ATIVIDADE FÍSICA

Atividade física é qualquer movimento corporal produzido pela contração dos músculos esqueléticos que resulte em um aumento substancial sobre o gasto de energia em repouso, como andar ou subir escadas.

Embora seja bem conhecido que a atividade física pode reduzir a mortalidade por todas as causas e reduzir os fatores de risco de uma ampla variedade de doenças crônicas - doenças cardiovasculares e respiratórias, diabetes, obesidade e doenças musculoesqueléticas - existem conflitos científicos sobre as associações entre a atividade física e a dor lombar.

Existem hipóteses da literatura que sugerem que níveis extremos de atividade física (muito baixo ou muito alto) são associados a uma grande prevalência de dor lombar crônica. Mas a falta de padronização em relação a mensuração do nível de atividade física dificulta a sua confirmação. O mais aceito até o momento é que níveis altos de atividade física estejam associados ao surgimento de dor lombar.

O senso comum supõe que indivíduos com dor lombar possuem níveis baixos de atividade física, ou até um nível alto de incapacidade. Porém, algumas hipóteses sugerem que esse nem sempre é o caso.

Não existe evidência conclusiva que adolescentes ou adultos com dor lombar crônica sejam menos ativos que indivíduos saudáveis, porém existe evidência que idosos com dor lombar crônica são menos ativos que indivíduos sem dor. Nenhuma dessas afirmações aponta causalidade, apenas apresenta uma associação.

Também existem hipóteses na literatura que sugerem que indivíduos que possuem dor lombar aguda mantém os mesmos níveis de atividade física. Já indivíduos com dor lombar persistente diminuem seus níveis de atividade física, aumentando o nível de incapacidade.

Importante destacar que, por existirem muitos dados conflitantes, essas conclusões podem mudar no futuro.

A atividade física pode ser um meio para proteger indivíduos de desenvolverem dor lombar, assim como uma ferramenta para prevenção de recidivas e tratamento.

Mas, para isso, é necessário que os profissionais de saúde aprendam formas efetivas de incentivar seus pacientes a realizarem atividade física, ponto essencial que foi subestimado por muito tempo.

Também é necessário utilizar formas confiáveis de avaliação (juntamente com a avaliação do nível de incapacidade), levando em conta que pacientes com dor lombar tem dificuldades em relacionar objetivamente seus níveis de atividade física, ao contrário de pessoas saudáveis, o que poderia diminuir a eficácia da intervenção.

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