hérnia de disco contida e não contida

Conceito

É uma classificação com relação à extensão da hérnia de disco. As hérnias de disco contidas podem ser definidas se a porção deslocada de material discal for coberta por fibras anulares externas e/ou ligamento longitudinal posterior. Já hérnias não contidas ocorrem quando há a ausência de qualquer contenção ao material discal. 1

Dados importantes

Se as margens da protrusão discal são lisas na tomografia computadorizada axial ou ressonância nuclear magnética , então o material do disco deslocado provavelmente está contido pelo ligamento longitudinal posterior e talvez por algumas fibras anulares posteriores superficiais. Mas se a margem posterior da protusão do disco for irregular, a herniação provavelmente não será contida. 1,2

Referindo-se especificamente ao ligamento longitudinal posterior, alguns autores classificaram o material do disco deslocado como ''subligamentar'', ''extraligamentar'', ''transligamentar'' ou ''perfurado''. O termo ''subligamentar'' é o mais utilizado como equivalente a ''contido.'' 1,2

Ver também: extrusão discal

ATENÇÃO: NOTA SOBRE PROBLEMAS ESPECÍFICOS DA COLUNA!

No geral, apenas 10-15% de todos os casos de dor lombar são específicos: 4% serão diagnosticados com hérnia de disco, 3% estenose espinhal, 2% doença visceral, 2% espondilolistese, aproximadamente 1 a 4% fratura do corpo vertebral, 0,7% tumor (primário ou metastático), 0,2% espondilite anquilosante e 0,01% espondilodiscite. 3,4

Sabendo então que a dor lombar específica é rara, devemos ter o foco nas dores inespecíficas que são 90% dos casos e descartar as especificidades através de testes clínicos neurológicos, sempre que houver suspeitas. 3,4

REFERÊNCIAS

1 Fardon, D. F., Williams, A. L., Dohring, E. J., Murtagh, F. R., Gabriel Rothman, S. L., & Sze, G. K. (2014). Lumbar disc nomenclature: version 2.0: Recommendations of the combined task forces of the North American Spine Society, the American Society of Spine Radiology and the American Society of Neuroradiology. The spine journal : official journal of the North American Spine Society, 14(11), 2525–2545. https://doi.org/10.1016/j.spinee.2014.04.022
2 Oh, K. J., Lee, J. W., Yun, B. L., Kwon, S. T., Park, K. W., Yeom, J. S., & Kang, H. S. (2013). Comparison of MR imaging findings between extraligamentous and subligamentous disk herniations in the lumbar spine. AJNR. American journal of neuroradiology, 34(3), 683–687. https://doi.org/10.3174/ajnr.A3258
3 Casser, H. R., Seddigh, S., & Rauschmann, M. (2016). Acute Lumbar Back Pain. Deutsches Arzteblatt international, 113(13), 223–234. https://doi.org/10.3238/arztebl.2016.0223
4 Deyo, R. A., & Weinstein, J. N. (2001). Low back pain. The New England journal of medicine, 344(5), 363–370. https://doi.org/10.1056/NEJM200102013440508