degeneração discal

Degenerações discais são uma sequência de alterações no disco intervertebral relacionadas à biomecânica da região ou relacionadas ao processo de envelhecimento. ³

De acordo com Fardon et al ¹, as alterações degenerativas nos discos são incluídas em uma categoria ampla que inclui as subcategorias: fissura anular, degeneração e alguns tipos de hérnia de disco (quando ocorrem devido ao processo degenerativo).

As mudanças degenerativas na coluna são consideradas como uma resposta a sobrecargas ou estresses na mesma (como lesão mecânica ou metabólica) e não uma doença. A etiologia das alterações degenerativas pode ser devido a micro estresses mecânicos ou danos secundários a macro estresses, como fraturas da coluna vertebral, cirurgias na coluna não relacionadas às doenças degenerativas do disco ou processos metabólicos significativos. Todos os elementos da coluna vertebral, incluindo os discos intervertebrais, articulações, ligamentos e estruturas ósseas, podem sofrer alterações morfológicas que podem ser classificadas como degenerativas. ³

Estas alterações degenerativas são comumente encontradas em exames de imagem da coluna vertebral, mas frequentemente ocorrem em indivíduos sem dor, bem como em pessoas com dor nas costas, não podendo então inferir causalidade sobre estes achados. ²

É importante salientar que estes achados vão aumentando com a idade, pois muitas características degenerativas baseadas em imagens provavelmente fazem parte do envelhecimento normal e nem sempre estão associadas à dor. Esses achados de imagem devem ser interpretados no contexto da condição clínica do paciente. ²

Ver também: discopatia degenerativa, degenerações discais: classificação por imagem, lesão traumática discal

No geral, apenas 10-15% de todos os casos de dor lombar são específicos: 4% serão diagnosticados com hérnia de disco, 3% estenose espinhal, 2% doença visceral, 2% espondilolistese, aproximadamente 1 a 4% fratura do corpo vertebral, 0,7% tumor (primário ou metastático), 0,2% espondilite anquilosante e 0,01% espondilodiscite. ^4,5

Sabendo então que a dor lombar específica é rara, devemos ter o foco nas dores inespecíficas que são 90% dos casos e descartar as especificidades através de testes clínicos neurológicos, sempre que houver suspeitas. ^4,5