--- TERCEIRENSES ILUSTRES ---
( Atualizado em: 09/01/2025 )
Manuel Ignácio Martins Pamplona Corte Real - 1º Conde de Subserra
Henrique Teixeira de Sampaio - 1º senhor de Sampaio, 1º barão de Teixeira e 1º conde da Póvoa
Gervásio Lima - Cavaleiro da O. M. de São Thiago de Espada
Mário de Azevedo Gomes - Grande-Oficial da Ordem da Liberdade
--- MANUEL IGNÁCIO MARTINS PAMPLONA CORTE REAL - 1.º Conde de Subserra ---
Manuel Inácio Martins Pamplona Corte Real (Angra, 3 de Julho de 1760 - Elvas, 16 de Outubro de 1832), feito 1.º conde de Subserra em 1823, militar e político da tendência pró-francesa da fase inicial do vintismo. Lutou na Crimeia integrado no exército russo, fez parte das forças aliadas que tomaram Valenciennes em 1793, participou na campanha do Rossilhão e mais tarde, como oficial general da Legião Portuguesa, nas campanhas de Napoleão Bonaparte contra a Áustria e a Rússia. Após o termo da guerra, entre muitas outras funções, foi Ministro do Reino, cargo correspondente ao actual Primeiro-Ministro, durante o reinado de D. João VI.
Contrariamente à opinião de um dos seus biógrafos, o historiador Rafael Ávila de Azevedo, apesar de ter sido preso por miguelistas, dificilmente poderia estar inscrito na maçonaria pois contrariou o mais possível os projetos da mesma organização, conforme escrevem os seus contemporâneos e opositores, nomeadamente os maçons José Liberato (1772-1855) e Luz Soriano (1802-1891).
In Wikipédia -> Nota Biográfica
(Gravura de Domingos Sequeira, Paris, 1824)
Carta de Chaves datada de 08.Jan.1822, de António José Ferreira de Carvalho, endereçada a Manuel Ignácio Martins Pamplona Corte Real, do Conselho de S. Majestade, e Ministro e Secretário de Estado dos Negócios de Guerra, em Lisboa. Carimbo linear 'CHAVES' a vermelho na face. Selo fixo de 45 réis aplicada à chegada a Lisboa. Correio Terrestre.
(Particular - Avisando para a situação de ruína e para prejuízos graves em propriedades no Bustello e Matosinhos, e sobre os desmandos de rendeiro.)
--- HENRIQUE TEIXEIRA DE SAMPAIO - 1.º senhor de Sampaio, 1.º barão de Teixeira e 1.º conde da Póvoa ---
Henrique Teixeira de Sampaio (Angra, 30 de Outubro de 1774 — Lisboa, 27 de Março de 1833), 1.º senhor de Sampaio, 1.º barão de Teixeira e 1.º conde da Póvoa, foi um grande comerciante, rico capitalista e político português que teve uma fortíssima influência, como principal credor do Estado, na condução da política financeira da última fase do reinado de D. João VI de Portugal. Exerceu as funções de Secretário de Estado dos Negócios da Fazenda entre 1823 e 1825. Foi o maior acionista do Banco de Lisboa, antecessor do atual Banco de Portugal.
Nasceu na então cidade de Angra, ao tempo sede da Capitania Geral dos Açores e principal centro político e administrativo do arquipélago. Foi filho de Francisco José Teixeira de Sampaio, um comerciante com traços de aventureiro, possivelmente capitão de navios, que vindo de Lamego se fixara na cidade de Angra em 1766, por coincidência o ano da criação da Capitania Geral, e da sua segunda esposa, Eulália Floriana Gualberta de Melo Carvão, uma senhora ligada às melhores famílias tradicionais da ilha Terceira.
Nascido na casa dos seus pais, na freguesia da Sé, foi batizado a 16 de Novembro na capela do Palácio dos Capitães Generais, tendo como padrinho Henrique José de Carvalho e Melo, conde de Oeiras e filho do então todo poderoso Sebastião José de Carvalho e Melo, o marquês de Pombal. O padrinho foi representado no ato referido pelo capitão-general D. Antão de Almada, o que mostra a influência que seu pai já conquistara na vida política e social da cidade.
In Wikipédia -> Nota Biográfica
Carta de Londres (15.03.1809), de Richard Buller & Cº, para Henry Teixeira Sampayo, comerciante e banqueiro em Lisboa. Carimbo circular London Foreign Branch 'FOREIGN 1809 (121)' aplicado no verso. Porte de 7sh pago na origem e de 790 réis no destino. Correio Marítimo. (Negócios.)
Carta de Tomar, datada de 22.Mai.1809, endereçada a Francisco Sampayo (irmão de H. T. Sampayo). Pagou o porte de 30 réis batido a preto. Marca batida a preto "THOMAR" LF TMR1. Correio Terrestre.
Carta de Londres (20.11.1810), endereçada a Henrique Teixeira Sampayo, comerciante e banqueiro em Lisboa. Carimbo circular London Foreign Branch 'FOREIGN 1810 (233)' aplicado no verso. Porte inglês de 7/ sh, e porte do paquete de 2060 réis. Correio Marítimo.
Carta inteira de Setúbal, datada de 30.08.1812, endereçada a Henrique Teixeira de Sampayo, em Lisboa. Marca 'SETVBAL' (LF STB2), a sépia. Porte de 20 réis, batido a sépia, para uma carta com peso até 2 oitavas pela 1.ª distância (até 10 léguas). Correio Terrestre.
Carta de Londres (30.09.1812), de A. T. Sampayo e Francis T. Sampayo, para Henrique Teixeira Sampayo, comerciante e banqueiro em Lisboa. Carimbo circular London Foreign Branch 'FOREIGN 1812 (185)' aplicado no verso. Correio Marítimo.
(Inclui 3 cópias de cartas 1 de Londres e 2 de Philadelphia. Assuntos de natureza financeira e sobre transportes.)
Carta de Londres (13.04.1813), de Baring Brothers & Cº, para Henrique Teixeira Sampayo, comerciante e banqueiro em Lisboa, onde foi recebida a 24.04.1813. Carimbo circular London Foreign Branch 'FOREIGN 1813 (245)' aplicado no verso. Porte de 2sh/6d paga na origem. Correio Marítimo.
(Inclui 2 cópias de cartas de Londres. Assuntos de natureza financeira.)
Carta de Cadiz, datada de 01.Fev.1814, endereçada a Henrique Teixeira Sampayo, comerciante e banqueiro em Lisboa, onde foi recebida a 09.02.1814. Pagou o porte de 90 réis batido a preto, correspondente a uma carta com peso de 4 oitavas. Marca batida a vermelho "CADIZ" e "HESPANHA", a preto, LF LSB OE2, batida em Lisboa. Correio Marítimo.
Carta de Londres (08.08.1815), de Richard Power & Cº, endereçada a Henrique Teixeira Sampayo, comerciante e banqueiro em Lisboa, onde foi recebida a 26.08.1815. Carimbo circular London Foreign Branch (F15 - 248) aplicado no verso. Porte de 2sh/6d pago na origem, e de 280 réis no destino. Correio Marítimo.
Inclui página parcialmente impressa com cópia de uma Nota de Saque 'perdida' protestada em Tribunal e certificada pelo Notário Público John Whithers, no valor de £300 a cobrar a Philip Codd, War Office, Londres, que terá desaparecido.
Carta de Londres (15.11.1815), de A. T. Sampayo, para Henrique Teixeira Sampayo, comerciante e banqueiro em Lisboa, onde foi recebida a 29.11.1815. Carimbo circular London Foreign Branch (F15 - 231) aplicado a sépia, no verso. Porte de 7sh/6d pago na origem, e de 770 réis pelo destinatário. Correio Marítimo.
(Seguros. Carregamento de algodão.)
Carta de Londres (26.02.1816), de Thomas Coutts & Cª, banqueiros londrinos, endereçada a Henrique Teixeira Sampayo, comerciante e banqueiro em Lisboa, onde foi recebida a 17.03.1816. Carimbos circulares Foreign Office Branch (F16 - 202) e (F16 - 141) aplicados no verso. Porte de 2sh/6d pago na origem e de 280 réis pelo destinatário. Correio Marítimo.
(Quantia de 4 mil £ esterlinas a ser lançada na conta do Duke de Wellington.)
Carta de Londres (09.07.1816), de Richard Buller & Cº, para H. T. Sampayo, comerciante e banqueiro em Lisboa, onde foi recebido a (23.07.1816). Carimbo circular Foreign Office Branch 'F16 (225)' aplicado no verso. Porte de 2sh/6d pago na origem e de 790 réis no destino. Correio Marítimo.
(Assuntos de natureza financeira.)
Carta de Londres (13.01.1817), de A. T. Sampayo, endereçada a Henrique Teixeira Sampayo, comerciante e banqueiro em Lisboa. Carimbo circular London Foreign Branch (F17 - 281) aplicado no verso. Porte de 7sh/6d pago na origem, e de 910 réis pelo destinatário. Correio Marítimo.
(Reclamação de perdas com o navio 'Buriska')
Carta remetida de Bordéus (14.05.1817), por Galwey & Sampayo, destinada a Henrique Teixeira Sampayo, em Lisboa. Tem a marca de Porte Pago "P.321 P/BORDEAUX", de 6 decimes, transitou via de Bayonne, e por Espanha, para Lisboa, onde lhe foi aplicado o porte de 600 réis.
Carta de Londres (01.10.1817), de Thomas Wilson & Cº, endereçada a H. T. Sampayo, comerciante e banqueiro em Lisboa, onde foi recebida a 15.10.1817. Carimbo circular London Foreign Branch (F17 - 38) aplicado no verso. Porte de 2sh/6d pago na origem, e de 280 réis pelo destinatário. Correio Marítimo.
(Reclamação de perdas com transporte.)
Carta de Leghorn (Livorno) (17.01.1818), de F. & A. Felicchi & Cº, endereçada a Henrique Teixeira Sampayo, comerciante e banqueiro em Lisboa, onde foi recebida a 21.02.1818. Carimbo linear 'LIVORNO', a preto, aplicado na face. Porte de 960 réis pago pelo destinatário. Correio Marítimo.
(Assuntos de natureza financeira. Inclui extrato de Conta Corrente.)
--- GERVÁSIO LIMA - Cavaleiro da O. M. de São Thiago de Espada ---
Gervásio da Silva Lima (Praia da Vitória, 26 de Março de 1876 — Angra do Heroísmo, 24 de Fevereiro de 1945), mais conhecido por Gervásio Lima, foi um prolífico escritor açoriano com uma obra em prosa e em verso que inclui contos, teatro e ensaios nas áreas da etnografia e da história. No campo da história não foi um investigador preocupado com o rigor científico dos temas tratados, antes escrevendo obras de pendor romântico, reveladoras do seu patriotismo e amor à terra em que nasceu, nas quais deu alma e corpo a heróis terceirenses, transformando-os em verdadeiros mitos populares. A ele se deve a mitificação em torno das heroínas Brianda Pereira e Violante do Canto e o alpendurar da batalha da Salga em evento de extraordinária heroicidade.
Consultar > Nota Biográfica
Gervásio Lima. Com assinatura autógrafa do próprio – Angra, 15.09.1931
--- MÁRIO DE AZEVEDO GOMES - Grande-Oficial da Ordem da Liberdade ---
Mário de Azevedo Gomes (Angra do Heroísmo, 22 de dezembro de 1885 — Lisboa, 12 de dezembro de 1965) foi um silvicultor, botânico, professor universitário e político português. Licenciou-se em Engenharia Agronómica em 1907, enveredando por uma carreira na área da silvicultura e da investigação e docência universitária. Entre outras funções de relevo foi responsável pelo ministério da Agricultura de 24 de dezembro de 1923 a 28 de fevereiro de 1924.
Foi agraciado a título póstumo, a 30 de junho de 1980, com o grau de Grande-Oficial da Ordem da Liberdade.
Consultar > Nota Biográfica
Ministro da Agricultura 1923 - 1ª República
--- OUTROS NOTÁVEIS ---
António José Severim de Noronha - 1º Duque da Terceira
Bernardo Baptista da Fonseca e Sousa de Sá Morais Pereira do Lago - 1º Barão de Santa Bárbara
--- ANTÓNIO JOSÉ DE SOUSA MANUEL DE MENESES SEVERIM DE NORONHA - Duque da Terceira ---
António José de Sousa Manuel de Meneses Severim de Noronha (Lisboa, 18 de Março de 1792 — Lisboa, 26 de Abril de 1860), 7.º conde e 1.º marquês de Vila Flor e ainda 1.º duque da Terceira, foi um importante general e homem de Estado português do tempo do liberalismo, sendo uma das mais importantes figuras do tempo, tanto no plano político, como, e talvez sobretudo, no plano militar. De herói das guerras liberais tornou-se no líder incontestado dos cartistas, a facção mais conservadora do liberalismo português, embrião do futuro Partido Regenerador.
Pertencente à mais genuína alta nobreza portuguesa, teve múltiplos cargos e honrarias na corte, entre as quais, moço fidalgo da rainha D. Maria I, gentil-homem da câmara de el-rei D. João VI, copeiro-mor e estribeiro-mor. Exerceu as funções de marechal de campo, comandante-em-chefe do Exército Português, conselheiro de Estado, par do Reino, tendo por quatro vezes (1836, 1842-1846, 1851 e 1859-1860) exercido o cargo de Presidente do Conselho de Ministros. Foi o 10.º capitão-general dos Açores, ali presidindo à Regência de Angra durante a fase inicial das guerras liberais.
In Wikipédia -> Nota Biográfica
1º Duque da Terceira
Sobrescrito do S.N.R. do Consulado de Portugal em Pernambuco, endereçada ao Duque da Terceira, Ministro e Secretario d' Estado dos Negócios Estrangeiros, em Lisboa. Admite-se datada do período de Fev.1842 - Set.1842, em que o Duque da Terceira, para além de Presidente embora nominal do Governo, acumulou as pastas da Guerra, e interinamente a dos Negócios Estrangeiros. No verso com menção manuscrita "Para ser entregue com o passageiro Ângelo José de Souza remettido por este Consulado.", e assinatura do Cônsul Henriques Ferreira, evitando assim a multa postal. Correio Marítimo.
--- BERNARDO BAPTISTA DA FONSECA E SOUSA DE SÁ MORIAS PEREIRA DO LAGO - Barão de Santa Bárbara ---
Bernardo Baptista da Fonseca e Sousa de Sá Morais Pereira do Lago (Bragança, 4 de Junho de 1784 — Bragança, 7 de Junho de 1858), 1º Barão de Santa Bárbara, foi um político e militar do Exército Português que se distinguiu durante as Guerras Liberais.
Participou nas quatro campanhas da Guerra Peninsular, onde foi ferido e se distinguiu em acção. Embora reconhecidamente de tendência liberal, foi desligado do serviço após a Abrilada, mantendo-se afastado da vida militar activa até 1826.
Aderiu à Revolta Liberal de 1828 e em consequência foi obrigado a refugiar-se na Galiza, de onde partiu para Inglaterra e se integrou no corpo dos emigrados liberais acantonados em Plymouth.
Integrou as forças que partiram de Belle Isle para a ilha Terceira, onde se juntou aos liberais que ali estavam refugiados. Durante a sua permanência na Terceira, foi nomeado comandante do 7.º distrito militar da ilha, com sede em Santa Bárbara.
Tomou parte na Batalha da Praia e integrou o Exército Libertador que protagonizou o Desembarque do Mindelo e durante o Cerco do Porto tomou parte relevante na batalha de Ponte Ferreira.
Em reconhecimento dos seus serviços à causa liberal, por decreto da rainha D. Maria II de Portugal, datado de 20 de Outubro de 1840, recebeu o título de barão de Santa Bárbara, em lembrança da freguesia onde teve sede o seu comando na ilha Terceira.
In Wikipédia -> Nota Biográfica
Carta particular de Bragança datada de 08.Jan.1848, do Barão de Santa Bárbara. Transportada em mão. Sem marcas postais.