187) Gabarito Ferroviário e ROF - TREINAMENTO BÁSICO

ROF – GABARITO FERROVIÁRIO


É o contorno mínimo da plataforma e máximo do material ferroviário. É uma noção que tem por objecto definir contornos que permitam a circulação do material rolante, de maneira a não encontrar obstáculos relacionados com as instalações ferroviárias.

1 -  GABARITO :

Contorno de referência, ao qual devem adequar-se as instalações fixas, as cargas e veículos ferroviários, para possibilitar o tráfego ferroviário sem interferência.

2 - OBJETIVO:

É expressamente proibida a invasão do espaço aéreo (a exemplo de lança de guindastes, barras de tirantes, perfuratrizes, postes de eucaipto) ou do gabarito das linhas, sem a devida autorização do Controle de Tráfego Central, comunicação ao CCO ou Controle de Tráfego Local. 

O Líder ou encarregado de frente é responsável pelos serviços deve obter autorização e proteger o local com placas de sinalização.

3 - EXEMPLO :

Uma locomotiva que trafega nos trilhos da FERROVIA é a tipo AC44 que tem as dimensões conforme figura a seguir:

No entanto devemos considerar uma distância segura para trabalho. Esta distância segura é denominada de Gabarito de Segurança, considerando como ponto de partida o topo do boleto do trilho, conforme figura abaixo:

4 - Gabarito Ferroviário:

O gabarito da via férrea é um modelo geométrico que fixa as dimensões máximas com que o veículo ferroviário pode ser construído, as dimensões máximas da carga e fornece em função das bitolas adotadas, a área da seção transversal, mínima necessária, para a livre circulação na via que podem variar dependendo do administrador da Ferrovia.

O Gabarito da Via é padronizado pelos órgãos reguladores de cada país e de cada empresa.

No Brasil, as “Normas Técnicas para Estradas de Ferro” (Publicação nº 1 do DNEF) que fazem parte do Plano Nacional de Viação, fixam as dimensões mínimas da seção transversal da via.

Os gabaritos para as diversas classificações de linha singela e dupla, bitolas de 1,60 m, 1,435 m, 1,0 m e túneis, constam dos desenhos anexos às Normas Técnicas das Estradas de Ferro Brasileiras. 

Assim, por exemplo, temos na Figura abaixo, o gabarito para pontes em tangente, em linha singela, com bitola de 1,0 m:

A invasão do Gabarito de Segurança é definitivamente proibida.

 

5 - Em espaço confinado, onde seja impossível trabalhar respeitando o gabarito de segurança, os serviços devem ser combinados com a fiscalização MRS que determinará os procedimentos necessários para a execução das atividades.

Os gabaritos serão acrescidos em altura e largura, em função das respectivas curvas, para a livre circulação dos carros de bitolas de 1,60 m, 1,435 m e 1,0 m, das dimensões indicadas nos desenhos da citada norma, nos casos mais desfavoráveis.

Os gabaritos também serão acrescidos das dimensões necessárias à instalação da superelevação máxima e da altura dos trilhos que para este objetivo, será considerada de 168 mm, para todas as bitolas.

São previstos, também, gabaritos para túneis e de obstáculos adjacentes (como coberturas e plataformas de embarque).

Gabarito Dinâmico:

Este elemento avalia os limites máximos, em medidas, das condições mais adversas para o material rodante em trânsito pela via permanente.

Gabarito Estático:

Este elemento avalia os limites máximos, em medidas, das condições mais adversas para o material rodante parado na via permanente.

Este elemento avalia os limites máximos, em medidas, das condições mais adversas para o material rodante em trânsito pela via permanente.

Para que se possa executar obras nas ferrovias é necessário fazer o treinamento de ROF - (Regulamento de Operação Ferroviária) para ficar ambientado aos procedimentos corretos de trabalho evitando assim abarroamento entre veículos e equipamentos sempre mantendo uma comunicação segura junto ao CCO, Centro de Controle Operacional.

ROF (Regulamento de Operação Ferroviária):

ROF é a sigla para regulamento de operação ferroviária, que determina as regras operacionais, que se estendem até as áreas de manutenção.

Esta regra geralmente é estabelecida pela concessionária para ser cumprida por todos os empregados próprios, associados e a todos os demais terceiros que realizem algum tipo de ação sobre locais em domínio da empresa em questão.

Este manual determina as regras básicas, mas não determinam punição ou pena para a infração de quaisquer destas regras.

A ideia de ROF (regulamento de operação ferroviária) descende do RGO (regulamento geral de operações) que era utilizado pela extinta RFFSA e pelas suas associadas.

7 - EXEMPLOS DE SINAIS MANUAIS

Os sinais  manuais só serão utilizados quando não houver possibilidade de utilização de rádios durante a  manobra.

Os sinais manuais devem ser dados em pontos onde possam ser vistos com nitidez e de tal modo que não possam ser mal interpretados. Se houver alguma dúvida quanto ao significado de um sinal, ou a quem seja destinado, deve ser considerado como sinal de PARE. 

Durante as manobras nas linhas ou pátios, os sinais devem ser dados ou transmitidos diretamente ao Operador de trem.

Quando vagões forem empurrados por uma locomotiva governada por sinais manuais, o desaparecimento do membro da equipagem ou dos focos luminosos transmissores dos sinais, deve ser considerado como sinal de PARE.

À noite, os sinais serão dados do mesmo modo, com lanterna  de luz branca. 

EXEMPLO DE REDUÇÃO DE VELOCIDADE NOS CIRCUITOS DE CHAVE NAS SB’s 002, 003 e 004

Exemplo de placas de Sinalização.

Placas de Sinalização com apoio nos trilhos

Boas Práticas

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