O ÚLTIMO LUGAR
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INÁCIO VALE
"Humildade de Jesus: imitemo-Lo. Busquemos o último lugar... fazermo-nos pequenos... pelo exemplo, a humildade, o abaixamento, a vida escondida...".
"Humildade de Jesus: imitemo-Lo. Busquemos o último lugar... fazermo-nos pequenos... pelo exemplo, a humildade, o abaixamento, a vida escondida...".
Charles de Foucauld
Charles de Foucauld
Meditações sobre o Evangelho (1)
Meditações sobre o Evangelho (1)
Na espiritualidade do bem-aventurado Charles de Foucauld temos a consciência de buscar o último lugar, a vida escondida, de fazermos pequenos e o viver na ardente busca do Absoluto. O deserto define muito bem a nossa vida de Nazaré.
Na espiritualidade do bem-aventurado Charles de Foucauld temos a consciência de buscar o último lugar, a vida escondida, de fazermos pequenos e o viver na ardente busca do Absoluto. O deserto define muito bem a nossa vida de Nazaré.
Charles de Foucauld nos ensinou para caminhada da fé um protótipo: “Jesus de Nazaré como modelo único”. Escreve: "A hora mais bem empregada de nossa vida é a em que mais amamos Jesus... Lembrar só de Jesus, pensar somente em Jesus, apreciando como lucro toda perda pela qual obtemos maior lugar em nosso pensamento e conhecimento para Jesus, em comparação com quem tudo é nada" (2).
Charles de Foucauld nos ensinou para caminhada da fé um protótipo: “Jesus de Nazaré como modelo único”. Escreve: "A hora mais bem empregada de nossa vida é a em que mais amamos Jesus... Lembrar só de Jesus, pensar somente em Jesus, apreciando como lucro toda perda pela qual obtemos maior lugar em nosso pensamento e conhecimento para Jesus, em comparação com quem tudo é nada" (2).
Na espiritualidade foucauldiana não há espaço para ostentação. É abominável a espetacularização, o estrelismo e o culto a personalidade.
Na espiritualidade foucauldiana não há espaço para ostentação. É abominável a espetacularização, o estrelismo e o culto a personalidade.
Vivemos a era do hipercarismátismo, do superpentecostalismo, da megamissa show e da idolatria de imagem. Tudo isso para infantilizar, emocionar, manipular, alienar e condicionar ao experimentalismo e ao subjetivismo da fé sem o conhecimento doutrinário, sem a prática da vivência comunitária e da vida social caridosa.
Vivemos a era do hipercarismátismo, do superpentecostalismo, da megamissa show e da idolatria de imagem. Tudo isso para infantilizar, emocionar, manipular, alienar e condicionar ao experimentalismo e ao subjetivismo da fé sem o conhecimento doutrinário, sem a prática da vivência comunitária e da vida social caridosa.
Na verdade, o interesse é a construção do império religioso, do empreendimento financeiro particular, do artístico que usa o fenômeno religioso como fonte de negócios e o povo pobre, sofredor, doente, abandonado, com forte carência afetiva como massa de manobra. É esse povo de boa fé, no entanto, enganado que sempre paga o luxo do palácio.
Na verdade, o interesse é a construção do império religioso, do empreendimento financeiro particular, do artístico que usa o fenômeno religioso como fonte de negócios e o povo pobre, sofredor, doente, abandonado, com forte carência afetiva como massa de manobra. É esse povo de boa fé, no entanto, enganado que sempre paga o luxo do palácio.
Vivemos a onda do Facebook. Tudo se faz para mostrar, aparecer e receber aplausos e adoração. Postar o ridículo é show. É um festival de boçalidade e de aparição avacalhada.
Vivemos a onda do Facebook. Tudo se faz para mostrar, aparecer e receber aplausos e adoração. Postar o ridículo é show. É um festival de boçalidade e de aparição avacalhada.
A idolatria da imagem em prol da fama, do esnobe, do fashion, do showbizz e reality show é buscar o culto a personalidade e a ganância pelo dinheiro. Essa gente, segundo São João Apóstolo: "Tem fama de está vivo, mas está morto" (Ap 3,1). “É infeliz, miserável, pobre, cego e nu" (Ap. 3,17).
A idolatria da imagem em prol da fama, do esnobe, do fashion, do showbizz e reality show é buscar o culto a personalidade e a ganância pelo dinheiro. Essa gente, segundo São João Apóstolo: "Tem fama de está vivo, mas está morto" (Ap 3,1). “É infeliz, miserável, pobre, cego e nu" (Ap. 3,17).
Esse tipo de pessoa procura ser o centro das atenções. Articula a centralidade das suas ideologias, dos seus interesses egocêntricos. Tais pessoas são portadoras de desequilíbrios mentais e são detentoras da maldade e instrumento de Belial. Essa gente quando é confrontada e contrariada, torna-se perseguidora, vingativa e criminosa.
Esse tipo de pessoa procura ser o centro das atenções. Articula a centralidade das suas ideologias, dos seus interesses egocêntricos. Tais pessoas são portadoras de desequilíbrios mentais e são detentoras da maldade e instrumento de Belial. Essa gente quando é confrontada e contrariada, torna-se perseguidora, vingativa e criminosa.
Investem-se muito em comunicação e no marketing para ser visto, lembrado, comentado e vender o produto. O culto mercadológico vive da liturgia da visibilidade, da imagem e da moda. O que não é propagado, mostrado não é vendido e o líder religioso que não é rico, famoso não é convidado em nem requisitado.
Investem-se muito em comunicação e no marketing para ser visto, lembrado, comentado e vender o produto. O culto mercadológico vive da liturgia da visibilidade, da imagem e da moda. O que não é propagado, mostrado não é vendido e o líder religioso que não é rico, famoso não é convidado em nem requisitado.
Os nossos altares estão cheios de deuses e no ambão é proclamada uma péssima notícia, ou seja, propaganda enganosa da Palavra de Deus.
Os nossos altares estão cheios de deuses e no ambão é proclamada uma péssima notícia, ou seja, propaganda enganosa da Palavra de Deus.
O ser humano pela ânsia, ambição é seduzido em ser ídolo, ser famoso, celebridade, ter sucesso, poder e adoradores. Daí buscar sempre o primeiro lugar, ser grande e ser cercado pelos holofotes. A falta de conhecimento leva muita gente a auto-enganação. O orgulho, o egoísmo e a vaidade exagerada realizam a terrível desconstrução da vivência evangélica. Disse Jesus: "Sede prudente como as serpentes e sem malícia como as pombas" (Mt 10,16). E afirmou: "Que ninguém vos engane" (Mt 24,4).
O ser humano pela ânsia, ambição é seduzido em ser ídolo, ser famoso, celebridade, ter sucesso, poder e adoradores. Daí buscar sempre o primeiro lugar, ser grande e ser cercado pelos holofotes. A falta de conhecimento leva muita gente a auto-enganação. O orgulho, o egoísmo e a vaidade exagerada realizam a terrível desconstrução da vivência evangélica. Disse Jesus: "Sede prudente como as serpentes e sem malícia como as pombas" (Mt 10,16). E afirmou: "Que ninguém vos engane" (Mt 24,4).
Dizia Charles de Foucauld: "Voltemos ao Evangelho: se nós não vivermos o Evangelho, Jesus não vive em nós". E de forma abissal exortou: "Ter verdadeiramente a fé, a fé que inspira todas as ações, essa fé no sobrenatural que despoja o mundo de sua máscara e mostra Deus em todas as coisas..." (Anotações espirituais) (3).
Dizia Charles de Foucauld: "Voltemos ao Evangelho: se nós não vivermos o Evangelho, Jesus não vive em nós". E de forma abissal exortou: "Ter verdadeiramente a fé, a fé que inspira todas as ações, essa fé no sobrenatural que despoja o mundo de sua máscara e mostra Deus em todas as coisas..." (Anotações espirituais) (3).
A espiritualidade foucauldina nos ensina caminhar na Boa Nova de Jesus de Nazaré e sermos evangelhos autênticos na instrumentalização do amor, da justiça e da graça de Deus em prol da libertação daqueles que estão no caminho sedutor da ostentação e da idolatria, da glória mundana e da perdição.
A espiritualidade foucauldina nos ensina caminhar na Boa Nova de Jesus de Nazaré e sermos evangelhos autênticos na instrumentalização do amor, da justiça e da graça de Deus em prol da libertação daqueles que estão no caminho sedutor da ostentação e da idolatria, da glória mundana e da perdição.
Frei Inácio José do Vale
Frei Inácio José do Vale
Fraternidade Sacerdotal JesusCáritas
Fraternidade Sacerdotal JesusCáritas
Irmãozinho da Visitação da Fraternidade de Charles de Foucauld
Irmãozinho da Visitação da Fraternidade de Charles de Foucauld
E-mail: pe.inacio.jose@gmail.com
E-mail: pe.inacio.jose@gmail.com
Notas:
Notas:
(1) Foucauld, Charles de. Meditações sobre o evangelho. Tradução de Nuno de Bragança. Lisboa: Círculo do Humanismo Cristão, 1962, pp. 112 e 113.
(1) Foucauld, Charles de. Meditações sobre o evangelho. Tradução de Nuno de Bragança. Lisboa: Círculo do Humanismo Cristão, 1962, pp. 112 e 113.
(2) Foucauld, Charles de. Cartas e anotações. Tradução das monjas dominicanas de São Paulo. São Paulo: Paulinas, 1970, pp. 164 e 165.
(2) Foucauld, Charles de. Cartas e anotações. Tradução das monjas dominicanas de São Paulo. São Paulo: Paulinas, 1970, pp. 164 e 165.
(3) Um pensamento para cada dia. Charles de Foucauld; seleção de textos. Patrice Mahieu, Tradução de José Joaquim Sobral. São Paulo: Editora Ave-Maria, 2012, p. 62.
(3) Um pensamento para cada dia. Charles de Foucauld; seleção de textos. Patrice Mahieu, Tradução de José Joaquim Sobral. São Paulo: Editora Ave-Maria, 2012, p. 62.