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--  História Postal  dos Açores  --

---  THE COMMERCIAL CABLE Cº  ---

( Atualizado em:  29/09/2024 )

The Commercial Cable Company foi fundada em Nova Iorque em 1883 por John William Mackay, um magnata da mineração, e James Gordon Bennett, Jr., proprietário do New York Herald (que herdou de seu pai, James Gordon Bennett Sr.), com o objetivo de combater  o monopólio da telegrafia transatlântica, exercido através de um cartel internacional, pela Western Union Telegraph Company, do magnata dos negócios Jay Gould, que desde 1880 também possuía uma rede de ferrovias que se estendia por quase 16.000 quilómetros.

O tráfego do cabo era distribuído pela empresa sua parceira, a Postal Telegraph Company. A Commercial Cable Company mantinha também uma relação com o sistema alemão de cabos submarinos do Atlântico, da DAT.

James Gordon Bennett, Jr.

Telegrama que transmitido de Berlin via Açores - para Detroit, a 08.Out.1902, terá “viajado” pelo cabo submarino da DAT - Deutsche Atlantische Telegraphengesellschaft, e posteriormente reencaminhado até Detroit, na rede terrestre da Commercial Cable Company. (Coleção do autor)

Tinha uma participação de 25% na Commercial Pacific Cable Company que a partir de 1906 operava um cabo de São Francisco para Manila e Xangai. Em 1907, a Commercial Cable Company formou uma empresa subsidiária, a Commercial Cable Company of Cuba. A empresa adjudicou um contrato à India Rubber, Gutta Percha and Telegraph Works Company para fabricar e colocar um cabo de Nova Iorque a Havana. O CS Silvertown colocou o cabo de 1288 nm. Em constituição, a All America Cables alugou este cabo como sua principal ligação entre os EUA e Cuba. Em conjunto estas empresas faziam parte das Empresas Mackay, também conhecidas como Empresas Associadas.

Panfleto publicitário da Agenzia Generale d'Italia G.R. Zar & Co. Livorno, com o timbre da Commercial Cable Company anunciando o cabo especial entre Nova York e Havana. Inclui um mapa ilustrado. (Coleção do autor)

O filho de John Mackay, Clarence Mackay, assumiu a empresa no início do século XX e liderou-a durante a Primeira Guerra Mundial. Clarence Mackay e Frank Polk, um alto funcionário do Departamento de Estado, eram amigos e isso permitiu que este tivesse acesso ao tráfego diplomático selecionado transportado pelos cabos da Commercial. A empresa floresceu por algum tempo, mas em 1928, com outras empresas do Sistema Mackay, ficou sob o controle da International Telephone and Telegraph (ITT) integrada numa subsidiária, a Postal Telegraph & Cable Corporation, acabando por se tornar uma das empresas constituintes da American Cable & Radio Corporation. A génese da AC&R aconteceu em fevereiro de 1927, quando a All America Cables foi adquirida pela International Telephone and Telegraph Company (I.T. & T., mais tarde ITT). Em 1938, o nome da divisão foi alterado para All America Cables and Radio, e com a Commercial Cable Company e a Mackay Radio & Telegraph, passaram a fazer parte da American Cable and Radio Corporation, da qual a ITT era a principal acionista.

Acção da American Cable & Radio Corporation  (Coleção do autor)

A  companhia lançou seis cabos no Atlântico, o primeiro em 1884 e o último em 1923.

Os dois primeiros foram fabricados e colocados pela Siemens Brothers, em 1884, com o navio CS Faraday. As rotas e comprimentos dos cabos eram os seguintes: Dover Bay, Nova Escócia para Coney Island, Nova Iorque - 826 nm. Dover Bay para Waterville, Irlanda - 2399 nm, e um segundo cabo na mesma rota 2281 nm. De Waterville, um cabo, de 330 nm, ligando a Weston super Mare, Inglaterra, e o outro, de 514 nm, ligando Waterville a Le Havre, França. Uma vez em operação estes cabos retiraram um grande volume de negócios à Anglo American e à Western Union.

Só em 1894 foi colocado um terceiro cabo atlântico de 2161 nm; novamente fabricado pela Siemens Brothers, que usou o CS Faraday para colocá-lo, sendo a rota a mesma usada para os cabos de 1884.




Certificado mostrando os 3 cabos transatlânticos em 1897 



Em 1900, a Siemens Brothers, novamente usando o CS Faraday, colocou a primeira parte de um quarto cabo atlântico, com um comprimento de 1698 nm, ligando a empresa na Nova Escócia à Horta, Açores. A segunda parte do cabo, com um comprimento de 1204 nm, ligando a Horta a Waterville, foi colocada em 1901, pelo mesmo fabricante e navio. Um cabo adicional foi colocado entre a Nova Escócia e Nova York pelo navio CS Silvertown, de propriedade da India Rubber, Gutta Percha and Telegraph Works Company, que também fabricou o cabo. O cabo Waterville - Weston super Mare foi fabricado e colocado pela Telegraph Construction and Maintenance Company usando o navio CS Anglia.







Casa dos Cabos, na Horta

A Telegraph Construction and Maintenance Company empreendeu a fabricação do quinto cabo, em 1905, usando o CS Anglia para colocar o cabo Waterville - Weston super Mare, e o cabo principal através do Atlântico, usando os navios CS Colonia e CS Cambria assistidos pelo navio CS Mackay Bennett para colocar o cabo Nova Scotia - Nova York.

O sexto e último cabo foi dividido entre os dois fabricantes. A Siemens Brothers fabricando e colocando o cabo New York - Canso, Nova Escócia, em 1923 usando o CS Faraday. A Telegraph Construction and Maintenance Company encarregando-se do fabrico e colocação do restante. Este cabo passou pela Horta, Açores, até Waterville, na Irlanda, e ligando depois a Le Havre, França. O cabo principal foi colocado pelos CS Colonia e CS Stephan, enquanto um navio fretado, T. W. Stuart, foi usado para colocar as extremidades junto à costa na Horta, Waterville e Le Havre.

Estação de Cabo, Hazel Hill, Canso, Nova Escócia

Estação de Cabo, Waterville, Irlanda

Depois da concessão de telégrafo da Anglo American, na Terra Nova, ter acabado em 1904, no ano seguinte o CS Mackay Bennett desviou os dois cabos de 1884 para Cuckold's Cove, perto de St. John's.

Em 1909, um cabo foi colocado diretamente de St. John's para Nova York pelo CS Colonia, em conjunto com uma ligação extra entre Waterville e Weston super Mare.

Uma cable hut foi construída em Cuckold's Cove e esteve em uso até 1916, quando um novo escritório de cabo foi construído em 111 Water Street, St. John's. O cabo foi estendido da enseada por um cabo enterrado até o Lago Quidi Vidi, através do lago por cabo submarino e, em seguida, um último cabo enterrado do lago até a Water Street.

Em 1926, o CS John W Mackay desviou os cabos de 1894 e 1905 para o Porto de Quidi Vidi e uma estação regeneradora foi construída lá para aumentar o sinal na etapa final. Como os cabos anteriores, estes dois estavam ligados à Water Street por uma combinação de cabos enterrados e um cabo através do Lago Quidi Vidi.

No final de 1961, cinco dos cabos ainda estavam em funcionamento; à exceção de um dos cabos originais de 1884. A empresa solicitou à Comissão Federal de Comunicação permissão para abandonar os cinco cabos, o que foi concedido, deixando a empresa livre do ônus da sua manutenção. Por esta altura, a American Cable & Radio Corporation já alugava um circuito tanto no TAT 1 como no TAT 2 e por isso tinha uma capacidade maior, uma vez que cada circuito telefónico era capaz de transportar vinte e dois circuitos telegráficos.

Na mesma época, foram feitas mudanças operacionais e, a partir de então, todos os circuitos telegráficos foram alugados pela ITT World Communications Inc., embora o nome Commercial Cable Company ainda estivesse em uso em papelaria e escritórios.

O seu navio mais famoso foi o CS Mackay-Bennett, em homenagem aos fundadores. O navio de cabo restante, CS John W Mackay, foi transferido para a Commercial Cable (Marine) Company Ltd., sendo finalmente desmantelado em 1994.

O Commercial Cable Company Building foi um dos primeiros arranha-céus da cidade de Nova Iorque. Construído em 1897, foi demolido em 1954.

Um edifício neoclássico de tijolos e granito de dois andares e meio em Hazel Hill, Nova Escócia, construído em 1888, foi a última estação transatlântica restante. Apesar da importância histórica — a estação ajudou a enviar mensagens por cabo no naufrágio do RMS Titanic e no final da Primeira Guerra Mundial — foi demolida em 2017 devido a preocupações de segurança em torno do seu estado de degradação.

---  The Commercial Cable Company, na Horta  ---

Com a ligação por cabo através do Atlântico, unindo Canso, na Nova Escócia, a Waterville, na Irlanda, em 1884 e, no ano seguinte, da cidade irlandesa até Le Havre, na costa francesa, e daí por via terrestre até Paris, estava no curto espaço de dois anos atingido o primeiro grande objetivo da Commercial Cable Cº - ligar a América ao centro da Europa, entrando em concorrência ao velho cabo inglês de 1866, propriedade da Anglo American.

O acordo firmado a 3 de agosto de 1899, com recentemente formada D.A.T. – Deutsche Atlantische Telegraphengesellschaft, veio permitir que atingisse outro vantajoso objetivo, o da absorção do tráfego alemão que, até há pouco estivera consignado à Anglo American.

Assim a vinda da Commercial Cable Cº para os Açores em 1900, perspetivou-se como mais uma etapa no alargamento da sua rede.

A fase de instalação é iniciada com a aquisição à família Dabney da propriedade “The Cedars”, em abril de 1900, destinada a residência do seu diretor local. Em terrenos adjacentes foi construída para os primeiros funcionários que vieram para a Horta, que eram solteiros, uma zona habitacional incluindo moradias e refeitório.

"The Cedars" (1903)

A funcionar inicialmente com a ligação a Canso e terminal em Nova Iorque através do cabo lançado em julho de 1900 pelo navio “Faraday” que o trouxe até uma boia em frente à praia da Alagoa, instalou os seus primeiros serviços na antiga estação. O escoamento do tráfego para a Europa terá sido feito através do cabo alemão Borkum I, ao abrigo do acordo com a D.A.T., até que no ano seguinte ficou ligada a Waterville, no nó de amarração dos cabos que tinham terminal em Paris.

Amarração  do primeiro cabo da CCC - Canso-Horta - 27/07/1900, pelo navio "Faraday"

Em 1902 deu-se a mudança para o novo edifício destinado aos serviços de exploração das três companhias – a “Trinity House” – de acordo com o contrato de 1899.

A D.A.T. até ao início da guerra de 1914-18 concluiu a sua rede com mais dois cabos, passando a operar em pleno e garantindo a penetração do seu tráfego nos E.U.A mercê da parceria com a C.C.C., esquema que é alterado profundamente durante a guerra com o corte e desvio dos seus cabos.

No pós-guerra a Commercial Cable enceta, sem grande sucesso, uma luta em várias frentes: a posse do cabo alemão, New York I; a obtenção de autorização para distribuir diretamente nos Açores, os telegramas oriundos dos E.U.A; e a obtenção de direitos de amarração autónomos para novos cabos nos Açores. Só em 1923, mercê de uma abertura por parte dos ingleses, consegue o reforço da sua rede com mais dois cabos. Assim, em 8 de setembro e 16 de novembro daquele ano, são duplicadas as vias Canso-Horta e Horta-Waterville.

Os novos cabos submarinos trouxeram uma melhoria técnica em relação aos anteriores do princípio do século, por serem cabos de “grande velocidade” – 570 palavras por minuto contra 175/180 dos anteriores.

O novo local de amarração escolhido foi no istmo que une o Monte Queimado ao Monte da Guia e para o lado do antigo castelo da Greta, intervindo no lançamento os navios “Colónia” e “Stephan”.





"Operating room" da CCC (1925)

Na década de 30 verificou-se um abrandamento no negócio dos cabos com as consequentes reduções de pessoal ou cortes nos ordenados, efeitos motivados igualmente pelos progressos tecnológicos que ao aumentarem do automatismo reduziam a intervenção humana.

Em 1951 a Commercial Cable corta finalmente as amarras que a ligavam contratualmente à Cable & Wireless e deixa de ser subconcessionária, face a um novo acordo com o governo português firmado a 30 de novembro.

Com a ameaça dos cabos telefónicos, que se aproxima rapidamente, oferecendo capacidades para centenas de circuitos telegráficos, além da possibilidade de conversações telefónicas, com reduções drásticas nos custos operacionais, em 1956, a Commercial Cable na tentativa de melhorar a performance dos dois cabos primitivos, com a colocação de amplificadores submarinos, consegue um aumento de velocidade na ordem das cinco vezes. Contudo, esta evolução tecnológica não impede o avanço das novas tecnologias concorrentes.









"Operating room" da CCC (1952)

Em 1962 acontece a primeira grande quebra nas comunicações por cabo, com a suspensão das operações nos cabos do Atlântico Norte, mantendo-se na Horta apenas um circuito até Nova Iorque.

A Commercial Cable, em carta de 27 de dezembro de 1966, denuncia o seu contrato de concessão a partir de 1 de janeiro de 1968, e encerra as suas atividades na Horta.


Bibliografia:

Carlos M. Ramos da Silveira. O Cabo Submarino e outras crónicas faialenses. Núcleo Cultural da Horta, 2002

---  Correspondência recebida e remetida na Horta, pela Commercial Cable Company  ---   (Coleção do autor)

Sobrescrito remetido de New York, EUA (22.08.1939), endereçado a Estella O'Shea, funcionária da Commercial Cable Company, Horta, Faial. Foi recebido na Horta (25.08.1939). Correio Aéreo.

Sobrescrito remetido da Horta (01.08.1947), da empresa The Commercial Cable Company, endereçado a F. H. Sacksteder, Managing Director, Standard Electrica, Lisboa, onde foi recebida a 24.08.1947. Pagou porte de 50 centavos, e foi porteado (T) em 1 escudo, por excesso de peso (24 grs.). Correio Marítimo.

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