A carne mais barata do mercado
É a carne negra
Tá ligado que não é fácil, né, mano?
Se liga aí
A carne mais barata do mercado é a carne negra
A carne mais barata do mercado é a carne negra
A carne mais barata do mercado é a carne negra
A carne mais barata do mercado é a carne negra
Só-só cego não vê
Que vai de graça pro presídio
E para debaixo do plástico
E vai de graça pro subemprego
E pros hospitais psiquíatricos
A carne mais barata do mercado é a carne negra
Dizem por aí
A carne mais barata do mercado é a carne negra
A carne mais barata do mercado é a carne negra
A carne mais barata do mercado é a carne negra
Que fez e faz história
Segurando esse país no braço, meu irmão
O cabra que não se sente revoltado
Porque o revólver já está engatilhado
E o vingador eleito
Mas muito bem intencionado
E esse país vai deixando todo mundo preto
E o cabelo esticado
Mas mesmo assim ainda guarda o direito
De algum antepassado da cor
Brigar sutilmente por respeito
Brigar bravamente por respeito
Brigar por justiça e por respeito (Pode acreditar)
De algum antepassado da cor
Brigar, brigar, brigar, brigar, brigar
Se liga aí
A carne mais barata do mercado é a carne negra
Na cara dura, só cego que não vê
A carne mais barata do mercado é a carne negra
A carne mais barata do mercado é a carne negra
Na cara dura, só cego que não vê
A carne mais barata do mercado é a carne negra
Tá, tá ligado que não é fácil, né, né mano
Negra, negra
Carne negra
É mano, pode acreditar
A carne negra
Vamo nessa (Manicongo)
Ei, pela minha raça não tem amor
Lava a boca pra falar da minha cor
Se eles quiser provar do sabor
Peça benção pra bater no tambor
Nunca age, nunca fala
Que a melanina vira bengala
Só porque fugimos da senzala
Querem dizer que nós é mó mala
Abre alas, tamo passando
Polícia no pé, tão embaçando
Orgulho preto, manas e manos
Garfo no crespo, tamo se armando
De turbante ou bombeta
Vamo jogar, ganhar de lambreta
Problema deles, não se intrometa
Olha a coisa tá ficando preta
Essa batida faz um bem, diz da onde vem
Corpo não para de mexer da até calor
É vitamina pra alma, melanina tem
E todos querem degustar desse bom sabor
Vamo, vamo, vamo
Sem corpo mole, mole, mole
Tamo no corre, corre, corre
A coisa ta preta, preta
Vamo, vamo, vamo
Sem corpo mole, mole, mole
Tamo no corre, corre, corre (Ok)
A coisa ta preta, preta (Vambora)
Ritmo tribal no baile nós ginga
Cada ancestral no tronco nós vinga
Cada preto se sente Zumbi
E cada preta se sente a Nzinga
Pinga, quica, pinga, quica
Querendo uma brecha, toma bica
Misturou, mas a essência fica
Açúcar mascavo adocica
Sangue de escravo não, pulei
Vou um pouco mais longe, sangue de rei
Na onda do stereo história, prolongo
Não rola mistério, sou Manicongo
Ei, DJ, ferve mil grau
Arame, cabaça, pedaço de pau
Que nem capoeira fechou, berimbau
A coisa tá preta, ó que legal
Essa batida faz um bem, diz da onde vem
Corpo não para de mexer da até calor
É vitamina pra alma, melanina tem
E todos querem degustar desse bom sabor
Vamo, vamo, vamo
Sem corpo mole, mole, mole
Tamo no corre, corre, corre
A coisa ta preta, preta
Vamo, vamo, vamo
Sem corpo mole, mole, mole
Tamo no corre, corre, corre
A coisa ta preta, preta
Se eu te falar que a coisa tá preta
A coisa ta boa, pode acreditar
Seu preconceito vai arrumar treta
Sai dessa garoa que é pra não molhar
Se eu te falar que a coisa tá preta
A coisa ta boa, pode acreditar
Seu preconceito vai arrumar treta
Sai dessa garoa que é pra não molhar
Essa batida faz um bem, diz da onde vem
Corpo não para de mexer da até calor
É vitamina pra alma, melanina tem
E todos querem degustar desse bom sabor
Vamo, vamo, vamo
Sem corpo mole, mole, mole
Tamo no corre, corre, corre
A coisa ta preta, preta
Vamo, vamo, vamo
Sem corpo mole, mole, mole
Tamo no corre, corre, corre
A coisa ta preta, preta
O branco inventou que o negro
Quando não suja na entrada
Vai sujar na saída, ê
Imagina só
Vai sujar na saída, ê
Imagina só
Que mentira danada, ê
Na verdade a mão escrava
Passava a vida limpando
O que o branco sujava, ê
Imagina só
O que o branco sujava, ê
Imagina só
O que o negro penava, ê
Mesmo depois de abolida a escravidão
Negra é a mão
De quem faz a limpeza
Lavando a roupa encardida, esfregando o chão
Negra é a mão
É a mão da pureza
Negra é a vida consumida ao pé do fogão
Negra é a mão
Nos preparando a mesa
Limpando as manchas do mundo com água e sabão
Negra é a mão
De imaculada nobreza
Na verdade a mão escrava
Passava a vida limpando
O que o branco sujava, ê
Imagina só
O que o branco sujava, ê
Imagina só
Eta branco sujão
Oooh, mãe
Olha como me olham, ooh, mãe
Eles me pedem foto
Hey, auh, hey, auh, olha como me olham
Do fundo da leste, eu cumpri a promessa
Fiz o jogo virar
Ooooh, maaaaae
Oooh, maaae
Eles me pedem foto
Hey, auh, hey, auh
Olha como me olham
Do fundo da leste, eu cumpri a promessa
E fiz o jogo virar
Quem imaginava que o filho do nada ia virar isso aqui
Minha mãe me disse que surge parente de todo lugar
Até os inimigo' da época crime, treta, time, seita, vê e aceita
Que o rei é quem 'tá sentado no trono
E acima do rei só sua coroa (E Deus)
Grana e buceta, nunca foi o foco
Pergunta o Fabricio, eu com fome sem um puto no bolso
Pensando em fazer merda, tipo média, com um comédia
Até o boy vacilar e eu tirar tudo dele
E se os home' chega, foi Deus que matou
Eu só apertei o gatilho
Mas pensei na minha velha, falando
Rapaz não te criei pra isso
Pensei no irmão, que não come
Pensei no fiel, que tá preso
Pensei nas novinha correndo risco
E fiz o jogo virar
Oooh, mãe
Olha como me olham, ooh, mãe
Eles me pedem foto
Hey, auh, hey, auh
Olha como me olham
Do fundo da leste, eu cumpri a promessa
E fiz o jogo virar
Ooh, mãe
Ooh, mãe
Eles me pedem foto
Hey, auh, hey, auh
Olha como me olham
Do fundo da leste eu cumpri a promessa
E fiz o jogo virar
E os cara acha que eu fiquei famoso fazendo Rap
Meus verso' ser' foda é só um detalhe
Tanto que essa aqui é sem punch line
Meu olhar é a maior frase de efeito
Minha postura é o mais belo refrão
O que eu fiz na minha área é representatividade
Vai se representaatividade
Uns mano nas costa do outro, tipo casco de tartaruga
Eu com essas rimas cobranças, me chamam de Seu Barriga
Eu preocupo meus aliados e meu som é a loção pra Ruga! Anda
Me chamou vendido é que Djonga é produto
O resto é só propaganda
Olha como me olham
Oooh, mãe
Eles me pedem foto
Hey, auh, hey, auh
Olha como me olham
Do fundo da leste eu cumpri a promessa
E fiz o jogo virar
Oooh, mãe
Ooh, mãe
Eles me pedem foto
Hey, auh, hey, auh
Olha como me olham
Do fundo da leste eu cumpri a promessa
E fiz o jogo virar
Bethoven negro, cachorro e rimo com classe, comparsa
Em relacionamento sério com a quadrada
Algema vai ser sua aliança no final
Hoje pussy e cat eu pago em dol
Sim, mãe, comi aquela garota
Essa porra subiu a minha cabeça
Só quero tira onda com ela na garupa
Minha mãe me pede que eu respire
Não pode faltar essência ao cabeça da
Banda, uma lata de coca vazia, é só propaganda
Pensei no que me ensina
E a energia que emana
Agora entendo porque chamam de patroa
É porque elas que manda
Mãe, eu fiquei famoso, rico ou mais ou menos rico
Eu tenho um carro e um celular
Os amigos fumam na Blunt e não celulose
Mesmo assim querem me colocar na cela lá
Se me vêm passando no Focus de teto solar é batida e porrada
Eu acho que é sempre assim que terminam os contos de fada
A merendeira desce, o ônibus sai
Dona Maria já se foi, só depois é que o sol nasce
De madruga é que as aranha tece no breu
E amantes ofegantes vão pro mundo de Morfeu
E o sol, só vem depois
O sol, só vem depois
É o astro rei, ok, mas vem depois
O sol, só vem depois
Anunciado no latir dos cães, no cantar dos galos
Na calma das mães, que quer o rebento 100%
E diz: Leva o documento, son
Na São Paulo das manhã que tem lá seus Vietnã
Na vela que o vento apaga, afaga quando passa
A brasa dorme fria e só quem dança é a fumaça
Orvalho é o pranto, dessas planta no sereno
A lua já tá no Japão, como esse mundo é pequeno
Farelos de um sonho bobinho que a luz contorna
Dar um tapa no quartinho, esse ano sai a reforma
O som das criança indo pra escola, convence
O feijão germina no algodão, a vida sempre vence
E as nuvens, curiosas como são
Se vestem de cabelo crespo, ancião
Caminham lento, lá pra cima, o firmamento
Pois, no fundo, ela se finge de neblina
Pra ver o amor dos dois mundos
E a merendeira desce, o ônibus sai
Dona Maria já se foi, só depois é que o sol nasce
De madruga é que as aranha tece no breu
E amantes ofegantes vão pro mundo de Morfeu
E o sol, só vem depois
O sol, só vem depois
É o astro rei, ok, mas vem depois
O sol, só vem depois
A merendeira desce, o ônibus sai
Dona Maria já se foi, só depois é que o sol nasce
De madruga é que as aranha tece no breu
E amantes ofegantes vão pro mundo de Morfeu
E o sol, só vem depois
Saiam luas, desçam rios
Virem páginas dos pensamentos
Lanço estrelas do meu canto
Sobre as camas dos apartamentos
Virem mares todos os sertões
Que choram pedras aqui
Dentro
Pra esse fogo que queima tão lento
Vento, vento, vento
Aos cantores nos televisores
Flores, flores, flores
Para o povo la em bocaiúva
Chuva, chuva, chuva, chuva,chuva
Bate tambor de crioula
Sangra o dedo no tambor
Que as crianças ainda cantam
Numa orquestra de cavacos
E os velhos ainda choram seus bordões
Que palavras sejam gestos
Gestos sejam pensamentos
Da voz que move nossos corações.
Quem não sabe onde é o Sudão
Saberá
A Nigéria, o Gabão, Ruanda
Quem não sabe onde fica o Senegal
A Tanzânia e a Namíbia
Guiné-Bissau?
Todo o povo do Japão
Saberá
De onde veio o leão de judá
Alemanha e Canadá, saberão
Toda a gente da Bahia, sabe já
De onde vem a melodia, do ijexá
O sol nasce todo dia, vem de lá
Entre o Oriente e o Ocidente
Onde fica?
Qual a origem da gente?
Onde fica?
África fica no meio do mapa do mundo
Do Atlas da vida
Áfricas ficam na África que fica lá
E aqui África ficará
Basta atravessar o mar
Pra chegar
Onde cresce o Baobá
Pra saber
Da Floresta de Oxalá
E malê
No deserto de Alah
Do ilê
Banto mulçumanamagô, Yorubá
Entre o Oriente e o Ocidente
Onde fica?
Qual a origem da gente?
Onde fica?
África fica no meio do mapa do mundo
Do Atlas da vida
Áfricas ficam na África que fica lá
E aqui África ficará
Fonte: MusixmatchCompositores: Arnaldo AntunesAin't got no home, ain't got no shoes
Ain't got no money, ain't got no class
Ain't got no skirts, ain't got no sweaters
Ain't got no perfume, ain't got no love
Ain't got no faith
Ain't got no culture
Ain't got no mother, ain't got no father
Ain't got no brother, ain't got no children
Ain't got no aunts, ain't got no uncles
Ain't got no love, ain't got no mind
Ain't got no country, ain't got no schooling
Ain't got no friends, ain't got no nothing
Ain't got no water, ain't got no air
Ain't got no smokes, ain't got no chicken
Ain't got no
Ain't got no water
Ain't got no love
Ain't got no air
Ain't got no God
Ain't got no wine
Ain't got no money
Ain't got no faith
Ain't got no God
Ain't got no love
Then what have I got
Why am I alive anyway?
Yeah, hell
What have I got
Nobody can take away
I got my hair, got my head
Got my brains, got my ears
Got my eyes, got my nose
Got my mouth
I got my
I got myself
I got my arms, got my hands
Got my fingers, got my legs
Got my feet, got my toes
Got my liver
Got my blood
I've got life
I've got lives
I've got headaches, and toothaches
And bad times too like you
I got my hair, got my head
Got my brains, got my ears
Got my eyes, got my nose
Got my mouth
I got my smile
I got my tongue, got my chin
Got my neck, got my boobs
Got my heart, got my soul
Got my back
I got my sex
I got my arms, got my hands
Got my fingers, got my legs
Got my feet, got my toes
Got my liver
Got my blood
I've got life
I've got my freedom
Ohhh
I've got life!
Não tenho casa, não tenho sapatos
Não tenho dinheiro, não tenho classe
Não tenho saias, não tenho casacos
Não tenho perfume, não tenho amor
Não tenho fé
Não tenho cultura
Não tenho mãe, não tenho pai
Não tenho irmão, não tenho filhos
Não tenho tias, não tenho tios
Não tenho amor, não tenho importância
Não tenho país, não tenho escolaridade
Não tenho amigos, não tenho nada
Não tenho água, não tenho ar
Não tenho cigarros, não tenho um franguinho
Eu não tenho
Não tenho água
Não tenho amor
Não tenho ar
Não tenho Deus
Não tenho vinho
Não tenho dinheiro
Não tenho fé
Não tenho Deus
Não tenho amor
Então o que eu tenho?
Por que mesmo eu estou viva?
Sim, inferno
O que eu tenho
Ninguém pode tirar de mim
Tenho o meu cabelo, tenho minha cabeça
Tenho meu cérebro, tenho minhas orelhas
Tenho meus olhos, tenho meu nariz
Tenho minha boca
Eu tenho
Eu tenho a mim mesma
Tenho meus braços, minhas mãos
Tenho meus dedos, tenho minhas pernas
Tenho meus pés, tenho dedos nos pés
Tenho meu fígado
Tenho meu sangue
Eu tenho uma vida
Eu tenho vidas!
Tenho dores de cabeça, e de dente
E tenho horas ruins, assim como você
Tenho o meu cabelo, tenho minha cabeça
Tenho meu cérebro, tenho minhas orelhas
Tenho meus olhos, tenho meu nariz
Tenho minha boca
Eu tenho o meu sorriso
Eu tenho a minha língua, meu queixo
Meu pescoço e meus seios
Meu coração, minha alma
E minhas costas
Tenho meu sexo
Tenho meus braços, minhas mãos
Meus dedos, minhas pernas
Tenho meus pés, tenho dedos nos pés
Tenho meu fígado
Tenho o meu sangue
Eu tenho vida
Eu tenho minha liberdade
Ohhh
Eu tenho a vida!
Alma não tem cor
Porque eu sou branco?
Alma não tem cor
Porque eu sou negro?
Branquinho
Neguinho
Branco negão
Percebam que a alma não tem cor
Ela é colorida
Ela é multicolor
Azul amarelo
Verde verdinho marrom
Presentemente eu posso me considerar um sujeito de sorte
Porque apesar de muito moço me sinto são e salvo e forte
E tenho comigo pensado, Deus é brasileiro e anda do meu lado
E assim já não posso sofrer no ano passado
Tenho sangrado demais, tenho chorado pra cachorro
Ano passado eu morri mas esse ano eu não morro
Tenho sangrado demais, tenho chorado pra cachorro
Ano passado eu morri mas esse ano eu não morro
Ano passado eu morri mas esse ano eu não morro
Ano passado eu morri mas esse ano eu não morro
Eu sonho mais alto que drones
Combustível do meu tipo? A fome
Pra arregaçar como um ciclone (entendeu?)
Pra que amanhã não seja só um ontem
Com um novo nome
O abutre ronda, ansioso pela queda (sem sorte)
Findo mágoa, mano, sou mais que essa merda (bem mais)
Corpo, mente, alma, um, tipo Ayurveda
Estilo água, eu corro no meio das pedra
Na trama, tudo os drama turvo, eu sou um dramaturgo
Conclama a se afastar da lama, enquanto inflama o mundo
Sem melodrama, busco grana, isso é hosana em curso
Capulanas, catanas, buscar nirvana é o recurso
É um mundo cão pra nóiz, perder não é opção, certo?
De onde o vento faz a curva, brota o papo reto
Num deixo quieto, num tem como deixar quieto
A meta é deixar sem chão, quem riu de nóiz sem teto
Ano passado eu morri mas esse ano eu não morro
Tenho sangrado demais, tenho chorado pra cachorro (demais)
Ano passado eu morri mas esse ano eu não morro (Belchior tinha razão)
Ano passado eu morri mas esse ano eu não morro
Figurinha premiada, brilho no escuro, desde a quebrada avulso
De gorro, alto do morro e os camarada tudo
De peça no forro e os piores impulsos
Só eu e Deus sabe o que é não ter nada, ser expulso
Ponho linhas no mundo, mas já quis pôr no pulso
Sem o torro, nossa vida não vale a de um cachorro, triste
Hoje cedo não era um hit, era um pedido de socorro
Mano, rancor é igual tumor envenena raiz
Onde a platéia só deseja ser feliz (ser feliz)
Com uma presença aérea
Onde a última tendência é depressão com aparência de férias
Vovó diz, Odiar o diabo é mó boi, difícil é viver no inferno
E vem a tona
Que o mesmo império canalha, que não te leva a sério
Interfere pra te levar a lona
Revide
Tenho sangrado demais, tenho chorado pra cachorro
Ano passado eu morri mas esse ano eu não morro
Tenho sangrado demais, tenho chorado pra cachorro
Ano passado eu morri mas esse ano eu não morro
Ano passado eu morri mas esse ano eu não morro
Permita que eu fale, não as minhas cicatrizes
Elas são coadjuvantes, não, melhor, figurantes, que nem devia 'tá aqui
Permita que eu fale, não as minhas cicatrizes
Tanta dor rouba nossa voz, sabe o que resta de nóiz?
Alvos passeando por aí
Permita que eu fale, não as minhas cicatrizes
Se isso é sobre vivência, me resumir a sobrevivência
É roubar o pouco de bom que vivi
Por fim, permita que eu fale, não as minhas cicatrizes
Achar que essas mazelas me definem, é o pior dos crimes
É dar o troféu pro nosso algoz e fazer nóiz sumir
Tenho sangrado demais, tenho chorado pra cachorro
Ano passado eu morri mas esse ano eu não morro
Tenho sangrado demais, tenho chorado pra cachorro
Ano passado eu morri mas esse ano eu não morro
Tenho sangrado demais, tenho chorado pra cachorro
Ano passado eu morri mas esse ano eu não morro
Tenho sangrado demais, tenho chorado pra cachorro
Ano passado eu morri mas esse ano eu não morro
Aí, maloqueiro, aí, maloqueira
Levanta essa cabeça
Enxuga essas lágrimas, certo? (Você memo)
Respira fundo e volta pro ringue (vai)
'Cê vai sair dessa prisão
'Cê vai atrás desse diploma
Com a fúria da beleza do Sol, entendeu?
Faz isso por nóis, faz essa por nóis (vai)
Te vejo no pódio
Ano passado eu morri mas esse ano eu não morro
Deixa eu me apresentar
Que eu acabei de chegar
Depois que me escutar
Você vai lembrar meu nome
É que eu sou dum lugar
Onde o céu molha o chão
Céu e chão gruda no pé
Amarelo, azul e branco
Deixa eu me apresentar
Que eu acabei de chegar
Depois que me escutar
Você vai lembrar meu nome
É que eu sou dum lugar
Onde o céu molha o chão
Céu e chão gruda no pé
Amarelo, azul e branco
Eu não sei (não sei), não sei (não sei)
Não sei diferenciar você de mim
Não sei (não sei), não sei (não sei)
Não sei diferenciar
Ao meu passado
Eu devo o meu saber e a minha ignorância
As minhas necessidades, as minhas relações
A minha cultura e o meu corpo
Que espaço o meu passado deixa para a minha liberdade hoje?
Não sou escrava dele
Eu vim pra te mostrar
A força que eu tenho guardado
O peito 'tá escancarado
E não tem medo, não, não tem medo
Eu canto pra viver
Eu vivo o que tenho cantado
A minha voz é meu império
A minha proteção
Eu vim pra te mostrar
A força que eu tenho guardado
O peito 'tá escancarado
E não tem medo, não, não tem medo
Eu canto pra viver
Eu vivo o que tenho cantado
A minha voz é meu império
A minha proteção
Meu caminho é novo, mas meu povo não
Meu coração de fogo vem do coração do meu país
Meu caminho é novo, mas meu povo não
O norte é a minha seta, o meu eixo, a minha raiz
E quando eu canto cor
E quando eu grito cor
E quando eu espalho cor
Eu conto a minha história
Não sei (não sei), não sei (não sei)
Não sei diferenciar você de mim
Não sei (não sei), não sei (não sei)
Não sei diferenciar
Eu sou a Barbie Black
A boneca mais bonita daqui
Eu sou a Barbie Black eu sou a Barbie Black
Eu ando de skate, curto um trap
E adoro um drink
Eu sou a Barbie Black eu sou a Barbie Black
Eu sou a Barbie Black e nenhuma se compara a mim
Eu sou a Barbie Black eu sou a Barbie Black
Sou poderosa, sou uma diva
Barbie preta, Barbie linda, sou sim
Eu sou a Barbie Black eu sou a Barbie Black
Barbies do meu setor são todas iguaizinhas
Loiras, magras, ruivas, todas padrãozinhas
Também sou Barbie, e sei bem o que 'tô dizendo
Falta mais diversidade, falta se olhar no espelho
Por que eles fabricam todas iguais?
Se cada um é de um jeito, é assim que a gente faz
De todos os corpos e de todas as idades
Não vamos seguir padrões, vamos brindar a igualdade
Eu sou a Barbie Black
A boneca mais bonita daqui
Eu sou a Barbie Black eu sou a Barbie Black
Eu ando de skate, curto um trap
E adoro um drink
Eu sou a Barbie Black eu sou a Barbie Black
Eu sou a Barbie Black e nenhuma se compara a mim
Eu sou a Barbie Black eu sou a Barbie Black
Sou poderosa, sou uma diva
Barbie preta, barbie linda, sou sim
Eu sou a Barbie Black eu sou a Barbie Black
Quem fala que boneca é só pra menina
Não, 'cê 'tá errado, sou pra todas criancinhas
A separação de gênero é uma coisa antiga
Eu fui fabricada para alegrar sua vida
Independente da sua idade, da sua classe, da sua cor
Do seu gênero, sua opinião, o que vale é o amor
Chega de preconceito, ser feliz é um direito
Minhas amiga tão no peito, minha rima é um direito
Eu sou a barbie gueto, me trate com respeito
Senão as barbie da quebrada vão te dar um jeito
Meu tipo de barbie escuta funk e dancehall
Ela não é fresquinha, ela é uma bad gal
Eu sou
Eu sou a Barbie Black Eu sou a Barbie Black
Eu sou a Barbie Black eu sou a Barbie Black
Fechou?
A beleza zabelê
é uma forma de saber
de acreditar e ser
a beleza beleza beleza mano
em cada dia do ano
em toda hora vivida
pois quem entra pelo cano
há de encontrar a saída
saúde sossego gozo
quase sempre alegria
triste quando triste for
prá alcançar sabedoria
aprender com o engano
a reconhecer o exato
do demasiado humano
comer e lamber o prato
preto branco amarelo
é tudo mano parente
para embelezar o belo
zabelê siga em frente
doa a quem doer
nós somos do guarnicê
doa a quem doer
viva o amor e o prazer
Não me amarra dinheiro não!
Mas formosura
Dinheiro não!
A pele escura
Dinheiro não!
A carne dura
Dinheiro não!...
Moça preta do Curuzu
Beleza Pura!
Federação
Beleza Pura!
Boca do rio
Beleza Pura!
Dinheiro não!...
Quando essa preta
Começa a tratar do cabelo
É de se olhar
Toda trama da trança
Transa do cabelo
Conchas do mar
Ela manda buscar
Prá botar no cabelo
Toda minúcia, toda delícia...
Não me amarra dinheiro não!
Mas elegância...
Não me amarra dinheiro não!
Mas a cultura
Dinheiro não!
A pele escura
Dinheiro não!
A carne dura
Dinheiro não!...
Moço lindo do Badauê
Beleza Pura!
Do Ilê-Aiê
Beleza Pura!
Dinheiro hié!
Beleza Pura!
Dinheiro não!...
Dentro daquele turbante
Do filho de Gandhi
É o que há
Tudo é chique demais
Tudo é muito elegante
Manda botar!
Fina palha da costa
E que tudo se trance
Todos os búzios
Todos os ócios...
Não me amarra dinheiro não!
Mas os mistérios...
Não me amarra dinheiro não!
Beleza Pura!
Dinheiro não!
Beleza Pura!
Dinheiro não!
Beleza Pura!
Dinheiro não!
Beleza Pura!
Dinheiro não!
Beleza Pura!
Dinheiro não!
Beleza Pura!
Dinheiro não!
Beleza Pura!
Dinheiro não!
Beleza Pura!
Fonte: MusixmatchCompositores: Caetano VelosoLetra de Beleza Pura © Warner/chappell Edicoes Musicais Ltda, Uns Producoes Artisticas LtdaMinha beleza, deusa grega, Afrodite
Não, é deusa negra e que o padrão Afro dite
Como já diz o ditado
Tem que carregar o pente já ando com o cabelo armado
A deusa da beleza é Vênus, só se for Williams
Ou Serena, eu sou preta não morena
Olha a minha pele, não sou Gisele, sou Naomi
Michele Obama, nos deram fome, fizemos fama
Pus música nos fone, a esperança nos falante
Eu vim da lama, sou diamante, Luiz Gama
Raiz africana da Guiné, de Nigea, me chamavam de nigga
Hoje sou a negra líder, negra livre
Com todos problemas que uma negra vive, eu também já tive
Mas não negativize, não sou negativista, sou negra ativista
Então avise, que se o papo tem que ser pesado, não alise
Se é pra chegar então no sapato take easy
Analise, esse é o nosso troco
Negra Li, vem pra botar as pretas no topo
Essa é a magia negra
Então acredite, seja
Vai escurecendo as coisas só pra te explicar
Isso é magia negra
Então acredite, veja
Trono sempre foi nosso, aqui é o meu lugar
Essa é a magia negra
Então acredite, seja
Tô escurecendo as coisas só pra te explicar
Isso é magia negra
Então acredite, veja
Trono sempre foi nosso, aqui é o meu lugar
Minha beleza, deusa afro, Nefertiti
Veja, me chame de princesa e não de bitch
Não tô vedendo feat, sai da minha reta
Mulher preta já nasce com a coluna ereta
Eu sou um cheque em branco quando tô com o microfone
Não é um assalto a banco, eu vim buscar meu black money
Tipo Rosa Parks em Montgomery
Tô no primeiro banco, esse lugar é meu não me levanto, sorry
Olha como é que eu tô, fazendo o meu rap
Vou usando o intelecto, mano, eu te infecto
Tô com tanta joia apitou o detector
Se não me vejo, não compro
Black money é o futuro
Tipo um preto pelo outro (Ubuntu)
Essa é a magia negra
Então acredite, seja
Tô escurecendo as coisas só pra te explicar
Isso é magia negra
Então acredite, veja
Trono sempre foi nosso, aqui é o meu lugar
Essa é a magia negra
Então acredite, seja
Tô escurecendo as coisas só pra te explicar
Isso é magia negra
Então acredite, veja
Trono sempre foi nosso, aqui é o meu lugar
Essa é a magia negra
Então acredite, seja
Tô escurecendo as coisas só pra te explicar
Isso é magia negra
Então acredite, veja
Trono sempre foi nosso, aqui é o meu lugar
Essa é a magia negra
Então acredite, seja
Tô escurecendo as coisas só pra te explicar
Isso é magia negra
Então acredite, veja
Trono sempre foi nosso, aqui é o meu lugar
Atenção, as pessoas não precisam ser
Iguais às outras
Aceite ou não
Mas você é única no mundo assim
Uns são mais coordenados
Determinados, obcecados
E outros atrás vão levando a vida
E quem ousa dizer que é pior?
Há quem construa os aviões
Escreva as revistas
Outros dedilham violões
Eu digo: Hey!
Você que sabe tudo
Me diga como perguntar
Se eu não sei
Você que pensa em tudo
Me mostre o quanto pode amar
Atenção, as pessoas não precisam ser
Iguais às outras
Aceite ou não
Mas você é única no mundo assim
Uns são mais coordenados
Determinados, obcecados
E outros atrás vão levando a vida
E quem ousa dizer que é pior?
Há quem construa os aviões
Escreva as revistas
Outros dedilham violões
Eu digo: Hey!
Você que sabe tudo
Me diga como perguntar
Se eu não sei
Você que pensa em tudo
Me mostre o quanto pode amar
Hey!
Você que sabe tudo
Me diga como perguntar
Se eu não sei
Você que pensa em tudo
Me mostre o quanto pode amar
Atenção, as pessoas não precisam ser
Iguais às outras
Hey!
Você que sabe tudo
Me diga como perguntar
Se eu não sei
Você que pensa em tudo
Me mostre o quanto pode amar
Atenção, as pessoas não precisam ser
Iguais às outras
Aceite ou não
Aceite ou não
Aceite ou não
Aceite ou não
O nego não para no tempo, não
Suas origens vem de Angola há um bom tempo
Sabotezil, Brasil, bem Brasil no Rio
Do verdin, cabeça de nego
Desfecho conforme vive o vento se mostra
Respeito pro povo, um ofenso universo
Protetor do Orum
Que olhou, colheu o ouro
Ouro no Olorum modupé
Nego não para no tempo
Teve um tormento, a dor que é forte, se sentiu lá dentro
Maracutaia lá no norte, o mano vai viver
Maracutaia segue a seco, um dia irá chover
Sabe por quê?
Nego não paga veneno, pode acreditar
Se você já sabe há um bom tempo
O nego para um bom tempo
Seja África, Brasil, brasileiro
Maracutaia em toda parte, vejo no governo
Tem ACM, Lalau pra deixar tormento
Tem muito tempo, o pobre pagando veneno
Mesa branca, aruanda, que canta com fama
Desmanda a mensagem, Canão, êee
Nego não para no tempo
Teve um tormento, a dor que é forte, se sentiu lá dentro
Maracutaia lá no norte, o mano vai viver
Maracutaia segue a seco, um dia irá chover
Sabe por quê?
Faço o que faço há um bom tempo, chegado
Um carro parado, meu preto do lado
Empapuçado de mato
Rica chegado, chega
'Presta um cigarro, se pá, não falo besteira
Brasil, tô na palma, pandeiro e não pára
De Curitiba à Candelária, um bom tempo na praia
Porque a nega não para, não para, não para há um bom tempo
A nega não para, África vejo o momento
Tipo: Anastácia, Tereza, relembra Mãe Menininha
O Gantois, pode crer, que sempre vai ter vida
Maracanã lotado, o desastrado, por isso já é sabado
Tudo o que eu faço é torcer
Mas vai ver, a trajetória do Timão vencer
Periferia sofre em vida, mas tira um lazer
Quem é o defensor do Orum vai saber dizer
Quem é o protetor da guerra vai sabe viver, hey
Nego não para no tempo
Teve um tormento, a dor que é forte, se sentiu lá dentro
Maracutaia lá no norte, o mano vai viver
Maracutaia segue a seco, um dia irá chover
Sabe por quê?
Karol, eu vejo sim
Quero dizer que vim
Do Boqueirão surgi
Que reivindiquei, estou aqui
Um novo tempo vai poder dizer que
É, sobre o passado de um tempo presente
Moleque de black, descalço, vou chapando o coco
Correndo no morro
Aeroporto vivo, vivo
Água, Espraiada é assim, é
O tempo todo Deus está por mim
Porque eu faço o que faço, não mando recado
Faço o que faço, não mando recado
(Diz) faço o que faço, não mando recado
Faço o que faço, não mando recado (diz)
Nego não para no tempo
Teve um tormento, a dor que é forte, se sentiu lá dentro
Maracutaia lá no norte, o mano vai viver
Maracutaia segue a seco, um dia irá chover
Sabe por quê?
Iê, Iê, ê, ê
Um bebêzinho
Eu vi
Um bebêzinho
Há muito tempo que eu saí de casa
Há muito tempo que eu caí na estrada
Há muito tempo que eu estou na vida
Foi assim que eu quis, e assim eu sou feliz
Principalmente por poder voltar
A todos os lugares onde já cheguei
Pois lá deixei um prato de comida
Um abraço amigo, um canto pra dormir e sonhar
E aprendi que se depende sempre
De tanta, muita, diferente gente
Toda pessoa sempre é as marcas
Das lições diárias de outras tantas pessoas
E é tão bonito quando a gente entende
Que a gente é tanta gente onde quer que a gente vá
É tão bonito quando a gente sente
Que nunca está sozinho por mais que pense estar
É tão bonito quando a gente pisa firme
Nessas linhas que estão nas palmas de nossas mãos
É tão bonito quando a gente vai à vida
Nos caminhos onde bate, bem mais forte o coração
E é tão bonito quando a gente pisa firme
Nessas linhas que estão nas palmas de nossas mãos
É tão bonito quando a gente vai à vida
Nos caminhos onde bate, bem mais forte o coração
O coração
O coração
E aprendi que se depende sempre
De tanta, muita, diferente gente
Toda pessoa sempre é as marcas
Das lições diárias de outras tantas pessoas
E é tão bonito quando a gente entende
Que a gente é tanta gente onde quer que a gente vá
E é tão bonito quando a gente sente
Que nunca está sozinho por mais que pense estar
É tão bonito quando a gente pisa firme
Nessas linhas que estão nas palmas de nossas mãos
É tão bonito quando a gente vai à vida
Nos caminhos onde bate, bem mais forte o coração
É tão bonito quando a gente pisa firme
Nessas linhas que estão nas palmas de nossas mãos
E é tão bonito quando a gente vai à vida
Nos caminhos onde bate, bem mais forte o coração
O coração
O coração
Fonte: MusixmatchCompositores: Gonzaguinha ALetra de Caminhos do Coração © Edicoes Musicais Moleque LtdaTava durumindo, Cangoma me chamou
Tava durumindo, Cangoma me chamou
Disse levanta povo, cativeiro já acabou
Disse levanta povo, cativeiro já acabou
I-a-la -la -i- la
Disse levanta povo, cativeiro já acabou
Disse levanta povo, cativeiro já acabou
Eu tava durumindo, Cangoma me chamou
Tava durumindo, Cangoma me chamou
Disse levanta povo, cativeiro já acabou
Disse levanta povo, cativeiro já acabou
Fonte: MusixmatchCompositores: TraditionalNinguém ouviu
Um soluçar de dor
No canto do Brasil
Um lamento triste
Sempre ecoou
Desde que o índio guerreiro
Foi pro cativeiro
E de lá cantou
Negro entoou
Um canto de revolta pelos ares
No Quilombo dos Palmares
Onde se refugiou
Fora a luta dos Inconfidentes
Pela quebra das correntes
Nada adiantou
E de guerra em paz
De paz em guerra
Todo o povo dessa terra
Quando pode cantar
Canta de dor
Ô, ô, ô, ô, ô, ô
Ô, ô, ô, ô, ô, ô
Ô, ô, ô, ô, ô, ô
Ô, ô, ô, ô, ô, ô
E ecoa noite e dia
É ensurdecedor
Ai, mas que agonia
O canto do trabalhador
Esse canto que devia
Ser um canto de alegria
Soa apenas
Como um soluçar de dor
Fonte: LyricFindCompositores: Mauro Duarte / Paulo PinheiroVivia no litoral africano
Uma régia tribo ordeira cujo rei era símbolo
De uma terra laboriosa e hospitaleira
Um dia, essa tranqüilidade sucumbiu
Quando os portugueses invadiram
Capturando homens
Para fazê-los escravos no Brasil
Na viagem agonizante
Houve gritos alucinantes
Lamentos de dor
Ô, ô, ô adeus, Baobá, ô, ô, ô
Ô, ô, ô adeus, meu Bengo, eu já vou
Ao longe, Minas jamais ouvia
Quando o rei mais confiante
Jurou à sua gente que um dia os libertaria
Chegando ao Rio de Janeiro
No mercado de escravos
Um rico fidalgo os comprou
E para Vila Rica os levou
A idéia do rei foi genial
Esconder o pó de ouro entre os cabelos
Assim fez seu pessoal
Todas as noites quando das minas regressavam
Iam à igreja e suas cabeças banhavam
Era o ouro depositado na pia
E guardado em outro lugar com garantia
Até completar a importância
Para comprar suas alforrias
Foram libertos cada um por sua vez
E assim foi que o rei
Sob o sol da liberdade trabalhou
E um pouco de terra ele comprou
Descobrindo ouro enriqueceu
Escolheu o nome de Francisco
E ao catolicismo se converteu
No ponto mais alto da cidade, Chico Rei
Com seu espírito de luz
Mandou construir uma igreja
E a denominou
Santa Efigênia do Alto da Cruz
Fonte: MusixmatchCompositores: Geraldo Soares De Carvalho / Jarbas Soares De Carvalho / Djalma CostaLetra de Chico Rei © Warner/chappell Edicoes Musicais LtdaExiste muita coisa que não te disseram na escola
Cota não é esmola
Experimenta nascer preto na favela pra você ver
O que rola com preto e pobre não aparece na TV
Opressão, humilhação, preconceito
A gente sabe como termina, quando começa desse jeito
Desde pequena fazendo o corre pra ajudar os pais
Cuida de criança, limpa casa, outras coisas mais
Deu meio dia, toma banho vai pra escola a pé
Não tem dinheiro pro busão
Sua mãe usou mais cedo pra poder comprar o pão
E já que tá cansada quer carona no busão
Mas como é preta, pobre, o motorista grita: Não!
E essa é só a primeira porta que se fecha
Não tem busão, já tá cansada, mas se apressa
Chega na escola, outro portão se fecha
Você demorou! Não vai entrar na aula de história
Espera, senta aí, já já dá uma hora
Espera mais um pouco e entra na segunda aula
E vê se não atrasa de novo, a diretora fala
Chega na sala, agora o sono vai batendo
E ela não vai dormir, devagarinho vai aprendendo que
Se a passagem é 3, 80 e você tem 3 na mão
Ela interrompe a professora e diz, 'então não vai ter pão'
E os amigos que riem dela todo dia
Riem mais e a humilham mais
O que você faria?
Ela cansou da humilhação e não quer mais escola
E no natal ela chorou, porque não ganhou uma bola
O tempo foi passando e ela foi crescendo
Agora la na rua ela é a preta do sovaco fedorento
Que alisa o cabelo pra se sentir aceita
Mas não adianta nada, todo mundo a rejeita
Agora ela cresceu, quer muito estudar
Termina a escola, a apostila, ainda tem vestibular
E a boca seca, seca, nem um cuspe
Vai pagar a faculdade, porque preto e pobre não vai pra USP
Foi o que disse a professora que ensinava lá na escola
Que todos são iguais e que cota é esmola
Cansada de esmolas e sem o dim da faculdade
Ela ainda acorda cedo e limpa três apê no centro da cidade
Experimenta nascer preto, pobre na comunidade
Cê vai ver como são diferentes as oportunidades
E nem venha me dizer que isso é vitimismo
Não bota a culpa em mim pra encobrir o seu racismo!
E nem venha me dizer que isso é vitimismo
Que isso é vitimi, que isso é vitimi, que isso é vitimismo
E nem venha me dizer que isso é vitimismo
Não bote a culpa em mim pra encobrir o seu racismo!
E nem venha me dizer que isso é vitimismo
Que isso é vitimi, que isso é vitimi, que isso é vitimismo
São nações escravizadas
E culturas assassinadas
É a voz que ecoa do tambor
Chega junto, venha cá
Você também pode lutar, ei!
E aprender a respeitar
Porque o povo preto veio para revolucionar
Não deixe calar a nossa voz, não!
Não deixe calar a nossa voz, não!
Não deixe calar a nossa voz, não!
Revolução
Não deixe calar a nossa voz, não!
Não deixe calar a nossa voz, não!
Não deixe calar a nossa voz, não!
Revolução
Nascem milhares dos nossos cada vez que um nosso cai
Nascem milhares dos nossos cada vez que um nosso cai, é
Nascem milhares dos nossos cada vez que um nosso cai
Nascem milhares dos nossos cada vez que um nosso cai
E é peito aberto, espadachim do gueto, nigga samurai!
É peito aberto, espadachim do gueto, nigga
É peito aberto, espadachim do gueto, nigga
É peito aberto, espadachim do gueto, nigga
Peito aberto, espadachim do gueto, nigga samurai!
É peito aberto, espadachim do gueto, nigga
Aberto, espadachim do gueto, nigga
É peito aberto, espadachim do gueto, nigga
É peito aberto, espadachim do gueto, nigga samurai!
Vamo pro canto onde o relógio para
E no silêncio o coração dispara
Vamo reinar igual Zumbi, Dandara
Odara, Odara
Vamo pro canto onde o relógio para
No silêncio o coração dispara
Odara, Odara, ei!
Experimenta nascer preto, pobre na comunidade
Você vai ver como são diferentes as oportunidades
E nem venha me dizer que isso é vitimismo
Não bota a culpa em mim pra encobrir o seu racismo
Existe muita coisa que não te disseram na escola
Cota não é esmola!
Cota não é esmola!
Cota não é esmola!
Eu disse: Cota não é esmola!
Cota não é esmola!
Cota não é esmola!
Cota não é esmola!
São nações escravizadas
E culturas assassinadas
É a voz que ecoa do tambor
Chega junto, venha cá
Você também pode lutar, é
E aprender a respeitar
Porque o povo preto veio revolucionar
Cota não é esmola!
Eu tentei compreender a costura da vida
Me enrolei pois a linha era muito comprida
E como é que eu vou fazer para desenrolar, para desenrolar
Eu tentei compreender a costura da vida
Me enrolei pois a linha era muito comprida
E como é que eu vou fazer para desenrolar, para desenrolar
Eu tentei compreender a costura da vida
Me enrolei pois a linha era muito comprida
E como é que eu vou fazer para desenrolar, para desenrolar
Se na linha do céu sou estrela
Na linha da terra sou rei
Mas nas linhas das águas sou triste
Pelo fogo que um dia apaguei
Na linha do céu sou estrela
Na linha da terra sou rei
Mas na linha do fogo sou triste
Pelos mares que eu não naveguei
Como é que eu vou fazer para desenrolar, para desenrolar
Eu tentei compreender a costura da vida
Me enrolei pois a linha era muito comprida
E como é que eu vou fazer para desenrolar, para desenrolar
Se na linha do céu sou estrela
Na linha da terra sou rei
Mas nas linhas das águas sou triste
Pelo fogo que um dia apaguei
Na linha do céu sou estrela
Na linha da terra sou rei
Mas na linha do fogo sou triste
Pelos mares que eu não naveguei
Como é que eu vou fazer para desenrolar, para desenrolar
Haha, agora você vê
Vai querer se meter com o nosso cabelo
Se mete não, meu irmão!
Ela é negra do cabelo loiro
Ela é branca do cabelo black
Se ela é índia ela pode usar dread
Que o cabelo é dela e ninguém se mete
Ela é negra do cabelo loiro
Ela é branca do cabelo black
Se ela é índia ela pode usar dread
Que o cabelo é dela e ninguém se mete
Isso aqui não é só um cabelo
É expressão real de quem sou
Identidade de dentro pra fora
'Tô nem aí se você não gostou
Deixa meu cabelo voar
Deixa ninguém vai me prender
E, se um dia eu quiser cortar, raspar
Eu não dependo de você
Deixa meu cabelo voar
Deixa ninguém vai me prender
E, se um dia eu quiser cortar, raspar
Eu não dependo de você
Ela é negra do cabelo loiro
Ela é branca do cabelo black
Se ela é índia ela pode usar dread
Que o cabelo é dela e ninguém se mete
Ela é negra do cabelo loiro
Ela é branca do cabelo black
Se ela é índia ela pode usar dread
Que o cabelo é dela e ninguém se mete
Isso aqui não é só meu cabelo
É expressão real de quem sou
Identidade de dentro pra fora
'Tô nem aí se você não gostou
Deixa meu cabelo voar
Deixa ninguém vai me prender
E, se um dia eu quiser cortar, raspar
Eu não dependo de você
Deixa meu cabelo voar
Deixa ninguém vai me prender
E, se um dia eu quiser cortar, raspar
Eu não dependo de você
A margem do seu preconceito
Sinceramente, o meu cabelo não lhe diz respeito
É meu por natureza, é uma beleza e eu me sinto bem
Com licença eu não pretendo parecer ninguém
Se eu faço ou deixo de fazer, não precisa entender
Me diz se alguma vez eu pedi sua opinião
Faço o que eu quiser fazer
Beijar, amar você
Solta o cabelo, vem comigo
Canta esse refrão
Bate na palma da mão
Bate na palma da mão
Ela é negra do cabelo loiro
Ela é branca do cabelo black
Se ela é índia ela pode usar dread
Que o cabelo é dela e ninguém se mete
Ela é negra do cabelo loiro
Ela é branca do cabelo black
Se ela é índia ela pode usar dread
Que o cabelo é dela e ninguém se mete
Ela é negra do cabelo loiro
Ela é branca do cabelo black
Se ela é índia ela pode usar dread
Que o cabelo é dela e ninguém se mete
Ela é negra do cabelo loiro
Ela é branca do cabelo black
Se ela é índia ela pode usar dread
Que o cabelo é dela e ninguém se mete
Faça o que quiser fazer
Deixa quem quiser falar, Delacruz
Bom Gosto e Delacruz
Pega! Te mete!
Fonte: LyricFindCompositor: DelacruzDe todo o amor que eu tenho
Metade foi tu que me deu
Salvando minh'alma da vida
Sorrindo e fazendo o meu eu
Se queres partir, ir embora
Me olha da onde estiver
Que eu vou te mostrar que eu 'to pronta
Me colha madura do pé
Salve, salve essa nega
Que axé ela tem
Te carrego no colo e te dou minha mão
Minha vida depende só do teu encanto
Cila pode ir tranquila
Teu rebanho 'tá pronto
Teu olho que brilha e não para
Tuas mãos de fazer tudo e até
A vida que chamo de minha
Neguinha, te encontro na fé
Me mostre um caminho agora
Um jeito de estar sem você
O apego não quer ir embora
Diaxo, ele tem que querer
Ó meu pai do céu
Limpe tudo aí
Vai chegar a rainha
Precisando dormir
Quando ela chegar
Tu me faça um favor
Dê um banto a ela, que ela me benze aonde eu for
O fardo pesado que levas
Deságua na força que tens
Teu lar é no reino divino
Limpinho cheirando alecrim
Fonte: LyricFindCompositores: Mayra CorreaNesta cidade todo mundo é d'Oxum
Homem, menino, menina, mulher
Toda essa gente irradia magia
Presente na água doce
Presente n'água salgada
E toda a cidade brilha
Presente na água doce
Presente n'água salgada
E toda a cidade brilha
Seja tenente ou filho de pescador, eh
Ou importante desembargador
Se der presente é tudo uma coisa só
A força que mora n'água
Não faz distinção de cor
E toda a cidade é d'Oxum
A força que mora n'água
Não faz distinção de cor
E toda a cidade é d'Oxum
É d'Oxum
É d'Oxum
É d'Oxum
Eu vou navegar
Eu vou navegar nas ondas do mar
Eu vou navegar
Eu vou navegar, eu vou
(Eu vou navegar nas ondas do mar)
(Eu vou navegar)
É d'Oxum
É d'Oxum
Nesta cidade todo mundo é d'Oxum
Homem, menino, menina, mulher
Toda essa gente irradia magia
Presente na água doce
Presente n'água salgada
E toda a cidade brilha
Presente na água doce
Presente n'água salgada
E toda a cidade brilha
Seja tenente ou filho de pescador, eh
Ou importante desembargador
Se der presente é tudo uma coisa só
A força que mora n'água
Não faz distinção de cor
E toda a cidade é d'Oxum
A força que mora n'água
Não faz distinção de cor
E toda a cidade é d'Oxum
É d'Oxum
É d'Oxum
É d'Oxum
Eu vou navegar
Eu vou navegar nas ondas do mar
Eu vou navegar
Eu vou navegar
(Eu vou navegar nas ondas do mar)
(Eu vou navegar)
Eu vou navegar, eu vou
(Eu vou navegar nas ondas do mar)
(Eu vou navegar)
Fonte: MusixmatchCompositor: GerônimoEu vim do planeta fome
Vivo, sonho, elza
Trago esperança nos olhos
Vivo, canto, elza
Sou verdade, sou alma!
Meu canto é luz que aflora
Meus passos marcam a história
Passado foi cheio de espinhos mas meu nome é agora
Minha voz encanta e alerta
Alfinetes e sonhos
Cantei amor que nem caetano
E acreditei no sonhos
Dirigindo a minha vida
E não permito freios
Mulher negra, vivida
Sempre vencendo os medos
Vim do fronte da guerra
Sempre pronta pra guerra
Levo amor na minha voz
E a coragem próspera
A carne mais barata
Sempre venceu as treta
Santo Deus me fez forte!
Resisti! Mulher preta!
O amor me ensinou muito
A dor foi minha escola
Chorei nas avenidas
Reinventei minha história
Recomecei do zero
Sempre que foi preciso
Passado foi cheio de espinho
Mas meu nome é agora!
Hey hey
Meu nome é agora
Hey hey
Viva elza!
Uuh, divina ela passar
Uuh, divina elza vai cantar
Uuh, com sua luz sempre a brilhar
Uuh, majestade força a inspirar
Espírito livre pra cantar
Menina faceira
Voz forte para nos mostrar
A rainha é brasileira
Let go let go’utras elsas
A nossa é linda, é a verdadeira
Se somos fogo ardendo pra lutar
Reverencio a referência
Quem ouve dizer
Não consegue entender
Como sobrevivi
(Elza, elza)
Sou o que tinha que ser
E batalhei pra ter a chance de existir
Cês no berço de ouro, enquanto eu carregava as lata
Descobri meu tesouro, e aprendi a juntar as prata
Sou a força do mundo mas cês me queria fraca
Queria fraca, eu não sou fraca!
Influenciando gerações, trazendo indagações
Escancarando os portões, quebrando de novo os grilhões
Quebrando de novo os grilhões
Não botaram fé, que uma mulher
Preta como a noite é a revolução
E agora que é, aplaudam de pé
Preu acreditar que foi evolução
Diga como é vencer sem escoriação?
E outras vir a ser sem tanta humilhação
E hoje ver crescer tantas que já são, já são, já são, hã
Pra uns é dom, pra muitas é uma missão, hey!
Eu já pastei, eu me virei
Só pra chegar, onde eu cheguei
Por isso agora, estou na hora
De dar um clique em quem pisar no que eu plantei
Canais na madrugada sem censura
Mais preocupada com meu filho e sua temperatura
Acham que eu tô na esbórnia na loucura
Passei a noite em claro em busca de uma cura
Texto fora do contexto, será que a vida me testa
Há quem fale q eu não presto, não conhece e me detesta
Tô sem tempo precisando de uma festa, preguiça pra debate
Visando meu futuro, zen, tomando meu chá matte
Os bad vibe não me abate, os good vibe tão comigo, a gente atrai né
Quem trai cai né, então sai, dou bye-bye
O que vem de baixo não me atinge disse elza, não nos lesa
Entregamos a Deus os que fingem na nossa reza
Bato no peito bem forte
Eu vim pra falar de amor
A torcida falou mal de mim
Eu venci o rancor
Fiz meu corre, vim da fome
Ainda tô que tô
Os melhor se reconheceram em mim
Louis armstrong viu meu flow, tudo bem, se impressionou com meu dom
Por amor eu fiquei do lado do jogador
Da paixão, fui refém
Minha voz me consagrou
Do começo ao fim do mundo mulher preta e sem senhor
Dificuldades eu supero, se eu abro meu peito e berro
Sou o jazz e o samba num só som
Sou mais que verde amarelo, meu corpo é amor sincero
Sou o jazz,o samba, o som
Dificuldades supero, abro meu peito e berro o jazz e o samba num só som
Mais que verde amarelo, corpo amor sincero
O jazz, o samba, o som
Com dor no ventre eu venci a corrida
Se eu sou pra sempre é pela minha história
Piso com força em terra de bacana
Minha voz é faca e crava minha glória, glória
Quantos por mim passaram, pisaram, pisaram e tiraram?!
Minha voz se foi e eu fui nada em troca do seu status
Mas quem ficou, quem gritou, quem ditou quem amou, quem?
Quem da lama levantou cada vez que foi preciso
Sou uma em um milhão, mas sou todas dentro de mim, sou
Amei, amei, amei porque amo o que eu vejo no espelho
Vim das margens, sou estopim
E vou cantar até o fim
Quantos por mim passaram, pisaram, pisaram e tiraram?!
Minha voz se foi e eu fui nada em troca do seu status
Mas quem ficou, quem gritou, quem ditou quem amou, quem?
Quem da lama levantou cada vez que foi preciso
Sou uma em um milhão, mas sou todas dentro de mim, sou
Amei, amei, amei porque amo o que eu vejo no espelho
Vim das margens, sou estopim
E vou cantar até o fim
Voa menino, voa
pra sua estrela natal
Voa menino, voa
por cima do temporal
Sei da saudade que sente do tempo, do coração
Vejo o lamento que mora na sua canção
Eu também tive um sonho que passou
Também sou feiticeiro e cantador
Eu também ouço histórias na voz do tambor
Voa menino, voa
pra sua estrela natal
Voa menino, voa
por cima do temporal
Sei dos seus sonhos perdidos nos olhos da mãe do luar
Conheço o amor infinito que deixou por lá
Eu também tive um rio que secou
Também sou guerreiro e sonhador
Eu também sei cantar pra não gritar de dor
Voa menino, voa
pra sua estrela natal
Voa menino, voa
por cima do temporal
Eu também tive um sonho que passou
Também sou feiticeiro e cantador
Eu também ouço histórias na voz do tambor
Eu também tive um rio que secou
Também sou guerreiro e sonhador
Eu também sei cantar pra não gritar de dor
Rê lê lê lê
Rê lê lê lê
Inhárinhárinhê
Rê lê lê lê
Rê lê lê lê Rê
Minha rima ter poder, poder na palavra
Eu te empodero, eu sou empoderada
Com minha autoestima, eu sou graduada
Não querem ver preta rica, eu vou ser milionária
Meu cabelo crespo, eu vou ser respeitada
Minha pele retinta, pique Preta Rara
E opressor vê pente garfo e quer dar risada
Achando que eu sou palhaço, cai na gargalhada
Mano, mano, mano, mano, que situação
Zoaram uma preta em sua premiação
Eu digo: Você é racista? Claro que não
Eu tenho um amigo negro, esse papo de novo não
Eu sou muito grata por ser uma mina foda
Ter as minhas letras em livros de escola
Falando de aceitação, menina pode jogar bola
Se ela não jogar, as mina vai e te apavora
Primeiro dia de escola a gente nunca esquece
Passar pela zoação, ô bendito muleke
Acabando com a minha autoestima, por pouco ele consegue
E hoje pede pra tirar foto, eu falo: Não, tô sem net
Eu chamei o meu parceiro pra dar aquele jet
Dar um rolê de carro pra aliviar o estresse
Vou dando um salve nas meninas pra armar o seu black
Sua coroa é de rainha, disso nunca se esquece
Uma preta é uma preta, vou falar sem palhaçada
Se tu não gosta de preta, não gosta de nada
Preta é uma preta, vou falar sem palhaçada
Se tu não gosta de preta, você não gosta de nada
Uma preta é uma preta, vou falar sem palhaçada
Se tu não gosta de preta, não gosta de nada
Preta é uma preta, vou falar sem palhaçada
Se tu não gosta de preta, você não gosta de nada
Fonte: Musixmatch
Eu não vou sucumbir
Eu não vou sucumbir
Avisa na hora que tremer o chão
Amiga, é agora, segura a minha mão
A minha jangada foi pro mar
Pra minha jogada arriscar
A minha jangada foi pro mar, pro mar
Pra minha jogada arriscar
Eu não vou sucumbir
Eu não vou sucumbir
Avisa na hora que tremer o chão
Amigo, é agora, segura a minha mão
Você largou, largou, largou
Não tem solução
Largou, largou, largou
É libertação
Largou, largou, largou
Não tem solução
Largou, largou, largou
É libertação
Sucumbir, sucumbir, sucumbir, sucumbir
Sucumbir, sucumbir, sucumbir, sucumbir
Fonte: LyricFind
Compositores: Roosevelt Ribeiro De Carvalho
Letra de Libertação © Universal Music Publishing Group
Eu falei faraó
Ê, faraó
Ê, faraó
Ê, faraó
Ê, faraó
Que mara mara maravilha, ê
Egito, Egito, ê
Que mara mara maravilha, ê
Egito, Egito, ê
Faraó, ó-ó-ó
Faraó, ó-ó-ó
Faraó, ó-ó-ó
Faraó, ó-ó-ó
Deus e divindade infinita do universo
Predominante esquema mitológico
A ênfase do espírito original
Formará no Eden o ovo cósmico
A emersão nem Osíris sabe como aconteceu
A emersão nem Osíris sabe como aconteceu
A ordem ou submissão do olho seu
Transformou-se na verdadeira humanidade
Epopéia do código de Gerbi
E Nuti gerou as estrelas
Osiris proclamou matrimônio com Ísis
E o mal Seth, irado o assassinou
E ele terá
Horus levando avante a vingança do pai
Derrotando o império do mal Seth
O grito da vitória que nos satisfaz
Cadê Tutankhamon?
Ê Gizé, Akhaenaton
Ê Gizé, Tutankhamon
Ê Gizé, Akhaenaton
E eu falei Faraó
Ê, faraó
Ê, faraó
Ê, faraó
Ê, faraó
Mara mara maravilha, ê
Egito, Egito, ê
Que maravilha, maravilha o quê
Egito, Egito, ê
Faraó, ó-ó-ó
Faraó, ó-ó-ó
Faraó, ó-ó-ó
Faraó, ó-ó-ó
Pelourinho
Uma pequena comunidade
Que porém Olodum uniu
Em laço de confraternidade
Despertai-vos
Para a cultura egípcia no Brasil
Ao invéz de cabelos trançados
Veremos turbantes de Tutankhamon
E as cabeças
Se enchem de liberdade
O povo negro pede igualdade
Deixando de lado as separações
Cadê Tutankhamon?
Ê Gizé, Akhaenaton
Ê Gizé, Tutankhamon
Ê Gizé, Akhaenaton
E eu falei faraó
Ê, faraó
Ê, faraó
Ê, faraó
Ê, faraó
Que mara mara maravilha, ê
Egito, Egito, ê
Que mara mara maravilha, ê
Egito, Egito, ê
Faraó, ó-ó-ó
Faraó, ó-ó-ó
Faraó, ó-ó-ó
Faraó, ó-ó-ó
Ele diz que tem, que tem como abrir o portão do céu
Ele promete a salvação
Ele chuta a imagem da santa, fica louco-pinel
Mas não rasga dinheiro, não
Ele diz que faz, que faz tudo isso em nome de Deus
Como um Papa na inquisição
Nem se lembra do horror da noite de São Bartolomeu
Não, não lembra de nada não
Não lembra de nada, é louco
Mas não rasga dinheiro
Promete a mansão no paraíso
Contanto, que você pague primeiro
Que você primeiro pague dinheiro
Dê sua doação, e entre no céu
Levado pelo bom ladrão
Ele pensa que faz do amor sua profissão de fé
Só que faz da fé profissão
Aliás em matéria de vender paz, amor e axé
Ele não está sozinho não
Eu até compreendo os salvadores profissionais
Sua feira de ilusões
Só que o bom barraqueiro que quer vender seu peixe em paz
Deixa o outro vender limões
Um vende limões, o outro
Vende o peixe que quer
O nome de Deus pode ser Oxalá
Jeová, Tupã, Jesus, Maomé
Maomé, Jesus, Tupã, Jeová
Oxalá e tantos mais
Sons diferentes, sim, para sonhos iguais
Fonte: LyricFind
Num queremo aprender inglês
E sim Tupi
Não me desculpe
E só se desculpe
Quando fato se arrepender
Não só entender
Que meu povo sangra
Sem entender
2019 retroceder
Vocês deve tá cego
Sem querer ver
Quer a dor do meu peito
Pra vocês ver?
Toma, mas só não me culpa
Quando o peso da obra
Deixa vocês, torta
Se não sabe a luta?
Então cala
Se cala filha da puta!
Direita e esquerda
São más condutas
Me esquivo
E no meio encontro à vida
É no seio a verdade
Que nos habita
É por ser verdadeiro
Que eu to aqui!
Vivão, vivendo a missão
Nas minhas letras meu mano
Eu nunca menti
Foi por essas canetas que transcrevi
A força lá de cima que vem cair
Se for nessa responsa, eu agradeci
E nunca parei, não, nunca
Eu fui exerci, tipo todo dia
Tipo ser respirar por caligrafia
Tipo livrar com ar minhas agonia
Sabe, o livre é doar ce vê bem na guia
Sim bem na minha guia
E só toca se amar
Minha terra indígena
Quando você for convidado pra subir no adro
Da fundação
Casa de Jorge Amado
Pra ver do alto a fila de soldados
Quase todos pretos
Dando porrada na nuca de malandros pretos
De ladrões mulatos
E outros quase brancos
Tratados como pretos
Só pra mostrar aos outros quase pretos
E são quase todos pretos
Como é que pretos, pobres e mulatos
E quase brancos quase pretos de tão pobres são tratados
E não importa se os olhos do mundo inteiro
Possam estar por um momento voltados para o largo
Onde os escravos eram castigados
E hoje um batuque um batuque
Com a pureza de meninos uniformizados
De escola secundária
Em dia de parada
E a grandeza épica de um povo em formação
Nos atrai, nos deslumbra e estimula
Não importa nada
Nem o traço do sobrado
Nem a lente do fantástico
Nem o disco de Paul Simon
Ninguém, ninguém é cidadão
Se você for ver festa do pelô
E se você não for
Pense no Haiti
Reze pelo Haiti
O Haiti é aqui
O Haiti não é aqui
E na TV se você vir um deputado em pânico
Mal dissimulado
Diante de qualquer, mas qualquer mesmo
Qualquer, qualquer
Plano de educação que pareça fácil
Que pareça fácil e rápido
E vá representar uma ameaça de democratização
Do ensino do primeiro grau
E se esse mesmo deputado defender a adoção
Da pena capital
E o venerável cardeal disser que vê
Tanto espírito no feto
E nenhum no marginal
E se, ao furar o sinal
O velho sinal vermelho habitual
Notar um homem mijando na esquina da rua sobre um saco
Brilhante de lixo do Leblon
E ao ouvir o silêncio sorridente de São Paulo
Diante da chacina
111 presos indefesos
Mas presos são quase todos pretos
Ou quase pretos
Ou quase brancos quase pretos de tão pobres
E pobres são como podres
E todos sabem como se tratam os pretos
E quando você for
Dar uma volta no Caribe
E quando for trepar sem camisinha
E apresentar sua participação inteligente no bloqueio a Cuba
Pense no Haiti
Reze pelo Haiti
O Haiti é aqui
O Haiti não é aqui
Fonte: MusixmatchCompositores: Caetano Veloso / Gilbert GilLetra de Haiti © Uns Producoes Artisticas Ltda, Preta Music, Inc., Terra Ent., Inc.Elevador é quase um templo
Exemplo pra minar teu sono
Sai desse compromisso
Não vai no de serviço
Se o social tem dono, não vai
Quem cede a vez não quer vitória
Somos herança da memória
Temos a cor da noite
Filhos de todo açoite
Fato real de nossa história
Se preto de alma branca pra você
É o exemplo da dignidade
Não nos ajuda, só nos faz sofrer
Nem resgata nossa identidade
Se preto de alma branca pra você
É o exemplo da dignidade
Não nos ajuda, só nos faz sofrer
Nem resgata nossa identidade
Elevador é quase um templo
Exemplo pra minar teu sono
Sai desse compromisso
Não vai no de serviço
Se o social tem dono, não vai
Quem cede a vez não quer vitória
Somos herança da memória
Temos a cor da noite
Filhos de todo açoite
Fato real de nossa história
Se o preto de alma branca pra você
É o exemplo da dignidade
Não nos ajuda, só nos faz sofrer
Nem resgata nossa identidade
Se preto de alma branca pra você
É o exemplo da dignidade
Não nos ajuda, só nos faz sofrer
Nem resgata nossa identidade
Elevador é quase um templo
Exemplo pra minar teu sono
Sai desse compromisso
Não vai no de serviço
Se o social tem dono, não vai
Quem cede a vez não quer vitória
Somos herança da memória
Temos a cor da noite
Filhos de todo açoite
Fato real de nossa história
Hey!
Nosso povo nunca morre, a raiz nos salvará
Hey! olha aqui nunca foi sorte
A escuridão tive que iluminar
Hey! e me jogaram do penhasco
E tive que aprender voar
Hey! e me jogaram na fogueira
Mas virei água pra apagar
E estou de pé com fé
Não vou me arrastar
A minha morte você quer
Mas não vou te dar
Me querem apagada mas eu vou brilhar
O bicho da mata virou popstar
Nossa terra é vip e eles não vão entrar
Aqui é nobreza e nós vamos reinar
Me querem apagada mas eu vou brilhar
O bicho da mata virou popstar
Nossa terra é vip e eles não vão entrar
Aqui é nobreza e nós vamos reinar
Se não aguenta é melhor abaixar
(Fúria da terra, do céu e do mar)
Você pensou que eu não iria voltar, voltei
Pra lutar até reencarnei
Você pensou que eu ia me calar mas gritei
1, 2, 3, no sistema eu entrei
Me infiltrei para matar o rei
Código da Vinci também decifrei
Olha lá os muros que eu derrubei
Lembrando daqueles que eu não desonrei
E a onça não vai amansar
Então corre que eu vou te caçar
E a dança não vai mais parar
Que hoje los muertos que vão dançar
Tá difícil mas vou suportar
Na mira da bala e eles vão atirar
Odeiam minha luz mas eu vou ofuscar
Me querem parada mas vou avançar
Na favela o Estado me jogou
Com sequela esqueci quem eu sou
Mas a minha volta olha o que causou
Vou banindo, banindo no canto e no flow
Me querem apagada mas eu vou brilhar
O bicho da mata virou popstar
Nossa terra é vip e eles não vão entrar
Aqui é nobreza e nós vamos reinar
Me querem apagada mas eu vou brilhar
O bicho da mata virou popstar
Nossa terra é vip e eles não vão entrar
Aqui é nobreza e nós vamos reinar
Se não aguenta é melhor abaixar
(Fúria da terra, do céu e do mar)
E nosso povo nunca morre, a raiz nos salvará
Olha aqui nunca foi sorte
A escuridão tive que iluminar
E me jogaram do penhasco pra voar
Me jogaram na fogueira
Mas virei água pra apagar
88 a constituição
Mas 1500 foi a invasão
Roubaram as terras com a bíblia na mão
Branca é a cor do ladrão
Tá difícil mais vou suportar
Tô na mira da bala e eles vão atirar
Odeiam minha luz mas vou ofuscar
Me querem parada mas vou avançar
Oh let me sing, oh let me sing, oh let me sing, oh
Let me sing, let me sing, let me sing, oh oh
Let me sing, oh let me sing, oh let me sing, oh oh
Let me sing, oh let me sing, oh let me sing, oh oh
Mama África
A minha mãe
É mãe solteira
E tem que fazer mamadeira
Todo dia
Além de trabalhar
Como empacotadeira
Nas Casas Bahia
Mama África
A minha mãe
É mãe solteira
E tem que fazer mamadeira
Todo dia
Além de trabalhar
Como empacotadeira
Nas Casas Bahia
Mama África tem
Tanto o que fazer
Além de cuidar neném
Além de fazer denguin'
Filhinho tem que entender
Mama África vai e vem
Mas não se afasta de você
Mama África
A minha mãe
É mãe solteira
E tem que fazer mamadeira
Todo dia
Além de trabalhar
Como empacotadeira
Nas Casas Bahia
Quando Mama sai de casa
Seus filhos se olodumzam
Rola o maior jazz
Mama tem calo nos pés
Mama precisa de paz
Mama não quer brincar mais
Filhinho dá um tempo
É tanto contratempo
No ritmo de vida de mama
Mama África
A minha mãe
É mãe solteira
E tem que fazer mamadeira
Todo dia
Além de trabalhar
Como empacotadeira
Nas Casas Bahia
Mama África
A minha mãe
É mãe solteira
E tem que fazer mamadeira
Todo dia
Além de trabalhar
Como empacotadeira
Nas Casas Bahia
Deve ser legal
Ser negão no Senegal
Deve ser legal
Ser negão no Senegal
Deve ser legal
Ser negão no Senegal
Deve ser legal
Ser negão no Senegal
Mama África
A minha mãe
É mãe solteira
E tem que fazer mamadeira
Todo dia
Além de trabalhar
Como empacotadeira
Nas Casas Bahia
Mama África
A minha mãe
É mãe solteira
E tem que fazer mamadeira
Todo dia
Além de trabalhar
Como empacotadeira
Nas Casas Bahia
Mama África
A minha mãe
Mama África
A minha mãe
Mama África
Fonte: LyricFindCompositores: Francisco Cesar GoncalvesLetra de Mama África © Warner Chappell Music, IncEles querem que alguém
Que vem de onde nós vem
Seja mais humilde, baixe a cabeça
Nunca revide, finja que esqueceu a coisa toda
Eu quero é que eles se
Eles querem que alguém
Que vem de onde nós vem
Seja mais humilde, baixe a cabeça
Nunca revide, finge que esqueceu a coisa toda
Eu quero é que eles se
Sou tempestade, mas entrei na mente tipo Jean Grey
Xinguei, quem diz que mina não pode ser sensei?
Jinguei, sim sei, desde a Santa Cruz, playboys
Deixei em choque, tipo Racionais, Hey Boy
Tanta ofensa, luta intensa nega a minha presença
Chega Sou voz das nega que integra resistência
Truta rima a conduta, surta, escuta, vai vendo
Tempo das mulher fruta, eu vim menina veneno
Sistema é faia, gasta, arrasta Cláudia que não raia
Basta de Globeleza, firmeza? Mó faia
Rima pesada basta, eu falo memo, igual Tim Maia
Devasta esses otário, tipo calendário Maia
Feminismo das preta bate forte, mó treta
Tanto que hoje 'cês vão sair com medo de bu
Drik Barbosa, não se esqueça
Se os outros é de tirar o chapéu, nós é de arrancar cabeça
Mas mano, sem identidade somos objeto da História
Que endeusa "herói" e forja, esconde os retos na história
Apropriação a eras, desses 'tá na repleto na história
Mas nem por isso que eu defeco na escória
Pensa que eu num vi?
Eu senti a herança de Sundi
Ata, não morro incomum e
Pra variar, herdeiro de Zumbi
Segura o boom, fi
É um e dois e três e quatro, não importa
Já que querem eu cego eu 'to pra ver um daqui sucumbir (não)
Pela honra vinha Mandume
Tira a mão da minha mãe
Farejam medo? Vão ter que ter mais faro
Esse é o valor dos reais, caros
Ao chamado do alimamo Nkosi Sikelel mano
Só sente quem teve banzo
(Entendeu?) Eu não consigo ser mais claro
Olha pra onde os do gueto vão
Pela dedução de quem quer redução
Respeito, não vão ter por mim?
Protagonista, ele é preto sim
Pelo gueto vim, mostrar o que difere
Não é a genital ou o macaco que fere
É igual me jogar aos lobos
Eu saio de lá vendendo colar de dente e casaco de pele.
Meme de negro é "me inspira a querer ter um rifle"
Meme de branco é "não trarão de volta Yan, Gamba e Rigue"
Arranca meu dente no alicate
Mas não vou ser mascote de quem azeda marmita
Sou fogo no seu chicote
Enquanto a opção for morte pra manter a ideia viva
Domado eu não vivo, não quero seu crime
Ver minha mãe jogar rosas
Sou cravo, vivi dentre os espinhos treinados
Com as pragas da horta
Pior que eu já morri tantas antes de você me encher de bala
Não marca, nossa alma sorri
Briga é resistir nesse campo de fardas
Eles querem que alguém
Que vem de onde nós vem
Seja mais humilde, baixe a cabeça
Nunca revide, finja que esqueceu a coisa toda
Eu quero é que eles se
Eles querem que alguém
Que vem de onde nós vem
Seja mais humilde, baixe a cabeça
Nunca revide, finja que esqueceu a coisa toda
Eu quero é que eles se
Banha meu símbolo, guarda meu manto que eu vou subir como rei
'Cês vive da minha cicatriz, eu 'to pra ver sangrar o que eu sangrei
Com a mente a milhão, livre como Kunta Kinte, eu vou ser o que eu quiser
Tá pra nascer playboy pra entender o que foi ter as corrente no pé
Falsos quanto Kleber Aran, os vazio abraça
La Revolução tucana, hip-hop reaça
Doce na boca, lança perfume na mão, manda o mundo se foder
São os nóia da Faria Lima, jão, é a Cracolândia Blasé
Jesus de polo listrada, no corre, corte degradê
Descola o poster do 2pac, que 'cês nunca vão ser
Original favela, Golden Era, rua no mic
Hoje os boy paga de 'drão, ontem nós tomava seus Nike
Os vira lata de vila, e os pitbull de portão
Muzzike, o filho de faxineira, eu passo o rodo nesses cuzão
Ando com a morte no bolso, espinhos no meu coração
As hiena 'tão rindo de quê, se o rei da savana é o leão?
Canta pra saldar, negô, seu rei chegou
Sim, Alaafin, vim de Oyó, Xangô
Daqui de Mali pra Cuando, De Orubá ao bando
Não temos papa, nem na língua ou em escrita sagrada
Não, não na minha gestão, chapa
Abaixa sua lança-faca, espingarda faiada
Meia volta na Barja, Europa se prostra
Sem ideia torta no rap, eu vou na frente da tropa
Sem eucaristia no meu cântico
Me veem na Bahia em pé, dão ré no Atlântico
Tentar nos derrubar é secular
Hoje chegam pelas avenidas, mas já vieram pelo mar
Oya, todos temos a bússola de um bom lugar
Uns apontam pra Lisboa, eu busco Omonguá
Se a mente daqui pra frente é inimiga
O coração diz que não está errado, então siga
Dores em Loop-cínio, os cult-cínio, quê?
Ao ver o Simonal que 'cês não vai foder
Grande tipo Ron Mueck, morô muleque? Zé do Caroço
Quer photoshop melhor que dinheiro no bolso?
Vendo os rap vender igual Coca, fato, não, não
Melhor, entre nós não tem cabeça de rato
É Brasil, exterior, capital interior
Vai ver nós gargalhando com o peito cheio de rancor
Como prever que freestyles, vários necessários
Vão me dar a coleção de Miley Cyrus
Misturei Marley, Cairo, Harley, Pairo, firmeza
Tipo Mario, entrei pelo cano mas levei as princesa
Várias diss, não sou santo, imã de inveja é banto
Fui na Xuxa pra ver o que fazer se alguém menor te escreve tanto
'To pelo adianto e as favela entendeu
Considere, se a miséria é foda, chapa, imagina eu
Scorcese, minha tese não teme, não deve, tão breve
Vitória do gueto, luz pra quem serve?
Na trama conhece os louro da fama
Ok, agora olha os preto, chama
Eles querem que alguém
Que vem de onde nós vem
Seja mais humilde, baixe a cabeça
Nunca revide, finge que esqueceu a coisa toda
Eu quero é que eles se
Eles querem que alguém
Que vem de onde nós vem
Seja mais humilde, baixe a cabeça
Nunca revide, finge que esqueceu a coisa toda
Eu quero é que eles se
Maravilhosa, eu sou sim
Sou maravilhosa isso 'tá dentro de mim
Linda demais, sou linda demais
É tanta beleza mas pode ficar em paz
Padrão de beleza? O que é que é isso?
Cada um tem sua beleza e tem vários se iludindo
Não se iluda (não)
Não se iluda, não (não)
É isso que eles querem, tirar sua autoafirmação
Você 'tá ligada no que eu 'to dizendo?
Esse mais é um som do empoderamento
Então fica ligada no que eu vou falar
Mc Soffia veio pra causar
Você 'tá ligada no que eu 'to dizendo?
Mais um som do empoderamento
Então fica ligada no que eu vou falar
Mc Soffia veio pra causar
Você 'tá ligada no que eu 'to dizendo?
Esse mais é um som do empoderamento
Então fica ligada no que eu vou falar
Mc Soffia veio pra causar
Você 'tá ligada no que eu 'to dizendo?
Mais um som do empoderamento
Então fica ligada no que eu vou falar
Mc Soffia veio pra causar
Maravilhosa, eu sou sim
Sou maravilhosa isso 'tá dentro de mim
Linda demais, sou linda demais
É tanta beleza mas pode ficar em paz
Quando alguém falar que você não é bonita
Olha pra pessoa e diz eu sou uma rainha
E pensar o que é ser bonita?
Em caso de beleza eu sou especialista
Eu sei que é difícil a gente se aceitar
Quanto mais a gente tenta, mais querem nos derrubar
Eu sei que é difícil a gente entender
Que o padrão de beleza vai fazer você sofrer
Você 'tá ligada no que eu 'to dizendo?
Esse mais é um som do empoderamento
Então fica ligada no que eu vou falar
Mc Soffia veio pra causar
Você 'tá ligada no que eu 'to dizendo?
Mais um som do empoderamento
Então fica ligada no que eu vou falar
Mc Soffia veio pra causar
Você 'tá ligada no que eu 'to dizendo?
Esse mais é um som do empoderamento
Então fica ligada no que eu vou falar
Mc Soffia veio pra causar
Você 'tá ligada no que eu 'to dizendo?
Mais um som do empoderamento
Então fica ligada no que eu vou falar
Mc Soffia veio pra causar
Soffia no beat
'Tá ligada não? (O que eu vou falar)
Somos todas maravilhosas
Fonte: LyricFind
Compositores: Soffia Gomes da Rocha Gregório Corrêa
Letra de Maravilhosa © Warner Chappell Music, Inc
Menina pretinha
Exótica não é linda
Você não é bonitinha
Você é uma rainha
Menina pretinha
Exótica não é linda
Você não é bonitinha
Você é uma rainha
Devolva minhas bonecas
Quero brincar com elas
Minhas bonecas pretas
O que fizeram com elas?
Vou me divertir enquanto sou pequena
Barbie é legal, mas eu prefiro a Makena africana
Como história de griô, sou negra
E tenho orgulho da minha cor
Africana
Como história de griô
Sou negra
E tenho orgulho da minha cor
Menina pretinha
Exótica não é linda
Você não é bonitinha
Você é uma rainha
O meu cabelo é chapado, sem precisar de chapinha
Canto rap por amor, essa é minha linha
Sou criança, sou negra, também sou resistência
Racismo aqui não, se não gostou, paciência
Cabelo é chapado, sem precisar de chapinha
Canto rap por amor, essa é minha linha
Sou criança, sou negra, também sou resistência
Racismo aqui não, se não gostou, paciência
Menina pretinha
Exótica não é linda
Você não é bonitinha
Você é uma rainha
Menina pretinha
Exótica não é linda
Você não é bonitinha
Você é uma rainha
Devolva minhas bonecas
Quero brincar com elas
Minhas bonecas pretas
O que fizeram com elas?
Vou me divertir enquanto eu sou pequena
Barbie é legal, mas eu prefiro a Makena africana
Como história do griô, sou negra
E tenho orgulho da minha cor
Africana
Como história de griô
Sou negra
E tenho orgulho da minha cor
Menina pretinha
Exótica não é linda
Você não é bonitinha
Você é uma rainha
Cabelo é chapado, sem precisar de chapinha
Canto rap por amor, essa é minha linha
Sou criança, sou negra, também sou resistência
Racismo aqui não, se não gostou paciência
Cabelo é chapado, sem precisar de chapinha
Canto rap por amor, essa é minha linha
Sou criança, sou negra, também sou resistência
Racismo aqui não, se não gostou paciência
Fonte: Musixmatch
Num conto de fadas a Rapunzel joga suas tranças
Na minha história, ela tem dread e é africana
Agora vou contar o meu conto para vocês
Como todas as histórias começa com era uma vez
Era uma vez uma princesa Rastafari
Que nasceu no reino de Sabá
Na minha história quem disse que a bruxa é má?
Meninas unidas podem tudo mudar
Aqui inimiga não vai rolar
Ah, é, não vai rolar
Aqui inimiga não vai rolar
Hum, hum, não vai rolar
Aqui inimiga não vai rolar
Hum, hum, não vai rolar
Aqui inimiga não vai rolar
Ahn, pode crer, não vai rolar
Na minha história a Rapunzel tem dread
Ela é negra e é Rastafari
Não precisa de um príncipe pra se salvar
Ela é empoderada e pode tudo conquistar
No seu cabelo dread tinha força e poder
Sua beleza africana não tinha o que dizer
Essa história eu inventei porque não vi princesa assim
Só me mostraram uma, ai, isso não dá pra mim
Princesa Etiópia, esse nome eu batizei
País que desfruta tudo que eu pesquisei
Estou muito feliz de ver a história acontecer
Crie uma princesa que pareça com você
Cri-cri-crie uma princesa que pareça com você
Crie uma princesa que pareça com você
Cri-cri-crie uma princesa que pareça com você
Crie uma princesa que pareça com você
Crie uma princesa que pareça com você
Crie uma princesa que pareça com você
Cri-cri-crie uma princesa que pareça com você
Crie uma princesa que pareça com você
Aqui inimiga não vai rolar
Ah, é, não vai rolar
Aqui inimiga não vai rolar
Hum, hum, não vai rolar
Aqui inimiga não vai rolar
Não, hum, não vai rolar
Aqui inimiga não vai rolar
Hum, pode crer, não vai rolar
Na minha história a Rapunzel tem dread
Ela é negra e é Rastafari
Não precisa de um príncipe para se salvar
Ela é empoderada e pode o mundo conquistar
No seu cabelo dread tinha força e poder
Sua beleza africana não tinha o que dizer
Essa história eu inventei porque não vi princesa assim
Só me mostraram uma, ai, isso não dá pra mim
Princesa Etiópia, esse nome eu batizei
País que desfruta tudo o que eu pesquisei
Estou muito feliz de ver a história acontecer
Crie uma princesa que pareça com você
Cri-cri-crie uma princesa que pareça com você
Crie uma princesa que pareça com você
Cri-cri-crie uma princesa que pareça com você
Crie uma princesa que pareça com você
Fonte: Musixmatch
Olhe dentro dos meus olhos
Olhe bem pra minha cara
Você vê que eu vivi muito
Você pensa que eu nem vi nada
Olhe bem pra essa curva
Do meu riso raso e roto
Veja essa boca muda
Disfarçando o desgosto
A vida tem sido água
Fazendo caminhos esguios
Se abrindo em veios e vales
Na pele leito de rio
A vida tem sido água
Fazendo caminhos esguios
Se abrindo em veios e vales
Na pele leito de rio
Contemple o desenho fundo
Dessas minhas jovens rugas
Conquistadas a duras penas
Entre aventuras e fugas
Observe a face turva
O olhar tentado e atento
Se essas são marcas externas
Imagine as de dentro
A vida tem sido água
Fazendo caminhos esguios
Se abrindo em veios e vales
Na pele leito de rio
A vida tem sido água
Fazendo caminhos esguios
Se abrindo em veios e vales
Na pele leito de rio
A vida tem sido água
Fazendo caminhos esguios
Se abrindo em veios e vales
Na pele leito de rio
Fonte: LyricFindCompositores: Priscilla Novaes LeoneNego drama
Entre o sucesso e a lama
Dinheiro, problemas, invejas, luxo, fama
Nego drama
Cabelo crespo e a pele escura
A ferida, a chaga, à procura da cura
Nego drama
Tenta ver e não vê nada
A não ser uma estrela
Longe, meio ofuscada
Sente o drama
O preço, a cobrança
No amor, no ódio, a insana vingança
Nego drama
Eu sei quem trama e quem tá comigo
O trauma que eu carrego
Pra não ser mais um preto fodido
O drama da cadeia e favela
Túmulo, sangue, sirene, choros e velas
Passageiro do Brasil, São Paulo, agonia
Que sobrevivem em meio às honras e covardias
Periferias, vielas, cortiços
Você deve tá pensando
O que você tem a ver com isso?
Desde o início, por ouro e prata
Olha quem morre, então
Veja você quem mata
Recebe o mérito a farda que pratica o mal
Me ver pobre, preso ou morto já é cultural
Histórias, registros e escritos
Não é conto nem fábula, lenda ou mito
Não foi sempre dito que preto não tem vez?
Então olha o castelo e não
Foi você quem fez, cuzão
Eu sou irmão do meus truta de batalha
Eu era a carne, agora sou a própria navalha
Tim-tim, um brinde pra mim
Sou exemplo de vitórias, trajetos e glórias
O dinheiro tira um homem da miséria
Mas não pode arrancar de dentro dele a favela
São poucos que entram em campo pra vencer
A alma guarda o que a mente tenta esquecer
Olho pra trás, vejo a estrada que eu trilhei, mó cota
Quem teve lado a lado e quem só ficou na bota
Entre as frases, fases e várias etapas
Do quem é quem, dos mano e das mina fraca
Hum, nego drama de estilo
Pra ser, se for tem que ser
Se temer é milho
Entre o gatilho e a tempestade
Sempre a provar
Que sou homem e não um covarde
Que Deus me guarde, pois eu sei que ele não é neutro
Vigia os rico, mas ama os que vem do gueto
Eu visto preto por dentro e por fora
Guerreiro, poeta, entre o tempo e a memória
Ora, nessa história vejo dólar e vários quilates
Falo pro mano que não morra e também não mate
O tic-tac não espera, veja o ponteiro
Essa estrada é venenosa e cheia de morteiro
Pesadelo, hum, é um elogio
Pra quem vive na guerra, a paz nunca existiu
No clima quente, a minha gente sua frio
Vi um pretinho, seu caderno era um fuzil, fuzil
Nego drama
Crime, futebol, música, carai'
Eu também não consegui fugir disso aí
Eu sou mais um
Forrest Gump é mato
Eu prefiro contar uma história real
Vou contar a minha
Daria um filme
Uma negra e uma criança nos braços
Solitária na floresta de concreto e aço
Veja, olha outra vez o rosto na multidão
A multidão é um monstro sem rosto e coração
Hei, São Paulo, terra de arranha-céu
A garoa rasga a carne, é a Torre de Babel
Família brasileira, dois contra o mundo
Mãe solteira de um promissor vagabundo
Luz, câmera e ação, gravando a cena vai
Um bastardo, mais um filho pardo sem pai
Hei, senhor de engenho, eu sei bem quem você é
Sozinho cê num guenta, sozinho cê num entra a pé
Cê disse que era bom e as favela ouviu
Lá também tem uísque, Red Bull, tênis Nike e fuzil
Admito, seus carro é bonito, é, e eu não sei fazer
Internet, videocassete, os carro loco
Atrasado, eu tô um pouco sim, tô, eu acho
Só que tem que
Seu jogo é sujo e eu não me encaixo
Eu sou problema de montão, de Carnaval a Carnaval
Eu vim da selva, sou leão, sou demais pro seu quintal
Problema com escola eu tenho mil, mil fita
Inacreditável, mas seu filho me imita
No meio de vocês ele é o mais esperto
Ginga e fala gíria; gíria não, dialeto
Esse não é mais seu, oh, subiu
Entrei pelo seu rádio, tomei, cê nem viu
Nóis é isso ou aquilo, o quê? Cê não dizia?
Seu filho quer ser preto, ah, que ironia
Cola o pôster do 2Pac aí, que tal? Que cê diz?
Sente o negro drama, vai, tenta ser feliz
Ei bacana, quem te fez tão bom assim?
O que cê deu, o que cê faz, o que cê fez por mim?
Eu recebi seu ticket, quer dizer kit
De esgoto a céu aberto e parede madeirite
De vergonha eu não morri, to firmão, eis-me aqui
Você não, cê não passa quando o mar vermelho abrir
Eu sou o mano, homem duro, do gueto, Brown, oba
Aquele loco que não pode errar
Aquele que você odeia amar nesse instante
Pele parda e ouço funk
E de onde vem os diamante? Da lama
Valeu mãe, negro drama (drama, drama, drama)
Aí, na época dos barraco de pau lá na Pedreira
Onde cês tavam?
Que que cês deram por mim?
Que que cês fizeram por mim?
Agora tá de olho no dinheiro que eu ganho?
Agora tá de olho no carro que eu dirijo?
Demorou, eu quero é mais, eu quero até sua alma
Aí, o rap fez eu ser o que sou
Ice Blue, Edy Rock e KL Jay
E toda a família, e toda geração que faz o rap
A geração que revolucionou, a geração que vai revolucionar
Anos 90, século 21, é desse jeito
Aí, você sai do gueto
Mas o gueto nunca sai de você, morô irmão?
Cê tá dirigindo um carro
O mundo todo tá de olho 'ni você, morô?
Sabe por quê? Pela sua origem, morô irmão?
É desse jeito que você vive, é o negro drama
Eu num li, eu não assisti
Eu vivo o negro drama
Eu sou o negro drama
Eu sou o fruto do negro drama
Aí Dona Ana, sem palavra
A senhora é uma rainha, rainha
Mas aí, se tiver que voltar pra favela
Eu vou voltar de cabeça erguida
Porque assim é que é, renascendo das cinzas
Firme e forte, guerreiro de fé
Vagabundo nato!
Negro é lindo
O negro é amor
Negro é amigo
Negro é lindo
O negro é amor
Negro é amigo
Negro também é mais um filho de deus
Mas negro também é mais um filho de deus
Eu só quero que deus me ajude
A ver meu filho nascer e crescer
E ser um campeão
E ser um campeão
Sem prejudicar ninguém
Sem prejudicar ninguém
Porque meu bom, negro é lindo
O negro é amor
Negro é amigo
Negro é lindo
O negro é amor
Negro é amigo
Negro também é mais um filho, mais um filho de deus
Mas negro também é mais um filho de deus, mais um filho de deus
Preto velho tem tanta canjira
Que todo povo de Angola
Que todo povo de Angola
Mandou preto velho chamar
Eu quero ver preto velho descer
Eu quero ver o preto velho cantar e dizer
Eu quero ver preto velho descer
Eu quero ver o preto velho cantar e dizer
Negro é lindo (negro é lindo)
O negro é amor
Negro é amigo (negro é lindo)
Negro é lindo (negro é lindo)
O negro é amor
Negro é amigo (negro é lindo)
Ele também é filho de deus
Negro é lindo
Preto velho tem tanta canjira, tanta canjira (negro é lindo)
Que todo povo de Angola
Que todo povo de Angola
Mandou preto velho chamar
Negro é lindo
Eu quero ver preto velho descer
Eu quero ver, eu quero, quero ver, eu quero ver, eu quero ver
E eu quero ver o preto velho cantar, cantar, cantar e dizer
Eu quero ver o preto velho cantar
Fonte: LyricFindCompositores: Jorge MenezesEu sou um negro gato
De arrepiar
Essa minha vida
É mesmo de amargar
Só mesmo de um telhado
Aos outros desacato
Eu sou um negro gato
Eu sou um negro gato
Minha triste história
Vou lhes contar
E depois de ouvi-la
Sei que vão chorar
Há tempos eu não sei
O que é um bom prato
Eu sou um negro gato
Eu sou um negro gato
Sete vidas tenho
Para viver
Sete chances tenho
Para vencer
Mas se não comer
Acabo num buraco
Eu sou um negro gato
Eu sou um negro gato
Um dia lá no morro
Pobre de mim
Queriam minha pele
Para tamborim
Apavorado desapareci no mato
Eu sou um negro gato
Eu sou um negro gato
Eu sou um negro gato
De arrepiar
Essa minha vida
É mesmo de amargar
Só mesmo de um telhado
Aos outros desacato
Eu sou um negro gato
Eu sou um negro gato
Minha triste história
Vou lhes contar
E depois de ouvi-la
Sei que vão chorar
Há tempos eu não sei
O que é um bom prato
Eu sou um negro
Eu sou um negro gato
Sete vidas tenho
Para viver
Sete chances tenho
Para vencer
Mas se não comer
Acabo num buraco
Eu sou um negro gato
Eu sou um negro gato
Um dia lá no morro
Pobre de mim
Queriam minha pele
Para tamborim
Apavorado desapareci no mato
Eu sou um negro
Eu sou um negro gato
Eu sou um negro gato
De arrepiar
Essa minha vida
É mesmo de amargar
Só mesmo de um telhado
Aos outros desacato
Eu sou um negro gato
Eu sou um negro gato
Minha triste história
Vou lhes contar
E depois de ouvi-la
Zumbi, o teu grito ecoou
No Quilombo dos Palmares
Como um pássaro que voou
Tão liberto pelos ares
Um grito de dor e de fé
Ficou registrado na nossa história
Pela luta, pelo axé
Pela garra, pela glória
Ê-ê-ê, negro Zumbi
Ê-ê-ê, negro Zumbi
Ê-ê-ê, negro Zumbi
Ê-ê-ê, negro Zumbi
Contra a força inimiga
A defesa da família
Lá na Serra da Barriga
Permanente uma vigília
Foi preciso o tombamento
Pela identificação
Foi o reconhecimento dessa terra
Na história da nossa nação
Ê-ê-ê, negro Zumbi
Ê-ê-ê, negro Zumbi
Ê-ê-ê, negro Zumbi
Ê-ê-ê, negro Zumbi
Quem te faz homenagem é a banda afro Mandela
Da cultura da raça essa banda é sentinela
Quem te faz homenagem é a banda afro Mandela
Da cultura da raça essa banda é sentinela
Zumbi, o teu grito ecoou
No Quilombo dos Palmares
Como um pássaro que voou
Tão liberto pelos ares
Um grito de dor e de fé
Ficou registrado na nossa história
Pela luta, pelo axé
Pela garra, pela glória
Ê-ê-ê, negro Zumbi
Ê-ê-ê, negro Zumbi
Ê-ê-ê, negro Zumbi
Ê-ê-ê, negro Zumbi
Quem te faz homenagem é a banda afro Mandela
Da cultura da raça essa banda é sentinela
Quem te faz homenagem é a banda afro Mandela
Da cultura da raça essa banda é sentinela
Contra a força inimiga
A defesa da família
Lá na Serra da Barriga
Permanente uma vigília
Foi preciso o tombamento
Pela identificação
Foi o reconhecimento dessa terra
Na história da nossa nação
Ê-ê-ê, negro Zumbi
Ê-ê-ê, negro Zumbi
Ê-ê-ê, negro Zumbi
Ê-ê-ê, negro Zumbi
Ô iê-iê-iê, negro Zumbi
Ô iê-iê-iê, negro Zumbi
Banda afro Mandela, agradeço daqui, negro Zumbi
E para quem não sabe, o meu nome é Leci, negro Zumbi
Salve o meu pai Ogum Patacori, negro Zumbi
Ê-ê-ê, negro Zumbi
Ô iê-iê-iê, negro Zumbi
Ô iê-iê-iê-iê-iê-iê, negro Zumbi
Ô iê-iê-iê, negro Zumbi
Ô iê-iê-iê, negro Zumbi
Ô iê-iê-iê, negro Zumbi
Ô iê-iê-iê, negro Zumbi
Ô iê-iê-iê, negro Zumbi
Ô iê-iê-iê, negro Zumbi...
Fonte: Musixmatch
Ouve meu canto
Negra linda, amada
Cor da madrugada...
E do meu canto
Nasce, cresce, vence minha esperança
Deixa eu cantar...
Quando eu canto sou mais negro, sou mais forte
Tenho a vida e tenho a morte
Liberdade, se ela é branca eu tenho o que eu quis
Pois do meu canto
Nasce, cresce, vence minha liberdade
Ganha do amor...
E o amor é bem maior que o preconceito
É mais meu que o meu direito
Faço dele o que eu quiser, sem lei, nem juiz
Se muito branco cantasse
Se o mundo me amasse
Se tudo pudesse ser mais feliz
Ouve meu canto
Negra linda, amada
Cor da madrugada...
Pra entender o Erê
Tem que 'tá moleque
Uh! Erê, eh!
Tem que conquistar alguém
Que a consciência leve
Há semanas em que tudo vem
Há semanas que é seca pura
Oh oh oh há selvagens que são do bem
Há sequência do filme muda
Milhões de anos luz podem durar
O que alguns segundos
Na vida podem representar
O Erê, é a criança
Sincera convicção
Fazendo a vida
Com o que o sol nos traz
Você sabe
Que o sentimento não trai
Um bom sentimento não trai
Você sabe
Que o sentimento não trai
Um bom sentimento não trai
Pra entender o Erê
Tem que 'tá moleque
Uh! Erê, eh!
Tem que conquistar alguém
Que a consciência leve
Pare e pense no que já se viu
Pense e sinta o que já se fez
O mundo visto de uma janela
Pelos olhos de uma criança
Milhões de anos luz podem durar
O que alguns segundos
Na vida podem representar
O Erê, é a criança
Sincera convicção
Fazendo a vida
Com o que o sol nos traz
Você sabe
Que o sentimento não trai
Um bom sentimento não trai
Você sabe
Que o sentimento não trai
Um bom sentimento não trai
Você sabe
Que o sentimento não trai
Um bom sentimento não trai
Você sabe
Que o sentimento não trai
Um bom sentimento não trai
Você sabe
Você sabe
Você sabe
Você sabe
Você sabe
Fonte: LyricFindCompositores: Paulo Roberto Da Rocha Gama / Andre Farias / Antonio Filho / Marcos Antonio Lazaro Da Cruz / Bernardo VilhenaLetra de O Erê © Sony/ATV Music Publishing LLCOs meus olhos coloridos
Me fazem refletir
Eu estou sempre na minha
E não posso mais fugir
Meu cabelo enrolado
Todos querem imitar
Eles estão baratinados
Também querem enrolar
Você ri da minha roupa
Você ri do meu cabelo
Você ri da minha pele
Você ri do meu sorriso
A verdade é que você
Tem sangue crioulo
Tem cabelo duro
Sarará crioulo
Sarará crioulo (sarará crioulo)
Sarará crioulo (sarará crioulo)
Sarará crioulo (sarará crioulo)
Sarará crioulo (sarará crioulo)
Os meus olhos coloridos
Me fazem refletir
Que eu estou sempre na minha
Ah e não posso mais fugir
Meu cabelo enrolado
Todos querem imitar
Eles estão baratinados
Também querem enrolar
Você ri da minha roupa (ri da minha roupa)
Você ri do meu cabelo (ri do meu cabelo)
Você ri da minha pele (ri da minha pele)
Você ri do meu sorriso (ri do meu sorriso)
Verdade é que você (verdade é que você)
Tem sangue crioulo (tem sangue crioulo)
Tem cabelo duro (tem cabelo duro)
Ah sarará crioulo (sarará crioulo)
Sarará crioulo (sarará crioulo)
Sarará crioulo (sarará crioulo)
Sarará crioulo (sarará crioulo)
Fonte: LyricFindCompositores: Osvaldo CostaLetra de Olhos Coloridos © Warner Chappell Music, IncNo meu peito a mesma dor
Que afoga
Faz lembrar tudo que sou
Sou mais
Sou mais
Mesma pele a mesma cor
E sonho
Pra vibrar feito tambor
Guiar meu peito
Todo choro de rancor
Se apague
Nossas filhas verão mais amor que nós
E ouça essa voz
Sonho sob meus pés
Que as minhas mãos
Só toquem ouro
Oração dos meus pais
E bem mais atrás
Nosso tesouro
Que essa pele marrom
Suba o tom se for preciso
Muito além dessa dor
Bem mais amor
Eu sei pelo que brigo
A cultura e o folclore são meus
Mas os livros foi você quem escreveu
Quem garante que Palmares se entregou?
Quem garante que Zumbi você matou?
Perseguidos sem direitos nem escolas
Como podiam registrar as suas glórias?
Nossa memória foi contada por você
E é julgada verdadeira como a própria lei
Por isso temos registrados em toda história
Uma mísera parte de nossas vitórias
É por isso que não temos sopa na colher
E sim anjinhos pra dizer que o lado mau é o candomblé
Mas
A energia vem do coração
E a alma não se entrega não
A energia vem do coração
E a alma não se entrega não
A energia vem do coração
E a alma não se entrega não
A energia vem do coração
E a alma não se entrega não
A influência dos homens bons deixou a todos ver
Que a omissão total ou não
Deixa os seus valores longe de você
Então despreza a flor zulu
Sonha em ser pop na zona sul
Por favor não entenda assim
Procure o seu valor ou será o seu fim
Por isso corres pelo mundo sem jamais se encontrar
Procura as vias do passado no espelho mas não vê
Que apesar de ter criado o toque do agogô
Fica de fora dos cordões do carnaval de Salvador
A energia vem do coração
E a alma não se entrega não
A energia vem do coração
E a alma não se entrega não
A energia vem do coração
E a alma não se entrega não
A energia vem do coração
E a alma não se entrega não
Fonte: MusixmatchCompositores: Alexandre Carlo Cruz PereiraEnquanto seu discurso 'tá pronto na internet
Prenderam o neguinho ali na Praça Sete
Que 'tava pedindo dinheiro pra vender chiclete
Mas com playboy fumando um boldo ali ninguém se mete
Porque o pai é juiz e a mãe é delegada
Enquanto a mãe do neguinho é sua empregada
Um corre danado, maior agonia
E pega um busão lotado pra delegacia
Chegando na delegacia
A mãe do neguinho pergunta assim para o doutor delegado
Mas o que foi que ele fez pra estar algemado?
O doutor começa então a descrever o caso
É que ele é preto demais
Corre demais, fala demais, sorri demais
'Tá estudando demais, comprando demais
Viajando demais e assim não dá mais
Mas ele joga demais, dança demais
E canta demais, é bonito demais
'Tá se unindo demais, planejando demais
Assim ele vai passar o meu filho pra trás
Preto demais, preto demais
Pro terror de vocês (preto demais, preto demais)
Os tempos de submissão do nosso povo (preto demais, preto demais)
Estão com os dias contados (preto demais, preto demais)
Vão tentar nos silenciar, nos forjar (preto demais, preto demais)
Mas o nosso plano 'tá mais que traçado (preto demais, preto demais)
Então só quem é negão (preto demais)
E tem muito orgulho de ser preto (preto demais, preto demais)
E preto demais (preto demais, preto demais)
Vai cantar assim, ó (preto demais, preto demais)
É que eu sou preto demais, corro demais
Falo demais, sorrio demais
'To estudando demais, comprando demais
Viajando demais, eu só quero paz
Eu também jogo demais, danço demais
Canto demais, sou bonito demais
'To me unindo demais, planejando demais
E vou fazer comer poeira os filhinhos de papai
É que sou preto, ele é preto
Eu sou preto, ele é preto
Eu sou preto, ele é preto
Preto demais
É que sou preto, ele é preto
Eu sou preto, ele é preto
Eu sou preto, ele é preto
Preto demais
É que sou preto, ele é preto
Eu sou preto, ele é preto
Eu sou preto, ele é preto
Preto demais
É que sou preto, ele é preto
Eu sou preto, ele é preto
Eu sou preto, ele é preto
Preto demais
Lá-ia, lá-ia, lá-ia
Lá-ia, lá-ia, lá-ia
Lá-ia, lá-ia, lá-ia
Lá-ia, lá-ia, lá-ia
Com o cheiro doce da arruda
Penso em Buda calmo
Tenso eu busco uma ajuda às vezes me vem o Salmo
Tira a visão que iluda, é tipo um oftalmo
E eu, que vejo além de um palmo
Por mim, 'to Ubuntu, ó, uau
Se for pra crer num terreno
Só no que nós 'tá vendo memo
Resumo do plano é baixo, pequeno e mundano
Sujo, inferno e veneno
Frio, inverno e sereno
Repressão e regressão
Angústia é eu ter calma e a vida escada
Junto ler almas pra além da pressão
As voz em declive na mão desse Barrabás
Onde o milagre jaz
Só prova a urgência de livros perante o estrago que um sábio faz
O mestre em dívidas avidas
Sem noção do que são dádivas
No tempo onde a única que corre livre aqui são as suas lágrimas
E eu voltei pra acabar tipo infarto
Depois fazer renascer, estilo parto
Eu me refaço, fato, descarto
De pé no chão, homem comum
Se a benção vem a mim, reparto
Invado cela, sala, quarto
Rodeio o globo, hoje 'to certo
De que todo mundo é um
E tudo, tudo, tudo, tudo que nós tem é nós
Tudo, tudo, tudo que nós tem é
Tudo, tudo, tudo que nós tem é nós
Tudo, tudo, tudo que nós tem é
Tudo, tudo, tudo, tudo que nós tem é nós
Tudo, tudo, tudo que nós tem é
Tudo, tudo, tudo que nós tem é nós
Tudo, tudo, tudo que nós tem é
Cale o cansaço, refaça o laço
Ofereça um abraço quente
A música é só uma semente
Um sorriso ainda é a única língua que todos entende
Cale o cansaço, refaça o laço
Ofereça um abraço quente
A música é só uma semente
Um sorriso ainda é a única língua que todos entende (tio o jeito é ser gentil)
Tipo um girassol, meu olho busca o sol
Mano, crer que o ódio é solução
É ser sommelier de anzol
Barco a deriva sem farol
Nem sinal de aurora boreal
Minha voz corta a noite igual um rouxinol
Tudo que bate é tambor
Todo tambor vem de lá
Se o coração é o senhor, tudo é África
Pois em prática, essa tática, matemática falou
Enquanto a terra não for livre, eu também não sou
Enquanto essa história de quem tá por vir, eu vou
Jantar com as menina enquanto germina o amor
É empírico, e onírico, meio pírico, meu espírito
Quer que eu tire de tua dor
Quer mil volta descarga de tanta luta
Adaga que rasga com força bruta
Deus, por que a vida é tão amarga?
Na terra que é casa da cana-de-açúcar
E essa sobrecarga fruto gueto
Embarga e assusta seu suspeito
Recarga que é igual a Jesus
No caminho da luz, todo mundo é preto
'Simbora que o tempo é rei
Vive agora não há depois
Ser tempo da paz como um cais que vigora nos maus lençóis
É um dois um dois conjunto playboy como monge sois
Fonte como sóis, num front sem bois, forte como nós
Lembra a rua é nós
Tudo, tudo, tudo, tudo que nós tem é nós
Tudo, tudo, absolutamente tudo que nós tem é
Tudo que nós tem é isso, uns ao outro
Tudo o que nós tem é uns ao outro, tudo
Vejo a vida passar num instante
Será tempo o bastante que tenho pra viver?
Não sei, não posso saber
Quem segura o dia de amanhã na mão?
Não há quem possa acrescentar um milímetro a cada estação
Então, será tudo em vão? Banal? Sem razão?
Seria, sim seria, se não fosse o amor
O amor cuida com carinho
Respira o outro, cria o elo
O vínculo de todas as cores
Dizem que o amor é amarelo
É certo na incerteza
Socorro no meio da correnteza
Tão simples como um grão de areia
Confunde os poderosos a cada momento
Amor é decisão, atitude
Muito mais que sentimento
Alento, fogueira, amanhecer
O amor perdoa o imperdoável
Resgata a dignidade do ser
É espiritual
Tão carnal quanto angelical
Não tá no dogma ou preso numa religião
É tão antigo quanto a eternidade
Amor é espiritualidade
Latente, potente, preto, poesia
Um ombro na noite quieta
Um colo pra começar o dia
Filho, abrace sua mãe
Pai, perdoe seu filho
Paz, é reparação
Fruto de paz
Paz não se constrói com tiro
Mas eu miro, de frente
A minha fragilidade
Eu não tenho a bolha da proteção
Queria eu guardar tudo que amo
No castelo da minha imaginação
Mas eu vejo a vida passar num instante
Será tempo o bastante que tenho pra viver?
Eu não sei, eu não posso saber
Mas enquanto houver amor, eu mudarei o curso da vida
Farei um altar pra comunhão
Nele, eu serei um com o mundo até ver
O ponto da emancipação
Porque eu descobri o segredo que me faz humano
Já não está mais perdido o elo
O amor é o segredo de tudo
E eu pinto tudo em amarelo
Quem planta preconceito
Racismo, indiferença
Não pode reclamar da violência
Quem planta preconceito
Racismo, indiferença
Não pode reclamar da violência
Quem planta preconceito
Racismo, indiferença
Não pode reclamar da violência
Quem planta preconceito
Racismo, indiferença
Não pode reclamar
Lembra da criança
No sinal pedindo esmola?
Não é problema meu
Fecho o vidro, vou embora
Lembra aquele banco
Ainda era de dia
Tem preto lá na porta
Avisem a polícia
E os milhões e milhões
Que roubaram do povo
Se foi político ou doutor
Serão soltos de novo
Oooh!
Quem planta preconceito
Racismo, indiferença
Não pode reclamar da violência
Quem planta preconceito
Impunidade, indiferença
Não pode reclamar da violência
Quem planta preconceito
Impunidade, indiferença
Não pode reclamar da violência
Quem planta preconceito
Impunidade, indiferença
Não pode reclamar
Ainda há muito o que aprender
Com África Bambata e Salassiê
Com Bob Marley e Chuck Chuck D
O reggae, o hip hop às vezes não é esse que está aí
Sequela, a violência entrando pelo rádio, pela tela
E você só sente quando falta o rango na panela
Nunca aprende, só se prende, não se defende
Se acorrenta, toma o mal
Traga o mal, experimenta
Por isso ainda há muito o que aprender
Com África Bambata e Salassiê
Com Bob Marley e Chuck D
O reggae, o hip hop pode ser
O que se expressa aqui
Jamaica, o ritmo no pódio sua marca
Várias medalhas, vários ouros, zero prata
E no bater da lata, decreto morte é o gravata
E no bater das palmas, viva a cultura rasta"
Crianças não nascem más
Crianças não nascem racistas
Crianças não nascem más
Aprendem o que a gente ensina
Por isso ainda há muito o que aprender
Com África Bambata e Salassiê
Com Bob Marley e Chuck D
Todo dia algo diferente que não percebi
E na lição um novo dever de casa
Mais brasa na fogueira e o comédia vaza
A moda acaba, a gravadora trai
E o fã já não te admira mais
Ainda há muito o que aprender
Lado a lado, aliados, Natiruts, GOG
O DF, o cerrado, um cenário a descrever
Do Riacho a Ceilândia cansei de ver
A repressão policial
A criança sem presente de natal
O parceiro se rendendo ao mal
Quem planta a violência
Colhe ódio no final
É isso aí GOG
Isso mesmo rapaz
O reggae, o rap
A cultura negra, a raiz negra
Como tem que ser
Lado a lado
É isso aí, representando cerrado
Muita paz pra todo mundo sempre
Fonte: LyricFindCompositores: Alexandre Carlo Cruz Pereira / Bruno Dourado Freire / Genival Oliveira Goncalves / Izabella Rocha Vieira / Luis Mauricio Alves Ribeiro / Waldivino Pires De Morais JuniorLetra de Quem planta preconceito © Sony/ATV Music Publishing LLCExistiu
Um eldorado negro no Brasil
Existiu
Como o clarão que o sol da liberdade produziu
Refletiu
A luz da divindade, o fogo santo de Olorum
Reviveu
A utopia um por todos e todos por um
Quilombo
Que todos fizeram com todos os santos zelando
Quilombo
Que todos regaram com todas as águas do pranto
Quilombo
Que todos tiveram de tombar amando e lutando
Quilombo
Que todos nós ainda hoje desejamos tanto
Existiu
Um eldorado negro no Brasil
Existiu
Viveu, lutou, tombou, morreu, de novo ressurgiu
Ressurgiu
Pavão de tantas cores, carnaval do sonho meu
Renasceu
Quilombo, agora, sim, você e eu
Quilombo
Quilombo
Quilombo
Quilombo
Joga o cabelo pra lá / joga o cabelo pra cá
Minha raiz é forte / e ninguém vai me parar
Sou África mãe /onde o cabelo tem importância
Toda essa força /eu trago como herança
Cultivando raiz / tudo vai florescendo
As pretas de black armado/ cada vez vai crescendo
Eu amo meu cabelo/eu amo ele assim,
black, raspado, liso, solto… /essa é minha raiz
Eu amo meu cabelo/amo ele assim,
black, raspado, liso, solto… /essa é minha raiz
por isso eu sou feliz, por isso eu sou feliz
Essa é minha raiz, /essa é minha raiz
Joga o cabelo pra lá / joga o cabelo pra cá.
Minha raiz é forte / e ninguém vai me parar.
Joga o cabelo pra lá / joga o cabelo pra cá.
Eu respeito minha raiz / eu sempre respeitar.
Joga o cabelo pra lá / joga o cabelo pra cá.
Minha raiz é forte / e ninguém vai me parar.
Joga o cabelo pra lá / joga o cabelo pra cá.
Eu respeito minha raiz / e ninguém vai me parar.
Mantenho minha atitude / onde quer que eu vá
Minha raiz é forte / e ninguém vai me parar.
Tenho a atitude / onde quer que eu vá.
Eu respeito minha raiz / eu vou sempre respeitar
Joga o cabelo pra lá / joga o cabelo pra cá.
Minha raiz é forte / e ninguém vai me parar.
Joga o cabelo pra lá / joga o cabelo pra cá.
Eu respeito minha raiz / minha coroa é de raiz.
Eu só quero é ser feliz
Andar tranquilamente na favela onde eu nasci, é
E poder me orgulhar
E ter a consciência que o pobre tem seu lugar
Fé em Deus, DJ
Eu só quero é ser feliz
Andar tranquilamente na favela onde eu nasci, é
E poder me orgulhar
E ter a consciência que o pobre tem seu lugar
Mas eu só quero é ser feliz
Feliz, feliz, feliz, feliz onde eu nasci (Han!)
E poder me orgulhar
E ter a consciência que o pobre tem seu lugar
Minha cara autoridade, eu já não sei o que fazer
Com tanta violência eu sinto medo de viver
Pois moro na favela e sou muito desrespeitado
A tristeza e a alegria aqui caminham lado a lado
Eu faço uma oração para uma santa protetora
Mas sou interrompido a tiros de metralhadora
Enquanto os ricos moram numa casa grande e bela
O pobre é humilhado, esculachado na favela
Já não aguento mais essa onda de violência
Só peço à autoridade um pouco mais de competência
Vamo lá, vamo lá
Eu só quero é ser feliz
Andar tranquilamente na favela onde eu nasc (Han!)
E poder me orgulhar
E ter a consciência que o pobre tem seu lugar
Mas eu só quero é ser feliz
Feliz, feliz, feliz, feliz onde eu nasci, é
E poder me orgulhar
E ter a consciência que o pobre tem seu lugar
Diversão hoje em dia, não podemos nem pensar
Pois até lá nos bailes eles vem nos humilhar
Fica lá na praça que era tudo tão normal
Agora virou moda a violência no local
Pessoas inocentes que não tem nada a ver
Estão perdendo hoje o seu direito de viver
Nunca vi cartão postal que se destaque uma favela
Só vejo paisagem muito linda e muito bela
Quem vai pro exterior da favela sente saudade
O gringo vem aqui e não conhece a realidade
Vai pra zona sul pra conhecer água de côco
E o pobre na favela vive passando sufoco
Trocaram a presidência, uma nova esperança
Sofri na tempestade, agora eu quero a bonança
O povo tem a força, precisa descobrir
Se eles lá não fazem nada, faremos tudo daqui
Quero ouvir
Eu só quero é ser feliz
Andar tranquilamente na favela onde eu nasci, é
E poder me orgulhar
E ter a consciência que o pobre tem seu lugar, eu
Eu só quero é ser feliz
Feliz, feliz, feliz, feliz onde eu nasci (Han!)
E poder me orgulhar, é
O pobre tem o seu lugar
Diversão hoje em dia, nem pensar
Pois até lá nos bailes eles vem nos humilhar
Fica lá na praça que era tudo tão normal
Agora virou moda a violência no local
Pessoas inocentes que não tem nada a ver
Estão perdendo hoje o seu direito de viver
Nunca vi cartão postal que se destaque uma favela
Só vejo paisagem muito linda e muito bela
Quem vai pro exterior da favela sente saudade
O gringo vem aqui e não conhece a realidade
Vai pra zona sul pra conhecer água de côco
E o pobre na favela passando sufoco
Trocada a presidência, uma nova esperança
Sofri na tempestade, agora eu quero a bonança
O povo tem a força, só precisa descobrir
Se eles lá não fazem nada, faremos tudo daqui
Vamo lá, quero ouvir
Eu só quero é ser feliz
Andar tranquilamente na favela onde eu nasci, é
E poder me orgulhar
E ter a consciência que o pobre tem seu lugar, é
Eu só quero é ser feliz
Feliz, feliz, feliz, feliz onde eu nasci (Han!)
E poder me orgulhar
E ter a consciência que o pobre tem seu lugar
E poder me orgulhar
E ter a consciência que o pobre tem seu lugar
Fonte: Musixmatch
Compositores: Julio Cesar Seia Ferreira / Katia Sileia Ribeiro De Oliveira
Letra de Rap da Felicidade © Link Records Producoes E Entretenimento Ltda
A refavela
Revela aquela
Que desce o morro e vem transar
O ambiente
Efervescente
De uma cidade a cintilar
A refavela
Revela o salto
Que o preto pobre tenta dar
Quando se arranca
Do seu barraco
Pr'um bloco do BNH
A refavela, a refavela, ó
Como é tão bela, como é tão bela, ó
A refavela
Revela a escola
De samba paradoxal
Brasileirinho
Pelo sotaque
Mas de língua internacional
A refavela
Revela o passo
Com que caminha a geração
Do black jovem
Do black Rio
Da nova dança no salão
Hey, kiriê
Kiriê, iaiá
Kiriê
Kiriê, iaiá
Kiriê
Kiriê iaiá
Iaiá, kiriê
Kiriê, iaiá
A refavela
Revela o choque
Entre a favela, inferno e o céu
Baby-blue rock
Sobre a cabeça
De um povo chocolate-mel
A refavela
Revela o sonho
De minha alma, meu coração
De minha gente
Minha semente
Preta Maria, Zé, João
A refavela, a refavela, ó
Como é tão bela, como é tão bela, ó
A refavela
Alegoria
Elegia, alegria e dor
Rico brinquedo
De samba-enredo
Sobre medo, segredo e amor
A refavela
Batuque puro
De samba duro de marfim
Marfim da costa
De uma Nigéria
Miséria, roupa de cetim
Oh, kiriê
Kiriê, iaiá
Kiriê
Kiriê, iaiá
Iaiá, kiriê
Kiriê iaiá
Kiriê
Kiriê, iaiá
Fonte: LyricFindCompositores: Gilberto GilRespeitem meus cabelos, brancos
Chegou a hora de falar
Vamos ser francos
Pois quando um preto fala
O branco cala ou deixa a sala
Com veludo nos tamancos
Cabelo veio da áfrica
Junto com meus santos
Cabelo veio da áfrica
Junto com meus santos
Benguelas, zulus, gêges
Rebolos, bundos, bantos
Batuques, toques, mandingas
Danças, tranças, cantos
Respeitem, meus cabelos, brancos
Respeitem, meus cabelos, brancos
Se eu quero pixaim, (deixa)
Se eu quero enrolar, (deixa)
Se eu quero colorir, (deixa)
Se eu quero assanhar
Deixa, deixa a madeixa balançar
Se eu quero pixaim, (deixa)
Se eu quero enrolar, (deixa)
Se quero colorir, (deixa)
Se eu quero assanhar
(Deixa, deixa a madeixa balançar)
Respeitem meus cabelos, brancos
Chegou a hora de falar
Vamos ser francos
Pois quando um preto fala
O branco cala ou deixa a sala
Com veludo nos tamancos
Cabelo veio da áfrica
Junto com meus santos
Cabelo veio da áfrica
Junto com meus santos
Benguelas, zulus, gêges
Rebolos, bundos, bantos
Batuques, toques, mandingas
Danças, tranças, cantos
Respeitem, meus cabelos, brancos
Respeitem, meus cabelos, brancos
Se eu quero pixaim, (deixa)
Se eu quero enrolar, (deixa)
Se eu quero colorir, (deixa)
Se eu quero assanhar
Deixa, deixa a madeixa balançar
Se eu quero pixaim, (deixa)
Se eu quero enrolar, (deixa)
Se eu quero colorir, (deixa)
Se eu quero assanhar
Deixa, deixa a madeixa balançar
Se eu quero pixaim, se eu quero pixaim
Se eu quero pixaim, (deixa)
Se eu quero enrolar, (deixa)
Se eu quero colorir, (deixa)
Se eu quero assanhar
Se eu quero pixaim, (deixa)
Se eu quero enrolar, (deixa)
Se eu quero colorir
(Deixa, deixa) deixa
(Deixa, deixa) deixa
Deixa, deixa a madeixa balançar
Fui claro?
Fonte: MusixmatchCompositores: Francisco Cesar GoncalvesLetra de Respeitem meus cabelos, brancos © Deck Producoes Artisticas LtdaNegro é a raiz da liberdade
Negro é a raiz da liberdade
Um sorriso negro
Um abraço negro
Traz felicidade
Negro sem emprego
Fica sem sossego
Negro é a raiz da liberdade, um sorriso negro
Um sorriso negro
Um abraço negro
Traz felicidade
Negro sem emprego
Fica sem sossego
Negro é a raiz da liberdade
Negro é uma cor de respeito
Negro é inspiração
Negro é silêncio, é luto
Negro é a solidão
Negro que já foi escravo
Negro é a voz da verdade
E negro é destino, é amor
Negro também é saudade, um sorriso negro
Um sorriso negro
Um abraço negro
Traz felicidade
Negro sem emprego
Fica sem sossego
Negro é a raiz da liberdade
Um sorriso (negro) isso, bora negro
(Um abraço negro) negro, negro, negro, negro
Traz felicidade
Fica sem sossego
Negro é a raiz da liberdade
Negro é uma cor de respeito
Negro é inspiração
Negro é silêncio, é luto
Negro é a solidão
Negro que já foi escravo
Negro é a voz da verdade
E negro é destino, é amor
Negro também é saudade, um sorriso negro
Um sorriso negro
Um abraço negro
Traz felicidade
Negro sem emprego
Fica sem sossego
Negro é a raiz da liberdade
Negro é a raiz da liberdade
Negro é a raiz da liberdade
Onda, me leve pra Cabo Verde
Antes, me banhe em Salvador
Água sagrada pra minha sede
Inspiração na cuia do tambor
Onda, me leve à ilha de Cuba
Quero as maracas e a rumba de lá
Reino, mandinga, filhos de Gandhi
Tem fundamento em seu Ijexá
'Tá aê, que assim se faça entender nego
De vez, swing mora no ancestral
Malês e tuaregues são do seu cordão
São reis que brincam no seu carnaval
Onda, me leve pra Cabo Verde
Antes, me banhe em Salvador
Água sagrada pra minha sede
Inspiração na cuia do tambor
Onda, me leve à ilha de Cuba
Quero as maracas e a rumba de lá
Reino, mandinga, filhos de Gandhi
Tem fundamento em seu Ijexá
'Tá aê, que assim se faça entender nego
De vez, swing mora no ancestral
Malês e tuaregues são do seu cordão
São reis que brincam no seu carnaval
'Tá aê, que assim se faça entender nego
De vez, swing mora no ancestral
Malês e tuaregues são do seu cordão
São reis que brincam no seu carnaval
'Tá aê, que assim se faça entender nego
De vez, swing mora no ancestral
Malês e tuaregues são do seu cordão
São reis que brincam no seu carnaval
Alô, mãe
Você sente minha falta?
Porque eu também sinto falta de mim
Alô, mãe
Canta que o corpo transpassa
O tempo e nos faz resistir
Deixei meu cocar no quadro
Retrato falado, escrevo: "Tá aqui"
Num apagamento histórico
Me perguntam como é que eu cheguei aqui
A verdade é que eu sempre estive
(Nos reduzem a índios, mitos, fantasias)
A verdade é que eu sempre estive
(E depois dizem que somos todos iguais)
Vou te contar uma história real:
Um a um morrendo desde os navios de Cabral
Nós temos nomes, não somos números
(Galdino Pataxó, Marçal Guarani, Jorginho Guajajara)
Nós temos nomes, não somos números
(Marcinho Pitaguary, ???, não somos)
Pra me manter viva, preciso resistir
Dizem que não sou de verdade
Que eu não deveria nem estar aqui
O lugar aonde eu vivo
Me apaga e me incrimina
Me cala e me torna invisível
A arma de fogo superou a minha flecha
Minha nudez se tornou escandalização
Minha língua mantida no anonimato
Kaê na mata, Aline na urbanização
Mesmo vivendo na cidade
Nos unimos por um ideal
Na busca pelo direito
Território ancestral
Vou te contar uma história real:
Pindorama (território, território ancestral)
Brasil,
Demarcação já no território ancestral
Toda menina baiana tem um santo, que Deus dá
Toda menina baiana tem encanto, que Deus dá
Toda menina baiana tem um jeito, que Deus dá
Toda menina baiana tem defeito também que Deus dá
Que Deus deu
Que Deus dá
Que Deus entendeu de dar a primazia
Pro bem, pro mal, primeira chão na Bahia
Primeira missa, primeiro índio abatido também
Que Deus deu
Que Deus entendeu de dar toda magia
Pro bem, pro mal, primeiro chão na Bahia
Primeiro carnaval, primeiro Pelourinho também
Que Deus deu
A, a, a, que Deus deu
Ô, ô, ô, que Deus dá
A, a, a, que Deus deu
Ô, ô, ô, que Deus dá
A, a, a, que Deus deu
Ô, ô, ô, que Deus dá
A, a, a, que Deus deu
Ô, ô, ô, que Deus dá
Toda menina baiana tem encanto, que Deus dá
Toda menina baiana tem um jeito, que Deus dá
Toda menina baiana tem defeito também que Deus dá
Toda menina baiana tem defeito também que Deus dá
Que Deus deu
Que Deus dá
Que Deus entendeu de dar a primazia
Pro bem, pro mal, primeira mão na Bahia
Primeira missa, primeiro índio abatido também
Que Deus deu
Que Deus entendeu de dar toda magia
Pro bem, pro mal, primeiro chão na Bahia
Primeiro carnaval, primeiro Pelourinho também
Que Deus deu
A, a, a, que Deus deu
Ô, ô, ô, que Deus dá
A, a, a, que Deus deu
Ô, ô, ô, que Deus dá
A, a, a, que Deus deu
Ô, ô, ô, que Deus dá
A, a, a, que Deus deu
Ô, ô, ô, que Deus dá
A, a, a, que Deus deu
Ô, ô, ô, que Deus dá
A, a, a, que Deus deu
Ô, ô, ô, que Deus dá
A, a, a, que Deus deu
Ô, ô, ô, que Deus dá
A, a, a, que Deus deu
Ô, ô, ô, que Deus dá
A, a, a, que Deus deu
Ô, ô, ô, que Deus dá
A, a, a, que Deus deu
Ô, ô, ô, que Deus dá
A, a, a, que Deus deu
Ô, ô, ô, que Deus dá
A, a, a, que Deus deu
Ô, ô, ô, que Deus dá
Fonte: LyricFindCompositores: Gilberto GilTudo começou
Naquela esquina ali
Veio os homem e nos pararam
Qualé', negão?
Qualé', negão?
Qualé', negão?
Qualé', ne-
Quê que tá pegando?
É
É, é, é
Sempre fui o primeiro negro
Todo camburão tem um pouco de navio negreiro
(Africa)
Todo camburão
(Africa)
Todo camburão
Negreiro
(Africa)
Tem um pouco de navio
(Africa)
É, é, é
Na...
Comparado, comparado
Comparado, comparado
Todo camburão tem um pouco de navio negreiro
(Africa)
Todo camburão
(Africa)
Todo camburão
Negreiro
(Africa)
Tem um pouco de na...
(Africa)
Unite, black people, unite!
Valoriza o herói
Todo sangue derramado afro
Valoriza o herói
É
É, é, é mole de ver
Que todo camburão
(Africa)
Todo camburão tem um pouco
(Africa)
Todo camburão
(Africa)
Que todo camburão tem um...
(Africa)
Valoriza o herói
Sim, sou um negro de cor
Meu irmão de minha cor
O que te peço é luta sim, luta mais
Que a luta está no fim
Cada negro que for, mais um negro virá
Para lutar com sangue ou não
Com uma canção também se luta irmão
Ouvir minha voz, lutar por nós
Luta negra de mais é lutar pela paz
Luta negra demais para sermos iguais
Uma vida, uma vida não é nada
se não tem nenhum amor.
Um sorriso não é um riso,
um sorriso não é preciso
se não tem amor!
Uma casa é tão fria
apenas, apenas uma moradia
sem amor
Eu persigo o meu destino
Meu futuro do inseguro
levando sempre, sempre
a minha dor!
Não descanso, não, eu não desisto,
eu insisto! Eu insisto procurando o amor!
Alegria! Alegria!
É manhã de um novo dia!
Alegria! Alegria!
É manhã de um novo dia!
Alegria! Alegria!
É manhã de um novo dia!
Vou andar onde o amor levar
vou descobrir a vida
vou construir meu lar
eu vou sair de mim
eu quero me encontrar
sei que vou ser feliz
meu dia chegará!
Alegria! Alegria!
É manhã de um novo dia!
Alegria! Alegria!
É manhã de um novo dia!
Alegria! Alegria!
É manhã de um novo dia!
Atravessei o mar, um sol
Da América do Sul me guia
Trago uma mala de mão
Dentro uma oração, um adeus
Eu sou um corpo, um ser, um corpo só
Tem cor, tem corte
E a história do meu lugar, ô
Eu sou a minha própria embarcação
Sou minha própria sorte
Atravessei o mar, um sol
Da América do Sul me guia
Trago uma mala de mão
Dentro uma oração, um adeus
Eu sou um corpo, um ser, um corpo só
Tem cor, tem corte
E a história do meu lugar, ô
Eu sou a minha própria embarcação
Sou minha própria sorte
Je suis ici, ainda que não queiram, não
Je suis ici, ainda que eu não queira mais
Je suis ici, agora
Cada rua dessa cidade cinza
Sou eu
Olhares brancos me fitam
Há perigo nas esquinas
E eu falo mais de três línguas
E a palavra amor, cadê?
E a palavra amor, cadê?
Je suis ici, ainda que não queiram, não, ô
Je suis ici, ainda que eu não queira mais
Je suis ici, agora
Je suis ici, e a palavra amor, cadê?
Je suis ici, e a palavra amor, cadê?
Je suis ici, e a palavra amor, cadê?
Je suis ici, e a palavra amor, cadê?
E a palavra amor, cadê?
E a palavra amor, cadê?
E a palavra amor, cadê?
E a palavra amor...
Yapo, ia ia, e e e o
Yapo, ia, ia, e e e
Yapo, ia, ia e e
Yapo e tuque, tuque
Yapo e tuque, tuque, e e e
Zumbi, comandante guerreiro
Ogunhê, ferreiro-mor capitão
Da capitania da minha cabeça
Mandai a alforria pro meu coração
Minha espada espalha o sol da guerra
Rompe mato, varre céus e terra
A felicidade do negro é uma felicidade guerreira
Do maracatu, do maculelê e do moleque bamba
Minha espada espalha o sol da guerra
Meu quilombo incandescendo a serra
Tal e qual o leque, o sapateado do mestre-escola de
samba
Tombo-de-ladeira, rabo-de-arraia, fogo-de-liamba
Em cada estalo, em todo estopim, no pó do motim
Em cada intervalo da guerra sem fim
Eu canto, eu canto, eu canto, eu canto, eu canto, eu
canto assim:
A felicidade do negro é uma felicidade guerreira!
A felicidade do negro é uma felicidade guerreira!
A felicidade do negro é uma felicidade guerreira!
Brasil, meu Brasil brasileiro
Meu grande terreiro, meu berço e nação
Zumbi protetor, guardião padroeiro
Mandai a alforria pro meu coração