Entrevista Mario

Mário recebendo a premiação do Nacional 2008 das mão do Cardmaster; Foto da organização.

Benetti: E ai, podemos começar?

Mário: Podemos sim.

Benetti: Então, comecemos com um rápido resuminho sobre você, nome, idade, profissão e cidade?

Mário: Me chamo Mário Vinicius Sant’Anna Alves, tenho 20 anos, sou estudante de Cursinho Pré-Vestibular em São Paulo.

Benetti: Conte-nos, há quanto tempo você joga?

Mário: Completei neste ano 5 anos que jogo

Benetti: 5 anos já é um bom tempo, você se lembra em que coleção estávamos na época?

Mário: Na Invasion of Chaos.

Benetti: E qual deck você usava na época?

Mário: Quando comecei, eu tinha um deck de Dragão, mas com o tempo, eu montei um deck Chaos.

Benetti: E quando você começou a jogar, quais eram suas inspirações? Pretendia ganhar torneios ou era apenas por diversão?

Mário: Quando comecei, foi somente por diversão, mas depois de alguns meses que tinha começado, meu amigo me levou a um campeonato, após jogar este primeiro, comecei a jogar serio a partir de então, devido à diversão e às grandes premiações dadas.

Benetti: Houve um momento em que você começou a perceber que estava virando um bom jogador e começou a ganhar vários torneios? Como foi o caminho para chegar até lá?

Mário: Já no meu terceiro campeonato, eu entrei no TOP pela primeira vez, e no primeiro nacional, eu terminei o dia 1 em primeiro lugar, acabei esse nacional em quinto lugar na época, isso graças, sempre, a ajuda dos meus amigos, que treinávamos antes dos campeonatos, sempre testando sides e Decks, lendo regras e prestando ao máximo atenção na jogada dos oponentes

Benetti: Bem, então agora falaremos um pouco sobre o Nacional que você ganhou. Mas antes a equipe da Metagame Brasil gostaria de parabeniz-lo pelo seu feito.

Mário: (risos) Obrigado.

Benetti: Nos conte um pouco sobre o Campeonato: que deck você usava? Quais eram os principais adversários? E qual foi o momento que mais te marcou?

Mário: Eu usava o DDT ( Diamond Dude Turbo ), os principais adversários, que mais me preocupavam, eram os decks de Samurai devido ao Grandmaster e ao Shogun e o DDT, além das pessoas que sempre jogavam comigo que já me provaram muitas vezes serem muito bons e saberem jogar muito bem. O momento que mais me marcou realmente foi na final, o deck com qual eu joguei, eu nunca tinha visto um deck de Gravekeeper muito bem montado, foi uma surpresa ver aquele deck na final,ele tinha muitas cartas contra meu deck, no último Diamond Dude que eu usei, acertei uma Heavy Storm que me levou a vitoria, se eu a tivesse comprado eu teria perdido, por que ele teria como negar ela. Foi muito marcante!

Benetti: Um dos nossos leitores quer saber:

“Ola Mário, como você conseguiu a proeza de vencer seus oponentes sem perder uma melhor de três, sendo que havia muitos jogadores com decks fortes, e como você se sentiu apos a vitória?”

Mário: Assim que começaram os jogos, eu sempre prestava o máximo de atenção ao deck de meus oponentes para entender ao máximo a mecânica do deck deles, e sempre fazia o possível para dar OTKs, contei com um pouco de sorte também. (risos) Sendo que havia muitos oponentes fortes, joguei todas as partidas com muita calma e sempre pensando em tudo que podia acontecer antes de qualquer jogada, e jamais subestimei nenhum oponente meu. Foi ótimo, ser campeão nacional, você se mostrar o melhor do Brasil, realmente é uma alegria extremamente enorme, é a realização de um sonho.

Benetti: Outra pergunta de um internauta:

“Mário, qual foi a maior diferença que você encontrou entre o nacional 2008 em que você foi campeão, e o de 2009 que deu um título para os cariocas?”

Mário: A maior diferença, no nacional deste ano foi que todos os decks estavam bem mais equilibrados, teve menos players também, e comparado ao ano passado, o deste ano estava inferior, ano passado foi mais organizado, premiação muito superior.

Benetti: Mas por que você acha que os cariocas levaram?

Mário: Como eu disse, os decks estarem bem mais equilibrados e o nível dos jogos aumentou muito, o jogo em si mudou muito de um nacional para o outro, e os cariocas jogaram muito bem e realmente mereceram o titulo.

Benetti: Agora falemos um pouco sobre o Card Game. Qual seu deck favorito? Sua carta favorita?

Mário: Meu deck favorito é o DDT, e minha carta preferida é o Dark Armed Dragon, DAD.

Benetti: Qual deck você estava usando nessa ultima lista?

Mário: Eu estava usando por um tempo o Twilight, depois mudei para o Synchro Cat.

Benetti: Você usou o Twilight no nacional deste ano certo? E porque essa mudança de Decks?

Mário: Sim, usei Twilight no nacional, como ainda não existia Synchro Cat. Depois do nacional testando os decks vi que o Synchro Cat estava vencendo mais e decidi usar ele nos próximos campeonatos.

Benetti: E qual foi o melhor formato na sua opinião?

Mário: Foi o formato de 2005. Era a época que tinha os Chaos, tinha muitas cartas que estão banidas nos dias de hoje, naquela época era muito diferente o jogo, não como agora que você passa e toma um OTK, o jogo era um tanto mais devagar, você realmente jogava, as partidas duravam mais de 1 turno(risos), era bem mais divertido jogar.

(Nota da Edição: Abril 2005 a Outubro 2005, também conhecido com Goat Control Format)

Benetti: Na sua opinião, qual o problema do formato atual?

Mário: Atualmente, alem de monopolizar praticamente um único deck, o jogo está rápido demais, você passa seu turno e toma um OTK.

Benetti: Agora, alguns internautas pediram alguns conselhos a você e querem sua resposta.

“Olá amigos, gostaria de perguntar ao Mário o que ele costuma fazer para se manter 100% concentrado no campeonato o tempo inteiro, mesmo quando a mão está “zicada “e a sorte parece atuar contra... como não se desesperar e manter a calma pra tentar virar o jogo na hora certa?”

Mário: Bom, sempre tento me focar no máximo possível no jogo, sempre com uma meta na cabeça, chegar no top, ganhar. Sempre mantenho a calma, não vai adiantar nada me desesperar, caso eu perca alguma ainda tenho o side. E também é questão de confiar no seu deck, confiar que você irá comprar as coisas certas mais cedo ou mais tarde, vou administrando o jogo com as cartas que tenho acesso no momento, mais sempre pensando em uma jogada futura, minha e do oponente.

Benetti: “Mário, pelo menos em minha opinião, Metade dos duelos são ganhos com um deck bem preparado, a outra metade com o side deck e com as habilidades do jogador (...)Na verdade, queria saber como você monta o seu side. Ele é baseado para parar ou bater de frente com os "Metadecks" e os "Anti-Meta"? Além de estar preparado para Mirror-Matches ? Explica para a galera um pouco da preparação do seu side para torneios grandes como um nacional onde há inúmeras variáveis de decks.”

Mário: Monto meu side de um modo que pare o outro deck,que neutralize ao máximo possível os outros decks como Anti-Meta, mais sem tirar a base do mesmo. Sempre o deixo preparado contra Mirror-Matches.

Sempre monto o side visando todos os decks que podem me trazer problemas futuros, decks que o meu, sem side não consiga vencer fácil. Como você tem apenas 15 espaços, tem que ver o que mais pode atrapalhar um deck que te atrapalhe e ver no seu deck o que você ira tirar para colocar essa carta contra aquele deck, uma coisa que faço muito é sempre testar muito o side antes de usar ele, sempre testando o side contra os decks que me preocupam, para ver se as coisas que tirei do meu não vão me fazer falta futuramente, ou se as coisas que coloquei não vão me atrapalhar.

Benetti: Bom, acho que é isso. Mário, gostaria de algum comentário final ou recado?

Mário: Queria aproveitar o espaço pra convidar o pessoal de São Paulo, ou das redondezas, para ir jogar com o agente na Liberdade. Em especial nesse sábado (15/08) quando estarei organizando um torneiozinho amistoso lá no Giraffas.

Quem perdeu a final do Nacional 2008, pode conferir os videos aqui mesmo!