terapia manual

Definição

Terapia manual é a aplicação terapêutica de movimentos guiados manualmente e movimentos passivos que visam melhorar a extensibilidade tecidual; aumentar a amplitude de movimento; induzir relaxamento; mobilizar ou manipular tecidos moles e articulações; modular a dor; e reduzir edemas de tecido mole, inflamação ou restrição (2).

Tipos de terapia manual

Terapias manuais incluem: massagem terapêutica, agulhamento a seco, mobilização de tecidos moles, mobilização de tecido mole assistida por instrumento (IASTM), mobilização articular, manipulação articular, liberação miofascial, técnicas de energia muscular, terapia craniosacral, manipulação visceral, mobilização de tecido neural, alongamento passivo, dentre outros.

Dados importantes

Os mecanismos subjacentes à terapia manual são vários e compreendem fatores específicos e inespecíficos relacionados com a intervenção, expectativas do paciente e do terapeuta e o ambiente em que a intervenção é fornecida. Sugere-se que um estímulo mecânico transitório na periferia poderia criar uma cadeia de efeitos biomecânicos e neurofisiológicos, mediados pelo sistema nervoso periférico, medula espinhal e centro supraespinhais. De fato, a terapia manual altera o limiar de dor no local da aplicação e distante dele, indicando que os desfechos resultantes dessas terapias são mais complexos do que puramente fatores mecânicos (1-3).

A terapia manual diminui a concentração de citocinas pró-inflamatórias, potencializando o efeito hipoalgésico. Ao nível de medula espinhal, o estímulo mecânico gera uma resposta autonômica, reduzindo os níveis de cortisol e o fenômeno de somação temporal. Além disso, a terapia manual foi capaz de reduzir a atividade de áreas encefálicas associadas com a neuromatriz de dor (1, 4).

Prognóstico e intervenção

As diretrizes de prática clínica de dor lombar incluem recomendações diferentes para o uso de terapia manual, indicando que sua implementação depende de vários fatores. Tais achados são comuns para outras intervenções utilizadas na dor lombar e são atribuídos à variabilidade individual na resposta ao tratamento. Sendo assim, a tomada de decisão clínica quanto ao uso de terapia manual deve ser individualizada e levar em conta as preferências do paciente, expertise do profissional e segurança da intervenção (1).

REFERÊNCIAS

1 Bialosky JE, Beneciuk JM, Bishop MD, et al. Unraveling the Mechanisms of Manual Therapy: Modeling an Approach. J Orthop Sports Phys Ther. 2018;48(1):8-18.
2 Puentedura EJ, Flynn T. Combining manual therapy with pain neuroscience education in the treatment of chronic low back pain: A narrative review of the literature. Physiother Theory Pract. 2016 Jul;32(5):408-14.
3 Coronado RA, Gay CW, Bialosky JE, Carnaby GD, Bishop MD, George SZ. Changes in pain sensitivity following spinal manipulation: a systematic review and meta-analysis. J Electromyogr Kinesiol. 2012;22:752-767.
4 Sparks C, Cleland JA, Elliott JM, Zagardo M, Liu WC. Using functional magnetic resonance imaging to determine if cerebral hemodynamic responses to pain change following thoracic spine thrust manipulation in healthy individuals. J Orthop Sports Phys Ther. 2013;43(5):340-348.