ruptura anular

Definição

Ocorre quando há um rompimento das fibras do anel por lesão violenta súbita. 1

Dados importantes

Este é um diagnóstico clínico e o uso do termo é impróprio para uma descrição de imagem pura, que em vez disso deve se concentrar em uma descrição detalhada dos achados. 1

Anel rompido não é sinônimo de ''fissura anular'' ou ''disco rompido”. O uso deste termo não é indicado para referir-se a uma fissura anular.

Curso clínico da ruptura anular

Uma ruptura anular pode ser uma das causas de dor lombar aguda específica. 2

Esta crise, frequentemente, desaparece dentro de uma a duas semanas. Uma possível explicação para o curso clínico favorável é que uma ruptura anular geralmente cura espontaneamente. Clinicamente, a dor discogênica crônica é frequentemente precedida por uma ou mais crises de dor lombar discogênica aguda. Essas observações levantam a possibilidade de que a dor lombar aguda pode ter um gatilho de desenvolvimento para a dor lombar crônica. 3

Ver também: hérnia de disco

ATENÇÃO: NOTA SOBRE PROBLEMAS ESPECÍFICOS DA COLUNA!

No geral, apenas 10-15% de todos os casos de dor lombar são específicos: 4% serão diagnosticados com hérnia de disco, 3% estenose espinhal, 2% doença visceral, 2% espondilolistese, aproximadamente 1 a 4% fratura do corpo vertebral, 0,7% tumor (primário ou metastático), 0,2% espondilite anquilosante e 0,01% espondilodiscite. 4,5

Sabendo então que a dor lombar específica é rara, devemos ter o foco nas dores inespecíficas que são 90% dos casos e descartar as especificidades através de testes clínicos neurológicos, sempre que houver suspeitas. 4,5

REFERÊNCIAS

1 Fardon, D. F., Williams, A. L., Dohring, E. J., Murtagh, F. R., Gabriel Rothman, S. L., & Sze, G. K. (2014). Lumbar disc nomenclature: version 2.0: Recommendations of the combined task forces of the North American Spine Society, the American Society of Spine Radiology and the American Society of Neuroradiology. The spine journal : official journal of the North American Spine Society, 14(11), 2525–2545. https://doi.org/10.1016/j.spinee.2014.04.022
2 Hyodo, H., Sato, T., Sasaki, H., & Tanaka, Y. (2005). Discogenic pain in acute nonspecific low-back pain. European spine journal : official publication of the European Spine Society, the European Spinal Deformity Society, and the European Section of the Cervical Spine Research Society, 14(6), 573–577. https://doi.org/10.1007/s00586-004-0844-8
3 Nachemson, ALF L., MD The Lumbar Spine An Orthopaedic Challenge, Spine: March 1976 - Volume 1 - Issue 1 - p 59-71
4 Casser, H. R., Seddigh, S., & Rauschmann, M. (2016). Acute Lumbar Back Pain. Deutsches Arzteblatt international, 113(13), 223–234. https://doi.org/10.3238/arztebl.2016.0223
5 Deyo, R. A., & Weinstein, J. N. (2001). Low back pain. The New England journal of medicine, 344(5), 363–370. https://doi.org/10.1056/NEJM200102013440508