Materiais inclusivos

ou não inclusivos?

Representação no material didático:

Família

Famílias
  • Qual o modelo de família que você usaria na sala de aula?

  • Qual o modelo de família que você não usaria na sala de aula?

  • Por que é apropriado usar este tipo de família na sala de aula?

  • Por que não é apropriado usar este tipo de família na sala de aula?

Atividades retiradas de manuais didáticos de PLE

Atividades de PCLE

Para concluir essa seção, quero apresentar uma reflexão baseada, principalmente, em um trabalho feito por três reconhecidas professoras da Universidade Federal de Juiz de Fora, no qual elas fazem uma análise de diferentes materiais didáticos segundo o impacto que poderiam ter numa aula de ensino de PLE.

Para começar, é muito importante salientar que a liberdade de escolha do material didático é um direito ganho pela comunidade docente. Contudo, essa seleção deve ser levada a sério e ser exercida com responsabilidade.

Por conseguinte, é preciso esclarecer que o material apresentado pode ser apropriado ou inapropriado dependendo do contexto e da abordagem que damos ao conteúdo dentro da sala de aula. Aqui não pretendemos dizer esse material deve ser utilizado ou não, mas sim explicar que a escolha do material traz sempre uma consequência.

Por isso, o ideal - propõem as autoras - é criarmos um estilo de trabalho contextualizado, escolhendo material não diversificado da atualidade para ensinar o uso da língua aplicado a situações reais dentro de uma cultura.

Com o material didático, usamos uma linguagem verbal e uma linguagem não verbal, isto é, por um lado, há um conteúdo facilmente visível e, por outro, aquele que vem oculto.

Como em toda escolha na vida, há que se abrir mão de uma coisa para obter outra. Essa dinâmica sempre ocorrerá ao se fazer uma escolha. Então, é importante que cada docente responsável analise a mensagem que vai transmitir na sala de aula.

Neste ponto, as autoras fazem uma interessante analogia. Elas definem como “um depósito universal semelhante à tecnologia de armazenamento na nuvem” e comparam as necessárias renovações do sistema com a demanda de reconstrução permanente para acompanhar o processo de mudanças.

Em conclusão, diante dessa “nuvem” de conceitos e padrões culturais, cabe a cada docente possuir um olhar crítico e meticuloso na escolha do material didático e simultaneamente, ter consciência de que nós, como agentes responsáveis da educação, podemos contribuir diretamente na quebra de paradigmas ou conservá-los. Por isso, melhor ficar de olho nas nossas escolhas.

Belen D'Amato

Texto de referência:

Weiss, D., Bessa, M., & Kreutzfeld, L. (2018). Gêneros como ações recorrentes: análise de materiais didáticos de PLE. Matraga - Revista do Programa de Pós-Graduação em Letras da UERJ, 25(44), 454-472. doi:https://doi.org/10.12957/matraga.2018.33976