater A Negritude e a cultura afro-brasileira no ensino de PLCE. Vamos refletir por que precisamos educar na diversidade? Para que falar de racismo na escola? Que conteúdo levar ao nosso alunado que quer aprender a língua e a cultura brasileiras sem centrar na narrativa brancocentrica hegemônica? É sobre isso que queremos pensar: em uma educação para formar crianças, jovens e adultos antirracistas. Ser antirracista ativamente não é uma tarefa fácil e ensinar sobre as questões raciais pode ser um desafio ainda maior.


Hoje nosso objetivo é tentar produzir conhecimento de matriz cultural afro-brasileira. Os temas (e subtemas) são muitos e todos muito relevantes, mas tivemos de escolher em função do tempo exíguo que temos. Então, aqui no site, ao final de cada sessão, você encontrará material adicional para te ajudar nessa tarefa de desconstruir um sistema de mundo que existe (nas Américas) desde o século 16 e, assim, poder trabalhar a relação da cultura afro-brasileira com diferentes disciplinas e sua aplicação em sala de aula a fim de contribuir, ao menos um pouco, a educar para a igualdade.


Esperamos que seja muito útil para a sua vida pessoal e profissional.

A Equipe do DCM5