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--  História Postal  --

---  Os Paquetes Correios Marítimos - Portugal/Brasil  ---

( Atualizado em: 21/07/2024 )

Com a promulgação em 20 de Janeiro de 1798 do Alvará de Reorganização do Correio Marítimo Portugal /Brasil, ficou determinado que a Repartição da Marinha se encarregasse de expedir, de dois em dois meses, dois Paquetes Correio Marítimos: um, com destino ao porto de Assú, para servir as capitanias de Pernambuco, Paraíba, Maranhão, Piauí e Pará; e o outro, para a Bahia e o Rio de Janeiro. Ordenava-se ainda que o Vice-Rei, Governadores e Juntas de Fazenda da Colónia, por sua vez, implementassem sistemas de comunicações, no interior do território, para permitir o encaminhamento das correspondências recebidas e expedidas pelos paquetes, que transportariam também pequenas encomendas e produtos do País, sob o controle da Administração do Correio.

Adensavam-se as perspectivas de guerra e do conluio Franco-Espanhol contra Portugal, e o projecto dos Paquetes Correios Marítimos não conseguia vingar, pois para a Marinha de Comércio era impossível atravessar o Atlântico sem escoltas apropriadas, uma vez que a guerra de corso e a pirataria grassavam impunes.

Foi então, três anos após a publicação daquele Alvará, que foi emanada outra directiva da Regência, ordenando a construção de Paquetes Correios Marítimos, num esforço para manter o Serviço num contexto que se avizinhava turbulento, tanto no mar como em terra, devendo em matéria de construção naval centrarem-se as suas características específicas em aspectos como a velocidade /tonelagem, área de velame e armamento de artilharia para defesa contra os navios de corso e piratas e sobretudo robustez de casco que permitisse atravessar o Atlântico e voltar ao porto de Lisboa várias vezes ao ano, sem intervalos senão os para reabastecimento.

Sobrescrito do S.N.R. (Fev.1842 - Set.1842), do Consulado de Portugal em Pernambuco, endereçada ao Duque da Terceira, Ministro e Secretario d' Estado dos Negócios Estrangeiros, em Lisboa. No verso com menção manuscrita "Para ser entregue com o passageiro Ângelo José de Souza remettido por este Consulado.", e assinatura do Cônsul Henriques Ferreira, evitando assim a multa postal. Correio Marítimo.

Sobrescrito de carta da Bahia (22.12.1842), endereçada a Rodrigo da Fonseca Magalhães (1),  Gram Cruz, Par do Reino, residente à Rua do Quelhas, nº 11, Lisboa, onde foi recebida a 15.02.1843.  Ostenta na face carimbo 'CORREIOS DA BAHIA DEZRº -22- 1842' a preto e carimbo 'C. Est. de N.' a azul aplicado pelos Correios de Lisboa para as cartas oriundas de países estrangeiros e transportadas por barcos portugueses de comércio. Carimbo quadrangular '15.LISBOA.2' aplicado no verso. Taxa portuguesa de porte simples de 160 réis (peso até 4 oitavas) de acordo com a tabela de paquetes subsidiados - N[T1] para a ligação marítima entre Brasil e Portugal, cobrada ao destinatário. Correio Marítimo.

Carta da Bahia (22.02.1848), de Costa & Filhos, endereçada a Dª. Joana Adelaide Miquelina Pontes, em Lisboa, onde foi recebida a 24.05.1848. Carimbo oval 'C. EST.de N.' a azul aplicado na face pelos Correios de Lisboa para as cartas oriundas de países estrangeiros, transportadas por barcos portugueses de comércio. Carimbo '24.LISBOA.5' aposto no verso. Taxa de porte simples de 160 réis (peso até 4 oitavas) de acordo com a tabela de paquetes subsidiados para a ligação marítima entre Brasil e Portugal, cobrada ao destinatário. Transportada p/ brigue 'Leoa'. Correio Marítimo.

(Negócio de venda de casa.) 

Carta do Maranhão (14.09.1853), de Cypriano Jozé de Barros, endereçada a Manoel Jozé Teixeira, no Porto, onde foi recebida a 30.10.1853. Apresenta na face carimbo 'BARRA DO PORTO 30.10.1853' a azul. Porte de 240 réis pago no destino. Correio Marítimo. Carta com golpes para desinfeção.

(Carta particular. Relatando o naufrágio da canoa 'Espírito Santo', e consequente perda de mercadorias que transportava.)

Carta do Rio de Janeiro (10.12.1856), de Manuel António Pires, em porto de Cayas, endereçada a Gaspar José Monteiro, no Largo do Rato, em Lisboa, onde foi recebida a 09.01.1857. Ostenta no verso carimbo 'RIO JANEIRO / DE.16.1856' a preto e 'P. TRANSATLANTICO 9/1 (57) a azul. Porte triplo de 180 réis aplicado e pago no destino. Correio Marítimo.

(Envio de carta particular.)

Carta do Rio de Janeiro (11.04.1857), de Albano José Reis, endereçada a Gaspar José Monteiro, na Rua de São Filippe Nery, nº 61, em Lisboa, onde foi recebida a 08.05.1857. Ostenta no verso carimbo 'RIO JANEIRO / AP.13.1857', a preto e 'P. TRANSATLANTICO 8/5 (57), a azul. Porte de 420 réis aplicado e pago no destino. Correio Marítimo.

(Sobre questões financeiras.)

Carta do Rio de Janeiro (07.01.1861), de Zeferino d´Oliveira e Silva, endereçada a Manuel Nunes dos Santos, no Porto, onde foi recebida a 04.02.1861. Ostenta no verso carimbos 'RIO DE JANEIRO JA.7.1861', 'P. TRANSATLANTICO 2/2/61' e 'PORTO 4.2.1861'. Tarifa de 300 réis anulada e corrigida para 150 réis. Transportada p/ paquete inglês 'Tyne' (Royal Mail Steam Packet Company) (4). Correio Marítimo.

(Dá conta de diligência em curso sobre pessoa falecida no Rio, e de questões financeiras de interesse do destinatário.)

(4) O vapor 'Tyne' de 1603 Tons, e capacidade para 60 passageiros em 1ª classe e 200 em 2ª, foi construído em 1854, e esteve ao serviço de 1854 a 1875.

Carta da Bahia (11.02.1869), de José Caetano Ferreira Espinheira, endereçada a Eduardo Militão de Souza Santhiago, no Porto, onde foi recebida a 03.03.1869. Carimbos 'P.TRANSATLANTICO (2.3.69)' e 'PORTO 3.MARÇ.69' aplicados no verso. Tarifa de 150 réis paga pelo destinatário. Transportada p/ paquete 'La Plata' (Royal Mail Steam Packet Company) (6). Correio Marítimo.

(Comercial.)

(6) O vapor 'La Plata' (I) de 2292 Tons, e capacidade para 116 passageiros em 1ª classe e 20 em 2ª, foi construído em 1852, e esteve no serviço transatlântico de 1852 a 1871, na rota Southampton-Rio de Janeiro.

---  JOAQUIM PINTO LEITE   (Comerciante e Capitalista no Porto)  --- 

Joaquim Pinto Leite, nascido em Cucujães em 1805, era filho de António Pinto Leite e de Teresa Angélica Bernardina da Assunção Correia, proprietários da Quinta da Gandarinha, naquela localidade.

Desde cedo que ele e os irmãos emigraram para o Brasil, onde fizeram tirocínio no negócio comercial, provavelmente com algum tio ou parente ali estabelecido, voltando a Portugal com capital suficiente para iniciarem negócios próprios.

Em 1838 já residia regularmente no Porto, na Rua dos Lavadouros, tendo nesse ano a 9 de Março entrado para a Irmandade da Lapa, instituição de que foi Vice-presidente em 1853.

Aos 36 anos, em 1840, faz o competente bilhete de residência, declarando ir morar para o Largo dos Lóios n.º 30. Era então súbdito brasileiro e, como tal, tinha de dar conta da sua morada ao administrador do respetivo bairro, precisando também de passaporte para circular no continente português.

Porém, já em 1830 havia fundado uma casa comercial no Porto, pelo que terá estado no Brasil entre 1820 e cerca de 1829, e quase pela certa de 1820 a 1824, primeiro em Santo Amaro, perto de dois anos, e depois na Baía, tendo tido problemas em 1824, no contexto da Independência do Brasil proclamada dois anos antes.

Do seu regresso, que não terá sido definitivo, porque manteve o negócio com o Brasil, não é fácil apurar com exatidão a data.  O facto de ter feito bilhete de residência apenas em 1840, mantendo-se como súbdito brasileiro, poderá indiciar que estaria no Porto ainda de forma não definitiva durante a década de 1830. Por ocasião do Cerco do Porto (1833), Joaquim Pinto Leite residira já no Largo dos Lóios, num prédio que foi isento de aboletamento por se ter declarado cidadão brasileiro.

Também não é certo que o ano de 1840 tenha marcado a mudança de residência para o prédio dos Lóios que, ainda hoje, faz esquina com a Calçada dos Clérigos e onde, em 1854, morava no nº 56, possuindo no rés-do-chão o seu estabelecimento de tecidos, onde adquiria fazendas por grosso e vendia a retalho. 

Este importante negócio de tecidos na cidade do Porto, iniciou-o em sociedade com os irmãos António Pinto Leite, Caetano Pinto Leite e, mais tarde, também com Sebastião Pinto Leite.

Desde logo, que Joaquim Pinto Leite se dedicou também ao empréstimo de capital, vindo a fundar uma importante casa bancária, em parceria com o irmão José Pinto Leite, que fora residir para Londres. A Pinto Leite & Brother (posteriormente Pinto Leite & Brothers, com a entrada de Sebastião Pinto Leite, que também se estabeleceu em Inglaterra), tinha escritório em Londres e no Porto, na esquina entre o Largo dos Lóios e a Rua dos Clérigos (n.º 91). As movimentações de capital eram intensas. E disso dão nota, em 1851, a importação de quatro mil soberanos para Joaquim Pinto Leite, e, por exemplo, em 1859, a vinda para o Porto de mais nove contos de réis. 

Em 1855, Joaquim Pinto Leite entrou com 55 ações no recém-constituído Banco do Porto, e foi ainda fundador do Banco Comercial, Industrial e Agrícola, em 1861.

Foi um dos membros da comissão que promoveu o início da angariação de fundos para a construção do Palácio de Cristal do Porto, e esteve igualmente ligado à subscrição de ações da Companhia do Caminho de Ferro, em 1863.

Joaquim Pinto Leite investiu igualmente em outras companhias. Com particular empenho na Companhia de Navegação por Vapor Luso-Brasileira, fundada em Outubro de 1852, da qual foi Diretor. Financiado pela firma Pinto Leite & Brother, em conjunto com uma sociedade de investidores residentes em Portugal e no Brasil, adquiriu em Inglaterra dois paquetes construídos em madeira, que utilizou na ligação entre os dois países, sendo que os navios “Donna Maria Segunda” e “Dom Pedro Segundo”, foram à época os segundos maiores navios da frota mercante portuguesa. A companhia dura pouco tempo, abrindo falência em Março de 1857, por ter entrando em colapso financeiro, motivado pelos sócios com origem no Brasil, que após uma Assembleia Geral de Accionistas, deliberaram lhes fosse devolvido o capital nela investido.

Não desiste das viagens transatlânticas, e, em 1863, faz a sua primeira viagem um barco de carreira para a Baía, de que era proprietário. 

Pertenceu ainda à Comissão do Exame das Contas da Companhia Segurança, no ano de 1849-1850, e em 1861, foi eleito por unanimidade Diretor da Companhia Garantia. 

Joaquim Pinto Leite e os seus irmãos investiam em quase tudo o que fosse lucrativo, como era comum na época por parte de capitalistas com espírito aberto e conhecedores dos negócios mais rentáveis no Brasil e em outros países. É disso exemplo o negócio da fundição, em que a firma Pinto Leite & Irmão, que possuía filiais em Manchester e Liverpool na década de 1860, importava dali materiais para as fundições do Porto.

Os Pinto Leite, sendo em meados do século XIX, uma das mais influentes famílias do Porto (e do país), vieram em termos económicos a assumir um papel fundamental para aquela cidade, pois estando ligados a grandes negócios e à banca, foram das poucas famílias portuenses que se instalaram com filiais comerciais em Inglaterra, quando nessa época o movimento económico se fazia no sentido inverso: eram sobretudo os ingleses que se instalavam no Porto com o seu negócio. Foram das raras famílias portuguesas de negociantes que se podiam dar ao luxo de especular preços no grande mercado inglês, como se equacionou aquando da célebre crise do algodão.


Texto adaptado do trabalho :

A Casa do Campo Pequeno, da família Pinto Leite, de J. Francisco Ferreira Queiroz

Revista da Faculdade de Letras

CIÊNCIAS E TÉCNICAS DO PATRIMÓNIO

Porto, 2004

I Série vol. III, pp. 183-215

Carta da Bahia (01.05.1846), de Francisco José Godinho, endereçada a Joaquim Pinto Leite, no Porto. Ostenta na face o carimbo ‘C. Est, de N.’ (Carta Estrangeira de Navio) e no verso os carimbos ’13 LISBOA 7’ e oval ‘17 PORTO 7’. Tarifa de 160 réis aplicada à chegada a Lisboa, e adicional de 40 réis para trânsito terrestre até ao Porto. Transportada no vapor ‘Mondego’. Correio Marítimo.

(Remete Conhecimento de Embarque, assinado pelo Capitão do Brigue ‘Commercio’, para o transporte de 154 couros do Rio Grande, a entregar no Porto.)

Carta da Bahia (17.03.1848), de António Francisco de Lacerda, endereçada a Joaquim Pinto Leite, no Porto. Carimbo 'C.EST de N.' a azul, aplicado na face pelos Correios de Lisboa para as cartas oriundas de países estrangeiros, transportadas por barcos portugueses de comércio. Carimbo circular '24.LISBOA.5' e oval '?.PORTO.5' a azul no verso. Taxa de porte simples de 160 réis (peso até 4 oitavas) de acordo com a tabela de paquetes subsidiados para a ligação marítima entre Brasil e Portugal, cobrada ao destinatário. Adicional de 40 réis para trânsito terrestre até ao Porto. Correio Marítimo.

  • Assuntos de natureza financeira

Carta do Maranhão (24.04.1848), de Francisco Maria de Freitas Albuquerque, endereçada a Joaquim Pinto Leite, no Porto, onde foi recebida a 08.06.1848. Carimbos 'CORREIOS DO MARANHÃO ABRIL.29.1848' e 'BARRA DO PORTO 8.6.1848' na face. Taxa de porte simples de 160 réis (peso até 4 oitavas) de acordo com a tabela de paquetes subsidiados para a ligação marítima entre Brasil e Portugal, cobrada ao destinatário. Transportada p/ '1º navio a sair p/ Portugal'. Correio Marítimo.

  • Sobre a herança de Ventura José de Oliveira Leite

Carta de Paris (25.11.1849), de Raphael António Doval, endereçada a Joaquim Pinto Leite, no Porto, onde foi recebida a 02.12.1849. Transportada no paquete inglês, apresenta carimbo de Paris 'BUREAU CENTRAL 25.NOV.1849' e 'PD' a vermelho. Transitada por Calais apresenta carimbo 'CALAIS Nº1 25.NOV.49' a preto, no verso, Londres 'PAID 26.NO.26 /1849' a vermelho e 'PORTO 2.12.1849' a azul, na face. Tarifa '17' centimes aplicada na origem, e de 1050 réis paga pelo destinatário. Correio Marítimo.

  • Envia cartas a serem franqueadas e remetidas para o Maranhão e Pará

Carta de Pernambuco (18.04.1851), de Manoel António Torres, endereçada a Joaquim Pinto Leite, no Porto, onde deu entrada em 08.06.1851, conforme mostra o carimbo ‘BARRA DO PORTO’ com aquela data. Taxa de porte simples de 160 réis aplicada no destino, para cartas de até 4 oitavas, segundo determinação de 19.7.1828. Aplicado carimbo de imposto de 5% criado pela Ley de 20.4.50, com vista à amortização das notas do Banco de Lisboa, para toda a correspondência de porte de 100 réis ou superior. Com a adopção do selo fixo cessou a cobrança deste imposto. Correio Marítimo. 

  • Particular

Carta de Maceió (14.09.1853), de António Bento Barbosa, endereçada a Joaquim Pinto Leite, no Porto, onde foi recebida a 12.11.1853. Ostenta no verso carimbos 'PERNAMBUCO' quase ilegível, 'P. TRANSATLANTICO 10/11(53)' aplicado à chegada a Lisboa e 'PORTO 12.NOVBRº.1853'. Porte de 240 réis pago no detino. Correio Marítimo.

  • Negócios 

Carta desinfetada - Na época o Brasil sofria uma terrível epidemia, e o Decreto de 20.4.1850 emitido pelo Conselho Sanitário Português, determinava: '… nenhum paquete originário do Brasil pode prestar quarentena em nenhum outro porto português que Lisboa', sendo válida a Regulação de 28.08.1848. 

Carta da Bahia (19.10.1855), de E. J. Brochado, endereçada a Joaquim Pinto Leite, no Porto, onde foi recebida a 06.12.1855. Transportada clandestinamente no paquete 'Tamar' (Royal Mail Steam Packet Company) (*), foi entregue em Lisboa aos agentes B. M. D' Oliveira Borges, Sobrinhos, que a encaminharam para o Porto. Franqueada com selo de 25 réis de D. Pedro V, obliterado c/ carimbo circular '1' de barras (1ª Reforma Postal). Na face c/ carimbo 'LISBOA 3-12-55' usado no correio marítimo interno, e no verso carimbo de chegada 'PORTO 6.DEZEMBRº.1855. Transportada para o Porto no vapor ‘D. PEDRO V’ (Ex. 'FALCÃO') da empresa (Perry & Companhia, Figueira). Correio Marítimo (clandestino).

  • Negócios 

(*) O vapor 'Tamar' de 1850 Tons, e capacidade para 100 passageiros em 1ª classe e 300 em 2ª, foi construído em 1854, e esteve ao serviço de 1854 a 1871. Com a Guerra da Crimeia (1854-1855) foi adstrito a funções navais militares como navio de transporte.

Carta da Bahia (21.03.1858), de António de Oliveira Barros & Cª, endereçada a Joaquim Pinto Leite, no Porto, onde foi recebida a 16.04.1858. Transportada clandestinamente por passageiro do paquete 'Medway' (Royal Mail Steam Packet Company) (*), foi entregue em Lisboa ao agente Miranda & Filhos, que a reencaminhou para o Porto no mesmo dia, no vapor 'Luzitania'  (Companhia Luzitania) (**). Apresenta no verso carimbo de chegada 'PORTO 16.ABRIL.1858', onde o destinatário pagou a tarifa de 40 réis. Correio Marítimo (clandestino).

  • Sobre a construção de navio e o comércio de açúcar


(*)  O vapor 'Medway' de 1895 Tons. e com capacidade para 100 passageiros, foi construído em 1841, e esteve ao serviço de 1842 a 1861. 

A Royal Mail Steam Packet Company, fundada em 1839, por James MacQueen, assinou a 5 de Julho de 1850, um novo contrato de prestação de serviço mensal de correio para o Rio de Janeiro, utilizando navios a vapor nessa rota. A viagem inaugural ocorreu então a 9 de Janeiro de 1851, pelo Teviot (I) que realizou o primeiro serviço de correio Southampton—Rio de Janeiro, onde chegou a 7 de Fevereiro. Foram também incorporados nesse serviço os vapores Tay, Severn (I) e Medway (I). 

(**) O vapor 'Luzitania' de 394 Tons., foi construído em 1856, em Port Glasgow, e esteve ao serviço da Companhia Luzitania na ligação costeira Lisboa-Porto, de Março de 1857 até pelo menos Setembro de 1863. Em 1867 foi incorporado na Marinha Brasileira com o nome de 'BONIFACIO'. 

Carta da Bahia (28.11.1862), de José Gonçalves Vasco & Filho, endereçada a Joaquim Pinto Leite, no Porto, onde foi recebida a 18.12.1862. Franqueada na Bahia com selo adesivo de 60 réis, obliterado com carimbo 'CORREIOS DA BAHIA', ostenta ainda no verso carimbo violeta 'P. TRANSATLANTICO 16/12(62) e carimbo de chegada 'PORTO 18.DEZ.1862'. Tarifa de 150 réis paga pelo destinatário. Correio Marítimo.

  • Assuntos de natureza financeira

Carta de Maceió (13.04.1863), de João Dias de Castro Guimarães, endereçada a Joaquim Pinto Leite, no Porto, onde foi recebida a 13.05.1863. Apresenta no verso os carimbos 'PERNAMBUCO AP.63', a preto, 'P.TRANSATLANTICO 29.4.(63)', a azul e de chegada  'PORTO 2.MAIO.1863' a preto. Porte de 150 réis pago pelo destinatário. Correio Marítimo.

  • Particular. Menção ao falecimento do pai do remetente

Carta da Bahia (28.01.1865), de Manuel José do Conde, endereçada a Joaquim Pinto Leite & Cª, no Porto, onde foi recebida a 15.02.1865. Carimbos (incompletos) circular 'P. TRANSATLANTICO' a vermelho e 'CORREIOS DA BAHIA' a preto e carimbo 'PORTO 15.2.1865' a preto aplicados no verso. Taxa de 150 réis paga pelo destinatário. Transportada p/ paquete 'Guinne'. Correio Marítimo.

(Comércio de açúcar.)

Carta da Bahia (16.08.1873), de António Pereira de Carvalho, endereçada a Joaquim Pinto Leite & Fºs, no Porto, onde foi recebida a 05.09.1873. Carimbos circulares a preto 'P. TRANSATLANTICO -4/9/73-' e 'PORTO 5.9.1873' no verso. Taxa de 80 réis paga pelo destinatário. Transportada p/ paquete 'Puno' (Pacific Steam Navigator Company) (*). Correio Marítimo.

(Assuntos de natureza financeira.) 

(*) O vapor 'Puno'  de 3805 Tons., foi construído em 1873, e esteve ao serviço da Pacific Steam Navigation Company, na rota estabelecida em 1868 - Liverpool - Bordéus - Lisboa - Cabo Verde - Rio de Janeiro - Montevideo - Punta Arenas - Valparaíso (a partir de 1870) - Arica - Mollendo - Callao. Em 1875 foi vendido à Royal Mail SP Cº, recebendo o nome de 'PARÁ'. 

A Pacific Steam Navigation Company foi uma companhia de navegação comercial que operou na costa do Pacífico da América  do Sul, e foi a primeira a fazer uso de navios a vapor no tráfego comercial no Oceano Pacífico.

Fundada em Londres em 1838, por William Wheelwright iniciou a sua operação em 1840 quando dois navios a vapor o Chile e o Peru foram contratados para o transporte de correio. Em 1852 a companhia ganhou um contrato para o correio do Governo Britânico destinado à parte ocidental da América do Sul. Foram então estabelecidas duas rotas diretas - Liverpool a Callao, em 1868 e Londres a Sydney, em 1877. 

    In Wikipédia

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