Professora em escola indígena desde os 19 anos, em 2005 iniciou a graduação em Artes Plásticas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), em Salvador. Hoje, aos 36 anos, é mestra em Estudos Étnicos e Africanos e doutoranda em Artes Visuais, ambos também pela UFBA.
Tamanha dedicação e talento no universo das artes a fez ser indicada ao Prêmio PIPA, uma das principais premiações de arte contemporânea do país, em 2016. Sua primeira exposição, Sob o olhar Pataxó, aconteceu em 2007 no Museu de Arqueologia e Etnologia da UFBA. Mira ! Artes visuais Contemporâneas dos Povos Indígenas, realizada em Minas Gerais e Brasília entre 2013 e 2014 também consta em sua lista, dentre outras. Como professora, trabalhou em quatro escolas indígenas, sendo o Colégio Estadual Indígena Coroa Vermelha, que fica em Santa Cruz Cabrália, Bahia, o atual, mas pretende se afastar para se dedicar ao doutorado, já que o local que dá aula fica há cerca de dez horas de Salvador. Suas aulas se voltam para a arte-educação e o ensino do patxohã (língua originário dos Pataxó).
Arissana sempre gostou de desenhar e pintar, motivo que a levou ao universo das Artes Plásticas. “Na arte o que me inspira é a minha vivência, o cotidiano. Tudo que eu vivo eu coloco um pouco”. Sua pesquisa de doutorado é uma continuidade do mestrado, e aborda as artes Pataxó, cuja produção é ampla e vai do trabalho com semente, fibra à madeira. “Aprendo muito com a pesquisa de campo, principalmente ao entrar em contato com os mais velhos”.
Só a sua trajetória acadêmica já comprova o quanto é uma mulher quebradora de paradigmas, uma vez que, ao pisar na universidade mostra que o ensino superior também é lugar de indígena e que todas e todos são capazes, basta ter oportunidade. É nítido também que essa caminhada não é só uma busca de conhecimento para si própria e sim, uma forma que encontrou de zelar, fortalecer e cuidar dos frutos cujos mais velhos plantaram e que ela transmite por meio de suas pinturas e durante suas aulas para as meninas e meninos Pataxó. Vale destacar que Arissana teve que morar em outra cidade para estudar, contudo, a cada etapa concluída, sempre voltou para sua região de origem para contribuir junto a seu povo .
Texto adaptado do Site: https://revistaeducacao.com.br/2020/03/08/mulheres-indigenas-inspiradoras/QUER SABER MAIS? Acesse:
http://arissanapataxo.blogspot.com/
https://www.premiopipa.com/pag/arissana-pataxo/
Daiara Hori Figueroa Sampaio - Duhigô, do povo indígena Tukano – Yé'pá Mahsã, clã Eremiri Hãusiro Parameri do Alto Rio Negro na amazônia brasileira, nascida em São Paulo.
Artista, ativista, educadora e comunicadora.
Mestre em direitos humanos pela Universidade de Brasília - UnB; pesquisa o direito à memória e à verdade dos povos indígenas;
Coordenadora da Rádio Yandê, primeira web-rádio indígena do Brasil - www.radioyande.com .
Estuda a cultura, historia e espiritualidade tradicional de seu povo junto à sua família. Reside em Brasília, DF.
QUER SABER MAIS? Acesse:
https://www.daiaratukano.com/arte
https://cura.art/portfolio/daiara-tukano/
https://www.itaucultural.org.br/secoes/podcasts/daiara-tukano-mekukradja
*Curadoria da Postagem: Avelin Buniacá
Denilson Baniwa (Barcelo, Amazonas, 1984). Artista Visual, curador. Descendente do povo Baniwa, o artista utiliza linguagens das artes visuais para construir seus trabalhos como a pintura e a performance, que permite levar técnicas, tecnologias e histórias de seu povo para o contato com o espectador como na obra Pajé-onça Hackeando (2018), na qual, o artista vestido com uma capa de padronagem de pele de onça, bem como máscara que imita o animal, se transforma em uma entidade criada por ele e que transita pela 33ª Bienal de Arte de São Paulo e interage com outras obras que trazem registros de indígenas. Seu objetivo é denunciar a violência do Estado e das imposições culturais.
QUER SABER MAIS? Acesse:
https://www.behance.net/denilsonbaniwa
https://www.youtube.com/c/DenilsonBaniwa/featured
https://www.premiopipa.com/denilson-baniwa/
https://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa628975/denilson-baniwa
https://www.instagram.com/denilsonbaniwa/?hl=pt-br
Duhigó (primogênita, na língua Tukano), nasceu em 02 de março de 1957, na aldeia Paricachocheira, município de São Gabriel da Cachoeira, na região do Alto Rio Negro, Estado do Amazonas, Brasil.
É filha de pai Tukano e mãe Dessana (etnias amazônicas). Mora em Manaus desde 1995, onde estudou Pintura na Escola de Arte do Instituto Dirson Costa de Arte e Cultura Amazônicas.
Em sua arte expressa principalmente artefatos e elementos mitológicos dos índios Tukano, assim como a natureza amazônica presentes em sua memória afetiva.
Fala fluentemente as línguas indígenas Tukano, Dessana, Wanano e Tuyuka, além de Português.
Desde 2005, Duhigó possui uma contínua produção artística.
Texto retirado do site: https://www.institutodirsoncosta.com.br/artistas/duhigo/
QUER SABER MAIS? ACESSE:
https://www.facebook.com/duhigotukano/
https://www.institutodirsoncosta.com.br/obras/quadro-simbologia-tukano-i/
http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa640677/duhigo
https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2018/08/25/indigena-da-etnia-tukano-e-primeira-amazonense-a-ter-obras-escolhidas-para-mostra-em-sp.ghtml
Jaider Esbell (Normandia, Roraima, 1979). Artista plástico, escritor, produtor cultural. Tem a natureza como principal inspiração de seus trabalhos, além da ancestralidade e memória dos povos indígenas, especialmente de seu povo, Macuxi.
Começa como artista plástico, de forma audidata, em 2011, mesmo ano em que realiza a exposição individual Cabocagem – O Homem na Paisagem, na Universidade Federal de Roraima (UFRR). Entre suas obras estão as pinturas Dimensão Humana e Maldita e Desejada, ambas de 2013. Nas obra Zoomorfo (2016), amplia os materiais utilizados para a produção, mesclando pinturas com fitas coloridas e a tela ganha como suporte madeiras amarradas remetendo o trabalho à um estandarte.
Em 2012, lança seu livro Terreiro de Makunaima – Mitos, Lendas e Estórias em Vivências, à partir de trabalhos de arte educação em escolas indígenas e não indígenas.
O artista mantém em sua casa, seu ateliê e uma galeria de arte para exposição de seus trabalhos e de outros artístas indígenas.
Texto retirado do site: https://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa641366/jaider-esbellQUER SABER MAIS? ACESSE:
http://www.jaideresbell.com.br/site/
https://www.premiopipa.com/pag/jaider-esbell/
https://www.itaucultural.org.br/jaider-esbell-mekukradja
http://www.jaideresbell.com.br/site/sobre-o-artista/
https://amlatina.contemporaryand.com/pt/places/jaider-esbell-contemporary-indigenous-art-gallery/
*Curadoria da Postagem: Avelin Buniacá
Sallisa Rosa é natural de Goiânia, e se dedica a investigações contemporâneas de imagens e temas que a atravessam, como a sua própria identidade, o universo feminino, futuro, ficção e descolonização. Seu trabalho se desenvolve a partir da fotografia de indígenas urbanos – uma investigação em torno da identidade nativa contemporânea.
Sallisa Rosa atua com a arte como caminho e experiências intuitivas, ficção, identidade e natureza, sua prática circula entre fotografia e vídeo, mas também instalações e obras participativas. O trabalho de Sallisa foi destaque na exposição “Histórias feministas: artistas após 2000 no Museu de Arte Moderna de São Paulo” (MASP, 2019), “VAIVEM”, no Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro (CCBB, 2019), na Bienal do Barro, Caruaru (2019), “Estratégias do Feminino”, Farol Santander, Porto Alegre (2019), Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte (2019) e “Dja Guata Porã”, Museu de Arte do Rio de Janeiro (MAR, 2017).
Texto adaptado dos site: https://guaja.cc/membro/sallisa-rosa/ , https://www.premiopipa.com/sallisa-rosa/ e https://www.jaca.center/sallisa-rosa-br/QUER SABER MAIS? ACESSE:
https://www.instagram.com/sallisarosa/?hl=pt-br
https://revistacontinente.com.br/edicoes/231/sallisa-rosa
https://www.arteinformado.com/guia/f/sallisa-rosa-204713
https://www.premiopipa.com/sallisa-rosa/
https://www.jaca.center/sallisa-rosa-br/
https://guaja.cc/membro/sallisa-rosa/
https://guaja.cc/horta-de-mandioca/